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SERVIÇOS PÚBLICOS

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SERVIÇOS PÚBLICOS com base na doutrina de Matheus Carvalho
CONCEITO:
Primeiros estudos na França com a criação da Escola do Serviço Público serviços públicos eram o único objeto do Direito Administrativo qualquer atividade executada pelo Estado desde que realizada com a finalidade de satisfazer as necessidades coletivas conceito restringido atualmente;
As atividades definidas como serviços públicos são rotuladas pela CF e pelas leis infraconstitucionais, a partir da conjunção de três elementos:
Substrato material: comodidade ou utilidade usufruída por toda sociedade e pretada pela ADM pública de forma continua;
Substrato formal: regida por normas de direito público de forma a beneficiar a coletividade sem distinção;
Elemento subjetivo: prestado direta ou indiretamente pelo Estado;
-Diferença entre prestação do serviço público e outras atividades executadas pelo Estado:
Obra Pública: não se confunde com a prestação do serviço; atividade estanque com inicio e fim das atividades;
Poder de Polícia: configura uma restrição do exercício de liberdades e o uso da propriedade
Exploração de atividade econômica: quando o Poder Público atua no mercado submete-se às normas de direito privado; sempre por razões de interesse coletivo ou imperativo de segurança nacional.
PRINCÍPIOS:
Deve obediência aos princípios de direito Administrativo definidos no texto constitucional de forma expressa ou implícita;
-Princípios definidos pela Lei 8.987/95:
· Dever de prestação pelo Estado: proibição da escusa do Estado em prestar o serviço público; omissão do Estado pode configurar abuso de poder e gerar responsabilidade civil em caso de dano decorrente da omissão;
· Modicidade: determinação para que as tarifas cobradas sejam as mais baixas possíveis a fim de ampliar o acesso a serviços essenciais ao maior número possível de pessoas; a lei 8987/95 em seu artigo 11 permite que as empresas tenham fontes alternativas de receitas de modo a evitar aumento das tarifas;
· Atualidade: ou adaptabilidade; estabelece que a prestação do serviço deve ser feita dentro das técnicas mais modernas; artigo 6º, §2º da Lei 8.987/95; ligado ao dever de eficiência imposto ao Estado;
· Cortesia: dever do prestador de serviço em ser educado e cortes com os usuários; bom trato; artigo 6º, §1§ da Lei 8.987/95;
· Economicidade: prestação de forma eficiente, resultados positivos e com gastos dentro dos limites da razoabilidade;
· Generalidade: ou universalidade; a prestação deverá ser para o maior número de pessoas possível e será a mesma para todos;
· Submissão a controle: os serviços públicos podem ser “fiscalizados” pela sociedade, pela Administração Pública e pelos outros poderes e para garantir tal controle os serviços públicos devem ser transparentes;
· Continuidade: ou permanência; os serviços públicos devem ser prestados de forma continua, não comportando interrupções ou falhas, diante da natureza de alguns serviços a coletividade serem inadiáveis; ligado ao princípio da eficiência; artigo 6º, §1º da Lei 8.987/95;
Greve de agentes públicos:
-Exceção ao princípio da continuidade e deve respeitar os limites impostos pela legislação pertinente de modo a evitar paralisação total
-A CF no artigo 142, §3º, IV veda o direito a greve e sindicalização aos militares e o STF em julgamento de ARE 654432 entendeu que a vedação ao direito de greve também se estende aos policiais civis
-Mesmo que a greve seja licita será admitido corte da remuneração dos servidores grevistas, salvo se decorrente de ato ilícito da Administração Pública;
Inadimplemento do usuário do serviço: 
-Lei 8.987/95, artigo 6º, §3º permite a interrupção nas hipóteses de:
Situação de emergência ou após prévio aviso nas hipóteses:
Por razões de ordem técnica ou inadimplemento do usuário forma de garantir a prestação do serviço aos adimplentes e evitar o enriquecimento sem causa do inadimplente que se beneficia do serviço sem arcar com os custos (STJ) posição minoritária considera o corte inconstitucional pois quebra o princípio da continuidade; 
Pacificado o entendimento acerca da ilegalidade do corte no fornecimento se ensejar dano a coletividade (corte de energia de hospital, por exemplo) supremacia do interesse público sobre o privado.
EXCEPTIO NON ADIMPLETI CONTRACTUS:
-Exceção do contrato não cumprido: direito dos contratantes de suspender a obrigação em caso de inadimplemento da outra parte; diferida: nos contratos entre particular e adm pública, conforme lei 8.666/93, art. 78, XV o inadimplemento deve ser superior a 90 dias, o particular é obrigado a manter o serviço durante este período; a aplicação do conceito só enseja paralisação das atividades sendo a extinção da avença possível somente por meio de decisão judicial.
Ocupação temporária de bens e substituição: 
-Lei 8.666/93, art.58, V- ocupação provisória de bens, pessoal e serviço vinculado ao objeto do contrato nos casos de serviços essenciais;
-Contratos de concessão de serviços públicostransferência de propriedade reversão de bens
-Substituição e suplência de servidores públicos.
· Isonomia: a prestação dos serviços não pode criar diferenciação indevida entre os usuários, exceção: ações afirmativas; mutabilidade de regime em decorrência das mudanças das necessidades dos administrados.
FORMAS DE PRESTAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO:
De forma direta ou mediante descentralização que ocorre por:
Outorga: descentralização por serviçotransfere-se a titularidade e execução para pessoas jurídicas de direito público, somente por lei especifica que cria os Órgãos da Administração Indireta Estado mantém responsabilidade subsidiária por danos.
Delegação: descentralização por colaboraçãotransfere-se somente a execução para particulares regidos pelo direito privado, por meio de lei ou contrato de concessão e/ou permissão
-Serviços que só podem ser executados pelo Estado a fim de resguardar o interesse da sociedade:
· Exclusivos, não delegáveis: não admite a transferência a particulares; a CF prevê somente o serviço postal e o correio aéreo nacional, mas a doutrina acrescenta outros o STF entende que o Correios tem regime idêntico ao da Fazenda Pública;
· Exclusivos delegáveis: prestados pelo Estado diretamente ou por delegação a particulares por sua conta e risco; responsabilidade subsidiaria do Estado que mantém a titularidade;
· Delegação obrigatória: devem ser prestados pelo Estado e devem ser delegados a particulares por meio de contrato rádio e televisão, artigo 223 da CF;
· Não exclusivos de Estado: devem ser prestados pelo Estado e podem ser prestados pelo particular sem necessidade de delegação saúde, educação, previdência... o particular não celebra contrato com o Estado para executar a atividade, tem sua própria titularidade, o Estado apenas autoriza (exercício do poder de polícia)STF designa como serviço de utilidade pública ou impróprio, não serviço público
CLASSIFICAÇÃO:
· Serviços uti singuli: ou individuais; prestados a toda coletividade, mas passível de mensuração individual, é possível medir quanto cada usuário usufruiu e, portanto, a cobrança de taxa ou tarifa como pagamentoserviço elétrico, telefonia e transporte público; serviços divisíveis; 
-Compulsórios: essenciais à coletividade; o destinatário não pode abdicar e no caso de não pagamento é permitido a cobrança por meio de execução fiscal por ter natureza tributária;
-Facultativo: é de interesse da coletividade, mas o usuário pode optar por utilizar ou não, sendo permitido a contraprestação por tarifa ou preço público;
*Súmula 545 do STF: preços ≠ taxas 
· Serviços uti universi: prestados a toda coletividade mas sem possibilidade de averiguação da quantidade utilizada por cada usuário e por isso são custeados pela receita feral decorrente da arrecadação de impostosiluminação pública, segurança pública;serviços indivisíveis; 
-A doutrina ainda divide em:
Próprio: só podem ser prestados pelo Estado de forma direta ou por delegação a particular;
Impróprio: podem ser executados por particulares sem a necessidade de delegação pelo ente estatalserviço público nãoexclusivo do Estado;
Ou ainda em: 
Serviços administrativos: atividades internas do Estadoex.: imprensa oficial;
Serviços sociais: prestado pelo Estado em paralelo à execução pela iniciativa privada;
Serviços comerciais ou industriais: exploração de atividade econômica para Di Pietro: é necessário para atender às necessidades coletivas de ordem econômica.
DELEGAÇÃO CONTRATUAL DE SERVIÇOS: 
Por meio de delegação ou concessão, nos moldes da lei;
Lei 8987/95 contratos de concessão ou permissão de serviços públicos Lei 9074/99 Normas para outorga e prorrogação de serviços públicos de energia elétrica Lei 11079/04 parcerias Público-Privada- PPP’s - contrato de concessão de natureza especial.
CONCESSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS:
-Trata-se de modalidade de transferência de prestação de serviço público, onde o particular, pessoa jurídica ou consórcio de empresas, recebe do poder público a execução da atividade por sua conta e risco, através de procedimento licitatório, na modalidade concorrência, independentemente do valor do contrato;
-Contrato de concessão comum disciplinado no artigo 2º da lei 8.987/95;
-Remuneração por meio de cobrança de tarifa dos usuáriosexemplo: concessão de serviço de transporte público;
-Podem ser: 
*Simples transferência de execução de atividade;
*Precedida de obra o particular recebe do poder público a determinação para que realize obra pública de relevância para a execução do serviço público com a exploração serviço, o particular alcança o ressarcimento pelo gasto com a obra; 
Poder concedente Poder Público:
É o ente federativo responsável pela execução da atividade delegadaLei 8.987/95;
Excepcionalmente a concedente pode ser entidade da Administração Indireta, como as autarquias ANATEL e ANEEL;
Lei 11.107/05 consórcio público (entidade formada pela gestão associada de entes da federação) como poder concedente alvo de críticas já que não tem, de fato, a titularidade dos serviços;
Direitos e obrigações da concedente:
-Regulamentar o serviço concedido e fiscalizar permanentemente a sua prestação;
-Aplicar as penalidades regulamentares e contratuais, nos moldes definidos no contrato;
-Intervir na prestação do serviçosempre que houver indícios de irregularidades na empresa contratada;
-Extinguir a concessão: poder de Rescisão Unilateral do ente públicoencampação: interesse público e; Caducidade: inadimplência da concessionária;
-Homologar reajustes e revisar o valor das tarifas;
-Zelar pela boa qualidade do serviço;
-Declarar de utilidade pública os bens necessários à execução do serviço ou obra pública;
-Declarar de necessidade ou utilidade pública, para fins de instituição de servidão administrativa; entre outros.
*Possibilidade de alteração unilateral do contrato pelo poder público;
*Ocupação temporária de bens ≠ reversão de bens.
Concessionária: 
Pessoa jurídica ou consórcio de empresas que celebra o contrato e se torna executor do serviço;
· ATENÇÃO: é diferente do contrato de concessão de uso de bem público que pode ser firmado com pessoa física.
O particular tem garantida a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro, entretanto deve suportar todos os encargos decorrentes da supremacia do interesse público sobre o particular;
Pode agir em busca do lucro pactuado, mas deve atender aos requisitos que satisfaçam o interesse público serviço adequado, prestar contas da gestão do serviço, etc.
Não se beneficia de prerrogativas inerentes a Fazenda Pública.
Responsabilidade objetiva do particular e responsabilidade subsidiária e objetiva do Estado
Usuários do serviço:
A lei 8.987/95 admite a aplicação do CDC;
O particular tem direito a garantias como recebimento do serviço adequado, modicidade das tarifas, eficiência e cortesia dos executores, liberdade de escolha, etc. (já analisado).
Procedimento licitatório:
-Estabelecido pelo artigo 175 da CFconcessão ou permissão sempre através de procedimento licitatório;
-Licitação na modalidade concorrência 
-O edital de concorrência, conforme Lei 8.987/95, pode ser invertido se houver previsão editalicia 
-Critérios de escolha previstos na Lei 8.987/95:
· Menor valor da tarifa do serviço público a ser prestado;
· Maior oferta;
· Melhor proposta técnica
· Melhor oferta de pagamento de outorga.
*os critérios são combinados um a um em todas fases de análise.
-Art. 15, §3º da Lei 8.987/95 recusa de propostas inexequíveis;
-Critério de desempate: nacionalidade da empresa;
-Possibilidade de participação como empresas consorciadas, que compartilham responsabilidade solidária, sendo obrigatório a eleição de uma empresa líder responsável pelo consórcioa participação de empresa no consórcio a impede de participar de outra forma ou mesmo duas vezes.
Modalidades licitatórias:
-Lei 9074/95-Programa Nacional de Desestatizaçãopossibilidade de concessão por leilãoafasta a obrigatoriedade de concorrência;
-Exceção: concessão de serviço público de radiodifusão de sons e imagens e sonora que deve observar o texto constitucional.
Formalização dos contratos de concessão de serviço público:
-A remuneração é alcançada por meio da exploração do serviço concedido através da cobrança de tarifas aos usuáriostransporte, energia elétrica, telefonia...
Submete-se as observações gerais da Lei 8.666/93 que rege os contratos administrativos em ajuste com o artigo 23 da Lei 8.987/95 que estabelece as cláusulas necessárias à validade dos contratos de concessão de serviço público, aliado a isso, nas concessões precedidas de obras devem estar estipulados cláusulas com o cronograma físico- financeiro de execução da obra.
Intervenção:
-Decorrente da possibilidade de fiscalização pelo Poder Público; em casos de indícios de irregularidades por parte da concessionária, o poder Executivo pode, por meio de edital, nomear interventor que será responsável pela apuração das irregularidades30 dias para início do processo administrativo180 dias para conclusão ao fim, pode ser decretada a caducidade do contrato pelo cometimento de irregularidade que configure o inadimplemento contratual ou, devolução da administração à concessionária.
Duração do contrato de concessão:
A concessão, em regra, não gera despesas para o Estado (remuneração por tarifa), por esta razão não segue o prazo estipulado pela lei 8666/93 que em seu artigo 57 determina o prazo de 1 ano, todavia, isto não significa que o contrato de concessão será por tempo indeterminado, pois todo contrato administrativo tem prazo para finalização, o que ocorre é que nos contratos de concessão este período é maior, muito em vista a necessidade da concessionária de obter de volta os gastos que investiu na execução da atividade.
Radiodifusão sonora e radiodifusão de sinais e imagens 10 e 15 anos, respectivamenteArt.223, §5º da CF. 
Arbitragem: 
Possibilidade trazida pela Lei 11.196/05
Para a doutrina viola o principio da indisponibilidade do interesse publico ao permitir que particulares resolvam contendas de relevância para a sociedade.
Subconcessão:
Intuito personae pessoa determinada; não pode ser transferida durante sua execução;
-Somente admissível com a prévia anuência do poder concedente, sob pena de caducidade da concessão-art.27 da Lei 8.987/95;
O Poder Público deve observar diversas regras antes da permissão, além dos requisitos gerais de capacidade técnica e idoneidade financeira, deve ser levado em consideração o tempo em que a subconcessão está sendo feita de modo a evitar fraude ao certame pela criação de “empresas de fachada” ao termino da licitação;
Também deve ser precedida por procedimento licitatório na modalidade concorrência; 
O entendimento majoritário é de que somente é transferido o objeto do contrato e que a subcontratação é vedada pela lei 8.987/95.
Remuneração da concessionária:
Valor da tarifa estabelecido pelo preço da proposta vencedora da licitação e preservada pelas regras de revisãoas regras são necessárias para manter o lucro pactuado e evitar a corrosão do valor art.9º da Lei 8.987/95;
Tarifa= custos dos serviços + lucro auferido à concessionária + amortização dos investimentos
Receitasalternativas: desde que o poder concedente faça a previsão em edital de licitação possibilita que a concessionária tenha outras fontes e garanta a modicidade das tarifas.
Assunção do controle da empresa pelos financiadores:
Financiadores e garantidores;
Assunção do controle ou administração temporária da concessionária sempre que for necessária para a reestruturação financeira e assegurar a continuidade da prestação do serviço;
Os administradores e financiadores não são responsabilizados pela tributação, encargos, ônus, sanções, obrigações com terceiros, etc, continuam a cargo da concessionária;
Incluído com a Lei 13.097/15.
Extinção do contrato de concessão:
Retornam ao Poder Público os bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao concessionário, da mesma forma, o Poder Público deve promover a imediata assunção do serviço para que não ocorra sua interrupção. Possível por:
a) Advento do termo contratual: escoamento do prazo;
b) Encampação: ou resgate pelo poder concedente do serviço público ainda na vigência do contrato por motivo de interesse público; direito a indenização do particular por prejuízos decorrentes da extinção precoce do contrato;
c) Caducidade: rescisão unilateral em decorrência de inadimplemento da entidade privada (deixa de cumprir suas obrigações contratuais); hipóteses previstas no artigo 38, §1º da Lei 8.987/95. a responsabilidade com ônus, obrigações e compromissos permanece com a concessionária;
d) Rescisão consensual ou bilateral, distrato firmado entre as partes e; judicial: requerida pelo particular diante do inadimplemento do poder público;
e) Anulação: em virtude de ilegalidade originária;
f) Falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular (EI); desaparecimento da empresa.
PARCERIA PÚBLICO- PRIVADAPPP:
-Espécie de concessão de serviço público criada pela Lei 11.079/04;
-Tem o objetivo de prestar o serviço público de forma menos dispendiosa também admite o fornecimento de bens ou execução de obras;
-Contraprestação pecuniária do ente estatal;
-Riscos da atividade são compartilhados;
-Natureza especial e sujeitos a lei 8.987/95;
-Carvalho filho prefere chamar este tipo de concessão de especial pelo caráter divergente dos objetivos das entidades contratantes a pessoa privada está em busca da obtenção de lucro;
Regulamentado pelo Decreto 5.977/06;
-Decreto 5.385/05 instituiu o CGP-Comitê Gestor de Parceria Público-Privada Federal.
Espécies de Parceria:
· Concessão patrocinada:
Pagamento de tarifa pelos usuários + contraprestação do Poder Público; essa contraprestação paga pelo poder público é para garantir a modicidade das tarifas pagas pelo usuário e não pode exceder 70% da remuneração do parceiro privado;
Empresa ou consórcio privado que executará a atividade por sua própria conta e risco;
· Concessão administrativa:
A ADM pública fica responsável pelo pagamento das tarifas usuária do serviço prestado;
Semelhante a um contrato de prestação de serviço;
-O parceiro privado fica totalmente responsável pelos custos da execução do serviço;
-Quando tiver por objeto a execução de obras ou o fornecimento de bens estes não podem figurar como objetos únicos, nesta hipótese deve prestar também um serviço Administração é usuária da atividade executada por empresa responsável pelo serviço penitenciário então paga por este;
Cláusulas dos contratos de PPP:
Seguem cláusulas gerais da Lei 8.987/95 +:
*prazo de vigência superior a 5 e inferior a 35 anos incluídas eventuais prorrogações;
*a previsão de penalidades que poderão ser aplicadas em caso de inadimplemento de ambas as partes;
*a repartição de riscos entre as partes;
*as formas de remuneração e atualização dos valores contratuais;
*os mecanismos para preservação da atualidade do serviço;
*fatos que caracterizam inadimplência, modos e prazos de regularização do parceiro público;
*critérios objetivos de avaliação do desempenho do parceiro privado;
*prestação de garantias de execução suficientes e compatíveis com os ônus e riscos envolvidos pelo parceiro privado;
*compartilhamento de ganhos econômicos com a ADM pública;
*vistoria dos bens reversíveis com direito ao poder público de reter pagamentos até o saneamento de irregularidades;
*cronograma e marcos para repasse das parcelas do aporte de recursos ao parceiro privado;
-Valor mínimo de dez milhões de reais.
Características específicas das parcerias:
Compartilhamento de riscos e de ganhos decorrentes da redução de risco: 
*O fim deve ser possibilitar a prestação de serviços com gastos menores.
-Responsabilidade solidária da ADM pública pelos danos causados na prestação de serviço, mesmo que por caso fortuito ou força maior (contratos comuns a responsabilidade é subsidiária);
-Compartilhamento dos ganhos decorrentes da redução do risco de créditos de financiamento firmado pelo parceiro privado;
Financiamento do setor privado:
-O parceiro privado deve custear os investimentos necessários à prestação serviço e eventual obra;
Pluralidade compensatória:
-Formas de contraprestação do parceiro privado ao parceiro público:
· Ordem bancária: forma de pagamento direto feito pela Administração Pública na forma de disponibilização de valores em instituição bancária para que o ente privado cumpra com as finalidades contratuais;
· Cessão de créditos não tributários: forma de pagamento indireto feita por exemplo pelo repasse de indenizações devidas por terceiro à Fazenda Pública;
· Outorga de direitos em face da Administração Pública: sobre direitos que possam ser convertidos em pecúnia;
· Outorga de direitos sobre bens públicos dominicais: transferência de renda decorrente de locações e concessões onerosas de uso efetivadas pelo poder público.
Garantia do parceiro público:
O ente estatal pode exigir da entidade privada garantias para a celebração de contrato de concessão especial não superior a 5% do valor do montante do acordo, de acordo com a Lei 8.666/93;
Da mesma forma o particular pode exigir garantias da ADM pública de forma a evitar a inadimplência desta:
· Vinculação de receitas: decorrentes do pagamento de tributos, salvo as exceções previstas na CF, como vedação de vinculação de receitas de impostos previstas no art. 167, IV;
· Instituição de fundos especiais previstos em lei e contratação de seguro- garantia;
· Organismos internacionais ou instituições financeiras;
· Fundo garantidor ou empresa estatal criada para esta finalidade.
Diretrizes da lei de PPP:
Dispostas no artigo 4º da Lei 11.079/04 e de observância de ambos os contratantes
Eficiência no cumprimento das missões de Estado e no emprego dos recursos do Estado;
Respeito aos interesses e direitos dos destinatários e das entidades privadas responsáveis pela prestação;
Indelegabilidade de funções exclusivas do Estado;
Responsabilidade fiscal na celebração e execução de parcerias;
Transparência dos procedimentos e decisões;
Repartição objetiva de riscos entre as partes;
Sustentabilidade financeira e vantagens econômicas dos projetos de parceria.
Procedimento licitatório:
Abertura do certame: que deverá ser precedida de:
Licitação, na modalidade concorrência, com algumas regras especiais que somente será autorizada se:
Haver autorização da autoridade competente firmado em estudo técnico que demonstre a conveniência e oportunidade da contratação demosntração que as despesas criadas não aumentarão as metas fiscais da Lei de Responsabilidade Fiscalestimativa do impacto orçamentário- financeiro e objeto previsto no plano plurianual em vigor no âmbito do local de celebração de contratosubmissão de minuta de edital e contrato à consulta o públicaprévia licença ambiental do empreendimento na forma do regulamento.
Instrumento convocatório: deve prever instrumentos de julgamento para classificação das propostas técnicas alcançadas pela licitação, quais são: 
Menor valor da tarifa do serviço a ser prestado Combinação dos critérios de menor valor da tarifa e de melhor técnica Menor valor de contraprestação Combinação do critério de menor contraprestação e de melhor técnica.*poderá estipular edição de lances verbais;
*poderá prever a inversão da ordem das fases de habilitação e julgamento
*art. 12, IV da lei 11.079/04saneamento de falhas dentro do prazo
Sociedades de propósito específico:
-Criada previamente à celebração do contrato pelo ente público e pelo parceiro privado unicamente com a finalidade de ser responsável pela gestão e implantação da parceria;
-Deve obedecer a padrões de governança corporativa e adotar contabilidade e demonstrações financeiras padronizadas;
-Pode prever a transferência temporária da administração da sociedade desde que autorizadas pelo Poder Público;
Normas aplicadas no âmbito federal para os contratos de PPP:
A União só edita normas de aplicação geral cabendo aos entes federativos editar normas específicas para aplicação em seus respectivos âmbitos de atuação;
· Órgão gestor: instituído por decreto, com competência para definir serviços prioritários, autorizar licitação a aprovar editais, etc. decreto 5385/05- criação de Comitê Gestor das PPP´s no âmbito federal;
· Fundo garantidor: entidade privada garantidora criada no âmbito federal com a finalidade de garantir o pagamento de obrigações pecuniárias contraídas pelos parceiroa cúbicos federais limite global de seis bilhões patrimônio do FGP é composto pelo aporte de bens e direitos realizados pelos cotistas;os cotistas nãos são responsabilizados pelas obrigações do fundo administrado por instituição financeira controlada pela União; para que o parceiro privado a acione é necessário demonstrar o inadimplemento do parceiro público de forma reiterada que mesmo assim não fica desonerada do pagamento da obrigação posteriormente, ficando o FGP sub-rogado nos direitos do parceiro privado;
· Limitação à celebração de PPPs: deve respeitar limite de gastos no âmbito federal, conforme artigo 22 da lei 11.079/04.
Permissão de serviço público:
Delegação de serviço público a particular que executa a atividade por sua conta e risco mediante cobrança de tarifas dos usuários;
Natureza jurídica de contrato administrativo- contrato de adesão -ADI 1491, STFjustamente por sua natureza contratual fica mitigada seu caráter de precariedade (capacidade de ser revogada unilateralmente);
Autorização de serviço público:
-Ato administrativo unilateral (que por isso não deve ser precedido por licitação), discricionário e precárioseu desfazimento a qualquer tempo pelo ente público não enseja indenização ao beneficiado não tem base constitucional -artigo 175 da CF prevê somente concessão ou permissão;
Autorização de uso de bem público;
Autorização de polícia- exemplo: porte de arma de fogo;
Serviços de utilidade pública Helly Lopes Meirelles “serviços não essenciais”
SERVIÇOS PÚBLICOS
 
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com base na
 
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ina de Matheus Carvalho
 
 
CONCEITO
:
 
Primeiros estudos na França com a criação da Escola do Serviço Público 
à
 
serviços públicos eram o 
único objeto do Direito Administrativo 
à
 
qualquer atividade executada pelo Estado desde que realizada 
com a finalidade de satisfazer as necessidades coletivas
 
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conceito restringido atualmente;
 
As atividades definidas como serviços públicos são rotuladas pela CF e pelas leis 
infraconstitucionais, a 
partir da conjunção de três elementos:
 
à
Substrato material
: comodidade ou utilidade usufruída por toda sociedade e pretada pela ADM 
pública de forma continua;
 
à
Substrato formal
: regida por normas de direito público de forma a benefi
ciar a coletividade sem 
distinção;
 
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Elemento subjetivo
: prestado direta ou indiretamente pelo Estado
;
 
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Diferença entre prestação do serviço público e outras atividades executadas pelo Estado:
 
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Obra P
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blica
: não se confunde com a prestação do serviço
; ativi
dade estanque com inicio e fim das 
atividades;
 
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Poder de Polícia
: configura uma restrição do exercício de liberdades e o uso da propriedade
 
à
Exploração de atividade econômica
: quando o Poder Público atua no mercado submete
-
se às normas 
de direito 
privado; sempre por razões de interesse coletivo ou imperativo de segurança nacional.
 
 
PRINCÍPIOS
:
 
Deve obediência aos princípios de direito Administrativo definidos no texto constitucional de forma 
expressa ou implícita;
 
-
Princípios definidos pela Lei 8.9
87/95:
 
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Dever de prestação pelo Estado
: proibição da escusa do Estado em prestar o serviço público; omissão 
do Estado pode configurar abuso de poder e gerar responsabilidade civil em caso de dano decorrente 
da omissão;
 
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Modicidade
: 
determinação para que as t
arifas cobradas sejam as mais baixas possíveis a fim de 
ampliar o acesso a serviços essenciais ao maior número possível de pessoas; a lei 8987/95 em seu 
artigo 11 permite que as empresas tenham fontes alternativas de receitas de modo a evitar aumento 
das t
arifas;
 
Ø
 
Atualidade
:
 
ou adaptabilidade; estabelece que a prestação do serviço deve ser feita dentro das técnicas 
mais modernas; artigo 6º, §2º da Lei 8.987/95; ligado ao dever de eficiência imposto ao Estado;
 
Ø
 
Cortesia
: dever do prestador de serviço em 
ser educado e cortes com os usuários; bom trato; artigo 
6º, §
1§ da Lei 8.987/95;
 
SERVIÇOS PÚBLICOS com base na doutrina de Matheus Carvalho 
 
CONCEITO: 
Primeiros estudos na França com a criação da Escola do Serviço Público  serviços públicos eram o 
único objeto do Direito Administrativo  qualquer atividade executada pelo Estado desde que realizada 
com a finalidade de satisfazer as necessidades coletivas  conceito restringido atualmente; 
As atividades definidas como serviços públicos são rotuladas pela CF e pelas leis infraconstitucionais, a 
partir da conjunção de três elementos: 
Substrato material: comodidade ou utilidade usufruída por toda sociedade e pretada pela ADM 
pública de forma continua; 
Substrato formal: regida por normas de direito público de forma a beneficiar a coletividade sem 
distinção; 
Elemento subjetivo: prestado direta ou indiretamente pelo Estado; 
-Diferença entre prestação do serviço público e outras atividades executadas pelo Estado: 
Obra Pública: não se confunde com a prestação do serviço; atividade estanque com inicio e fim das 
atividades; 
Poder de Polícia: configura uma restrição do exercício de liberdades e o uso da propriedade 
Exploração de atividade econômica: quando o Poder Público atua no mercado submete-se às normas 
de direito privado; sempre por razões de interesse coletivo ou imperativo de segurança nacional. 
 
PRINCÍPIOS: 
Deve obediência aos princípios de direito Administrativo definidos no texto constitucional de forma 
expressa ou implícita; 
-Princípios definidos pela Lei 8.987/95: 
 Dever de prestação pelo Estado: proibição da escusa do Estado em prestar o serviço público; omissão 
do Estado pode configurar abuso de poder e gerar responsabilidade civil em caso de dano decorrente 
da omissão; 
 Modicidade: determinação para que as tarifas cobradas sejam as mais baixas possíveis a fim de 
ampliar o acesso a serviços essenciais ao maior número possível de pessoas; a lei 8987/95 em seu 
artigo 11 permite que as empresas tenham fontes alternativas de receitas de modo a evitar aumento 
das tarifas; 
 Atualidade: ou adaptabilidade; estabelece que a prestação do serviço deve ser feita dentro das técnicas 
mais modernas; artigo 6º, §2º da Lei 8.987/95; ligado ao dever de eficiência imposto ao Estado; 
 Cortesia: dever do prestador de serviço em ser educado e cortes com os usuários; bom trato; artigo 
6º, §1§ da Lei 8.987/95;

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