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Sumário 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 4 2. BIOÉTICA: O QUE É E QUAL SUA IMPORTÂNCIA? ................................. 5 2.1. PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA .................................................................. 6 3. CÓDIGO DE NUREMBERG E DECLARAÇÃO DE HELSINQUE ............... 8 4. COMITÊS DE ÉTICA EM PESQUISAS ..................................................... 11 5. DILEMAS ÉTICOS NAS PESQUISA COM SERES HUMANOS ............... 13 6. TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO .......................... 14 7. CONCLUSÃO ............................................................................................ 16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 17 4 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho tem por objetivo, através de pesquisa bibliográfica, trazer uma reflexão sobre a Ética, a Bioética e a relevância dos Comitês de Ética frente às pesquisas com seres humanos. No decorrer dos anos, os avanços tecnológicos em todas as áreas da ciência vêm crescendo demasiadamente. Neste contexto, a bioética assume um papel científico e social cada dia mais importante, já que responde à necessidade de dar sentido moral às práticas científicas envolvendo seres humanos, constituindo-se também em uma ferramenta para o confronto de dilemas éticos. Independente da área do conhecimento, a Ciência e a Tecnologia não podem prescindir da bioética para que possam avançar no desenvolvimento de uma ciência eticamente responsável, associada a uma tecnologia a serviço da humanidade e a uma democracia real, que concilie liberdade e justiça, incentivando o desenvolvimento da ciência dentro de suas fronteiras humanas (COSTA; GARRAFA; OSELKA, 1998). 5 2. BIOÉTICA: O QUE É E QUAL SUA IMPORTÂNCIA? O conceito de bioética envolve a consideração de vários pontos de vista sobre dilemas morais, científicos e sociais. Definições não faltam para o termo, mas um resumo de todas seria: bioética, do grego bios (vida) + ethos (ética), é a ética da vida ou ética prática, isto é, um campo de estudo inter, multi e transdisciplinar que engloba a biologia, a medicina, a filosofia, o direito, as ciências exatas, as ciências políticas e o meio ambiente. Com foco em discutir questões e encontrar a melhor forma de resolver casos e dilemas que surgiram com o avanço da biotecnologia, da genética e dos próprios valores e direitos humanos, prezando sempre a conduta humana e levando em consideração toda a diversidade moral que há em todas as áreas do conhecimento que, de alguma forma, têm implicações em nosso dia a dia. Os valores éticos vêm sofrendo modificações de acordo com a época histórica, ideias filosóficas e conquistas científicas. Os códigos, as normas, os princípios e as tradições são os critérios propostos para dirigir as ações humanas determinando um caminho a ser seguido. O tema da ética referida à pesquisas qualitativas em saúde no Brasil tem sido amplamente debatido por pesquisadores de diferentes áreas das Ciências Humanas e das Ciências da Saúde nas últimas décadas. Não por acaso, observa-se intensificação deste debate a partir da implementação da Resolução nº 196/96, do Ministério da Saúde, na medida em que estabeleceu conceitos e procedimentos para pesquisas envolvendo seres humanos no Brasil, aperfeiçoando um processo que vinha se desenrolando lentamente no sentido da regulamentação das pesquisas e do envolvimento de seres humanos nestes estudos. A pesquisa com seres humanos tem o compromisso de preservar a integridade de todos os envolvidos. Este compromisso envolve questões sobre a preservação da privacidade, a minimização de riscos e desconfortos, a busca de benefícios, a não discriminação e a proteção de grupos de pessoas vulneráveis. 6 2.1. PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA Autonomia: Para que exista uma ação autônoma é necessário a existência de alternativas de ação, O paciente deve ser esclarecido pelo profissional sobre todas os riscos e possíveis consequências. A conquista de autonomia no que se refere a pesquisa em seres humanos é recente e se baseia na liberdade de escolha que o indivíduo tem de decidir o que é melhor para si. Refere-se à independência representando um acordo para respeitar os direitos do próximo ao determinar o curso da ação. O ser humano pode decidir o que é bom, seu bem-estar de acordo com seus valores, expectativas, necessidades e prioridade de crenças. Situações onde o próprio paciente não é capaz de responder por si, como uma criança ou um indivíduo acamado, por exemplo, as informações serão prestadas aos seus responsáveis e estes decidirão. O princípio da autonomia deu origem ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido que será apresentado ao decorrer do trabalho. Beneficência: Maximizar os benefícios possíveis e minimizar os danos. O princípio da beneficência implica no cuidado ao agir. Toda ação humana, e em especial aquela que envolve riscos a outrem, não pode prescindir do dever de cuidado. É o princípio segundo o qual qualquer tratamento de saúde deve trazer o maior bem possível e evitar todo e qualquer mal. Se houver situação em que haja procedimentos arriscados, isto é, se algum dano for inevitável deve-se ter em vista o maior bem possível naquela situação. Todos os riscos e benefícios devem ser esclarecidos ao paciente, ou ao responsável para que ele consinta na realização do procedimento. Não Maleficência: Se constrói a partir do princípio da beneficência. Nenhum mal deve ser causado intencionalmente. Ou seja, antes de tudo vem a obrigação de não fazer o mal. O profissional da saúde deve ter como princípio que todo o seu conhecimento apenas deverá ser aplicado para beneficiar o sujeito ou à 7 coletividade e os fins devem ser lícitos. Nenhum procedimento sob nenhum argumento deve causar danos, mesmo que tenha um fim útil. Os fins não justificam os meios Justiça: O princípio da justiça requer o agir com equidade coibindo a discriminação, isto é, com o reconhecimento das diferenças, das necessidades e do direito de cada um. A equidade abranda a rigidez da regra, flexibilizando os modos de ação. É preciso tratar diferentemente àqueles que são diferentes. As desigualdades socioeconômicas, por exemplo, causam um acentuado desnível no tratamento individual. Para o nivelamento das diferenças é preciso tratar-se de modo diferenciado, ao diferente. Os riscos e benefícios devem ser distribuídos igualmente. 8 3. CÓDIGO DE NUREMBERG E DECLARAÇÃO DE HELSINQUE O Código de Nuremberg é um conjunto de princípios éticos que regem a pesquisa com seres humanos, sendo considerado como uma das consequências dos Processos da Guerra de Nuremberg, ocorridos no fim da Segunda Guerra Mundial. Em 9 de dezembro de 1946, fim da Segunda Guerra Mundial, o Tribunal Militar Internacional, em Nuremberg julgou vinte e três pessoas - das quais, 20 eram médicos - que foram consideradas criminosas de guerra, pelos brutais experimentos realizados em seres humanos nos campos de concentração nazistas. Foi o 1º dos 12 Processos de Guerra de Nuremberg. Em 19 de agosto de 1947, ocorreu o veredito, no qual 7 acusados foram condenados à morte, 7 foram absolvidos e os demais foram condenados à prisão; foi elaborado, então, um documento, que ficou conhecido como Código de Nuremberg. Muitos dos acusados pelo Tribunal Militar Internacional argumentaram que tais experimentos pouco diferiam dos tantos outros experimentos ocorridos antes da Guerra, ao longo dos séculos, e que não havia leis que regulamentassem e diferenciassem, até aquela ocasião, o legal do ilegal. Pouco antes, em abril de 1947, os Drs. Leo Alexander e AndrewConway, haviam submetido, ao Conselho de Crimes de Guerra, seis pontos que definiam a legitimidade de experimentos médicos com seres humanos. O veredito do Julgamento de Nuremberg adotou tais pontos e adicionou mais quatro, e os dez pontos passaram a constituir o “Código de Nuremberg”. Entretanto, a força legal de tal documento não foi estabelecida e incorporada imediatamente pelas leis americanas e alemãs, e as ideias contidas no Código de Nuremberg só passaram a integrar a relação médico-paciente muito mais tarde, nas décadas de 1960 e 1970, através da Declaração de Helsinque, O Código de Nuremberg foi, sem dúvida, um dos fatores do contexto onde surgiu a ideia do direito à autonomia que o paciente adquiriu ao longo dos séculos. Serviu de norteador para as diretrizes que se seguiram, de forma a que a pesquisa científica, em especial a que envolve seres humanos, em vista da https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89tica https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Pesquisa_com_seres_humanos&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Processos_de_Guerra_de_Nuremberg https://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Guerra_Mundial https://pt.wikipedia.org/wiki/Autonomia 9 necessidade de sua continuidade, passa a ser constantemente revisada e vigiada, com a finalidade de evitar abusos. Os Códigos de Ética Médica costumam incorporar, entre os seus princípios, a preocupação e a normatização da conduta médica mediante a experimentação científica, em especial a envolvendo seres humanos. Antes de fazer qualquer pesquisa em seres humanos, deve-se esgotar todas as possibilidades de obter dados por outros meios, como por exemplo, simulações, animais, culturas de células entre outros. Deve-se respeitar a confidencialidade, privacidade e a justiça que o sujeito tem de direito, assim como o termo de consentimento de todos os indivíduos desde a instituição de pesquisa até o indivíduo a ser estudado. Claude Bernard afirma: “Nunca realizar um experimento no ser humano que possa prejudicá-lo, mesmo que os resultados sejam altamente vantajosos para a ciência, isto é para a saúde dos outros.” O Tribunal de Nuremberg (1947) redigiu em seu código: 1- O consentimento voluntário do ser humano é absolutamente essencial; 2- O experimento deve ser tal que produza resultados vantajosos para a sociedade, que não possam ser buscados por outros métodos de estudo, mas não podem ser feitos de maneiras desnecessária; 3- O experimento deve ser baseado em resultados de experimentação em animais e no conhecimento da evolução da doença ou outros problemas em estudo, dessa maneira, os resultados já conhecidos justificam a condição do experimento; 4-O experimento deve ser conduzido de maneira a evitar todo sofrimento e danos desnecessários, quer físicos, quer materiais; 5- Não deve ser conduzido qualquer experimento quando existirem razões para acreditar que pode ocorrer a morte ou invalidez permanente; 6- O grau de risco aceitável deve ser limitado pela importância do problema que o pesquisador se propõe a resolver; https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_de_%C3%89tica_M%C3%A9dica https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_de_%C3%89tica_M%C3%A9dica 10 7- O experimento deve ser conduzido apenas por pessoas cientificamente qualificadas; 8- O participante do experimento deve ter a liberdade de se retirar no decorrer do experimento; 9- O pesquisador deve estar preparado para suspender os procedimentos experimentais em qualquer estágio, se ele tiver motivos razoáveis para acreditar que a continuação do experimento possa causar algum dano ao participante. No que consta a Declaração de Helsinque (1964): - A pesquisa clínica deve adaptar-se aos princípios morais e científicos que justificam a pesquisa médica e deve ser baseada em experiências de laboratório e com animais ou em outros fatos cientificamente determinados; - A pesquisa clínica deve ser conduzida somente por pessoas cientificamente qualificadas e sob a supervisão de alguém medicamente qualificado; - A pesquisa não pode ser legitimamente desenvolvida, a menos que a importância do objetivo seja proporcional ao risco inerente à pessoa exposta; - Todo projeto de pesquisa clínica deve ser precedido de cuidadosa avaliação dos riscos inerentes, em comparação aos benefícios previsíveis para a pessoa exposta ou para outros; - Precaução especial deve ser tomada pelo médico ao realizar a pesquisa clínica na qual a personalidade da pessoa exposta é passível de ser alterada pelas drogas ou pelo procedimento experimental. 11 4. COMITÊS DE ÉTICA EM PESQUISAS Os Comitês de Ética em Pesquisas (CEPs), são órgãos de extrema importância para todas as instituições que estejam envolvidas com ensino e pesquisa. Foram criados, fundamentalmente, para defender os interesses dos sujeitos da pesquisa, a fim de salvaguardar sua integridade e contribuir no desenvolvimento da mesma, dentro de padrões éticos, por meio de avaliação e acompanhamento, tendo como princípios norteadores os referenciais da justiça, equidade, beneficência e não maleficência; promovendo a aplicação dos princípios pautados na ética dos direitos humanos em todas as pesquisas envolvendo seres humanos; possui dentre suas funções a responsabilidade de, além de proteger os participantes da pesquisa, sensibilizar os pesquisadores quanto à importância de respeitar os direitos e integridades física, moral, psicológica e cultural dos envolvidos. As avaliações prévias dos projetos de pesquisas feitas por um CEPs visam assegurar que os aspectos éticos e metodológicos estejam adequados. Em pesquisas na área da saúde, quatro pontos são fundamentais: a qualificação da equipe de pesquisadores e do próprio projeto; a avaliação da relação risco- benefício; o consentimento livre e esclarecido e a avaliação prévia por um Comitê de Ética, que têm como objetivo proteger os indivíduos estudados. As Diretrizes Internacionais para Pesquisas Biomédicas Envolvendo Seres Humanos, elaboradas pelo Conselho das Organizações Internacionais de Ciências Médicas, em acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a partir de 1993, defiram que todos os projetos de pesquisas relativos a esse assunto devem ser submetidos à revisão de um ou mais comitês independentes, sendo necessária a aprovação da pesquisa antes do início de seu desenvolvimento (BRASIL, 2008a, s.p). Os comitês devem ser legitimamente constituídos e habilitados funcionando como instância primária de orientação, instrução, análise de validade das pesquisas e deliberação de assuntos éticos pertinentes aos protocolos, como também receber e quando necessário, apurar denúncias e determinar a interrupção de projetos de pesquisa. "Na formação do comitê deve haver, no máximo, 50% de seus membros de uma mesma categoria profissional, devendo também ser garantida a 12 participação de pessoas que não sejam voltadas à pesquisa. Em outras palavras, não se trata de um comitê de pesquisadores, mas sim de um grupo representativo da sociedade". (Batista; 2012, p.151). No Brasil, o sistema foi criado pela resolução de 1988, do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e revisado pela Resolução 196/96, que definiu a criação e a consolidação do sistema brasileiro de revisão ética das pesquisas. 13 5. DILEMAS ÉTICOS NA PESQUISA EM SERES HUMANOS Alguns exemplos de casos que envolvem bioética são as polêmicas em torno do aborto, do transplante de órgãos, dos transgênicos, do uso de animais e humanos em experimentos, do uso de células-tronco, da eutanásia, do suicídio, da fertilização in vitro, entre outras. O Brasil detém uma grande biodiversidade e uma rica diversidade cultural. Devido a problemas relacionados com os meios de produção e a busca desenfreada por lucro, vem sofrendo quando se trata do manejo adequado da naturezaem determinado ecossistema. Outro ponto bastante discutido são o uso e as consequências do cultivo de produtos transgênicos, juntamente com o impacto que eles causam no meio ambiente e na saúde humana. A bioética pode ser aplicada também quando falamos em estética. A reflexão por trás do assunto diz respeito à busca insistente na suposta "perfeição física" (que é socialmente construída), em que pessoas se submetem a procedimentos médicos com grandes riscos à saúde. Esses são problemas e desafios que precisam ser enfrentados em todos os âmbitos da bioética, pois cada avanço da biologia e das ciências da saúde traz consigo obstáculos sociais e psicológicos. A pesquisa com embriões humanos, por exemplo, enfrenta problemas por ser um tema delicado que envolve tanto conceitos morais (religiosos), como o interesse científico e financeiro. E esse é o papel da bioética: tentar solucionar tais dilemas a partir de seus princípios, sabendo que não há apenas uma resposta que possa ser julgada correta. A busca da área é pelo equilíbrio justo entre a ciência e o respeito à vida, reconhecendo os benefícios que os avanços científicos e biológicos proporcionam, mas também permanecendo alerta para os riscos que eles representam para a sociedade e para o meio ambiente. https://www.ecycle.com.br/component/content/article/62-alimentos/2384-organismos-transgenicos-o-que-sao-dna-geneticamente-modificados-ogm-milho-soja-algodao-biosseguranca-monsanto-greepeace-idec-consequencias-saudeo-humana-alergia-cancer-biodiversidade-superpragas-trangenia-agrossistemas-como-evitar-alternativas-organicos.html https://www.ecycle.com.br/component/content/article/62/2384-organismos-transgenicos-o-que-sao-dna-geneticamente-modificados-ogm-milho-soja-algodao-biosseguranca-monsanto-greepeace-idec-consequencias-saudeo-humana-alergia-cancer-biodiversidade-superpragas-trangenia-agrossistemas-como-evitar-alternativas-organicos.html http://www.amrigs.com.br/revista/55-03/0000045956-Revista_AMRIGS_3_bioetica.pdf 14 6. TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO O papel do termo de consentimento livre e esclarecido é assegurar e comprovar o esclarecimento e a liberdade de opção para o sujeito da pesquisa. Exigências da pesquisa com seres humanos: - Respeitar os valores culturais, morais, religiosos e éticos - Garantir o retorno dos benefícios - Levar em conta as pesquisas feitas com reprodução humana e população vulnerável. O que deve constar no termo: - Justificativa e objetivos da pesquisa - Procedimentos que serão utilizados - Desconfortos, efeitos colaterais e possíveis riscos, além dos benefícios esperados. - Métodos alternativos já existentes, evidencias que a pesquisa é para o melhor que já existe. - Clareza sobre a liberdade do sujeito de recusar ou se retirar a qualquer estágio da pesquisa, sem penalização alguma ou prejuízo -Garantia de sigilo e privacidade dos voluntários da pesquisa -Ser autoexplicativo Conteúdo obrigatório do termo: - Garantia de esclarecimento antes e durante a pesquisa - Acompanhamento de assistência médica e hospitalar - Adequação das informações relativas à pesquisa ao nível de compreensão do sujeito, de modo que ele entenda no que consistira sua 15 participação, os procedimentos os quais será submetido, os possíveis benefícios e riscos envolvidos; - Formas de ressarcimento de despesas da participação no estudo; - Autonomia do sujeito de desistir a qualquer momento; - Indenização previstas quanto aos eventuais danos; - Direito do participante ao acesso aos resultados, as formas como serão divulgados e as estratégias que serão usadas para preservar sua identidade. Requisitos do termo: - Deve ser elaborado pelo pesquisador; - Aprovado pelo CEP; - Assinado ou identificado por impressão datiloscopia (digital) dos sujeitos de pesquisa ou responsável (2 vias); - Sempre ter o contato do pesquisador para esclarecer qualquer dúvida a qualquer momento. Riscos e benefícios: - Toda pesquisa envolve risco; - O dano pode ser imediato ou tardio, envolvendo não só o indivíduo estudado como também a sociedade; - Todos devem assumir a responsabilidade: pesquisador, patrocinador e instituição. 16 7. CONCLUSÃO Em se tratando de pesquisas com seres humanos, o tema da ética em pesquisas precisa ser objeto de permanente reflexão e crítica. Podemos concluir que, ao realizar uma pesquisa com seres humanos, a mesma deve-se guiar apoiada: no consentimento livre e esclarecido, para que as pessoas envolvidas tenham ciência do que se pretende atingir, de que forma e o que pode acarretar; o sigilo, para garantir que todas as informações ali contidas sejam preservadas; o anonimato, para assegurar a não exposição do sujeito envolvido e garantir o retorno dos resultados obtidos. A ética deve ser tratada como prioridade para que a pesquisa tenha resultado tanto para quem aplica quanto para quem contribuiu. Certamente um código não substitui o bom senso e não elimina as discussões sobre os dilemas éticos enfrentados em diferentes contextos, mas tem grande valor como forma de proteção ao pesquisador, à comunidade científica e ao indivíduo estudado. 17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DINIZ, D.; SUGAI, A.; GUILHEM, D.; SQUINCA, F. Ética em Pesquisas: Temas Globais. Ed. Letras Livres, Brasília, 2008. COSTA, S I F; GARRAFA, V; OSELKA, G. (coord.), Iniciação à Bioética. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1998. BRASIL, Conselho Nacional de Saúde, Resolução Nº 196/96. Disponível em: <http://conselho.saude.gov.br/web_comissoes/conep/aquivos/resolucoes/23_o ut_versao_final_196_ENCEP2012.pdf> Acesso em: 21/10/ 2019. SIQUEIRA, José Eduardo de. Ética na pesquisa com seres humanos. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, v. 50, n. 3, p. 243, Set. 2004. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 42302004000300020&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 21/10/2019. Princípios Bioéticos. https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/principios- bioeticos/32418. Acesso em: 21/10/2019 TOMANIK, Eduardo Augusto. A ética e os comitês de ética em pesquisa com seres humanos. Psicol. estud., Maringá, v. 13, n. 2, p. 395-404, Jun. 2008. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 73722008000200023&lng=en&nrm=iso> Acesso em: 23/10/2019.
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