Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Ezequiel Marcos Calixto RESUMO BIOQUIMICA – AULA 03 GLICONEOGÊNESE, GLICOGENÓLISE E GLICOGÊNESE. GLICONEOGÊNESE Nível de glicose do sangue é mantido via carboidratos dos alimentos e degradação do glicogênio hepático. - Reservas esgotadas inicia-se o processo de GLICONEOGÊNESE - Processo para sintetizar glicose a partir de precursores que não são carboidratos Glicólise e gliconeogênese são processos irreversíveis nas células • Ocorrem principalmente no citosol, regulação recíproca e coordenada • Regulação separada das duas vias é atingida por meio de controles exercidos nas etapas enzimáticas que existem em apenas umas das vias. Em resumo a gliconeogênese é a formação de glicose a partir de piruvato/oxalacetato, neste sentido é processo oposto da glicólise. GLICOGENÓLISE O excesso de glicose é convertido em formas de armazenamento (glicogênio e amido) • Nos vertebrados o glicogênio é encontrado principalmente no fígado (10%) e músculo esquelético (2%) • Armazenado na forma de grânulos citosólicos (55.000 resíduos de glicose). GLICOGÊNIO MUSCULAR Fonte de energia rápida para o metabolismo aeróbio e anaeróbio Atividade intensa pode ser gasto em menos de uma hora GLICOGÊNIO HEPÁTICO Reservatório de glicose para outros tecidos (entre as refeições e no jejum) - 12-24 h. A primeira enzima a agir é a glicogênio fosforilase, adicionando a molécula de fosfato nas moléculas ligadas que formam o glicogênio (glicose). Após teremos ação da fosfoglicomutase, colocando o fosfato do carbono 1 para o carbono 6 da glicose gerando a glicose-6- fosfato FÍGADO: glicose 1-fosfato sofrerá ação da glicose-6-fosfatase, liberando então a glicope livre no sangue. No músculo por sua vez, a glicose-6-fosfatase não existe, então, a glicose-6-fosfato entra já na glicólise. Degradação do glicogênio próximo a um ponto de ramificação 1º Enzima de desramificação (Transferase) remove um bloco de 3 resíduos de glicose daramificação para um extremidade não redutora 2º Resíduo remanescente é liberado pela glicosidase 16 3º polímero não ramificado substrato para nova ação da fosforilase SÍNTESE DE GLICOGÊNIO GLICOGÊNESE • Processo bioquímico que transforma a glicose em glicogênio. • Ocorre virtualmente em todos os tecidos animais, mas é proeminente no fígado e músculos esqueléticos. Ezequiel Marcos Calixto • O músculo armazena apenas para o consumo próprio e só utiliza durante o exercício, quando há necessidade de energia rápida. • O glicogênio é uma fonte imediata de glicose para os músculos quando há a diminuição da glicose sanguínea (hipoglicemia). O glicogênio fica disponível no fígado e músculos, sendo consumido totalmente cerca de 24 horas após a última refeição. 1º glicose-6-fosfato é convertida em glicose-1-fosfato pela fosfoglicomutase 2º formação de UDP-glicose pela ação da UDP-glicose�pirofosforilase 3º reação catalisada pela glicogênio�sintase de transferência de UDP�glicose para uma extremidade não-redutora de uma molécula de ramificada de glicogênio 4º enzima de ramificação produz ligações (α16) • Glicogênese: o glicogênio é sintetizado a partir de uma UDP-glicose (forma ativa de glicose) Enzima de ramificação: Amilo (14) a (16) transglicosilase ou glicosil-(46)-transferase Catalisa a transferência de um fragmento terminal de 6 a 7 resíduos de glicose da extremidade não redutora de uma ramificação de glicogênio (pelo menos 11 resíduos) para grupo hidroxil C-6 de um resíduo de glicose mais interna Molécula ramificada mais solúvel e aumenta o número de sítio de ligação de glicose. • A GLICOGENINA É O “PRIMER” PARA O INÍCIO DA SÍNTESE DE GLICOGÊNIO • é uma glicosil transferase dimérica • novas partículas de glicogênio iniciam com a formação autocatalítica de uma ligação glicosídica entre a glicose da udp�glicose e um resíduo de tyr na proteína glicogenina • adição de vários resíduos de glicose para formar um iniciador que pode sofrer a ação da glicogênio-sintase • catalisa a adição de 8 unidades de glicose unidas por ligações (α14). DOENÇA DE VON GIERKE A doença de von Gierke (DG) ou glicogenose tipo I é uma doença autossómica recessiva caracterizada pela deficiência da atividade da glicose-6-fosfatase. Acompanha-se de atraso no crescimen�to, infeções recorrentes, hiperuricemia, dislipidemia, anemia, patologia renal e adenomas hepáticos. O tratamento consiste em assegurar níveis glicémicos fisiológicos. Caracteriza-se por uma deficiência no complexo da glicose-6-fosfatase (G6P), nomeadamente, no fígado, rim e mucosa intestinal, com consequente acumulação de glicogénio e lípi�dos, hipoglicemia, acidose metabólica e disfunção plaquetária.1-8 Engloba dois subtipos: glicogenose tipo Ia, caracte�rizada por defeito na atividade catalítica da enzima e glicogenose tipo Ib, com deficiência na translocase da g6P (transportador). (Torre, Miranda, Corga, Rodrigues, & Guerra, 2013)
Compartilhar