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EXPOENTE12 MATEMÁTICA A Daniela Raposo Luzia Gomes VOL. 3 MANUAL DO PROFESSOR DE ACORDO COM NOVO PROGRAMA E METAS CURRICULARES Cláudia Mendes Araújo (Universidade do Minho) TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas 1. Juros compostos ....................................................................................................................................... 6 2. Número de Neper ..................................................................................................................................... 11 3. Funções exponenciais............................................................................................................................. 14 3.1. Propriedades da função definida nos números racionais por f (x) = a x, com a > 0: monotonia, continuidade, limites e propriedades algébricas ...................................................................................... 14 3.2. Funções definidas nos números reais por f (x) = a x, com a > 0 e respetivas propriedades .................... 19 3.3. Algumas equações e inequações envolvendo exponenciais .................................................................. 23 3.4. O limite lim 1 + n = e x ....................................................................................................................... 28 3.5. O limite notável = 1 ................................................................................................................ 31 3.6. Derivada da função exponencial de base e ........................................................................................... 33 4. Funções logarítmicas.............................................................................................................................. 35 4.1. Conceito de logaritmo............................................................................................................................. 35 4.2. Função logarítmica ............................................................................................................................... 38 4.3. Propriedades algébricas dos logaritmos ............................................................................................... 43 4.4. Resolução de algumas equações e inequações com logaritmos ............................................................ 47 4.5. Derivadas da função a x, a > 0 e das funções logarítmicas .................................................................... 54 4.6. Limites envolvendo funções exponenciais e funções logarítmicas ......................................................... 69 5. Modelos exponenciais ............................................................................................................................ 79 Síntese ............................................................................................................................................................. 86 Aprende Fazendo .............................................................................................................................................. 94 Desafio ............................................................................................................................................................ 119 Teste Final ....................................................................................................................................................... 120 TEMA VI Primitivas e Cálculo Integral 1. Noção de primitiva ................................................................................................................................. 126 2. Cálculo integral....................................................................................................................................... 136 2.1. Definição intuitiva da noção de integral ................................................................................................. 136 2.2. Origem histórica do símbolo de integral ............................................................................................... 138 2.3. Propriedades do integral definido ........................................................................................................ 139 2.4. Teorema fundamental do cálculo (integral) e fórmula de Barrow ........................................................... 141 h i j x n h i j e h – 1 hlimh Æ 0 ÍNDICE 2.5. Cálculo de medidas de áreas de regiões do plano ................................................................................ 147 Síntese ........................................................................................................................................................... 150 Aprende Fazendo ............................................................................................................................................. 154 Desafio ........................................................................................................................................................... 159 Teste Final ....................................................................................................................................................... 160 TEMA VII Números Complexos 1. Introdução aos números complexos .................................................................................................. 164 2. O corpo dos números complexos ....................................................................................................... 166 2.1. Propriedades das operações + e ¥ em R2 ............................................................................................. 166 2.2. A unidade imaginária i = (0, 1) ................................................................................................................ 168 2.3. Representação dos números complexos na forma z = a + bi................................................................. 168 3. Forma trigonométrica de um número complexo .............................................................................. 186 3.1. Complexos de módulo 1 ........................................................................................................................ 186 3.2. Argumento de um número complexo e representação trigonométrica dos números complexos ........... 188 4. Raízes n -ésimas de números complexos ......................................................................................... 206 4.1. Soluções das equações da forma zn = w, n ∈N e w ∈C ....................................................................... 206 4.2. Raízes em C de polinómios do segundo grau de coeficientes reais ....................................................... 213 5. Conjuntos de pontos definidos por condições sobre números complexos ................................ 216 5.1. Circunferência e círculo ........................................................................................................................ 216 5.2. Mediatriz e semiplanos definidos por mediatrizes ................................................................................ 217 5.3. Retas paralelas aos eixos coordenados ............................................................................................... 219 5.4. Semirretas e ângulos .......................................................................................................................... 220 Síntese ........................................................................................................................................................... 225 Aprende Fazendo ............................................................................................................................................ 234 Desafio ........................................................................................................................................................... 243 Teste Final ......................................................................................................................................................244 Soluções ...................................................................................................................................................... 247 TEMA III – Funções Reais de Variável Real TEMA IV – Trigonometria e Funções Trigonométricas VOL. 2 TEMA I – Cálculo Combinatório TEMA II – Probabilidades VOL. 1 Desafio – Distância vertical Um dos números mais importantes da matemática é o número de Neper. Representa-se pela letra e, tem uma dízima infinita não periódica e as suas primeiras casas decimais são: e = 2,718 281 828 459 045 235 360… Consideremos os gráficos de duas funções, f(x) = ex e g(x) = x. Sejam F e G dois pontos, um de cada gráfico, com a mesma abcissa. Seja d a distância entre esses pontos. Qual é a abcissa comum a F e a G que faz com que a distância d seja mínima? Qual é essa distância? E se, em vez da reta y = x, tivéssemos a reta y = 2x? José Paulo Viana TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas 1. Juros compostos 2. Número de Neper 3. Funções exponenciais 4. Funções logarítmicas 5. Modelos exponenciais UNIDADE 1 Juros compostos O estudo das funções exponenciais e logarítmicas torna-se fundamental pela variedade de aplicações simples, surpreendentes e interessantes que daí resultam. Tem aplicações nas mais diversas áreas do conhecimento: economia, biologia, física, química, arqueolo- gia, …, como teremos oportunidade de ver mais à frente. Consideremos o seguinte exemplo: Formalizando a linguagem utilizada no exemplo anterior e de um modo geral: Dados um número real r, uma unidade de medida temporal T e n ∈N, designa-se por “aplicar juros compostos à taxa de r% a T durante n períodos de tempo T” a um dado ca- pital disponível, em certo instante inicial t0, a operação que consiste em calcular um juro igual a r% do capital disponível no início de cada período de tempo com duração igual a T e adicioná-lo ao capital findo esse período, começando este processo a partir do ins- tante t0, e levando-o a cabo n vezes seguidas. TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas 6 Exemplo Supõe que depositas 1000 euros num banco, a um juro composto de 4% ao ano. Designe- mos por C0 o capital inicial de 1000 euros e por Cn o capital acumulado ao fim de n anos. Ao fim de um ano, terás o capital inicial mais o valor correspondente a 4% desse mesmo capital, isto é: C1 = 1000 + ¥ 1000 = 1000 1 + Ao fim de dois anos, terás o capital que tinhas ao fim de um ano mais o valor correspon- dente a 4% desse mesmo capital, isto é: C2 = 1000 1 + + ¥ 1000 1 + = 1000 1 + ¥ 1 + = = 1000 1 + 2 Ao fim de três anos, terás o capital que tinhas ao fim de dois anos mais o valor corres- pondente a 4% desse mesmo capital, isto é: C3 = 1000 1 + 2 + ¥ 1000 1 + 2 = 1000 1 + 2 ¥ 1 + = = 1000 1 + 3 Facilmente intuímos que, ao fim de n anos, o capital será de: Cn = 1000 1 + n = C0 1 + n4 100 4 100 h i j h i j h i j h i j 4 100 4 100 h i j h i j h i j 4 100 h i j 4 100 4 100 4 100 h i j h i j h i j h i j 4 100 h i j h i j h i j 4 100 h i j 4 100 4 100 4 100 4 100 4 100 4 100 h i j h i j h i j h i j h i j h i j h i j h i j h i j h i j PROFESSOR FEL12_1.1 Resolução Todos os exercícios de “Juros compostos” 7 UNIDADE 1 Juros compostos Demonstração Seja Cn o capital disponível ao fim de n períodos de tempo T. Demonstremos por indução matemática que Cn = C0 1 + n . i) Para n = 1, tem-se que: C1 = C0 1 + , que é uma proposição verdadeira. ii) Seja n ∈N tal que Cn = C0 1 + n . Mostremos que Cn + 1 = C0 1 + n + 1 . Cn + 1 = Cn + Cn = = Cn 1 + = = C0 1 + n 1 + (hipótese de indução) = C0 1 + n + 1 ∀ n ∈N, se Cn = C0 1 + n , então Cn + 1 = C0 1 + n + 1 . Por i) e ii) provámos que o capital disponível ao fim de n períodos de tempo T é igual a C0 1 + n . Supõe, agora, que depositas 1000 euros num banco e que, em vez de se aplicar um juro de 4% ao ano, se aplica um juro de 2% duas vezes ao ano (isto é, semestralmente). Então, ao fim do primeiro semestre, terias: C1 = 1000 + ¥ 1000 = = 1000 1 + Ao fim do segundo semestre, terias: C2 = 1000 1 + + ¥ 1000 1 + = = 1000 1 + ¥ 1 + = = 1000 1 + 2 h i j r 100 h i j r 100 h i j h i j r 100 h i j h i j h i j r 100 h i j r 100 r 100 h i j h i j h i j r 100 h i j h i j r 100 h i j h i j r 100 h i j 2 100 2 100 2 100 2 100 2 100 h i j h i j h i j h i j h i j h i j h i j 2 100 h i j h i j 2 100 h i j h i j 2 100 h i j h i j r 100 h i j h i j r 100 h i j h i j r 100 h i j O Simão recebeu no seu primeiro aniversário uma prenda de 500 euros. A sua mãe, que é bancária, depositou este valor numa modalidade de juros à taxa de 2,5% ao ano. Supondo que esta taxa se mantém, qual será o capital acumulado quando o Simão atingir os 18 anos? Apresenta o resultado aproximado às centésimas. 1 O Pedro pretende depositar 50 000 euros durante um período de dois anos. O banco A oferece-lhe ao ano uma taxa de 2,5% e o banco B oferece-lhe semestralmente uma taxa de 1,25%. Qual dos dois bancos propõe uma situação mais lucrativa para o Pedro? Justifica a tua resposta. 2 Determina a taxa anual a que esteve depositado um capital que duplicou em 15 anos. Apresenta o resultado em percentagem aproximada às décimas. 3 FEL12_1.2 Soluções 1. 760,81 € 2. O banco B. 3. 4,7% PROFESSOR Dado um capital inicial C0, e aplicando-se juros compostos à taxa de r% a T, tem-se que o capital disponível, ao fim de n períodos de tempo T, é igual a C0 1 + n .hi j r 100 h i j 8 TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas Foi efetuado um depósito a um ano de 1500 euros num banco, num regime de juro composto à taxa anual de 1,2%. Determina o valor do rendimento obtido ao fim de um ano, se os juros pagos forem capitalizados proporcionalmente e: a) anualmente; b) semestralmente; c) trimestralmente; d) mensalmente. 4 Soluções 4. a) 18 € b) 18,05 € c) 18,08 € d) 18,10 € Sejam r um número real, n um número natural e C0 um capital disponível no início de um determinado período de um ano. Se dividirmos esse ano em n períodos iguais, de medida temporal T, e aplicarmos juros compostos à taxa de % a T, durante esses n períodos ao capital inicial C0, o capital disponível ao fim de um ano é igual a: C0 1 + nh i j r 100n h i j r n Supõe, agora, que depositas 1000 euros num banco e que, em vez de se aplicar um juro de 4% ao ano, se aplica um juro de 1% quatro vezes ao ano (isto é, trimestralmente). Então, ao fim do primeiro trimestre, terias: C1 = 1000 + ¥ 1000 = = 1000 1 + Ao fim do segundo trimestre terias: C2 = 1000 1 + + ¥ 1000 1 + = = 1000 1 + 1 + = = 1000 1 + 2 Ao fim do terceiro trimestre terias: C3 = 1000 1 + 2 + ¥ 1000 1 + 2 = = 1000 1 + 2 1 + = = 1000 1 + 3 Ao fim do quarto trimestre terias: C4 = 1000 1 + 3 + ¥ 1000 1 + 3 = = 1000 1 + 3 1 + = = 1000 1 + 4 Em geral, tem-se: 1 100 1 100 h i j h i j h i j 1 100 h i j h i j 1 100 h i j 1 100 h i j 1 100 h i j h i j 1 100 h i j 1 100 h i j h i j h i j 1 100 h i j h i j 1 100 h i j h i j 1 100 h i j 1 100 1 100 h i j h i j h i j 1 100 h i j h i j 1 100 h i j h i j 1 100 h i j h i j 1 100 h i j h i j 1 100 h i j 1 100 1 100 h i j h i j PROFESSOR FEL12_1.3 9 UNIDADE 1 Juros compostos Foi efetuado um depósito a um ano de 5800 euros num banco, no regime de juro composto à taxa anual de 2,1%. a) Qual é o capital acumulado ao final de um ano? b) Mostra que o capital acumulado ao fim de cinco anos é de aproximadamente 6435,12 euros. c) Justifica que a sucessão dos capitais acumulados em cada um dos anos, a partir do primeiro, é uma progressão geométrica de razão 1,021. d) Obtém a expressão que permite obter o capital acumulado ao fim de n anos. e) Utiliza a calculadora para determinar ao fim de quantos anos é possível obter um capital acumulado superior a 9000 euros. f) Supondo que é dada a opção de capitalizar juros pagos proporcionalmente em cada períodode três meses, mas com uma taxa de apenas 1,9% ao ano, determina se um tal depósito permite obter ao fim de um ano um capital acumulado maior ou menor do que o obtido na opção acima descrita. Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano Exercício resolvido Sugestão de resolução Sabemos que dado um capital inicial C0, e aplicando-se juros compostos à taxa de r% a T, tem-se que o capital disponível ao fim de n períodos de tempo T é igual a C0 1 + n . No contexto deste problema, C0 = 5800, r = 2,1, T = 1 ano. a) Assim, o capital acumulado ao final de um ano é: 5800 1 + = 5800(1 + 0,021) = 5800 ¥ 1,021 ≈ 5921,80 € b) O capital acumulado ao fim de cinco anos é: 5800 1 + 5 = 5800 ¥ 1,0215 ≈ 6435,12 € c) Seja Cn o capital acumulado ao fim de n (n ∈N) anos. Um depósito a um ano de um determinado capital inicial C0 num banco, no regime de juro composto à taxa anual de 2,1% (= 0,021), significa que, ao fim do primeiro ano, o capital será igual à soma do capital inicial com 0,021 desse mesmo valor, isto é, C1 = C0 + 0,021C0 = C0 ¥ 1,021. Este último valor passa a ser o capital do cliente e irá, por sua vez, um ano depois, ser sujeito a um juro de 2,1% (= 0,021), ou seja, C2 = C1 + 0,021C1 = = C1 ¥ 1,021. E, assim, sucessivamente…, isto é, o capital acumulado ao fim de um ano cor- responde ao capital acumulado no ano anterior multiplicado pelo fator 1,021, que traduz o facto de o capital acumulado crescer à taxa de 2,1% ao ano. Logo, a sucessão C1, C2, …, Cn é uma progressão geométrica de razão 1,021. h i j r 100 h i j 2,1 100 h i j h i j h i j 2,1 100 h i j (continua) Foi efetuado um depósito a um ano de 8500 euros num banco, no regime de juro composto à taxa anual de 2%. a) Qual é o capital acumulado ao final de um ano? b) Mostra que o capital acumulado ao fim de 10 anos é de aproximadamente 10 361,45 euros. c) Justifica que a sucessão dos capitais acumulados em cada um dos anos, a partir do primeiro, é uma progressão geométrica de razão 1,02. d) Obtém a expressão que permite obter o capital acumulado ao fim de n anos. e) Utiliza a calculadora para determinar ao fim de quantos anos é possível obter um capital acumulado superior a 10 000 euros. f) Supondo que é dada a opção de capitalizar juros pagos proporcionalmente mensalmente, mas com uma taxa de apenas 1,9% ao ano, determina se um tal depósito permite obter ao fim de um ano um capital acumulado maior ou menor do que o obtido na opção acima descrita. 5 Soluções 5. a) 8670 € d) 8500 ¥ 1,02n e) 9 anos f) O capital acumulado é inferior ao obtido na opção acima. PROFESSOR 10 TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas Exercício resolvido d) Cn = 5800 1 + n = = 5800 ¥ 1,021n e) Cn > 9000 ⇔ 5800 ¥ 1,021n > 9000 Recorrendo à calculadora gráfica (na janela de visualização, consideramos x ∈[0, 30] e y ∈[5800, 10 000]), obtemos as seguintes partes das represen- tações gráficas das funções definidas por: f1(x) = 5800 ¥ 1,021n e f2(x) = 9000 As representações gráficas levam-nos a induzir que, ao fim de 22 anos, será possível obter um capital acumulado superior a 9000 euros. f) Sabemos que, dados um número real r, um número natural n e um capital C0 disponível no início de um determinado período de um ano, se dividirmos esse ano em n períodos iguais de medida temporal T, e aplicarmos juros com- postos à taxa de % a T, durante esses n períodos ao capital inicial C0, o capital disponível ao fim de um ano é igual a C0 1 + n . No contexto deste problema: • C0 = 5800 • n = = 4 • = = 0,475 • T = 3 meses Logo, o capital disponível ao fim de um ano é igual a: 5800 1 + 4 = 5800 ¥ 1,004754 ≈ 5 910,99 € Na opção descrita na alínea b), o capital acumulado é de 5921,80 euros e com esta nova modalidade é de 5910,99 euros, logo esta última modalidade devolve um capital acumulado inferior. h i j 2,1 100 h i j r n h i j r 100n h i j 1,9 100 ¥ 4 h i j h i j 12 3 1,9 4 r n A população de bactérias de uma determinada cultura cresce à taxa de 3,1% por dia. Se a população inicial é de 10 000 bactérias, qual é o número de bactérias existentes passados 10 dias? 6 Um determinado automóvel custou 48 900 euros. Sabendo que desvaloriza a uma taxa de 13% ao ano, determina o valor do automóvel ao fim de quatro anos? 7 Uma população é constituída por 2,4 milhares de bactérias. Esta população, quando atacada por um medicamento, diminui 15% em cada hora. Qual das seguintes expressões pode traduzir a função que dá o número, em milhares, de bactérias ao fim de n horas? (A) 2,4 ¥ 1,15n (B) 2,4 ¥ 0,85n (C) 2,4 ¥ 0,15n (D) 2,4 – 0,15n 8 Soluções 6. ≈ 13 570 7. 28 014,69 € 8. Opção (B) PROFESSOR Apresentação “Juros compostos” Teste interativo “Juros compostos” Págs. 94, 95, 99, 101 e 111 Exercícios 2, 8, 29, 30, 41 e 71 APRENDE FAZENDO Págs. 47 e 48 Exercícios 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9 e 10 CADERNO DE EXERCÍCIOS E TESTES 11 UNIDADE 2 Número de Neper UNIDADE 2 Número de Neper Consideremos a sucessão de termo geral un = 1 + n .hi j h i j 1 n Demonstração (+) Utilizando a fórmula do desenvolvimento de um binómio, tem-se: un = 1 + n = = 1 + nC1 ¥ 1 + nC2 ¥ 2 + nC3 ¥ 3 + … + n = = 1 + n ¥ + ¥ + ¥ + … + = = 1 + 1 + ¥ + ¥ + … + = = 2 + ¥ + ¥ + … + = = 2 + ¥ + ¥ ¥ + … + = = 2 + ¥ 1 – + ¥ 1 – ¥ 1 – + … + Portanto, un = 2 + ¥ 1 – + ¥ 1 – ¥ 1 – + … + (repare-se que esta soma tem n parcelas). Donde: un + 1 = 2 + ¥ 1 – + ¥ 1 – ¥ 1 – + … + (repare-se que esta soma tem n + 1 parcelas). Vamos agora comparar as parcelas de un e de un + 1: Vamos começar por provar que ¥ 1 – > ¥ 1 – . Tem-se, ¥ 1 – > ¥ 1 – ⇔ 1 – > 1 – ⇔ – > – ⇔ < ⇔ n + 1 > n, o que é sempre verdade. Também se prova que ¥ 1 – ¥ 1 – > ¥ 1 – ¥ 1 – . E assim sucessivamente. h i j 1 n h i j h i j 1 n h i j h i j 1 n h i j h i j 1 n h i j h i j 1 n h i j 1 n n(n – 1) 2 1 n2 n(n – 1)(n – 2) 3! 1 nn 1 2 n(n – 1) n ¥ n 1 3! n(n – 1)(n – 2) n ¥ n ¥ n 1 nn 1 2 n – 1 n 1 3! (n – 1)(n – 2) n ¥ n 1 nn 1 2 n – 1 n 1 3! n – 1 n 1 nn n – 2 n 1 2 1 n h i j h i j 1 3! h i j 1 n h i j h i j 2 n h i j 1 nn 1 2 h i j 1 n h i j 1 3! h i j 1 n h i j h i j 2 n h i j 1 nn 1 2 h i j 1 n + 1 h i j 1 3! h i j 1 n + 1 h i j h i j 2 n + 1 h i j 1 (n + 1)n + 1 1 2 h i j 1 n + 1 h i j 1 2 h i j 1 n h i j 1 2 h i j 1 n + 1 h i j 1 2 h i j 1 n h i j 1 n + 1 1 n 1 n + 1 1 n 1 n + 1 1 n 1 3! h i j 1 n + 1 h i j h i j 2 n + 1 h i j 1 3! h i j 1 n h i j h i j 2 n h i j 1 n3 FEL12_1.4 PROFESSOR (+) Demonstração facultativa Teorema A sucessão de termo geral un = 1 + n é crescente.hi j 1 n h i j Resolução Todos os exercícios de “Número de Neper” 12 TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas PROFESSOR FEL12_1.4 Demonstração (+) Comecemos por provar, por indução matemática, que ∀ n ≥ 3, n! > 2n – 1. i) n = 3 3! > 23 – 1 ⇔ 6 > 4, que é uma proposição verdadeira. ii) Hipótese de indução: n! > 2n – 1 Tese de indução: (n + 1)! > 2n (n + 1)! = (n + 1)n! > (n + 1) 2n – 1 (hipótese de indução) > 4 ¥ 2n – 1 = 22 ¥ 2n – 1 = 2n + 1 > 2n Provámos, assim, que ∀ n ≥ 3, n! > 2n – 1. Este resultado será utilizado na prova de que un = 1 + n é limitada. Como vimos, 1 + n é crescente, logo o seu primeiro termo, que é 2, é um minorante, isto é, 1 + n ≥ 2, ∀ n ∈N. Vamos agora provar que 1 + n < 3, ∀ n ∈N. Já vimos, na demonstração anterior, que: un = 2 + ¥ 1 – + ¥ 1 – ¥ 1 – + … + h i j 1 n h i j h i j 1 n h i j h i j 1 n h i j h i j 1 n h i j 1 2 h i j 1 n h i j 1 3! h i j 1 n h i j h i j 2 n h i j 1 nn (+) Demonstração facultativa Teorema A sucessão de termo geral un = 1 + n é limitada.hi j 1 n h i j Verifica-se que: • un + 1 tem mais uma parcela positiva do que un; • as primeiras parcelas de un + 1 e de un são iguais; • a segunda parcela de un + 1 é superior à segunda parcela de un; • a terceira parcela de un + 1 é superior à terceira parcela de un; •e assim sucessivamente. Donde se conclui que ∀ n ∈N, un + 1 > un, isto é, a sucessão é crescente. 13 UNIDADE 2 Número de Neper FEL12_1.4 Soluções 9. a) 2000,00 € b) 2250,00 € c) 2441,40 € d) 2613,04 € e) 2714,57 € f) 2718,13 € g) 2718,28 € h) 2718,28 € PROFESSOR Como 1 – < 1, tem-se que ¥ 1 – < . Como 1 – 1 – < 1, tem-se que ¥ 1 – 1 – < . E assim sucessivamente. Então, un < 2 + + + … + . Como, para n ≥ 3, já se provou que n! > 2n – 1, vem que, para n ≥ 3, se tem < . Vem, então: un < 2 + + + … + < 2 + + + … + Aplicando agora a fórmula que dá a soma dos n primeiros termos de uma progressão geométrica, vem: + + … + = ¥ = 1 – n – 1 Portanto, tem-se un < 2 + 1 – n – 1 , ou seja, un < 3 – n – 1 . Como 3 – n – 1 < 3, conclui-se, finalmente, que un < 3. Portanto, todos os termos da sucessão estão compreendidos entre 2 e 3, pelo que a sucessão é limitada. 1 n 1 n h i j h i j 1 2 1 2 h i j 1 n h i j h i j 2 n h i j 1 3! h i j 1 n h i j h i j 2 n h i j 1 3! 1 2 1 3! 1 n! 1 n! 1 2n – 1 1 2 1 3! 1 n! 1 2 1 22 1 2n – 1 1 2 1 22 1 2n – 1 1 2 h i j 1 2 h i j1 2 1 – 1 – n – 11 2 h i j h i j h i j 1 2 h i j h i j 1 2 h i j h i j 1 2 h i j Recorda que toda a sucessão monótona e limitada é convergente. Prova-se que o limite de 1 + n é um número irracional, designado por número de Neper ou número de Euler. Esse número é geralmente representado pela letra e. lim 1 + n = e Repara que do ponto de vista dos juros compostos, un representa o montante disponível ao fim de um ano, dividindo esse ano em n períodos iguais e capitalizando-se um juro de no final de cada um deles, relativamente a um capital inicial de C0 = 1 e a uma taxa anual de juros de 100%. h i j 1 n h i j h i j 1 n h i j 100% n Teorema A sucessão de termo geral un = 1 + n é convergente.hi j 1 n h i j No país das maravilhas será aplicado um juro de 100% ao ano a um capital inicial de 1000 euros. Determina o capital acumulado ao fim de um ano, com aproximação às centésimas, se o juro for capitalizado: a) anualmente; b) semestralmente; c) trimestralmente; d) de mês a mês; e) diariamente (considera 365 dias); f) hora a hora; g) minuto a minuto; h) continuamente. 9 Apresentação “Número de Neper Teste interativo “Número de Neper” Pág. 94 Exercício 1 APRENDE FAZENDO Pág. 48 Exercício 6 CADERNO DE EXERCÍCIOS E TESTES UNIDADE 3 Funções exponenciais TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas 14 Consideremos a seguinte situação: No dia 1 de setembro de 2016, às 9 horas, uma equipa de biólogos retirou uma amostra de água de um lago e concluiu que ali existia 1 milhar de fungos por cada centímetro cú- bico. Sabe-se, também, que esta espécie de fungos duplicava de dia para dia. Completemos a tabela: Repara que quanto maior for a população de fungos, maior será o aumento por unidade de tempo. O aumento da população de fungos não se verifica a uma taxa constante; o que é cons- tante em cada um destes períodos é a variação relativa: se no primeiro dia a população duplicou, o mesmo acontecerá nos dias seguintes, isto é, P(t + 1) = 2 ¥ P(t). De um modo geral, podemos expressar o número de fungos, em milhares, por centímetro cúbico de água, ao fim de t dias, por P(t) = 1 ¥ 2t. Apesar de a população de fungos duplicar de dia para dia, é óbvio que não o faz repen- tinamente ao fim de exatamente 24 horas. Essa duplicação vai-se fazendo continuamente. Supondo que este modelo se mantém válido para números racionais, conseguiríamos determinar o número de fungos, por exemplo: • às 21 horas do dia 2 de setembro de 2016 Repara que às 21 horas do dia 2 de setembro de 2016 correspondem a t = . Assim, P = 2 = √∫2∫3 ≈ 2,828 milhares. • às 15 horas do dia 3 de setembro de 2016 Às 15 horas do dia 3 de setembro de 2016 correspondem a t = . Assim, P = 2 = 4√∫2∫9 ≈ 4,757 milhares. • às 9 horas do dia 31 de agosto de 2016 Às 9 horas do dia 31 de agosto de 2016 correspondem a t = –1. Assim, P(–1) = 2–1 = = 0,5 milhar. 3 2 3 2 h i j h i j 3 2 9 4 h i j 9 4 h i j 9 4 1 2 3.1. Propriedades da função definida nos números racionais por f (x) = ax, com a > 0: monotonia, continuidade, limites e propriedades algébricas Numa pequena cidade, uma notícia espalha-se de modo que ao meio-dia de um determinado dia uma centena de pessoas já tinha conhecimento da notícia. Sabe-se ainda que de hora a hora o número de pessoas que sabia da notícia duplicava. Nesse dia, quantas pessoas tinham conhecimento da notícia: a) às 13 h? b) às 15 h? c) às 12 h 30 min? d) às 13 h 45 min? 10 Soluções 10. a) 200 b) 800 c) ≈ 141 d) ≈ 336 PROFESSOR t (tempo decorrido em dias) 0 1 2 3 4 5 6 P (número, em milhares, de fungos por cm3 de água) 1 2 4 8 16 32 64 Resolução Todos os exercícios de “Funções exponenciais” 15 UNIDADE 3 Funções exponenciais O exemplo anterior ilustra um modelo matemático definido por uma expressão em que a base é constante e o expoente é variável. Comecemos por estudar algumas propriedades da função definida nos números racio- nais por f(x) = ax, com a > 0, como, por exemplo, monotonia, continuidade e limites. Analisemos, o exemplo anterior: f(x) = 2x Determinemos as imagens, quando necessário, aproximadas às centésimas, de alguns valores de x pela função f: Em geral, tem-se: Provemos algumas destas propriedades. x … –2 –1,5 –1 –0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,25 … f(x) … 0,25 0,35 0,5 0,71 1 1,41 2 2,83 4 4,76 … Indica os valores reais de a e b de modo que a função f definida em Q por f(x) = b ax seja: a) crescente e o seu gráfico passe no ponto de coordenadas (0, 2); b) decrescente e o seu gráfico passe no ponto de coordenadas (0, 3). 11 FEL12_2.1 FEL12_2.2 FEL12_2.3 FEL12_2.4 Soluções 11. a) a > 1 e b = 2 b) 0 < a < 1 e b = 3 PROFESSOR Teorema Dado um número real a > 0, a função definida no conjunto dos números racionais por f(x) = ax tem as seguintes propriedades principais: 1. É crescente se a > 1 e decrescente se a < 1. 2. f(x) = 1. 3. f é contínua. 4. Se a > 1, f(x) = +∞ e f(x) = 0. 5. Se 0 < a < 1, f(x) = 0 e f(x) = +∞. lim x Æ 0 lim x Æ +∞ lim x Æ –∞ lim x Æ +∞ lim x Æ –∞ y x1 1,5 2,25–1–2 2 2 4 O 16 TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas (+) 1. Se a > 1, a função definida em Q por f(x) = ax é crescente. Comecemos por constatar que: para quaisquer m, n ∈N: m < n ⇒ am < an pois: a > 1 ⇒ a2 > a ⇒ a3 > a2 ⇒ … ⇒ an + 1 > an Pela transitividade da relação de ordem, vem que: an > an – 1 > … > a2 > a Logo: m < n ⇒ am < an Utilizando a propriedade acima, para expoente natural, e algumas propriedades algébricas de radicais que apendeste no 10.º ano de escolaridade, vejamos como o resultado acima se pode agora estender ao conjunto dos números racionais po- sitivos, isto é, para quaisquer m, n, p, q ∈N, , ∈Q+: < ⇒ a < a . • Tem-se que, para , ∈Q+: < ⇒ mq < pn ⇒ amq < apn ⇒ q√∫a∫m∫q < q√∫a∫p∫n ⇒ am < a n ⇒ n√∫a∫m < a ⇒ a < a • Vejamos o caso de dois racionais de sinais contrários, ou seja, para r’ ∈Q+ e r”∈Q– quaisquer. Nesse caso, sabemos que existe r ∈Q+ tal que r” = –r. Vejamos que r” < r’ ⇒ ar” < ar’, ou equivalentemente, que –r < r’ ⇒ a–r < ar’. r = e r’ = , com m, n, p e q ∈N Como a > 1, então: am > 1m e n√∫a∫m > n√∫1 e, consequentemente: a > 1 isto é: ar > 1 Analogamente, ar’ > 1 e tem-se que: a–r = < 1 < ar’ p q m n m n p q m n p q m n p q m n p q m n p q p q p q h i j h i j p q m n m n 1 ar (+) Demonstração facultativa Solução 12. a = 2 e b = 3 PROFESSOR Considera a função definida no conjunto dos números racionais por f(x) = bax, com a e b valores reais. Determina os valores de a e b de modo que o gráfico da função f contenha os pontos de coordenadas (2, 12) e (3, 24). 12 Recorda Sejam a, b, c e d números reais positivos, com a < b e c < d, então ac < bd. 17 UNIDADE 3 Funções exponenciais • Finalmente, vejamos o caso de dois números racionais negativos. Mostremos então que, para quaisquer r, r’ ∈Q+, –r < –r’ ⇒ a–r < a–r’.–r < –r’ ⇒ r > r’ ⇒ ar > ar’ ⇒ < ⇒ a–r < a–r’ Estendeu-se, assim, a propriedade ao conjunto de todos os números racionais. No caso em que f(x) = ax, com 0 < a < 1, tem-se que: > 1 Logo: ∀ m, n ∈Q: m < n ⇔ –m > –n ⇔ –m > –n (pois f(x) = ax, com a > 1, é crescente.) ⇔ am > an Logo: Se 0 < a < 1 a função definida em Q por f(x) = ax é decrescente. 3. A função f definida nos racionais por f(x) = ax é contínua. Prova-se que f(x) = 1 (propriedade 2). Considerando agora um qualquer número racional q: f(x) = ax = = ax – q + q = = aq ax – q f(x) = (aq ax – q) = Consideremos a mudança de variável x – q = y: se x Æ q, então x – q Æ 0. = aq ay = = aq ¥ 1 = = aq Mostrou-se assim que a função f definida nos racionais por f(x) = ax é contínua em Q, uma vez que existe f(x) e f(x) = f(q), para qualquer q ∈Q. 1 ar 1 ar’ 1 a h i j 1 a h i j h i j 1 a h i j lim x Æ q lim x Æ q lim x Æ q lim x Æ 0 lim y Æ 0 lim x Æ q 18 TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas 4. Tem-se que : • Se a > 1, ax = +∞ Não iremos demonstrar, mas resulta do facto de a função definida por f(x) = ax, com a > 1, ser crescente e de lim an = +∞, como estudado no 11.º ano. • Se a > 1, ax = 0 Sabemos, pela propriedade anterior, que se a > 1, ax = +∞. Consideremos a mudança de variável y = –x: se x Æ –∞, então y Æ +∞. ax = a–y = = = = = = = 0 5. Se 0 < a < 1, ax = 0 e ax = +∞. ax = –x = Consideremos a mudança de variável y = –x: se x Æ +∞, então y Æ –∞. = y = 0 pois > 1 e bx = 0 se b > 1. ax = –x = Consideremos a mudança de variável y = –x: se x Æ –∞, então y Æ +∞. = y = +∞ pois > 1 e bx = +∞ se b > 1. lim x Æ +∞ lim x Æ –∞ lim x Æ +∞ lim x Æ –∞ lim y Æ +∞ lim y Æ +∞ 1 ay lim y Æ +∞ 1 ay 1 +∞ lim x Æ +∞ lim x Æ –∞ lim x Æ +∞ lim x Æ +∞ h i j 1 a h i j lim y Æ –∞ h i j 1 a h i j 1 a h i j h i j lim x Æ –∞ lim x Æ –∞ lim x Æ –∞ h i j 1 a h i j lim y Æ +∞ h i j 1 a h i j 1 a lim x Æ +∞ h i j h i j Esquematizando / Resumindo a > 1 0 < a < 1 • ax = +∞ (simbolicamente a+∞ = +∞) • ax = 0 (simbolicamente a–∞ = 0) lim x Æ +∞ lim x Æ –∞ • ax = 0 (simbolicamente a+∞ = 0) • ax = +∞ (simbolicamente a–∞ = +∞) lim x Æ +∞ lim x Æ –∞ y x 1 O y x 1 O 19 UNIDADE 3 Funções exponenciais Na unidade anterior foi cuidadosamente estudada a função f, definida nos racionais por f(x) = ax, com a > 1. Façamos, agora, a extensão de f ao conjunto dos números reais, mantendo-se as propriedades de monotonia, os limites e as propriedades algébricas da função inicial. Comecemos por analisar qual será, então, o significado da expressão ax (a ∈R+) para todo o número real x. Já sabes que: • an = a ¥ a ¥ … ¥ a, n ∈N • a0 = 1 • a–n = , n ∈N • a = q√∫a∫p, p, q ∈N E o que significa ax, com x irracional? Consideremos ap. Qual é o seu significado? A ideia básica é que todo o número irracional pode ser aproximado, com a aproximação pretendida, por números racionais. Por exemplo, a partir da dízima infinita não periódica de p, construímos duas sucessões: uma crescente com valores aproximados por defeito, e a outra decrescente, com valores aproximados por excesso: un: 3,1; 3,14; 3,141; 3,1415; 3,14159; … Æ p– vn: 3,2; 3,15; 3,142; 3,1416; 3,14160; … Æ p+ As sucessões (un) e (vn) são ambas convergentes para p e são tais que: un < p < vn, ∀ n ∈N A partir de (un) e (vn), vamos construir duas novas sucessões: a(un): a3,1; a3,14; a3,141; a3,1415; a3,14159; … Æ ap a(vn): a3,2; a3,15; a3,142; a3,1416; a3,14160; … Æ ap Uma vez que as sucessões (a(un)) e (a(vn)) são monótonas e limitadas, conclui-se que são ambas convergentes, dependendo os seus limites, apenas, de a e de p. Chama-se ap a esses limites. n fatores ����� 1 an p q 3.2. Funções definidas nos números reais por f(x) = ax, com a > 0 e respetivas propriedades Sem utilizar a calculadora, determina: a) 32 + 64 b) 16 – c) 100–2,5 d) e) ¥ – 13 2 5 2 3 3 2 hi j 49 9 h i j 1 2 p2 √∫p h i j 4 3h i j h i j 16 81 h i j 1 4 hi j 125 8 h i j 2 3 Escreve na forma de potência de base natural. a) √∫ b) 3√∫ –2 c) 14 1 4√∫7 1 5 1 6 h i j h i j Utilizando as propriedades operatórias das potências, simplifica as seguintes expressões. a) x b) x – c) x– – d) x – e) (27x6) f) (8x2y3) g) h) (z2012) ¥ (x10 + y20)0 15 1 3 3 2hi j h i j h i j 2 3 h i j 3 4 h i j 7 8 h i j 8 7 h i j 5 6 h i j 6 5 2 3 1 3 h i j x2y3 x0 h i j 1 6 1 1006 Soluções 13. a) 20 b) c) d) p2 e) 14. a) 5 – b) 6 c) 7 – 15. a) √∫x b) c) x d) e) 9x4 f) 2x y g) x y h) z2 185 3 1 100 000 8 75 1 2 1 4 2 3 1 √∫∫x 1 x 2 3 1 3 1 2 PROFESSOR 20 TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas O processo acima permite estender a função definida por f(x) = ax, em Q, ao conjunto R, para a qual se mantêm, no essencial, as propriedades estudadas. Na figura ao lado estão representadas partes dos gráficos de três funções exponenciais de bases 2, e e 5, respetivamente: As seguintes propriedades resultam das definições, regras e propriedades das potências. Definição Dados um número real a > 0 e um número irracional x, se (qn)n ∈N é uma qualquer sucessão de números racionais de limite x, a sucessão de termo geral aqn é convergente e o respetivo limite depende apenas de x e de a. Esse limite representa-se por ax. Definição A função definida por f(x) = ax, em R, com a ∈R+, designa-se por função exponencial de base a. Nota A função exponencial de base e designa-se simplesmente por função exponencial e representa-se também por exp. Algumas propriedades das funções exponenciais de base maior que um A função exponencial de base a > 1 tem as seguintes propriedades principais: 1. Domínio: R 2. Contradomínio: R+ 3. Zeros: não tem zeros, isto é, ax = 0 é uma equação impossível. 4. Sinal: é positiva em R, isto é, ax > 0, ∀ x ∈R. 5. Variação: é crescente . 6. Injetividade: é injetiva. 7. Continuidade: é contínua. 8. ax = +∞ e ax = 0. 9. Assíntotas: a reta de equação y = 0 é assíntota horizontal ao gráfico da função. lim x Æ +∞ lim x Æ –∞ Considera a função g definida, em R, por g(x) = ex. Esboça os gráficos das seguintes funções a partir do gráfico de g, indicando as transformações sofridas pelo gráfico de g. a) g1(x) = g(x) + 2 b) g2(x) = g(x – 1) c) g3(x) = g(x + 1) – 1 d) g4(x) = –g(–x) e) g5(x) = –g(x) + 2 f) g6(x) = |g(x) – 1| 16 Soluções 16. Consultar na página 247. PROFESSOR FEL12_2.5 FEL12_2.8 x y h(x) = 5x g(x) = ex f(x) = 2x 5 e 2 1 1O Simulador GeoGebra: Transformações de gráficos de funções exponenciais 21 UNIDADE 3 Funções exponenciais Na figura abaixo estão representadas partes dos gráficos de três funções exponenciais de bases , e , respetivamente:1 2 1 e 1 5 As propriedades algébricas para potências de expoente racional permanecem válidas para potências de expoente irracional. Assim: Algumas propriedades das funções exponenciais de base maior que zero e menor que um A função exponencial de base 0 < a < 1 tem as seguintes propriedades principais: 1. Domínio: R 2. Contradomínio: R+ 3. Zeros: não tem zeros, isto é, ax = 0 é uma equação impossível. 4. Sinal: é positiva em R, isto é, ax > 0, ∀ x ∈R. 5. Variação: é decrescente . 6. Injetividade: é injetiva. 7. Continuidade: é contínua. 8. ax = 0 e ax = +∞. 9. Assíntotas: a reta de equação y = 0 é assíntota horizontal ao gráfico da função. lim x Æ +∞ lim x Æ –∞ Propriedades Sejam a, b ∈R+ e x, y ∈R: • ax ¥ ay = ax + y • (ax)y = ax ¥ y • = a–x • = ax – y • (ab)x = ax ¥ bx • x = 1 ax ax ay h i j a b h i j ax bx 5 e 1 O x1 e h(x) = g(x) = f(x) = x1 5 x y x1 2 2 –1 Sem utilizar a calculadora, completa com o símbolo < ou >, de modo a obteres proposições verdadeiras. a) 8√∫2 2√∫5 b) 3p 9√∫2 c) p d) p 17 1 4 1 27 h i j 1 9 h i j h i j 1 2 h i j Indica o valor lógico das seguintes proposições. a) 2p ¥ 2–p = 1 b) (2p)p = 22p c)2√∫3 ¥ 2√∫1∫2 = 23√∫3 d) = 2–√∫2 18 2√∫2 2√∫8 FEL12_2.5 Soluções 17. a) > b) > c) < d) > 18. a) Proposição verdadeira. b) Proposição falsa. c) Proposição verdadeira. d) Proposição verdadeira. PROFESSOR 22 TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas 1. Determina, sem recurso à calculadora, o valor de 51 – p ¥ √∫1∫2∫8 – p ¥ ¥ .hi j 1 5 h i j 1 5√∫2 5√∫2 25–√∫3∫2 Exercícios resolvidos Sugestão de resolução 51 – p ¥ √∫1∫2∫8 – p ¥ ¥ = 51 – p ¥ √∫2∫ 7 – p ¥ ¥ = = 51 – p ¥ (5–1)23 √∫2 – p ¥ = = 51 – p ¥ 5–8√∫2 + p ¥ = = 51 – p – 8√∫2 + p ¥ 58√∫2 = = 51 – 8√∫2 + 8√∫2 = = 51 = = 5 h i j 1 5 h i j 1 5√∫2 5√∫2 25–√∫3∫2 h i j 1 5 h i j 1 5√∫2 5√∫2 (52)–√∫2∫5 1 5–2 ¥ 22 √∫2 1 5–8√∫2 2. Sendo x um número real e sabendo que 2x = 5, determina o valor de: a) 2x + 1 b) 22x c) 8x d) 2 e) 2x – 2 f) 2–x + 1 x 2 Sugestão de resolução a) 2x + 1 = 2x ¥ 2 = 5 ¥ 2 = 10 b) 22x = (2x)2 = 52 = 25 c) 8x = (23)x = (2x)3 = 53 = 125 d) 2 = (2x) = 5 = √∫5 e) 2x – 2 = = f) 2–x + 1 = 2–x ¥ 2 = ¥ 2 = ¥ 2 = x 2 2x 22 5 4 1 2 1 2 2 5 1 5 1 2x Agora que definimos potências de expoente irracional, deves também saber que, à se- melhança das funções definidas em R+ por f(x) = xb, com b ∈Q, também as funções defi- nidas em R+ por f(x) = xb, com b ∈R, são contínuas. Propriedade A função definida em R+ por f(x) = xb, com b ∈R, é contínua. Determina, sem recurso à calculadora, o valor de: a) 4–p ¥ 24p : 6p b) (6√∫2)√∫2 c) – e0 19 e√∫3 + 1 e√∫3 Sendo x um número real e sabendo que 5x + 1 = 15, determina o valor de: a) 5x b) 53x c) 25x d) 5 e) 5–x + 2 f) 5 – + 1 20 x 2 x 3 Págs. 94, 95 e 99 Exercícios 3, 10 e 31 APRENDE FAZENDO Pág. 50 Exercício 16 CADERNO DE EXERCÍCIOS E TESTES Soluções 19. a) 1 b) 36 c) e – 1 20. a) 3 b) 27 c) 9 d) 3√∫3 e) f)25 3 5√∫3 3 PROFESSOR FEL12_2.6 23 UNIDADE 3 Funções exponenciais Quando estudámos as propriedades da função exponencial, referimos que esta é uma função é crescente se a > 1 e decrescente se 0 < a < 1. Logo, é uma função injetiva. Assim, tem-se que: ax = ay ⇔ x = y, ∀x, y ∈R Na prática, esta propriedade é muito útil na resolução de equações exponenciais, já que, no caso em que temos potências iguais e com a mesma base, concluímos que têm expoentes iguais. 3.3. Algumas equações e inequações envolvendo exponenciais Equações exponenciais Resolve, em R, as equações. a) 2x = √∫2 b) px = 1 c) = √∫5 d) 3x + 2 = 29 e) 9x = f) 5|x – 2| – 125 = 0 g) = 9 h) 3x ¥ x2 – 3x ¥ x = 0 21 1 5x 1 243 27x + 1 9x Considera a função f, de domínio R, definida por f(x) = 10x. Qual é o valor de k para o qual se verifica f(k + x) = 100 ¥ f(x), qualquer que seja o número real x? (A) 1 (B) 2 (C) 10 (D) 100 22 Soluções 21. a) b) {0} c) – d) {3} e) – f) {–1, 5} g) {–1} h) {0, 1} 22. Opção (B) a b c 1 2 a b c a b c 1 2 a b c a b c 5 2 a b c PROFESSOR Resolve, em R, as equações. a) 8x – = 0 b) 4x2 – 1 – 8x = 0 c) 4x – 2x – 2 = 0 d) 2 ¥ 9x – 8 ¥ 3x + 6 = 0 e) –3 ¥ 2–x + 1 + 2x = –1 f) 5x – 1 – 5x – 5x + 1 + 5x + 2 = 1 32 96 25 Exercício resolvido Sugestão de resolução a) 8x – = 0 ⇔ 8x = ⇔ (23)x = 2–5 ⇔ 23x = 2–5 ⇔ 3x = –5 ⇔ x = – C.S. = – 1 32 1 32 5 3 5 3 a b c a b c (continua) 24 TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas Exercício resolvido b) 4x2 – 1 – 8x = 0 ⇔ 4x2 – 1 = 8x ⇔ (22)x2 – 1 = (23)x ⇔ 22x2 – 2 = 23x ⇔ 2x2 – 2 = 3x ⇔ 2x2 – 3x – 2 = 0 ⇔ x = ⇔ x = ⇔ x = 2 ∨ x = – C.S. = – , 2 c) 4x – 2x – 2 = 0 ⇔ (22)x – 2x – 2 = 0 ⇔ (2x)2 – 2x – 2 = 0 Considerando a mudança de variável 2x = y, obtém-se a equação do 2.o grau: y2 – y – 2 = 0 ⇔ y = ⇔ y = ⇔ y = 2 ∨ y = –1 Substituindo y por 2x, vem que: 2x = 2 ∨ 2x = –1 equação impossível, pois 2x > 0, ∀x ∈R. ⇔ 2x = 21 ⇔ x = 1 C.S. = {1} d) 2 ¥ 9x – 8 ¥ 3x + 6 = 0 ⇔ 2 ¥ (32)x – 8 ¥ 3x + 6 = 0 ⇔ 2 ¥ (3x)2 – 8 ¥ 3x + 6 = 0 Considerando a mudança de variável 3x = y, obtém-se a equação do 2.o grau: 2y2 – 8y + 6 = 0 ⇔ y = ⇔ y = ⇔ y = 3 ∨ y = 1 Substituindo y por 3x, vem que: 3x = 3 ∨ 3x = 1 ⇔ 3x = 3 ∨ 3x = 30 ⇔ x = 1 ∨ x = 0 C.S. = {0, 1} 3 ± √∫9∫ ∫–∫ ∫4∫ ∫¥∫ ∫2∫ ∫¥∫ ∫(∫–∫2∫) 4 3 ± 5 4 1 2 1 2 a b c a b c 1 ± √∫1∫ ∫–∫ ∫4∫ ∫¥∫ ∫(∫–∫2∫) 2 1 ± 3 2 ����� 8 ± √∫6∫4∫ ∫–∫ ∫4∫8 4 8 ± 4 4 Resolve, em R, as equações. a) (3√∫4)x = b) 2x = c) √∫√∫∫∫3∫ ∫+ ∫ ∫√∫∫∫3∫ ∫+ ∫ ∫√∫∫∫3 = 3x d) = 5–x e) 2x + 1 + 2x + 2 + 2x + 3 = 7 f) 2 + 4 + 8 + 16 + … + + 2n = 254 23 1 4√∫8 3√∫2 4√∫2 8 10x Soluções 23. a) – b) – c) d) {3} e) {–1} f) {7} a b c 9 8 a b c a b c 13 6 a b c a b c 3 4 a b c PROFESSOR 25 UNIDADE 3 Funções exponenciais e) –3 ¥ 2–x + 1 + 2x = –1 ⇔ –3 ¥ 2 ¥ 2–x + 2x = –1 ⇔ – + 2x = –1 Considerando a mudança de variável 2x = y, obtém-se a equação fracionária: – + y = –1 ⇔ = 0 ⇔ y2 + y – 6 = 0 (pois y ≠ 0) ⇔ y = ⇔ y = ⇔ y = 2 ∨ y = –3 Substituindo y por 2x, vem que: 2x = 2 ∨ 2x = –3 equação impossível, pois 2x > 0, ∀x ∈R. ⇔ x = 1 C.S. = {1} f) 5x – 1 – 5x – 5x + 1 + 5x + 2 = ⇔ 5x ¥ 5–1 – 5x – 5x ¥ 5 + 5x ¥ 52 = ⇔ 5x – 1 – 5 + 25 = ⇔ 5x ¥ = ⇔ 5x = ¥ ⇔ 5x = 5–1 ⇔ x = –1 C.S. = {–1} 6 2x 6 y –6 + y2 + y y –1 ± √∫1∫ ∫+∫ ∫2∫4 2 –1 ± 5 2 ����� 96 25 96 25 1 5 96 25 96 5 96 25 96 25 5 96 h i j h i j Resolve, em R, as seguintes equações. a) 4x + 1 – 9 ¥ 2x = –2 b) 42x + 1 – 9 ¥ 22x + 2 = 0 c) 5x + 1 + 5–x + 2 = 126 24 Soluções 24. a) {1, –2} b) , –1 c) {2, –1} a b c a b c 1 2 PROFESSOR Na resolução de uma equação exponencial, devem seguir-se estes passos: 1.o passo: Sempre que possível, escrever as potências na mesma base, aplicando as regras operatórias das potências. 2.o passo: Obter uma igualdade do tipo ax = ay. 3.o passo: Aplicar ax = ay ⇔ x = y. 4.o passo: Resolver a equação obtida no passo anterior. 5.o passo: Apresentar o conjunto-solução. Esquematizando / Resumindo Págs. 99 e 102 Exercícios 32 e 43 APRENDE FAZENDO Págs. 49 e 50 Exercícios 11 e 17 CADERNO DE EXERCÍCIOS E TESTES 26 TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas Resolve, em R, as inequações. a) 10x > 0,001 b) x > c) x2 ¥ 5x – 5x ≤ 0 d) 6x – 3x > 3x e) –4x + 2x ≥ –2 1 2 1 32 h i j h i j Exercício resolvido Sugestão de resolução a) 10x > 0,001 ⇔ 10x > 10–3 ⇔ x > –3 (pois a exponencial de base 10 é estritamente crescente.) C.S. = ]–3, +∞[ b) x > ⇔ x > 5 ⇔ x < 5 pois a exponencial de base é estritamente decrescente. C.S. = ]–∞, 5[ Outro processo x > ⇔ 2–x > 2–5 ⇔ –x > –5 (pois a exponencial de base 2 é estritamente crescente.) ⇔ x < 5 C.S. = ]–∞, 5[ c) x2 ¥ 5x – 5x ≤ 0 ⇔ 5x(x2 – 1) ≤ 0 ⇔ x2 – 1 ≤ 0 (pois 5x > 0, ∀x ∈R) ⇔ –1 ≤ x ≤ 1 C.S. = [–1, 1] 1 2 1 32 1 2 1 2 1 2 1 2 1 32 h i j h i j h i j h i j h i j h i j h i j h i j h i j h i j Quando estudámos as propriedades da função exponencial, referimos que esta é mo- nótona. Tem-se que: • se a > 1, a função é estritamente crescente, logo ax < ay⇔ x < y, ∀x, y ∈R; • se 0 < a < 1, a função é estritamente decrescente, logo ax < ay⇔ x > y, ∀x, y ∈R. Na prática, esta propriedade é muito útil na resolução de inequações exponenciais. Inequações exponenciaisResolve, em R, as inequações. a) 1 – 3x < –8 b) x – 2 ≤ 27–x c) 10x2 – 3x > 0,01 d) 83x2 – 5x > e) 2 < 4 f) ≥ 1 25 1 3 1 16 h i j h i j 1 x 2x 1 – 2x Soluções 25. a) ]2, +∞ [ b) ]–∞ , –1] c) ]–∞ , 1[ ∪ ]2, +∞ [ d) –∞ , ∪ , +∞ e) ]–∞, 0[ ∪ , +∞ f) [–1, 0[ 1 2 ÈÍÎ ÈÍÎ ÈÍÎ ÈÍÎ ÈÍÎ 4 3 ÈÍÎ 1 3 PROFESSOR Cálculo auxiliar x2 – 1 = 0 ⇔ x2 = 1 ⇔ x = –1 ∨ x = 1 + + –1 1– 27 UNIDADE 3 Funções exponenciais d) 6x – 3x > 3x ⇔ 6x – 2 ¥ 3x > 0 ⇔ 2x ¥ 3x – 2 ¥ 3x > 0 ⇔ 3x ¥ (2x – 2) > 0 ⇔ 2x – 2 > 0 (pois 3x > 0, ∀x ∈R) ⇔ 2x > 2 ⇔ x > 1 C.S. = ]1, +∞[ e) –4x + 2x ≥ –2 ⇔ –(2x)2 + 2x + 2 ≥ 0 Considerando a mudança de variável 2x = y, obtém-se: –y2 + y + 2 ≥ 0 ⇔ y ≥ –1 ∧ y ≤ 2 Voltando à variável x, tem-se: 2x ≥ –1 ∧ 2x ≤ 2 condição universal ⇔ 2x ≤ 2 ⇔ x ≤ 1 C.S.= ]–∞, 1] ��� Cálculo auxiliar –y2 + y + 2 = 0 ⇔ y = ⇔ y = ⇔ y = 2 ∨ y = –1 –1 ± √∫1∫ ∫–∫ ∫4∫ ∫¥ ∫ ∫(∫–∫2∫) –2 –1 ± 3 –2 +–1 2 –– Na resolução de uma inequação exponencial, devem seguir-se estes passos: 1.o passo: Sempre que possível, escrever as potências na mesma base, aplicando as regras operatórias das potências. 2.o passo: Obter uma desigualdade do tipo ax < ay ou ax ≤ ay ou ax > ay ou ax ≥ ay. 3.o passo: Se a > 1, aplicar Se 0 < a < 1, aplicar 4.o passo: Resolver a inequação obtida no passo anterior. 5.o passo: Apresentar o conjunto-solução. ax < ay ⇔ x < y ax ≤≤ ay ⇔ x ≤ y ax > ay ⇔ x > y ax ≥ ay ⇔ x ≥ y � � � � � ax < ay ⇔ x > y ax ≤ ay ⇔ x ≥ y ax > ay ⇔ x < y ax ≥ ay ⇔ x ≤ y � � � � � Esquematizando / Resumindo Determina o domínio de cada uma das funções definidas por: a) f(x) = b) g(x) = √∫3∫ ∫–∫ ∫9∫2∫x c) h(x) = d) i(x) =√ ∫ e) j(x) = √∫–∫1∫6∫x∫ ∫+ ∫ ∫4∫x∫ ∫+ ∫ ∫2 26 2x – 1 3 – x x ex – 1 1 (ex + 2)(125 – 5x) Soluções 26. a) R\{0} b) –∞, c) R\{3} d) [0, 3[ e) –∞, 1 2 1 4 ÈÍÎ ÈÍÎ ÈÍÎ ÈÍÎ PROFESSOR Págs. 99 e 102 Exercícios 33 e 44 APRENDE FAZENDO Págs. 49 e 50 Exercícios 12 e 18 CADERNO DE EXERCÍCIOS E TESTES 3.4. O limite lim 1 + n = e xhi j x n h i j 28 TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas O teorema seguinte, que não será demonstrado, é uma ferramenta útil no cálculo de li- mites de algumas sucessões. Uma consequência deste teorema é o resultado seguinte: Para x ≠ 0: lim 1 + n = lim 1 + n = lim 1 + ¥ x = = lim 1 + x = = lim 1 + x = = ex Para x = 0 também se verifica lim 1 + n = ex. Os resultados anteriores e a propriedade seguinte, que iremos demonstrar ainda neste tema, são ferramentas muito úteis para o cálculo de limites de algumas sucessões, como terás oportunidade de observar nos exercícios resolvidos da página seguinte. h i j x n h i j h i j x n h i j 1 n x h i i j 1 n x h i i j h i i j h i i j n x h i i j 1 n x h i i j n xÈÍ Í Î È Í Í Î h i i j 1 n x h i i j n x ÈÍ Í Î È Í Í Î Esta última propriedade estende-se ao caso em que a é zero ou +∞ e b é +∞ ou –∞. Teorema Seja f a função definida, em R\[–1, 0], por f(y) = 1 + y . Tem se que: 1 + y = e 1 y h i j h i j lim y Æ ±∞ h i j 1 y h i j Teorema lim 1 + n = exhi j x n h i j Propriedade Dadas duas sucessões de termos gerais, respetivamente, xn e yn tais que xn tem os termos todos positivos, lim xn = a e lim yn = b (a > 0 e b ∈R), tem-se que: lim (xnyn) = ab Soluções 27. a) e5 b) e2 √∫e c) d) e6 e) ep f) g) e3 28. Opção (A) 1 e 1 e PROFESSOR FEL12_2.7 Calcula os seguintes limites. a) lim 1 + n b) lim 1 + n c) lim 1 – n d) lim 1 + 3n e) lim 1 + n + 1 f) lim 1 – n2 g) lim n 27 5 n 5 2n 1 n 2 n p n 1 n2 n + 7 n + 4 h i j h i j h i j h i j h i j h i j h i j h i j h i j h i j h i j h i j h i j h i j O valor de lim 1 + é: (A) 4√∫e (B) √∫e (C) e2 (D) e4 28 hi j 1 2n h i j n 2 29 UNIDADE 3 Funções exponenciais 1. Calcula, caso existam, os seguintes limites. a) lim 1 + n b) lim c) lim 1 – n2 d) lim n e) (*) lim n2 f) lim 1 – n2 g) lim n Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano h i j 1 5n h i j h i j 1 n + 1 h i j h i j 2 n4 h i j h i j n4 + n + 1 n4 + 2n2 h i j h i j 4 – n 4 + n h i j h i j 4 + 3n 2 + n h i j 3 2 h i i j h i i j n 2n n – Exercícios resolvidos Sugestão de resolução a) lim 1 + n lim 1 + n = e b) lim lim = lim = lim = = lim = = = = e3 c) lim 1 – n2 lim 1 + n + 1 ¥ = lim 1 + n + 1 = = lim 1 + n + 1 lim = (e–1)+∞ = 0 d) lim n = lim = lim = lim Se n par, lim = lim = = e–8 Se n ímpar, lim = lim = – = –e–8 Como encontramos duas subsucessões com limites distintos, concluímos que não existe lim n .hi j 4 – n 4 + n h i j h i i j 1 5 n h i i j h i j 1 5n h i j (1∞) = 1 5 3 2 h i i j h i i j n 2n n – (1∞) = 1 e–3 h i j 1 n + 1 h i j (1∞) = hi j –1 n + 1 h i j n2 n + 1 hi j –1 n + 1 h i j n2 n + 1ÈÍÎ ÈÍÎ ÈÍÎ h i j –1 n + 1 h i j ÈÍÎ n2 n + 1 h i j 4 – n 4 + n h i j e–4 e4 e–4 e4 (continua) Calcula, caso existam, os seguintes limites. a) lim –n3 b) lim c) lim 3n – 1 d) lim e) lim n f) lim 1 – n g) lim h) lim n i) lim n j) lim 3n2 + 1 k) lim n + 1 + en 29 n3 – 1 n3 2 n2 h i j h i j h i j h i j h i j h i j h i j h i j h i j 2n2 + 4n + 1 n2 + 2 h i j h i j 4 – 2n 4 + 2n h i j h i i j h i i j 5 4 4n nn2 – n2 h i j n – 2 1 + n h i j h i j 3n + 1 3n + 2 h i j n 4 h i j 1 – n 1 + n h i j h i i j h i i j n 2 n 1 + 1 + n n + 3 2n – 3 3n + 3 2n – 2 ÈÍÎ ÈÍÎ (*) grau de dificuldade elevado (*) Os graus de dificuldade elevados correspondem a desempenhos que não serão exigíveis à totalidade dos alunos. Soluções 29. a) e b) e5 c) e–9 d) e – e) Não existe. f) 1 g) 0 h) 0 i) +∞ j) +∞ k) Não existe. 1 12 PROFESSOR 3 2n n n n n h i i i i j h i i i i j 2n – 1 e – 23 2 h i j h i j h i i i i j h i i i i j 3 2 n 1 2n 1 – – 3 2 12n 2n 1 + h i i j h i i jn – 3 2 1 2n 1 + h i i j h i i jn È Í Í Î È Í Í Î – 3 2 1 2n 1 + h i i j h i i jn È Í Í Î È Í Í Î lim 4 n 4 n n n n n h i i i i j h i i i i j n + – 4 n 4 n h i i i i j h i i i i j n + 1 – 1 (–1)n 1 – nh i j 4 n h i j 1 + nh i j 4 n h i j 1 – nh i j 4 n h i j 1 + nh i j 4 n h i j (–1)n 1 – nh i j 4 n h i j 1 + nh i j 4 n h i j – 1 – nh i j 4 n h i j 1 + nh i j 4 n h i j (–1)n 1 – nh i j 4 n h i j 1 + nh i j 4 n h i j 30 TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas 2. Calcula, caso existam, os seguintes limites. a) lim – b) lim hi j 4 + 2n 2 + 3n h i j 1 n2 hi j 4n2 + n –n + n3 h i j –2n2 + 2 3n2 + 1 Exercícios resolvidos e) lim n2 lim n2 = lim 1 + n2 = = lim 1 + n2 = = lim 1 + ¥ ¥ n2 = = lim 1 + = = lim 1 + lim = e–2 f) lim 1 – n2 lim 1 – 1 + n2 = = lim 1 – n2 lim 1 + n2 = e–√∫2 e√∫2 = e0 = 1 g) lim n = lim = lim = = lim = lim = = +∞ h i j n4 + n + 1 n4 + 2n2 h i j h i j 2 n4 h i j h i j 4 + 3n 2 + n h i j (1∞) = hi j n4 + n + 1 n4 + 2n2 h i j h i j –2n2 + n + 1 n4 + 2n2 h i j h i i j 1 n4 + 2n2 –2n2 + n + 1 h i i j h i i j 1 n4 + 2n2 –2n2 + n + 1 h i i j n4 + 2n2 –2n2 + n + 1 –2n2 + n + 1 n4 + 2n2 h i i j 1 n4 + 2n2 –2n2 + n + 1 h i i j n4 + 2n2 –2n2 + n + 1 –2n2 + n + 1 n2 + 2ÈÍ Í Î È Í Í Î È Í Í Î h i i j 1 n4 + 2n2 –2n2 + n + 1 h i i j n4 + 2n2 –2n2 + n + 1 ÈÍ Í Î –2n2 + n + 1 n2 + 2 (1∞) = h i j √∫2 n2 h i j h i j √∫2 n2 h i j È Í Î È Í Î h i j √∫2 n2 h i j h i j √∫2 n2 h i j Sugestão de resolução a) lim – = lim lim – = lim 0 = 1 b) lim = lim lim Verifica-se que a sucessão que se encontra na base tende para 0 e a sucessão do que se encontra no expoente para – . Logo, o limite é +∞. 2 3 h i j h i j h i j 4 + 2n 2 + 3n h i j 1 n2 ÈÍÎ h i j 4 + 2n 2 + 3n h i j 1 n2ÈÍÎ h i j h i j h i j 4n2 + n –n + n3 h i j –2n2 + 2 3n2 + 1 ÈÍÎ h i j 4n2 + n –n + n3 h i j –2n2 + 2 3n2 + 1ÈÍÎ 2 3 Calcula, caso existam, os seguintes limites. a) b) c) Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano 30 3n – 2 4n + 1 h i j h i j 2n – 1 n + 1 h i j 4n – 2 3n + 1 h i j 3n – 1 n2 + 1 h i j 2n2 – 1 n2 + 3 h i j 1 – 2n 3n + 4 Calcula, caso existam, os seguintes limites. a) n (Recorda o processo de resolução deste exercício utilizado no vol. 1, página 148.) b) c) Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano 31 2n 5n + 1 h i j h i j h i j 3n2 – 2 n + 3 h i j 2n + 1 2 – 3n h i j 2n2 – 1 n3 + 3 h i j 1 – 2n 3n + 4 Soluções 30. a) b) 1 c) 2 – 31. a) 0 b) 0 c) +∞ 9 16 2 3 PROFESSOR4 n 2 n 3n n n n h i i i i j h i i i i j n + + 4 n 2 n h i i i i j h i i i i j n + 1 + 3 3 1 + nh i j 4 3n h i j h i j h i j 1 + nh i j 2 n h i j 1 + nh i j 2 n h i j 4 3 4 3+∞ ¥ e e2 n 1 + 3n h i i j h i i jn Cálculo auxiliar n4 + 0n3 + 0n2 + n + 1 n4 + 2n2 –n4 – 2n2 1 – 2n2 + n + 1 Assim, = 1 + .n 4 + n + 1 n4 + 2n2 –2n2 + n + 1 n4 + 2n2 Outro processo de resolução da alínea g) lim n = lim lim n = = 3+∞ = +∞ h i j 4 + 3n 2 + n 4 + 3n 2 + n ÈÍÎ h i j h i j h i j ÈÍÎ Págs. 98 e 100 Exercícios 25 e 35 APRENDE FAZENDO Pág. 49 Exercício 13 CADERNO DE EXERCÍCIOS E TESTES 31 UNIDADE 3 Funções exponenciais 3.5. O limite notável = 1e h – 1 h lim h Æ 0 A aplicação das propriedades operatórias dos limites a conduz a uma inde- terminação do tipo e prova-se que = 1. Este limite faz parte de uma lista de limites que se designam por limites notáveis. lim h Æ 0 eh – 1 h lim h Æ 0 eh – 1 h h i j 0 0 h i j 1. Determina, se existirem, os seguintes limites. a) b) c) d) e) f) lim x Æ 0 x ex – 1 lim x Æ 0 2ex – 2 7x lim x Æ 0 e2x – 1 x lim x Æ 3 ex – e3 x – 3 lim x Æ 0 ex – 1 e4x – 1 lim x Æ 0 ex – e–x x Exercícios resolvidos (continua) Determina, se existirem, os seguintes limites. a) b) c) d) e) f) g) h) 32 lim x Æ 0 ex – 1 3x lim x Æ 0 1 – ex x lim x Æ 0 e3x – 1 x lim x Æ 0 4x ex – 1 lim x Æ 5 ex – e5 x – 5 lim x Æ 1 e – ex x – 1 lim x Æ 0 ex – 1 e2x – 1 lim x Æ 0 sen x ex – 1 FEL12_2.9 Soluções 32. a) b) –1 c) 3 d) 4 e) e5 f) –e g) h) 1 1 3 1 2 PROFESSOR Sugestão de resolução a) = = = 1 Limite notável: = 1 b) = = ¥ = ¥ 1 = c) = ¥ 2 = Consideremos a mudança de variável 2x = y: se x Æ 0, então y Æ 0. = ¥ 2 = = 2 ¥ Limite notável: = 1 = 2 ¥ 1 = = 2 d) = = e3 ¥ = Consideremos a mudança de variável x – 3 = y: se x Æ 3, então y Æ 0. = e3 ¥ = = e3 ¥ 1 = = e3 Limite notável: = 1 lim x Æ 0 x ex – 1 1 ex – 1 xlimx Æ 0 1 1 lim x Æ 0 ex – 1 x h i j h i j lim x Æ 0 2ex – 2 7x lim x Æ 0 2(ex – 1) 7x 2 7 lim x Æ 0 ex – 1 x 2 7 2 7 lim x Æ 0 e2x – 1 x lim x Æ 0 e2x – 1 2x lim y Æ 0 ey – 1 y lim y Æ 0 ey – 1 y h i j lim y Æ 0 ey – 1 y h i j h i j h i j h i j h i j lim x Æ 3 ex – e3 x – 3 lim x Æ 3 e3 ¥ (ex – 3 – 1) x – 3 lim x Æ 3 ex – 3 – 1 x – 3 lim y Æ 0 ey – 1 y h i j lim y Æ 0 ey – 1 y h i j ( )00 ( )00 ( )00 Simulador GeoGebra: Limites notáveis � � � 32 TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas Exercícios resolvidos e) = = = = Consideremos a mudança de variável 4x = y: se x Æ 0, então 4x Æ 0. = = = ¥ = = ¥ = Outro processo = ¥ = ¥ ¥ = = ¥ ¥ = 1 ¥ ¥ = Consideremos a mudança de variável 4x = y: se x Æ 0, então 4x Æ 0. = ¥ = = ¥ = f) = = = = e–x ¥ = e0 ¥ ¥ 2 = = 1 ¥ ¥ 2 = Consideremos a mudança de variável 2x = y: se x Æ 0, então 2x Æ 0. = ¥ 2 = =2 ¥ = = 2 ¥ 1 = = 2 lim x Æ 0 ex – 1 e4x – 1 lim x Æ 0 ex – e–x x lim x Æ 0 ex – 1 x e4x – 1 x 1 4 1 1 1 4 1 4 1 4 lim x Æ 0 ex – 1 e4x – 1 lim x Æ 0 h i j h i j ex – 1 1 1 e4x – 1 lim x Æ 0 h i j ex – 1 x x 4x h i j 4x e4x – 1 lim x Æ 0 ex – 1 x lim x Æ 0 x 4x 4x e4x – 1 lim x Æ 0 1 4 1 4 1 1 1 4 lim x Æ 0 lim x Æ 0 e–x(e2x – 1) x lim x Æ 0 lim x Æ 0 lim x Æ 0 e2x – 1 x lim x Æ 0 h i j h i j e2x – 1 2x h i j e2x – 1 2x h i j lim y Æ 0 h i j ey – 1 y h i j lim y Æ 0 ey – 1 y Determina o valor real de k para o qual a função f é contínua em x = 0, sendo: 33 Seja a um número real diferente de 0. Qual é o valor de ? (A) (B) (C) 1 (D) 2a Adaptado de Exame Nacional de Matemática A, 2016, 1.ª fase 34 aex – a – a x2 – a2 1 2a 1 2 lim x Æ a Soluções 33. –3 34. Opção (B) PROFESSOR f(x) = se x < 0 2x + 3 se x ≥ 0 1 – ekx x 1 ¥ 4lim x Æ 0 e4x – 1 4x 1 ¥ 4lim y Æ 0 ey – 1 y 1 lim y Æ 0 ey – 1 y 1 lim y Æ 0 ey – 1 y 1 lim x Æ 0 e4x – 1 4x lim x Æ 0 ex – 1 x lim x Æ 0 e4x – 1 x e–x – 1e x e–x h i j h i j x Outro processo de resolução da alínea f) = = = + = = + = = 1 + = Consideremos a mudança de variável –x = y: se x Æ 0, então y Æ 0. = 1 + = = 1 + 1 = = 2 lim x Æ 0 ex – e–x x ex – 1 + 1 – e–x x h i j ex – 1 x 1 – e–x x e–x – 1 –x ey – 1 y lim x Æ 0 lim x Æ 0 h i j lim x Æ 0 lim x Æ 0 lim x Æ 0 ex – 1 x 1 – e–x x lim y Æ 0 Págs. 100 e 106 Exercícios 36 e 55 APRENDE FAZENDO Pág. 49 Exercício 14 CADERNO DE EXERCÍCIOS E TESTES 33 UNIDADE 3 Funções exponenciais 3.6. Derivada da função exponencial de base e Considera a função real de variável real definida por f(x) = ex. Seja x ∈R: f ’(x) = = = = = = = ex ¥ = = ex ¥ (pois ex é uma constante.) = ex ¥ 1 nota que: (limite notável) = ex Como x é um número real qualquer, conclui-se que f ’(x) = ex, isto é: (ex)’ = ex, ∀ x ∈R Observa que a função derivada de ex é a própria função. Pelo teorema da derivada da função composta, vem que: (eu)’ = u’eu lim h Æ 0 f(x + h) – f(x) h lim h Æ 0 ex + h – ex h lim h Æ 0 ex(eh – 1) h lim h Æ 0 (eh – 1) h lim h Æ 0 eh – 1 h lim h Æ 0 eh – 1 h h i j h i j ÈÍÎ ÈÍÎ 1. Determina uma expressão designatória da função derivada de cada uma das se- guintes funções. a) f(x) = e–5x b) g(x) = e√∫x c) h(x) = ex(–x4 – 5x3 + 2x + 9) d) i(x) = – e) j(x) = x3 ex ex – e–x ex + e–x Exercícios resolvidos Sugestão de resolução a) f ’(x) = (–5x)’e–5x = –5e–5x b) g’(x) = (√∫x)’e√∫x = ¥ x – ¥ e√∫x = 1 2 1 2 e√∫x 2√∫x (continua) Recorrendo à definição de derivada de uma função num ponto, determina: a) f ’(2), sendo f(x) = ex; b) f ’(3), sendo f(x) = e2x. 35 Sendo h(x) = ep, o valor de h’(1) é: (A) ep (B) 0 (C) pep – 1 (D) 1 36 FEL12_2.10 Soluções 35. a) e2 b) 2e6 36. Opção (B) PROFESSOR Recorda Dadas uma função f, diferenciável num ponto a ∈Df, e uma função real de variável real g, diferenciável em f(a), a função composta g o f é diferenciável em a e: (g o f)’(a) = f ’(a) ¥ g’(f(a)) ( )00 34 TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas Exercícios resolvidos c) h’(x) = (ex)’ ¥ (–x4 – 5x3 + 2x + 9) + ex ¥ (–x4 – 5x3 + 2x + 9)’ = = ex(–x4 – 5x3 + 2x + 9) + ex(–4x3 – 15x2 + 2) = = ex(–x4 – 5x3 + 2x + 9 – 4x3 – 15x2 + 2) = = ex(–x4 – 9x3 – 15x2 + 2x + 11) d) i’(x) = – = – = – = – e) j’(x) = = = = = = = = = 3x2 ¥ ex – x3 ¥ ex (ex)2 ex(3x2 – x3) (ex)2 3x2 – x3 ex (ex – e–x)’ ¥ (ex + e–x) – (ex – e–x) ¥ (ex + e–x)’ (ex + e–x)2 (ex + e–x) ¥ (ex + e–x) – (ex – e–x) ¥ (ex – e–x) (ex + e–x)2 (ex + e–x)2 – (ex – e–x)2 (ex + e–x)2 e2x + 2exe–x + e–2x – (e2x – 2exe–x + e–2x) (ex + e–x)2 e2x + 2 + e–2x – e2x + 2 – e–2x e2x + 2exe–x + e–2x 4 e2x + 2 + e–2x (x3)’ ¥ ex – x3 ¥ (ex)’ (ex)2 2. Seja f a função definida, em R\{0}, por f(x) = e + 3. a) Determina a equação reduzida da reta tangente ao gráfico de f no ponto de abcissa 1. b) Averigua se existe alguma reta tangente ao gráfico de f que seja paralela à bisse- triz dos quadrantes ímpares. 1 x Sugestão de resolução a) Seja t a reta tangente ao gráfico de f no ponto de abcissa 1. Sabemos que o declive da reta t é o valor da derivada de f em x = 1, isto é, m = f ’(1) e, como f ’(x) = e + 3 ’ = ’ ¥ e + 0 = – e , então m = – e = –e. Ou seja, a equação reduzida da reta t é y = –ex + b, onde b é tal que f(1) = = –e ¥ 1 + b, uma vez que o ponto de coordenadas (1, f(1)) pertence à reta t. Assim: e + 3 = –e ¥ 1 + b ⇔ b = 2e + 3 Concluímos, assim, que y = –ex + 2e + 3 é a equação da reta tangente ao gráfico de f no ponto de abcissa 1. b) Para a reta tangente ao gráfico de f ser paralela à bissetriz dos quadrantes ímpares terá que ter declive 1 e, portanto, terá de haver um ponto de tan- gência de coordenadas (x1, y1) tal que f ’(x1) = 1: – e = 1 ⇔ e = –1, que é uma equação impossível, pois e > 0, ∀ x ∈R\{0}. Conclui-se, assim, que não há nenhuma reta tangente ao gráfico de f que seja paralela à bissetriz dos quadrantes ímpares. h i j h i jh i j h i j 1 x 1 x 1 x 1 x2 1 x 1 1 1 1 1 x2 1 x 1 x2 1 x 1 x2 1 x Determina uma expressão designatória da função derivada de cada uma das seguintes funções. a) f (x) = 6x2 + ex b) g(x) = (x2 + 3x) ¥ ex c) h(x) = d) i(x) = e2x – 7 e) j(x) = e f) k(x) = 3ex + √∫x + x2 37 2x ex 1 x Seja f a função definida, em R, por f(x) = e2x + 3. a) Determina a equação reduzida da reta tangente ao gráfico de f no ponto de abcissa 0. b) Determina a equação reduzida da reta tangente ao gráfico de f que é paralela à reta de equação y = 2x. 38 Soluções 37. a) f ’(x) = 12x + ex b) g’(x) = (x2 + 5x + 3) ¥ ex c) h’(x) = d) i’(x) = 2e2x – 7 e) j’(x) = – e f) k’(x) = 3 1 + ex + √∫x + 2x 38. a) y = 2e3x + e3 b) y = 2x + 4 2 – 2x ex 1 x2 1 x 1 2√∫x h i j h i j PROFESSOR Apresentação “Funções exponenciais” Teste interativo “Funções exponenciais” Simulador GeoGebra: A exponencial e a reta tangente Pág. 50 Exercício 15 CADERNO DE EXERCÍCIOS E TESTES Resolução Todos os exercícios de “Funções logarítmicas” PROFESSOR 35 UNIDADE 4 Funções logarítmicas UNIDADE 4 Funções logarítmicas UNIDADE 4 Funções logarítmicas 4.1. Conceito de logaritmo Consideremos as seguintes equações: • 2x = 8 • 2x = • 2x = 1 • 2x = 0 • 2x = –2 • 2x = 9 Em todas estas equações pretendemos descobrir o valor de x a que é preciso elevar o 2 para obter o valor que está no segundo membro da igualdade: • 2x = 8 ⇔ 2x = 23 ⇔ x = 3 C.S. = {3} Repara que 3 é o número a que tens que elevar 2 para obter 8. • 2x = ⇔ 2x = 2–1 ⇔ x = –1 C.S. = {–1} Repara que –1 é o número a que tens que elevar 2 para obter . • 2x = 1 ⇔ 2x = 20 ⇔ x = 0 C.S. = {0} Repara que 0 é o número a que tens que elevar 2 para obter 1. • 2x = 0 Equação impossível C.S. = { } Repara que não existe nenhum número ao qual se possa elevar o 2 para obter 0. • 2x = –2 Equação impossível C.S. = { } Repara que não existe nenhum número ao qual se possa elevar o 2 para obter –2. • 2x = 9 Seguindo o mesmo raciocínio utilizado na resolução das equações das alíneas anteriores, vem que: 2x = 2número a que devo elevar o 2 para obter 9 x = número a que devo elevar o 2 para obter 9 Este valor de x existe e é único! Para o representar, usamos a notação log2(9) e lê-se “logaritmo de 9 na base 2”. Assim: 2x = 9 ⇔ x = log2(9) C.S. = {log2(9)} 1 2 1 2 1 2 1 –2 x y y = 2x y = 9 y = 8 y = 1 y = y = –2 1 2 1 2 36 TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas Definição O logaritmo de um número positivo x numa dada base a, com a ∈R+\{1}, é o expoente a que é preciso elevar a base para obter esse número e representa-se por loga(x). loga(x) = y ⇔ x = ay Propriedades Seja a um número real positivo diferente de 1. Tem-se: • loga(a) = 1 • loga(1) = 0 • ∀ x ∈R, loga(ax) = x • ∀ x ∈R+, aloga(x) = x Exemplos 1. log2(4) = 2, pois 22 = 4. 2. log10(100) = 2, pois 102 = 100. 3. log3(81) = 4, pois 34 = 81. 4. log4(16) = 2, pois 42 = 16. 5. log5 = –1, pois 5–1 = . 6. log6(1) = 0, pois 60 = 1. 7. log6(6) = 1, pois 61 = 6. 8. log7(73) = 3, pois 73 = 73. 9. log8(84) = 4, pois 84 = 84. 10. loge(e2) = 2, pois e2 = e2. 11. 2log28 = 8. 12. 9log9(10) = 10. 1 5 1 5 h i j h i j Designa-se o logaritmo de base 10 por logaritmo decimal, representando-o também por log e designa-se o logaritmo de base e por logaritmo neperiano, representando-o também por ln. Expressões como loga(0) e loga(–1) não têm significado em R, visto não existir nenhum valor real x tal que ax = 0 ou ax = –1. Qualquer que seja a base, não existe logaritmo de zero nem de um número negativo. Da definição de logaritmo, resultam as seguintes propriedades: Calcula, sem recurso à calculadora. a) log2(64) b) log2 c) log3(√∫3) d) log4 e) log (32) f) log√∫5(25) g) log2012(1) h) log2012(2012) i) log12(1210) j) 3log3(81) 39 1 2 1 16 1 2 h i j h i j h i j h i j Determina os valores que x pode tomar de modo que cada uma das seguintes expressões tenha significado em R. a) log2(x + 1) b) log3(2x) c) log4(x2) d) log(x2 + 1) e) ln (2 – x) 40 Simplifica as seguintes expressões, nos respetivos domínios. a) 31 + log3(x) b) 43log4(x) c) 56log5(x) – 2log5(x) d) log3(9x) 41 Soluções 39. a) 6 b) –1 c) d) –2 e) –5 f) 4 g) 0 h) 1 i) 10 j) 81 40. a) ]–1, +∞[ b) R+ c) R\{0} d) R e) ]–∞, 2[ 41. a) 3x b) x3 c) x4 d) 2x 1 2 PROFESSOR FEL12_3.2 37 UNIDADE 4 Funções logarítmicas Demonstração • loga(a) representa, por definição, o expoente a que é preciso elevar o a para obter a. Como a1 = a, vem que: loga(a) = 1 • loga(1) representa, por definição, o expoente a que é preciso elevar o a para obter 1. Como a0 = 1, vem que: loga(1) = 0 • loga(ax) representa, por definição, o expoente a que é preciso elevar o a para obter ax. Como ax = ax, vem que: loga(ax) = x • loga(x) representa, por definição, o expoente a que é preciso elevar o a para obter x. Naturalmente, se elevarmos a a esse expoente, obteremos x, isto é: aloga(x) = x Como calcular log2(9) com recurso à calculadora? CASIO fx-CG10/20 “RUN” Æ “MAT (F4)” Æ “logab (F2)” Æ “Preencher (número, base)” Æ “EXE” Texas TI-nspire “MENU” Æ “CTRL 10X” Æ “Preencher (número, base)” Æ “ENTER" Escreve o número 13 na forma de um: a) logaritmo de base 2; b) logaritmo de base 3; c) logaritmo de base 5; d) logaritmo de base 10; e) logaritmo de base e. 42 Escreve o número 13 na forma de: a) potência de base 2; b) potência de base 3; c) potência de base 5; d) potência de base 10; e) potência de base e. 43 Notas As duas últimas propriedades podem também ser lidas da seguinte forma: 1. Todo o número real x pode ser representado na forma de um logaritmo numa qualquer base a ∈R+\{1}: loga(ax) = x, ∀ x ∈R. 2. Todo o número real positivo x pode representar-se na forma de uma potência com qualquer base a ∈R+\{1}: aloga(x) = x, ∀ x ∈R+. Texas TI-84 Plus “Log” Æ ”Preencher (número, base)” Æ ”ENTER” Soluções 42. a) log2(8192) b) log3(1 594 323) c) log5(1 220 703 125) d) log(10 000 000 000 000) e) ln(e13) 43. a) 2log2(13) b) 3log3(13) c) 5log5(13) d) 10log(13) e) eln(13) PROFESSOR 38 TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas 4.2. Função logarítmica Consideremos a função f: R → R+ definida por f(x) = ax, com a ∈R+\{1}. Pelas propriedades das funções exponenciais, estudadas na unidade anterior, concluí- mos que f é bijetiva, logo admite função inversa, f –1: R+ → R, que se designa por função logarítmica de base a: ax = y ⇔ x = loga(y) ⇔ f –1(y) = loga(y) Se utilizarmos x como variável independente: f–1(x) = loga(x) Pelas propriedades estudadas no 10.º ano sobre a função inversa, sabes que: f o f–1(x) = x, ∀ x ∈Df–1 e f–1 o f(x) = x, ∀ x ∈Df o que neste caso se traduz por: aloga(x) = x, ∀ x ∈R+ e loga(ax) = x, ∀ x ∈R A função logarítmica de base 10 representa-se por log e a função logarítmica de base e representa-se por ln. Graficamente, se a > 1, tem-se: y = ax y = x y = loga(x) y xO Definição A função definida por f(x) = loga(x), em R+, com a ∈R+\{1}, designa-se por função logarítmica de base a e representa-se por loga. Recorda Os gráficos de duas funções inversas entre si, quando representados no mesmo referencial, são simétricos em relação à reta de equação y = x (bissetriz dos quadrantes ímpares). John Napier (Neper) (1550-1617) A invenção dos logaritmos é atribuída a Napier, que se dedicou a procurar instrumentos para simplificar cálculos aritméticos. As suas descobertas permitiram que se efetuassem, com rapidez e precisão, operações como a multiplicação de dois números com muitos algarismos ou uma potenciação com expoente fracionário. Várias leis matemáticas e diversos fenómenos físicos, químicos, biológicos e económicos são descritos por funções logarítmicas e pela sua função inversa, a função exponencial. Contextualização histórica PROFESSOR FEL12_3.1 FEL12_3.2 39 UNIDADE 4 Funções logarítmicas Observa em baixo as representações gráficas das funçõeslogarítmicas de bases 2, e e 10: Conhecidas as propriedades das funções exponenciais, e definindo as funções logarít- micas como as respetivas funções inversas, é possível deduzir as propriedades abaixo. Vejamos uma justificação para cada uma das propriedades: As propriedades 1. e 2. resultam imediatamente da definição de função logarítmica. y x1 y = log2(x) y = ln(x) y = log(x) O Considera a função g definida, em R+, por g(x) = log(x). a) Esboça os gráficos das seguintes funções a partir do gráfico de g, indicando as transformações sofridas pelo gráfico de g: i) g1(x) = g(x) + 2 ii) g2(x) = g(x – 1) iii) g3(x) = g(x + 1) – 1 iv) g4(x) = –g(–x) v) g5(x) = –|g(x)| + 2 b) Em cada caso, indica o domínio, o contradomínio e a equação da assíntota ao gráfico da função, caso exista. 44 Soluções 44. a) Consultar na página 247. b) Dg1 = R +; D’g1 = R; x = 0 Dg2 = ]1, +∞[; D’g2 = R; x = 1 Dg3 = ]–1, +∞[; D’g3 = R; x = –1 Dg4 = R –; D’g4 = R; x = 0 Dg5 = R +; D’g5 = ]–∞, 2]; x = 0 PROFESSOR Algumas propriedades das funções logarítmicas de base superior a um A função logarítmica de base a > 1 tem as seguintes propriedades principais: 1. Domínio: R+ 2. Contradomínio: R 3. Variação: é crescente. 4. Zeros: tem um único zero, isto é, loga(x) = 0 ⇔ x = 1. 5. Sinal: é positiva em ]1, +∞[, isto é, loga(x) > 0 ⇔ x > 1. é negativa em ]0, 1[, isto é, loga(x) < 0 ⇔ 0 < x < 1. 6. Injetividade: é injetiva. 7. Continuidade: é contínua. 8. loga(x) = +∞ e loga(x) = –∞. 9. Assíntotas: a reta de equação x = 0 é assíntota vertical ao gráfico da função. lim x Æ +∞ lim x Æ 0+ 3. A função logarítmica de base a > 1 é crescente. Se loga(x1) ≥ loga(x2), então, como a função exponencial de base a > 1 é crescente, aloga(x1) ≥ aloga(x2), ou seja, x1 ≥ x2. Por contrarrecíproca, x1 < x2 ⇒ loga(x1) < loga(x2), e acabámos de provar que a função loga(x) é crescente. Simulador GeoGebra: Transformações de gráficos de funções logarítmicas 40 TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas 4. loga(x) = 0 ⇔ x = 1, pois loga(1) = 0. Como a função logarítmica é bijetiva, 1 é o único zero. 5. Para a > 1: Em R+: • loga(x) > 0 ⇔ aloga(x) > a0 (pois a função exponencial de base a é crescente.) ⇔ x > 1 Ou seja: loga(x) > 0 ⇔ x > 1, isto é, a função loga(x) é positiva em ]1, +∞[. • loga(x) < 0 ⇔ aloga(x) < a0 (pois a função exponencial de base a é crescente.) ⇔ x < 1 Ou seja: loga(x) < 0 ⇔ 0 < x <1, isto é, a função loga(x) é negativa em ]0, 1[. 8. loga(x) = +∞ e loga(x) = –∞, a > 1 Sabemos que a função loga(x) é a função inversa da função exponencial de base a. Sendo f(x) = ax, e sabendo que f(x) = +∞ e f(x) = 0+, facilmente concluímos que f–1(x) = +∞ e f–1(x) = –∞, isto é, loga(x) = +∞ e loga(x) = –∞. Observa, agora, as representações gráficas das funções logarítmicas de bases , e : lim x Æ +∞ lim x Æ 0+ 1 10 1 e 1 2 lim x Æ +∞ lim x Æ –∞ lim x Æ +∞ lim x Æ 0+ lim x Æ +∞ lim x Æ 0+ 1 y = log (x) 1 10 1 e 1 2 y = log (x) y = log (x) y xO Considera a função, de domínio R+, definida por: f(x) = ex In(x) Prova que a equação f(x) = 500 tem, pelo menos, uma solução no intervalo ]5, 6[. Em eventuais cálculos intermédios, sempre que procederes a arredondamentos, conserva três casas decimais. 45 Sejam a e b dois números reais, com a > 1. Seja f a função de domínio ]–b, +∞[ definida por f(x) = loga(x + b). Sabe-se que: • o ponto (0, 2) pertence ao gráfico de f; • o ponto (1, –2) pertence ao gráfico de f –1. Determina os valores de a e b. 46 Solução 46. a = 2 e b = 4 PROFESSOR FEL12_3.3 FEL12_3.4 FEL12_3.5 41 UNIDADE 4 Funções logarítmicas Na figura está representada, num referencial o.n. xOy, parte do gráfico da função f, definida em ]–1, +∞[, por f(x) = log (x + 1). Está também representado um triângulo retângulo [ABO]. Sabe-se ainda que o ponto A pertence ao gráfico de f e tem abcissa 7 e que o ponto B pertence ao eixo das ordenadas. Determina a área do triângulo [ABO]. 47 7 –1 y x O B A f 1 2 Vejamos uma justificação para cada uma das propriedades: As propriedades 1. e 2. resultam imediatamente da definição de função logarítmica. 3. A função logarítmica de base 0 < a < 1 é decrescente. Se loga(x1) ≤ loga(x2), então, como a função exponencial de base 0 < a < 1 é decres- cente, aloga(x1) ≥ aloga(x2), ou seja, x1 ≥ x2. Por contrarrecíproca, x1 < x2 ⇒ loga(x1) > loga(x2), e acabámos de provar que a função loga(x) é decrescente. 4. loga(x) = 0 ⇔ x = 1, pois loga(1) = 0 e, como a função logarítmica é bijetiva, 1 é o único zero. 5. Para 0 < a < 1: Em R+: • loga(x) > 0 ⇔ aloga(x) < a0 (pois a função exponencial de base a é decrescente.) ⇔ x < 1 Ou seja, loga(x) > 0 ⇔ 0 < x < 1, isto é, a função loga(x) é positiva em ]0, 1[. • loga(x) < 0 ⇔ aloga(x) > a0 (pois a função exponencial de base a é decrescente.) ⇔ x > 1 Ou seja, loga(x) < 0 ⇔ x > 1, isto é, a função loga(x) é negativa em ]1, +∞[. 8. loga(x) = –∞ e loga(x) = +∞, 0 < a < 1 Sabemos que a função loga(x) é a função inversa da função exponencial de base a. Sendo f(x) = ax, e sabendo que f(x) = +∞ e f(x) = 0+, facilmente concluímos que f–1(x) = +∞ e f–1(x) = –∞, isto é, loga(x) = +∞ e loga(x) = –∞. lim x Æ +∞ lim x Æ 0+ lim x Æ +∞ lim x Æ –∞ lim x Æ +∞ lim x Æ 0+ lim x Æ +∞ lim x Æ 0+ Algumas propriedades das funções logarítmicas de base maior que zero e menor que um A função logarítmica de base 0 < a < 1 tem as seguintes propriedades principais: 1. Domínio: R+ 2. Contradomínio: R 3. Variação: é decrescente. 4. Zeros: tem um único zero, isto é, loga(x) = 0 ⇔ x = 1. 5. Sinal: é positiva em ]0, 1[, isto é, loga(x) > 0 ⇔ 0 < x < 1. é negativa em ]1, +∞[, isto é, loga(x) < 0 ⇔ x > 1. 6. Injetividade: é injetiva. 7. Continuidade: é contínua. 8. loga(x) = –∞ e loga(x) = +∞. 9. Assíntotas: a reta de equação x = 0 é assíntota vertical ao gráfico da função. lim x Æ +∞ lim x Æ 0+ FEL12_3.3 FEL12_3.4 FEL12_3.6 Solução 47. 21 2 PROFESSOR 42 TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas 1. Determina o valor de x que satisfaz cada uma das seguintes igualdades. a) log2(x) = 3 b) log(x) = 4 c) ln (x) = 5 d) 3x = 6 e) 10x = 7 f) ex = 8 Exercícios resolvidos Sugestão de resolução Sabemos que loga(x) = y ⇔ x = ay. Assim: a) log2(x) = 3 ⇔ x = 23 ⇔ x = 8 b) log(x) = 4 ⇔ x = 104 ⇔ x = 10 000 c) ln (x) = 5 ⇔ x = e5 d) 3x = 6 ⇔ x = log3(6) e) 10x = 7 ⇔ x = log(7) f) ex = 8 ⇔ x = ln (8) 2. O nível N de um som, medido em decibéis, é função da sua intensidade I, medida em watt por metro quadrado, de acordo com a igualdade N = 120 + 10 log (I). a) Numa estrada com muito trânsito verifica-se que o som tem uma intensidade de 0,5 watt por metro quadrado. Qual é o nível de som produzido? Apresenta o resultado em decibéis, arredondado às unidades. b) Um som é considerado ensurdecedor se o seu nível estiver entre 100 e 120 de- cibéis. Qual é a menor intensidade de som para que este seja considerado en- surdecedor? Sugestão de resolução a) Pretende-se saber o valor de N quando I = 0,5: N = 120 + 10 log (0,5) ≈ 117 O nível de som produzido é de aproximadamente 117 decibéis. b) Como a função log é crescente, para determinar qual é a menor intensidade de som para que este seja considerado ensurdecedor, basta resolver a equa- ção 120 + 10 log (I) = 100: 120 + 10 log (I) = 100 ⇔ log (I) = ⇔ log (I) = –2 ⇔ I = 10–2 Conclui-se assim que a menor intensidade de som para que este seja consi- derado ensurdecedor é 10–2 watt por metro quadrado. 100 – 120 10 Determina o valor de x que satisfaz cada uma das seguintes igualdades. a) log2(x) = 4 b) ln(x) = 5 c) ln(x) = 1 d) ln(x) = 0 e) ln(x) = –2 f) log(x) = 3 g) 4x = 3 h) 10x = 4 i) ex = 6 j) ex = –2 48 A fórmula H(d) = 221 – 0,2d, com H expresso em horas e d em decibéis, é usada em alguns países para calcular o número máximo de horas de trabalho diário de um trabalhador, em função do nível de ruído produzido no local de trabalho. a) Qual deve ser o número máximo de horas de trabalho diário numa fábrica em que
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