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Degradação do Heme

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Degradação do heme 
A bilirrubina é derivada do heme, uma protoporfirina que 
contém ferro e é encontrada principalmente na 
hemoglobina 
A ocorrência de icterícia indica que existe uma elevada 
concentração de bilirrubina no plasma 
A hemólise produz uma hiperbilirrubinemia 
predominantemente não conjugada 
Dois motivos principais pelos quais as concentrações de 
bilirrubina no sangue podem subir são: a hemólise e a falha 
do mecanismo de conjugação dentro do hepatócito. 
Toda a parte não proteica é chamado de grupo prostético, 
existem vários tipos de grupos prostéticos como a porfirina. 
Porfirina é então a estrutura formada por 4 anéis pirrólicos 
interligados (estrutura tetrapirrólica). Há também vários 
tipos de porfirinas: quando um íon de ferro se associa no 
centro de uma porfirina temos o grupo “heme”. O grupo 
heme é muito hidrofóbico. Encontramos grupo heme nas 
mioglobinas, hemoglobina e nos citocromos (presente na 
membrana interna das mitocôndrias, tem como função o 
transporte de elétrons na cadeia respiratória). 
Obtemos ferro basicamente da nossa alimentação, como 
feijão, beterraba, espinafre, agrião, gema dos ovos. 
Proteína transferrina faz o transporte de ferro absorvido até 
os demais tecidos do corpo (transporte no plasma). Vai levar 
o ferro lá pro musculo e esse ferro irá ser incorporado na 
estrutura da porfirina, formando um heme e 
consequentemente a mioglobina. Todo ferro que fica 
armazenado nos tecidos dos nossos corpos não fica livre, 
mas fica associado a uma proteína, a ferritina. Temos 
também a ferritina sérica, que é aquela que é circulante no 
plasma sanguíneo. 
Como perdemos ferro: na descamação da pele, fluxo 
menstrual e excreção da urina. 
DISTRIBUIÇÃO CORPORAL 
• Massa de hemácias: 75% 
• Estoques de ferritina: 20% 
• Mioglobina: 5% 
Ferro é entregue para medula óssea vermelha, o heme 
começa a ser feito nos eritoblastos basófilo 
Glicina, aminoácido mais simples. 
Para formar o heme precisamos de reações que acontecem 
dentro da mitocôndria e no citosol das células 
Bilirrubina não conjugada e indireta → antes do fígado, é 
insolúvel precisamos deixá-la solúvel para eliminá-la 
Bilirrubina conjugada e direta → é solúvel, terá como destino 
a bile (passando pelo ducto biliar) 
Objetivo disso é chegar até o intestino, a bilirrubina 
conjugada chegara até o intestino sofrendo a ação de 
enzimas bacterinas havendo formação de 
estercobilinogênio→ da coloração as fezes. Nas faltas de 
estercobilinogênio as fezes serão esbranquiçadas. Pode ser 
eliminado nas fezes ou ser reabsorvido e voltar pro fígado ou 
pros rins. Se for pros rins será um composto excretada pela 
urina, chamado de urobilinogênio. 
O fígado para fazer bile usa colesterol, sais biliares e 
bilirrubina (que já foi conjugada). Toda vez que fizemos 
digestão jogamos bile no intestino. 
Os eritrócitos humanos apresentam um tempo de vida 
médio de 120 dias. A primeira etapa na degradação do heme 
consiste na clivagem de sua ponte a-meteno para formar o 
pigmento verde, a biliverdina, um tetrapirrol. A biliverdina 
redutase age sobre ele e forma a bilirrubina, um pigmento 
vermelho. A mudança de cor de uma equimose constitui um 
indicador altamente descritivo dessas reações de 
degradação. As porfirias são distúrbios hereditários ou 
adquiridos, causados pela deficiência de enzimas na via de 
biossíntese do heme. 
A bilirrubina é uma molécula apolar, lipofílica e insolúvel no 
plasma sanguíneo, também chamada de bilirrubina livre. 
Logo após sua formação se liga a albumina e é carreada até 
o fígado onde ocorrera sua conjugação. A bilirrubina 
conjugada é uma molécula polar, solúvel nos líquidos 
corporais e hidrofílica, é armazenada na vesícula biliar (bile) 
para posterior excreção no duodeno. Sua melhor absorção 
ocorre no intestino grosso onde e reduzida a 
estercobilinogênio. 
A taxa de produção sistêmica de bilirrubina é equivalente a 
taxa de captação hepática, conjugação e excreção biliar. 
Quando a taxa de produção é maior que a de excreção 
ocorre uma hiperbilirrubinemia. 
 
CARACTERÍSTICA DA DOENÇA HEPÁTICA: bilirrubina 
conjugada alta, AST e ALT elevados e pigmentos biliares 
positivos na urina 
 
CASO CLÍNICO 1 
Feminina, 3 anos, encaminhado ao HC devido a anemia 
persistente. Aos 10 meses apresentou palidez, dores e febre 
sendo internada com diagnóstico de anemia, pneumonia e 
esplenomegalia a esclarecer. Ficou internada 5 dias, tendo 
recebido transfusão e alta hospitalar em uso de sulfato 
ferroso sem esclarecimento diagnóstico. Após 3 meses, fez 
uma avaliação do tratamento, e novamente pálida, com 
edema das articulações periféricas. Foi internada, após 
alguns dias, houve melhora dos sintomas articulares, mas 
não da anemia. 
Exame físico: Hipocorada, icterícia. 
Exames laboratoriais: 
 Hemograma 
• Hb: 8,0% ( 12,5 a 16,0) 
• Morfologia: hipocromia, microcitose, anisocitose, 
poiquilocitose, células em alvo, esferócito. 
• Bilirrubina direta: 0,9 mg/dL (V.N: 0,2 a 0,4 mg/dL) 
• Bilirrubina Indireta: 3,0 mg/dL (V.N: 0,1 a 0,6 
mg/dL) 
• DHL (Lactato desidrogenase): 310 U/dL (V.N: 110 e 
220 UI/L) 
1- Qual o tipo de processo patológico é sugestivo no 
caso clínico 1? 
Anemia hemolítica, estamos tendo uma intensa hemólise, 
logo um aumento de liberação de grupamento heme. 
Células em alvo e esferócitos só aparecem em anemias de 
origem genética. Muita hemólise chegando no fígado, ele 
esta desempenhando seu papel mas esta recebendo muito 
→ geração de muita bilirrubina não conjugada pois não 
conseguem conjugar tudo. 
2- Qual a relação de Bilirrubina Indireta com o 
quadro do paciente? 
Assim, quando a bilirrubina indireta está alta, é sinal de 
aumento da degradação de hemoglobina 
3- Qual a relação de DHL elevada com o paciente ? 
É uma enzima que está na hemácia, fígado, musculo cardíaco 
etc. Toda vez que temos destruição de hemácia 
aumentamos a DHL no sangue, tanto que ela é considerada 
um marcador de hemólise 
4- O que indica urobilinogênio elevado? 
Pois temos muita bilirrubina indireta 
 
CASO CLÍNICO 2 
Masculino, 28 anos, agricultor de um pequeno sítio, foi 
atendido na UPA, relata ao clínico, história de alguns dias 
com episódios de mal-estar geral, náuseas, vômitos, 
fraqueza. Que sua urina apresenta escura, amarronzada, nos 
últimos dias, desde que os sintomas intensificaram e acolia 
fecal. Relata que em seu sítio, utiliza água de poço, consome 
diariamente alimentos verduras, legumes plantados em suas 
terras e carne de aves e suínos também do sítio. 
Exame clínico: altura de 1,60 e pesando 48 Kg., discreta 
palidez e icterícia. 
Exames laboratoriais: 
Hemograma: 
• Hb: 14,0% ( 12,5 a 16,0) 
• Ht: 42,0% ( 38 a 47) 
• Morfologia eritrocitária: normocítica e 
normocrômica. 
• Bilirrubina Total: 4,5 (V.N: 0,4 a 1,0 mg/dL) 
• Bilirrubina Direta: 4,0 (V.N: 0,2 a 0,4 mg/dL) 
• Bilirrubina Indireta: 0,9 (V.N: 0,1 a 0,6 mg/dL) 
• AST (TGO) e ALT (TGP): elevadas 
1- Qual o tipo de processo patológico é sugestivo no 
caso clínico 2? 
Icterícia com lesão hepática. O fígado não está fazendo a 
bile, composta por bilirrubina sais biliares e colesterol. A bile 
tem bilirrubina conjugada que vai cair na circulação e ir pro 
intestino 
2- Qual a relação de Bilirrubina Direta com o quadro 
do paciente? 
Como o paciente não está conseguindo produzir bile, que é 
formado pelo colesterol, bilirrubina direta e sais biliares, há 
a sobra de bilirrubina direta no sangue 
3- Qual a relação de AST e ALT elevada com o 
paciente? 
A relação se deve aos problemas nas enzimas dos 
hepatócitos que o paciente possui, onde há sobra dessas 
enzimas no paciente 
4- O que indica pigmentos biliares Positivo? 
Indica que o paciente está excretando bilirrubina conjugada 
(direta) na urina

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