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EXAMES FÍSICOS EM PEQUENOS ANIMAIS

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Exames Físicos em Pequenos 
Animais 
Importância da Anamnese e do Exame Físico: 
• os nossos pacientes não falam 
• os nossos tutores não contam tudo 
• quanto mais detalhada a anamnese e 
mais completo o exame físico, mais 
informações para chegar ao diagnóstico 
Identificação: 
• Espécie (doenças específicas para cada 
espécie) 
• Raça (predisposição a algumas doenças 
ex: Cardiomiopatia Dilatada no doberman) 
• Sexo (diferenças entre macho e fêmea) 
• Idade (doenças congênitas x doenças 
adquiridas) 
• Peso (cálculo de medicações, 
identificação de obesidade) 
Hidratação: 
• Avaliada através do turgor cutâneo + 
brilho e umidade das mucosas + TPC 
(tempo de preenchimento capilar) 
• O turgor cutâneo avalia a elasticidade da 
pele e é determinado através de uma 
“prega” na pele do animal, onde 
observamos seu retorno à posição inicial 
• Nos cães deve ser realizado na região 
dorsal e nos gatos na lateral do tórax 
Cuidado com animais idosos e caquéticos! 
• O TPC é avaliado pressionando a mucosa 
gengival e observando quantos segundos 
leva para o sangue retornar o 
preenchimento dos capilares da região, ou 
seja, a mucosa ficar rósea novamente. 
(normal 2 segundos) 
• A hidratação do nosso paciente é uma 
importante avaliação para cálculo de 
fluidoterapia 
Classificação de Hidratação: 
Hidratação adequada 
− turgor cutâneo normal 
− mucosas com brilho 
− umidade adequada 
− TPC 2 segundos 
 
Desidratação leve 
− 5 a 6% onde já percebemos alterações 
clínicas 
− discreta diminuição do turgor cutâneo 
− mucosas discretamente ressecadas 
Desidratação Moderada 
− 7 a 8% de alteração clínica 
− perda moderada do turgor cutâneo 
− mucosas secas 
− TPC maior que 2 segundos 
− enoftalmia (afundamento do olho) 
Desidratação Grave 
− 9 a 10% de alteração clínica 
− perda do turgor cutâneo 
− mucosas ressecadas 
− enoftalmia 
− taquicardia 
− pulso filiforme (pulsação arterial que 
pode ser verificada por meio da 
palpação em diferentes partes do corpo) 
Mucosas: 
• avaliamos as mucosas da região 
oculopalpebral, oral e vaginal/prepucial 
• avaliação da umidade e coloração 
Coloração das mucosas: 
− Perlácea (quadros de anemia grave) 
branco 
− Ictérica (quadros de hemólise) amarelado 
− Cianótica (troca gasosa não efetiva) 
acinzentada 
− Hipercorada (inflamação) 
Inspeção: 
O que enxergamos no nosso paciente desde sua 
entrada no hospital 
• nível de consciência (alerta, prostrado, 
comatoso) 
• postura 
• lesões no corpo 
• presença de secreção 
• nódulos 
Nódulos/formações: 
importante descrever da maneira mais precisa 
− localização 
− tamanho (mensurar ou anotar 
aproximado) 
− presença de ulcerações/lesões 
− presença de secreção (serosa, 
sanguinolenta, purulenta) 
− consistência (firme, macio, flutuante) 
− aderido ou não 
− dor local 
Escore de Condição Corporal: 
Magro: costelas, coluna e membros pélvicos 
muito visíveis, cintura muito estreita, reentrância 
abdominal severa 
Ideal: costelas não são visíveis, mas facilmente 
palpáveis, cintura facilmente notada quando vista 
por cima, abdômen recolhido quando visto de 
lado 
Obeso: grandes depósitos de gordura no tórax, 
coluna vertebral e base da cauda, ausência de 
cintura, depósito de gordura no pescoço e 
membros 
Padrão Respiratório: 
• Eupnéia: respiração normal 
• Dispnéia: dificuldade em respirar 
• Taquipnéia: respiração acelerada (animal 
ofegante) 
• Distribuição Respiratória: alteração na 
capacidade de respirar/ventilar 
adequadamente 
• Posição Ortopneica: posição em que o 
paciente tende a abrir os membros 
torácicos na tentativa de expandir o tórax 
e estica o pescoço para facilitar a entrada 
de ar 
Linfonodos: 
• Tem como função realizar a filtragem das 
substâncias que podem ser nocivas ao 
organismo. Suas células imunológicas 
auxiliam no combate e na destruição de 
microrganismos presentes no corpo 
• Os linfonodos palpáveis são os 
submandibulares, cervicais superficiais, 
axilares, inguinais e poplíteos 
• Avaliamos tamanho, consistência, 
superfície 
• Linfonodomegalia generalizada-
ATENÇÃO!!! 
Palpação: 
Percepção de órgãos internos através do tato 
• Abdominal: dor, aumento de volume, 
balotamento positivo, repleção de vesícula 
urinária, conteúdo de alças intestinais 
• Coluna: avaliamos sensibilidade em 
cervical, torácica, lombar e sacral 
Percussão: 
Percepção através do som produzido na 
avaliação dígito-digital 
• tórax: ressoante, claro; se maciço-líquido 
alveolar/massas 
• abdômen: som maciço em alguns órgãos 
(ex: fígado); timpanismo generalizado 
pode indicar obstrução (ex: torção 
gástrica) 
Auscultação Cardíaca: 
• Detectamos sopros (insuficiência / 
estenose valvar), arritmias, contamos a 
frequência cardíaca 
Valores normais de frequência cardíaca: 
• Cães grandes - 60 a 100 bpm; 
• Cães pequenos - 100 a 140 bpm; 
• Gatos - 120 a 180 bpm 
Localização da auscultação: 
• Lado esquerdo 
− 3º EIC valva pulmonar 
− 4º EIC valva aórtica 
− 5º EIC valva mitral 
• Lado direito 
− 4º EIC valva tricúspide 
 
 
Auscultação Pulmonar: 
• Detectamos crepitação (pneumonia/ 
edema pulmonar), sibilos (asma), 
abafamento de campos pulmonares 
• Contamos a frequência respiratória 
acompanhando a inspiração e expiração 
do animal através dos movimentos 
torácicos 
Valores normais de frequência respiratória: 
• Cão - 10 a 30 rpm 
• Gato - 16 a 40 rpm 
Mensuração de temperatura: 
• Importante dado do Exame Físico 
• Aferição via retal 
Valores normais: 
− 38ºC a 39,3ºC 
− hipotermia - necessário aquecimento 
− hipertermia - febre x agitação 
Avaliação do Pulso: 
• Localização - femoral 
Avaliação: 
• normosfigmia (normal) 
• fraco ou filiforme (quadros de hipotensão 
grave / choque) 
• Realizar a aferição com o dedo indicador 
e médio 
• Outra forma de mensurar a frequência 
cardíaca quando não for possível durante 
a auscultação cardíaca (ex: animais 
agitados / ofegantes)

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