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Anna Raphaella – MEDICINA UFG 68 Dispneia w Introdução: W Sensação de dificuldade respiratória W Experimentada por pacientes acometidos por moléstias ou indivíduos sadios, em condições de exercícios extremos W Linguagem popular: canseira, falta de ar, fôlego curto, fadiga, respiração pesada, sufocação, etc W Pode ser: o Objetiva: aceleração dos movimentos respiratórios e participação ativa da musculatura acessória da respiração o Subjetiva: sensação consciente e desagradável do ato de respirar W Fator limitante na qualidade de vida W A respiração, ao tornar-se consciente e com desconforto, é um sintoma W Sintoma comum em cardiopatias e pneumopatias W Sinais: o Batimento de asa de nariz o ↑Frequência respiratória → taquipneia o Uso da musculatura acessória w Ventilação: 1. Sistema respiratório estimulado → receptores, mudança de pH, concentração de gases 2. SNC estimula contração muscular 3. ↓Diafragma ↑músculos costais ↑amplitude da caixa torácica ↓pressão intratorácia (menor que pressão atm) 4. Ar entra por diferença de pressão w Fisiopatologia W Aumento da estimulação p ↑CO2 ↓O2↓pH, receptores W Alteração na própria caixa torácica W Alteração no SNC w semiologia: W Início o Época e hora de aparecimento W Modo de instalação o Súbita→ processos de instalação aguda (pneumotórax espontâneo, embolia pulmonar) o Insidiosa→processos crônicos (DPOC, fibrose pulmonar) W Duração o Presente desde início de outros sintomas o Ocorre em crise → asma W Fatores desencadeantes o Tipos de esforços o Exposições ambientais e ocupacionais o Alterações climáticas o estresse W Número de crises e periodicidade o Ao longo do dia o Periódico (semanas e meses) W Intensidade: avaliada com emprego de escalas apropriadas e medidas de repercussão sobre a qualidade de vida o Escala analógica visual o Escala numérica o Escala de Borg W Fatores concomitantes o Tosse → pleurite o Chiado → edema de pulmão, asma o Edema → insuficiência cardíaca o Palpitações → insuficiência cardíaca W Fatores de melhora ou piora: o Medicamentos o Repouso o Posições assumidas o Decúbito w caracterização: W Caracteriza-se a dispneia de acordo com as relações em que ela surge 1. dispneia de esforço - Levar em consideração a atividade diária do indivíduo Anna Raphaella – MEDICINA UFG 68 p Lactante (dispneia para sugar o seio materno); trabalhador braçal; sedentário - Dispneia de grandes esforços: passou a ter dificuldade respiratória ao executar uma atividade anteriormente feita sem desconforto → ex. esportes - Dispneia de médios esforços: surge durante exercícios moderados → ex. subir degraus - Dispneia de pequenos esforços: surge ao executar exercícios leves → ex. banho, falar mais alto w causas: 1. atmosféricas - Atmosfera pobre em oxigênio ou com pressão parcial diminuída → regiões de grandes altitudes - Provoca dispneia mesmo a pequenos esforços 2. obstrutivas - Vias respiratórias sofrem redução de calibre - Laringe →difteria, laringite estridulosa, edema angioneurótico, neoplasia ... - Traqueia → bócio, neoplasia, aneurisma da aorta, adenomegalia mediastínica - Bronquíolos → asma, bronquiolites 3. parenquimatosas - Reduzem a área de hematose de modo intenso - Tais como condensações e rarefações parenquimatosas (pneumonia, fibrose, enfisema) 4. toracopulmonares - Redução da elasticidade e da movimentação toracopulmonares ou assimetria entre os hemitórax - Ex. fraturas dos arcos costais, alterações musculares (miosites, mialgias) 5. diafragmáticas - Afecção que interfira nos movimentos diafragmáticos - Ex. paralisia, hérnias, ascite, hepatoesplenomegalia, gravidez 6. pleurais - Irritação da pleura provoca dor que aumenta com a inspiração - Para evita-la, o paciente limita ao máximo as incursões respiratórias, bem como deitar sobre o lado que o incomoda 7. cardíacas - Decorre de falência do ventrículo esquerdo ou de estenose de valva mitral - Denominador comum: congestão passiva dos pulmões - Ex. cardiopatias, doença isquêmica, doenças valvulares 8. sistema nervoso - Hipertensão intracraniana altera o ritmo respiratório - Ex. respiração de Cheyne-Stokes 9. psicogênicas - Relacionada com transtornos emocionais - Ex. transtorno de ansiedade, síndrome do pânico w Ritmo respiratório: W Alterações na sequência, forma ou amplitude dos movimentos respiratórios ocasionam os ritmos respiratórios anormais W Ortopneia: dificuldade para respirar mesmo na posição sentada, aliviando-se ao sentar ou ficar de pé p Aumento da congestão pulmonar devido maior afluxo do sangue proveniente dos membros inferiores W Trepopneia: confortável para respirar em decúbito lateral p paciente prefere deitar sobre o lado doente para liberar o lado são p derrame pleural, ICC W Platipneia: dificuldade para respirar na posição ereta, aliviando-se ao decúbito p Pneumectomia, pericardite, hipovolemia, shunt direito- esquerdo, síndrome hepato-pulmonar (dilatação vascular intrapulmonar) W Dispneia paroxística noturna: surge à noite, depois que o paciente já dormiu algumas horas e acorda com intensa falta de ar p Retorno venoso dos membros inferiores p Acompanha: sufocação, tosse seca, opressão torácica Anna Raphaella – MEDICINA UFG 68 p Ex. asma cardíaca, edema agudo do pulmão (condição mais grave da congestão pulmonar) W Respiração de Cheyne-Stokes (dispneia periódica): incursões respiratórias que vão se tornando cada vez mais profundas até atingirem uma amplitude máxima; neste momento, os movimentos começam a diminuir gradativamente e assim sucessivamente p Condições normais: recém-nascidos p Condições patológicas: ICC, acidentes vasculares, traumatismos cranioencefálicos ... W Respiração de Biot: ocorrência de períodos de apneia que interrompem a sequência das incursões respiratórias p Meningite, neoplasias, hematoma extradural W Respiração de Kussmaul: amplas e rápidas inspirações interrompidas por períodos de apneia após as quais ocorrem expirações profundas e ruidosas p Cetoacidose diabética, insuficiência renal com uremia e outras acidoses W Respiração suspirosa: interrompendo a sequência regular das incursões respiratórias, surgem suspiros p Tensão emocional
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