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PROJETO

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26
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO MARANHÃO – UNIFACEMA
CURSO: BACHARELADO EM ENFERMAGEM
FRANCISCA SUELY SANTOS 
A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS LIBRAS: DESAFIOS E DIFICULDADES ENCONTRADOS PELO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM
Caxias – MA
2018
FRANCISCA SUELY SANTOS
A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS LIBRAS: DESAFIOS E DIFICULDADES ENCONTRADOS PELO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM
Projeto de Pesquisa apresentado a disciplina de Trabalho de Conclusão e Curso – TCC I, do Centro Universitário de Ciências e Tecnologia do Maranhão UNIFACEMA, como parte das exigências para avaliação inicial da disciplina. Orientador: Braz Milanez
Caxias – MA
2018
SUMARIO
1. INTRODUÇÃO...............................................................................................4
1.1. Tema......................................................................................................5
1.2.Problema.................................................................................................5
2. HIPÓTESE.....................................................................................................5
2.1. Hipótese primária...................................................................................5
2.2. Hipótese secundária..............................................................................6
3. OBJETIVOS..................................................................................................6
3.1. Geral......................................................................................................6
3.2. Específicos............................................................................................6
4. JUSTIFICATIVA............................................................................................7
5. REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................9
5.1.Deficiência auditiva.................................................................................9
5.2. Língua brasileira de sinais – LIBRAS.....................................................11
5.3. Profissional de enfermagem e o paciente com surdez...........................14
5.4. As dificuldades encontradas...................................................................17
5.5. A importância do conhecimento e habilidades do enfermeiro na assistência a pessoas deficientes auditivas...............................................................................................................19
6. METODOLOGIA..............................................................................................23
6.1. Tipo de Estudo.........................................................................................23
6.2. Cenário do Estudo...................................................................................23
6.3. População e Amostra...............................................................................23
6.4. Coleta de dados......................................................................................23
6.4.1. Organização e analises dos dados......................................................24
6.4.2. Aspectos éticos...................................................................................24
7. CRONOGRAMA............................................................................................24
8. ORÇAMENTO................................................................................................25
REFERÊNCIAS..................................................................................................26
 APÊNDICE........................................................................................................31
INTRODUÇÃO
Antigamente, a surdez era descrita enquanto discriminação, em que as pessoas eram consideradas dignas de pena e vítimas da incompreensão de toda sociedade. Atualmente, essa questão tem melhorado e o assunto tem sido discutido por profissionais de diversas áreas (CHAVEIRO; BARBOSA; PORTO, 2008). 
A deficiência auditiva se caracteriza pelas seguintes modalidades: perda parcial ou total da capacidade de audição e pode se manifestar em diferentes graus (leve, moderado, severo e profundo). A deficiência na estrutura dos sistemas de saúde pode contribuir para falhas que comprometem a comunicação entre profissionais e deficientes auditivos e, consequentemente, a qualidade da assistência prestada (CASTRO; PAIVA; CÉSAR, 2012). 
O censo demográfico brasileiro realizado no ano de 2010 apontou um quantitativo de aproximadamente 6.000.000 de pessoas com problemas relacionados à perda auditiva. No Distrito Federal (DF), há, aproximadamente, mais de 100 mil habitantes com deficiência auditiva (IBGE, 2010). 
Esse número chama atenção para a necessidade do desenvolvimento de estratégias e programas que assegurem a comunicação entre os profissionais enfermeiros e portadores de deficiência auditiva (DA), em que, ao procurarem os serviços de saúde, estes se deparam com situações que interferem no atendimento prestando (OLIVEIRA, 2009).
A comunicação é um instrumento essencial ao desenvolvimento das atividades de todos os profissionais, especialmente aos da área da saúde. Boa parte do trabalho, realizado pelo profissional enfermeiro no âmbito da assistência, envolve algum tipo de estratégia de comunicação, visto que a ele cabe entrevistar, fazer anotações em prontuários, solucionar problemas diversos do usuário, das equipes de saúde e dos familiares. Usuários com deficiência sensorial auditiva (DSA) são privados de uma genuína expressão de sensações e/ou sentimentos, como dores, angústias, problemas enfrentados e necessidades de saúde. A perda parcial ou total da audição contribui para o não estabelecimento de uma comunicação efetiva do cliente com a equipe de enfermagem. 
Na maioria das vezes, o atendimento é insipiente dada a limitação intrínseca relacionada à presença obrigatória de um interlocutor, o qual, na maioria das vezes, não consegue entender e expressar as necessidades reais vivenciadas pelo DSA. Sendo assim, ele será privado de uma genuína expressão de sensações e/ou sentimentos, tais como dores, angústias, problemas enfrentados e necessidades durante a prestação do cuidado. 
A impossibilidade de utilização da linguagem falada com esse grupo de usuários requer, portanto, a utilização de outras formas de comunicação pela equipe de enfermagem. Nesse contexto, identificar as dificuldades, enfrentadas por profissionais que lidam com DSA, é o primeiro passo para uma compreensão da problemática para que se possa delinear estratégias que permitam uma comunicação efetiva com portadores de DSA. 
Sendo assim, o objetivo primário deste trabalho foi investigar os principais desafios enfrentados pelos profissionais de Enfermagem durante a assistência prestada a pacientes surdos, usuário de LIBRAS que utilizam os serviços oferecidos por três hospitais da cidade de Caxias (MA). Paralelamente, foi proposta uma reflexão acerca de um novo olhar da Enfermagem para questões relacionadas à inclusão, prevista pela legislação brasileira.
1.1 Tema: 
A língua brasileira de sinais libra: Desafios e dificuldades encontrados pelo profissional de enfermagem.
1.2 Problema:
Quais as dificuldades de comunicação encontradas pelo profissional de enfermagem com os deficientes auditivos no decorrer da assistência de enfermagem e conhecer as estratégias desenvolvidas na comunicação não verbal?
HIPÓTESES
2.1 Hipótese primaria
Na área da saúde, o desconhecimento sobre a modalidade comunicativa utilizada pelos surdos tem gerado falhas no atendimento a esse paciente, que já resultaram até em óbito. Diante de todo o complexo que envolve a relação entre paciente surdo e profissional da saúde, surge a necessidade de uma didática que envolva esse profissional diretamente na atenção a esse paciente, sem que haja nenhuma dificuldade em ambas as partes (CHAVEIRO et al, 2014).
2.2 Hipótese secundaria 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) 2011, aproximadamente 15% da populaçãobrasileira possui algum tipo de deficiência auditiva. Ao se comparar os portadores de deficiência física, auditiva e visual, o surdo é quem defronta com maior dificuldade de inclusão social, já que a audição é um sentido fundamental para obtenção e uso da linguagem. Devido à falta de conhecimento sobre suas limitações, na maioria das vezes o surdo é visto como rebelde ou como uma pessoa que não revela seus sentimentos. (PAGLIUCA; FIUZA; REBOUÇAS, 2007).
OBJETIVOS
3.1 Geral
Analisar as dificuldades de comunicação encontrada pelo profissional de enfermagem com os deficientes auditivos no decorrer da assistência de enfermagem e conhecer as estratégias desenvolvidas na comunicação não verbal.
0. Específico
· Conhecer as características da população surda, na área social e comunicativa;
· Investigar estratégias utilizadas pelos profissionais de enfermagem, frente a essas dificuldades;
· Discutir sobre a importância e eficácia das consultas de enfermagem aos pacientes surdos a partir de um estudo de revisão bibliográfica.
· Descrever a importância do estudo de Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS no âmbito acadêmico de formação dos profissionais da área da saúde, viabilizando uma melhor interação entre paciente – profissional, tendo uma melhoria na qualidade dos atendimentos de saúde.
· Apresentar sugestões partindo das revisões bibliográficas que venham contribuir para os desafios e problema em questão.
1. JUSTIFICATIVA
Este estudo justifica-se pela necessidade de despertar o interesse dos profissionais de enfermagem sobre a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), como forma de comunicação durante as consultas de enfermagem em pacientes surdos. A importância desse trabalho se deu devido as dificuldades enfrentadas pelo paciente surdo diante dos atendimentos prestados nos hospitais pelos enfermeiros e médicos, levando-se em conta a dificuldade de comunicação que há entre ambos e a necessidade de aprendizagem sobre a Língua Brasileira de Sinais, a qual proporcionaria um melhor atendimento a estes pacientes, por tais profissionais da saúde.
Em nosso país a Língua Brasileira de Sinais foi reconhecida oficialmente, pela Lei nº 10.436 de 24/04/02 e somente a partir desta data foi possível realizar, em âmbito nacional, discussões relacionadas à necessidade do respeito à particularidade linguística da comunidade surda e do uso desta língua nos ambientes escolares e consequentemente, o desenvolvimento de práticas de ensino que estejam preocupadas com a educação de alunos surdos numa perspectiva bilíngue de ensino.
Esta lei dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e em seu Artigo 1º prescreve que passa a ser reconhecida como forma de comunicação e expressão legitimada e associada também a outros recursos de expressões relacionados a libras (BRASIL, p.1).
O conceito de libras, nesta lei, é descrito como a forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico é de origem visual-motora, possuindo uma estrutura gramatical específica e caracteriza-se por um sistema linguístico com a finalidade de transmitir opiniões e acontecimentos decorrentes das comunidades surdas que existem no Brasil. 
Portanto, compreende-se que a libras não se trata apenas de mímicas e nem gestos, mas deve ser considerada como status de uma língua constituída com uma composição gramatical própria, podendo expressar conceitos concretos e abstratos dentro da realidade em que o surdo esta inserido. Em seus estudos Sá define a língua de sinais como: Uma atividade em evolução, assim como o é a identidade:
[...] o uso da língua de sinais é uma característica identitária da maior importância. Os surdos organizados em comunidades consideram que o que é evidência de que se pertence à comunidade surda é o uso da língua de sinais (SÁ, 2002, p.105).
Neste sentido, podemos perceber que a legitimação da língua de sinais carrega consigo muito mais do que um mecanismo de comunicação, mas busca principalmente, por meio de uma linguagem própria, construir a identidade da comunidade surda que tem características e comportamentos próprios. A língua de sinais, segundo Skliar (1997, p.100): 
É o elemento mediador entre o surdo e o meio social em que ele vive. É por intermédio dela que os surdos podem demonstrar sua capacidade de interpretação do mundo desenvolvendo estruturas mentais em níveis mais elaborados. 
O autor diz ainda que o surdo vive num mundo social repleto de sentidos. Conforme interage neste mundo vai estabelecendo compreensões e representações sociais. A consciência de nossa presença no mundo como seres essencialmente sociais é resultante de uma série de mediações estabelecidas através de instrumentos e signos que permeiam o nosso cotidiano. 
A promulgação do Decreto 5.626, que regulamentou a lei 10.436, homologada em 2002 - que instituiu o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) -, como meio de comunicação e expressão das comunidades surdas, veio atender a seus anseios e aos dos simpatizantes, conhecedores da luta dos surdos para conseguir esse reconhecimento. 
Esse decreto, ao mesmo tempo em que tornou obrigatório o ensino de LIBRAS nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério em nível médio e superior e nos cursos de Pedagogia e de Fonoaudiologia, recomenda sua inclusão progressiva nas demais licenciaturas do ensino superior. 
5. REFERENCIAL TEÓRICO 
5.1. Deficiência auditiva
Ao longo da história a comunicação dos surdos tem sido um “problema”, devido às suas dificuldades e limitações. A educação dos deficientes auditivos (DA) tinha o objetivo de que esses desenvolvessem seus pensamentos e adquirissem conhecimentos para comunicar-se com as demais pessoas ouvintes, ou seja, proporcionar um desenvolvimento satisfatório de suas capacidades. Os DA apresentam uma série de limitações e por sua vez ao término do ensino básico nas escolas, muitas vezes não conseguiam ter uma leitura e escrita adequada, em que ocorreria uma comunicação satisfatória. 
Na antiguidade e quase toda idade média acreditavam que os deficientes auditivos não eram passíveis de educação. Somente no início do século XVI começam a admitir que os DA pudessem ter um aprendizado pedagógico. Segundo o autor eram apenas as famílias nobres que tinham um filho surdo que podiam contratar os serviços de professores para ensiná-los a língua escrita, eles utilizavam os alfabetos digitais inventados pelos próprios professores, tendo em vista que o surdo não podia ouvir a língua falada, podendo então visualiza-la. Os professores de surdos iniciavam o aprendizado dos alunos através da leitura-escrita e, consequentemente desenvolviam diferentes técnicas para identificar outras habilidades, como articulação das palavras e leitura labial. Neste período verificam-se iniciativas antecedentes do oralismo e gestualismo. (CARVALHO, p. 07, 2011)
No Brasil, em décadas passadas as famílias escondiam seus filhos surdos, pois achavam que eram fora dos padrões normais perante a sociedade. Não tinha diálogo favorável entre os familiares, devidos estes não saberem como se comunicar adequadamente, através de gestos e sinais. Os DA se sentiam de certa forma isolados e privados de comunicação, criando uma barreira, ficando assim com humor alterado e nervosos. 
Devido este bloqueio na comunicação, acarretou problemas de natureza social, emocional e intelectual na formação da linguagem gestual. Estes não conseguiam se integrar na sociedade devido ao preconceito, dificultando na construção da identidade e cultura surda brasileira. Atualmente têm ocorrido mudanças na qual inserem os surdos na política educacional e na sociedade, em relação a sua língua e cultura. Hoje a Língua Brasileira de Sinais é reconhecida pela Lei n° 10.436 de 24 de abril de 2002 e o Decreto n° 5.626 de 22 de dezembro de 2005, em que visa garantir os direitos dos surdos. (MONTEIRO, 2007)
A surdez é a dificuldade e a impossibilidade de ouvir, sendo que vários fatores podem ocorrer antes, durante ou após o nascimento. O deficiente auditivo varia de um grau leve ou profundo destadeficiência, vindo o mesmo não ouvir sons desde os mais fracos até os mais fortes, e possivelmente nenhum tipo de sons. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que 10% da população mundial apresentam algum problema auditivo (PACHECO; ESTRUC, 2011). 
Em grande parte dos casos, a surdez é transmitida durante a gravidez como consequência do consumo de álcool e drogas, má nutrição da mãe, doenças como diabetes, ou mesmo infecções que surgem durante a gestação como sarampo ou rubéola (BRASIL, 2006).
Pessoas com deficiência apresentam características próprias, que muitas vezes, as tornam vítimas de preconceitos ou excluídas da sociedade. A autoexclusão e o isolamento também ocorrem por se acharem inferiores. Outras se isolam das pessoas consideradas normais e procuram conviver com outro deficiente semelhante. Diante destes comportamentos, surgem dificuldades, principalmente de comunicação, e apesar das campanhas de educação para melhorar a inclusão dos deficientes, estes obstáculos persistem e se evidenciam ainda mais na comunicação com os deficientes auditivos e a população em geral (PAGLIUCA, 2007).
Em uma triagem fonoaudiológica realizada em crianças e adolescentes, acompanhadas pelos seus pais, a sessões de anamnese e avaliação, constatou-se que o principal fator identificado pela deficiência auditiva é a rubéola materna, seguido por meningite piogênica, causa idiopática, prematuridade, hereditariedade (mãe ou pai surdo), icterícia neonatal, otite média crônica, uso de misoprotol na gestação, sarampo, ototoxidade e caxumba (SILVA; QUEIROZ; LIMA, 2006) 
Os tipos de perdas auditivas são classificados como perda auditiva condutiva, onde a orelha interna não é atingida pelas ondas adequadamente em que ocorrem alterações na orelha média e externa; perda auditiva neurossensorial, nesta deficiência o aparelho que transmite o som está em seu estado de normalidade, pois as causas localizam-se no nervo coclear e na cóclea; perda auditiva mista, onde o DA tem na mesma orelha, componentes neurossensoriais e condutivos e perda auditiva central em decorrência de lesões na via auditiva central devido à consequência de distúrbios auditivos (ISAAC; MANFREDI, 2005)
5.2. Língua brasileira de sinais – LIBRAS
A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é um sistema linguístico, de modalidade gestual-visual utilizado pela comunidade surda brasileira. Devido à deficiência auditiva do indivíduo a LIBRAS, auxilia no desenvolvimento linguístico, social e intelectual dessas pessoas, favorecendo a sua inclusão na sociedade e acesso ao conhecimento. A LIBRAS deve estar inserida nas instituições de ensino, para que proporcione ao deficiente auditivo interação com professores e outros alunos. É reconhecida oficialmente no Brasil como meio de comunicação, os indicativos demonstram que está aumentando a demanda por profissionais habilitados no ensino de Libras (SENADO FEDERAL, 2006).
A língua de sinais é, portanto, (re) socializadora do humano surdo e, como pessoa aprendente se torna capaz e mais habilidoso quando sua aprendizagem decorre da dialogenia, se compondo das relações com os outros seres, valorando sentimentos, relações e processos cognitivos, atitudes e crenças, na realidade, coexistindo com consciência pessoal e coletiva, como participante ativo das vivências com outros humanos, surdos e ouvintes. (FALCÃO, 2011, p. 20).
A LIBRAS não é uma linguagem de sinais universal, pois cada país tem sua própria maneira de se comunicar, de acordo com a nacionalidade e regionalidade cultural possuem sua própria linguagem de sinais. Essa maneira de se comunicar possui uma estrutura gramatical própria e utilizada pelos deficientes auditivos, não sendo apenas gestos, mímicas e sinais ao ermo, possui expressões identificadas e isso faz com que possa ser identificada como uma linguagem. Nesta linguagem os sinais são compostos de combinações e gestos das mãos, associados com a expressão facial e corporal (LIBRAS, 2012).
A LIBRAS originou-se do Alfabeto Manual Francês. No Brasil, foi fundada em 1857, a primeira escola para surdos na cidade do Rio de Janeiro (Brasil), o Imperial Instituto dos Surdos Mudos, chamado hoje de Instituto Nacional de Educação de Surdos - INES, onde se comemora no dia 26 de setembro em homenagem a esta primeira escola de surdos o INES, o dia nacional do surdo (ROCHA, 2012).
A Associação dos Deficientes Físicos do Estado de Goiás (ADFEGO, 2013), afirma que uma sociedade inclusiva tem como objetivo oferecer oportunidades iguais a todos sem distinção de origens étnicas, sexo, idade, opção sexual e deficiência de qualquer tipo, respeitando sua dignidade e individualidade. Nossa sociedade ainda não é inclusiva, pois ocorre discriminação de todas as formas (deficiente, inválido, mongol, manco, Down, aleijado, ceguinho, demente), demonstrando total preconceito, sendo necessária mudança nas pessoas para que possa haver uma harmonia no convívio social e não ficar apontando estes como: o problema não é meu é do surdo que não entende o que se fala na televisão, é do cego que não consegue ler para ter conhecimento de leis, é do deficiente físico que não consegue subir escadas, dando a entender que a responsabilidade é totalmente dos deficientes, sendo nosso dever como cidadão brasileiro fornecer mecanismos para que todos sem exceção possam ser incluídos na sociedade. 
A Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (FENEIS), Rio de Janeiro, é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos com finalidade educacional, assistencial e sociocultural, que tem como objetivo defender e lutar pelos direitos da comunidade surda brasileira divulgando a LIBRAS. Desenvolve atividades como seminários, cursos, encontros, sempre visando esclarecer a importância em respeitar à forma de se comunicar dos surdos, sua cultura e direitos perante a sociedade, bem como a inserção de surdos no mercado de trabalho através de convênios com empresas, com o incentivo da Coordenadoria Nacional para a Integração de Pessoas Portadoras de Deficiência (CORDE), do Ministério da Justiça. A FENEIS é filiada a World Federation of the Deaf (WFD), ou seja, Federação Mundial dos Surdos, e suas atividades são reconhecidas no âmbito público federal, estadual e municipal, formando uma rede em favor do direito universal da acessibilidade à informação e educação (FENEIS, 2012).
A Associação dos Surdos de Juiz de Fora/MG, entidade sem fins lucrativos, atende os deficientes auditivos (surdo) e pessoas com qualquer tipo de deficiência, promove o curso de Libras, no mesmo local, com mais de 250 participantes. Filiada a Federação Mineira Desportiva dos Surdos e à Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos, permitindo seus membros a participarem de encontros, atividades esportivas de futsal, futebol e vôlei, cujo maior objetivo é mediar e inserir o deficiente auditivo na sociedade. Estes tem uma educação previa, com acesso a informações de todos os tipos, inclusive sobre seus direitos. A promoção de seminários e teatros, com interprete, tem como foco a questão agir e se comportar. Também são encaminhados a empresas que lhes oferecem oportunidade de trabalho (SILVA et al. 2014).
O Instituto Audifone de Reabilitação Auditiva, (SILVA et al. 2014), em São Paulo/SP, considerado centro de referência brasileiro e o primeiro no atendimento de pessoas com necessidades especiais, é composto por profissionais altamente capacitados na área de fonoaudiologia. Desenvolve um programa de terapia de reabilitação auditiva que tem como objetivo orientar o idoso desde que constatado sua perda auditiva até a implantação de um aparelho individual de amplificação sonora, criando um meio de comunicação competente tendo como finalidade que a pessoa viva integralmente na sociedade com uma melhor qualidade de vida.
A linguagem praticada pelos deficientes auditivos brasileiros (surdos) pode ser utilizada por qualquer pessoa ou profissional de saúde. Os portadores de deficiência auditiva devem ser compreendidos e vistos pela sociedade como cidadãos comuns com direitose deveres e que necessitam ser integrados à sociedade (BARBOSA; OLIVEIRA; SIQUEIRA, 2013) A Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (FENEIS, 2012), utiliza a linguagem de sinais que acompanhou a evolução dos tempos e que foi atualizada, de acordo com a necessidade de cada país, sendo criado um alfabeto específico para os brasileiros.
A inclusão social de pessoas portadoras de deficiência de qualquer natureza no Brasil ainda é muito discriminada, onde movimentos nacionais e internacionais buscam uma maneira de inserir uma política de integração na qual estas pessoas tenham realmente uma educação satisfatória, e que haja atendimento, respeito, direito e não sejam marginalizado, alvo de atitudes e ações preconceituosas, necessitando de uma visão social, acatando as leis vigentes, inclusão escolar, novas tecnologias de base microeletrônica das telecomunicações com a informática e maiores investimentos em programas sociais, cabendo como dever a todos nós integrantes da sociedade, a integração destas pessoas, lutando pela sua inclusão social (MACIEL; 2013). 
5.3. Profissional de enfermagem e o paciente com surdez
A Enfermagem é uma das profissões da área da saúde cuja essência e especificidade é o cuidado ao ser humano, individualmente, na família ou na comunidade (ROCHA, 2000). Dentre os profissionais de saúde, os enfermeiros são os que mantêm contato maior com os usuários dos serviços de saúde (ROSENSTOCK e NEVES, 2010). 
Segundo a Política Nacional de Atenção Básica (2006), suas atribuições no contexto da APS consistem em: planejar, gerenciar, supervisionar e avaliar a equipe de enfermagem e os Agentes Comunitários de Saúde (ACS), articular com as demais categorias profissionais e prestar assistência integral aos indivíduos e famílias na unidade básica ou unidade saúde da família - USF e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc.), atuando em todas as fases do desenvolvimento humano: infância, adolescência, idade adulta e terceira idade. 
A interação Enfermeiro/Paciente tem como importância proporcionar a capacidade da organização de pensamentos e construção de ideias, visando assim uma promoção de saúde satisfatória. Com o paciente portador de deficiência auditiva essa interação é prejudicada, pois compromete esta comunicação, trazendo dificuldades no bom atendimento de saúde prestado. 
Esta comunicação é de extrema importância para a identificação de sinais e sintomas relacionados não somente no diagnóstico como também no tratamento. Esta interação é considerada para os Enfermeiros um processo fundamental para um melhor desenvolvimento da comunicação terapêutica, sendo necessário um treinamento do profissional de saúde para não comprometer a assistência prestada (BRITTO; SAMPERIZ, 2010).
Essa interação precisa ter um atendimento humanizado, garantindo ao paciente que suas necessidades sejam entendidas em totalidade pelo profissional de saúde. Isso deve ocorrer não somente dentro de um setor hospitalar, mas à sociedade também deve se adaptar as necessidades das pessoas com qualquer tipo de deficiência, sendo estas auditivas ou não, pois também têm direitos, deveres e devem exercer sua cidadania com liberdade e autonomia (CHAVEIRO; BARBOSA, 2012).
É necessário destacar a importância da formação do enfermeiro em ter conhecimento básico da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), noções desta comunicação gestual para assegurar os cuidados da saúde desse indivíduo, demonstrando segurança no atendimento ao deficiente auditivo (CHAVEIRO; BARBOSA, 2012).
O enfermeiro deve ter um pensamento humanizado e ético em relação ao deficiente auditivo proporcionando proteção, promoção e recuperação da saúde, pois um atendimento de qualidade a este somente ocorrera se tiver essa comunicação entre paciente e profissional de saúde, além de criar vínculos enfermeiro/paciente e enfermeiro/ família. Conforme o autor não é conveniente uma pessoa de a mesma família ser o interprete, pois pode ocorrer que o deficiente auditivo sinta-se envergonhado e não relate corretamente seus problemas, desta forma o enfermeiro não terá uma integralidade da situação real do paciente (GROSSI JÚNIOR; SANTOS, 2010).
Na prestação à assistência de enfermagem, não somente no cuidar do indivíduo portador de deficiência auditiva, como nos demais pacientes, a comunicação deve ser eficiente, percebendo o que o paciente está tentando relatar, visualizando constantemente suas necessidades.
O paciente portador dessa deficiência possui uma diminuição ou total capacidade de percepção de sons, desta forma o enfermeiro deverá possuir conhecimento básico de interpretação de libras para que ocorra uma interação satisfatória, utilizando os sinais e gestos adequados, assim o enfermeiro poderá junto com o paciente identificar seus problemas, auxiliá-lo em sua recuperação e continuidade de uma vida mais saudável (CARDOSO; RODRIGUES; BACHION, 2014)
É de total importância a comunicação entre o profissional de saúde com o paciente, onde a equipe de enfermagem diante a essas condições de debilidade física de saúde deste, procura acalmar suas sensações de desconforto, aumentando a confiança e ficando mais tranquilo em relação ao atendimento. Esta relação enfermeiro/ paciente se dá em todas as situações de contato devido estar totalmente embasada na comunicação verbal e não verbal entre ambos, tendo em vista que o enfermeiro por ter sua formação pedagógica facilita esta interação.
A comunicação pode ser impessoal (comum), pessoal (perceptível) e terapêutica, ou seja, toda a interação o enfermeiro deve estar voltado em suprir as necessidades do paciente, utilizando seus conhecimentos de enfermagem para cada situação específica em relação aos cuidados e procedimentos técnicos como recurso terapêutico. 
O enfermeiro deve ainda proporcionar tranquilidade com confiança ao paciente, visando promover um ambiente favorável e avaliar sua conduta profissional frente as mais diversas situações do dia a dia, na qual o profissional de saúde venha a refletir sobre seu suporte técnico, em que é baseado, sobre a possibilidade terapêutica e responsabilidade de sua conduta profissional em relação do paciente sob seus cuidados (PAULA; FUREGATO; SCATENA, 2015).
Na sociedade a linguagem oral é o meio de comunicação mais utilizado, trazendo consequências como a exclusão do surdo no processo de interação social devido este fazer uso de uma linguagem não oral. O DA por sua vez fica separado e isolado, tendo seus conhecimentos em relação a sua saúde prejudicados, necessitando que o enfermeiro conheça e aprenda na íntegra as reais necessidades destes através de práticas educativas, oferecendo uma assistência mais humanizada (DIZEU; CAPORALI, 2011)
O deficiente auditivo, mesmo com suas dificuldades de comunicação com as pessoas em seu meio social, este se comunica através de meios possíveis ao seu alcance, tais como gestos, escrita, desenhos e conforme seu nível de treinamento faz leitura labial com técnicas feitas por leitura orofacial e quando não compreendido, fica impaciente, ansioso e irritado (ROSA; BARBOSA; BACHION, 2013).
A educação continuada na enfermagem é um conjunto de práticas educacionais planejadas que visa promover oportunidades de desenvolvimento em relação ao funcionário com a finalidade de ajudá-lo a atuar de forma efetiva e eficaz na sua vida profissional, necessitando ser uma troca contínua de experiências da equipe no trabalho da enfermagem (HUMEREZ, 2009)
A partir do descrito, observou-se que a enfermagem deve procurar habilitar-se na língua de sinais para que a qualidade da assistência ao DA não fique prejudicada. Essa competência pode ser suprida por sua própria iniciativa, buscando na comunidade, locais onde são oferecidos cursos, ou se já empregada, sugerir aos canais competentes (direção clínicas, departamentos de enfermagem) temas como esse no setor de educação continuada. É dever e competência da enfermagem participar de ações em saúde que facilite o processo de educação da comunidadeno que se refere aos deficientes auditivos, contribuindo de forma direta e indireta para a reintegração desses indivíduos na sociedade.
5.4. As dificuldades encontradas
 A respeito da atuação do enfermeiro no cuidado das pessoas com deficiência e especialmente no cuidado das pessoas surdas, estudos sugerem que as dificuldades na assistência à saúde destas pessoas devem-se principalmente ao despreparo, pois ao longo do tempo, a sociedade costumava segregar esses indivíduos por considerá-los inválidos (FRANÇA E PABLIUCA, 2011). Os autores que se destacar-se nesta categoria são unânimes em enfatizar que a dificuldade que o enfermeiro apresenta em se deparar com o paciente deficiente auditivo interfere negativamente em seu cuidar.
Em geral, os sentimentos dos enfermeiros e dos demais profissionais ao lidar com o surdo, são de frustrações, impotência e impaciência, por não conseguirem manter uma comunicação, seja através da linguagem gestual ou da leitura labial, havendo assim a tendência de transferirem a responsabilidade da comunicação para os familiares, muitas vezes passando despercebidas a angústia e as dificuldades que os usuários sofrem (GOMES, 2009).
Durante a graduação, percebe-se que não existe um preparo específico para atuar junto aos surdos (GOMES, 2009). Sobre a formação básica do profissional de enfermagem para o cuidado das pessoas com deficiência, SANTOS e SHIRATORI (2004) ressaltam que: 
Apesar da academia de Enfermagem estar voltada para os princípios da humanização do cuidado e visão holística da saúde, não se observa no conjunto de ações e conhecimentos da formação dos enfermeiros, uma disciplina que fundamente melhor as condições de saúde dos deficientes, seus direitos e necessidades, o que, certamente, se devidamente considerados, facilitaria a inserção do profissional enfermeiro no contexto desses atores sociais, oferecendo de fato um atendimento humanizado para esta população (SANTOS e SHIRATORI, p.22, 2004).
Como forma de suprir – mesmo que parcialmente – essa necessidade de profissionais capacitados para atender os surdos, o Decreto n° 5.625 (BRASIL, 2005) introduziu, no capítulo VII, que o atendimento às pessoas Surdas ou com deficiência auditiva na rede de serviços do Sistema Único de Saúde, bem como nas empresas que detêm concessão ou permissão de serviços públicos de assistência à saúde, seja realizado por profissionais capacitados para o uso da Libras ou para sua tradução e interpretação. Como relatado anteriormente, para os cursos de formação que não prevêem a Libras em sua grade curricular, principalmente os da saúde (entre elas, a Enfermagem), a Libras constitui-se como disciplina curricular optativa, o que não garante que os futuros profissionais saiam das instituições de ensino com essa formação, restando aos próprios profissionais ou aos gestores das unidades de saúde o investimento em educação permanente ou a procura de intérprete na comunidade. Acerca da Educação permanente a Política Nacional de Atenção Básica destaca que:
A Educação Permanente deve embasar-se num processo pedagógico que contemple desde a aquisição/atualização de conhecimentos e habilidades até o aprendizado que parte dos problemas e desafios enfrentados no processo de trabalho, envolvendo práticas que possam ser definidas por múltiplos fatores (conhecimento, valores, relações de poder, planejamento e organização do trabalho, etc.) e que considerem elementos que façam sentido para os atores envolvidos (aprendizagem significativa) (Política Nacional de Atenção Básica, p. 32, 2006).
As atividades de um profissional da saúde requerem conhecimentos bem mais do que apenas competência técnica, sendo necessário o desenvolvimento de habilidades que permitam estabelecer com os pacientes relações de caráter interpessoal (MALDONADO, 2012). Ao enfermeiro, como profissional atuante na área da saúde e cuidador do surdo, cabe avançar então em estratégias diferenciadas de comunicação a fim de possibilitar a interação com o paciente e consequentemente efetivar os atendimentos (PAGLIUCA, 2007).
De acordo com o CEPE, em seu artigo segundo, é direito do enfermeiro aprimorar seus conhecimentos técnicos, científicos e culturais que dão sustentação a sua prática profissional. E no artigo 15°, o enfermeiro tem o dever de ofertar uma assistência livre de preconceito de qualquer natureza (COFEN, 2007). 
Portanto, pelo CEPE e pela Lei Federal 10.436/2002, o profissional da enfermagem tem o direito e o dever de realizar um curso de formação em Libras, a fim de prestar uma assistência de qualidade aos pacientes surdos. É dever e competência da enfermagem participar de ações em saúde que facilitem o processo de educação da comunidade no que se refere aos deficientes auditivos, contribuindo de forma direta e indireta para a reintegração desses indivíduos na sociedade (SILVA et al, 2014).
5.5. A importância do conhecimento e habilidades do enfermeiro na assistência a pessoa deficientes auditivos.
A Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, estabelece estratégias para atender às pessoas com deficiência de forma qualificada, priorizando a formação e a capacitação de profissionais de saúde para atuarem em todos os níveis da assistência (primário, secundário e terciário) (BRASIL, 1999)
A acessibilidade de pessoas com deficiência aos serviços básicos no Brasil é precária, e o deficiente auditivo tem maior dificuldade de interação com a sociedade e impedimentos de acesso à saúde pois enfrentam entraves em serviços que não possuem profissionais que conhecem e usam a LIBRAS (ARAGÃO et al, 2015). 
A ausência de uso da LIBRAS pelos profissionais da saúde fragiliza a comunicação do deficiente auditivo, bem como seu acesso aos serviços de saúde em todos os níveis da assistência, prejudicando a qualidade do atendimento prestado. Portanto, torna-se indispensável que profissionais da saúde conheçam a LIBRAS, a fim de não comprometer o cuidado com o paciente. (IANNI; PEREIRA, 2009; ARAGÃO et al., 2015). 
A comunicação ineficaz entre os deficientes auditivos e os profissionais da área de saúde prejudica também o vínculo com esses pacientes. Ao reconhecer a falha na comunicação durante a assistência, leva os profissionais a refletirem sobre essas questões e a buscarem melhorar (DANTAS et al., 2014)
Diante disso, torna-se importante o conhecimento e a identificação correta dos sinais linguísticos em LIBRAS. Um estudo (ARAGÃO et al., 2015) buscou validar o conteúdo de expressões em LIBRAS, acerca de sinais, sintomas e doenças/agravos em saúde de pessoas com surdez, a fim de facilitar a comunicação e melhorar a prestação de cuidados em saúde, em especial na consulta de Enfermagem.
Dantas et al. (2014) analisaram a comunicação entre a equipe de enfermagem e pessoas com deficiência auditiva em um hospital escola, no município de João Pessoa -PB, e evidenciaram que a equipe de enfermagem tem dificuldades de estabelecer comunicação com pessoas com deficiência auditiva por não conhecer a LIBRAS, e para diminuir tais dificuldades fazem uso de estratégias como: leitura labial, mímicas, escrita e a intermediação de acompanhantes.
Em relação às estratégias utilizadas pelos profissionais na comunicação com o paciente deficiente auditivo, os resultados obtidos mostram que, a totalidade da equipe de enfermagem, considerando-se tanto os enfermeiros quanto os técnicos em enfermagem, utilizou mímica durante o atendimento. Raramente ocorre a comunicação por meio de LIBRAS. A mímica é uma estratégia de comunicação compensatória, uma vez que o movimento, o gestual e as expressões faciais são percebidos pela visão. Porém, estudos mostram que a função simbólica da mímica gestual nem sempre é compreendida devido ao seu surgimento em época primitiva e às alterações sofridas com o passar dos séculos, podendo cada indivíduo interpretar os gestos a partir da sua forma de pensar (JESUS, 2014).
A qualidade da assistência de enfermagem à saúde é diretamente ligada às informações prestadas pelo paciente, bem como interpretadas pelo enfermeiro.Dessa forma, percebe-se que a comunicação efetiva é de extrema importância para a coleta de dados de forma integral. Atender ao paciente no seu todo significa contemplar todas as suas necessidades, independente das barreiras da comunicação interpessoal, física, étnica e religiosas, promovendo acessibilidade e humanização no cuidado (MASSOCO; MELHEIROS, 2015). 
Sabe-se que atualmente existem diversas legislações que tem por objetivo assistir o deficiente auditivo total ou parcial, frente à garantia dos direitos previstos a todo cidadão. Porém, na prática percebe-se que a efetividade dessas legislações é questionável, pois, a integralidade, equidade e universalidade, preconizadas pelo SUS, no atendimento ao paciente auditivo fica comprometida quando não existe uma comunicação adequada (FREITAS et al., 2017).
A comunicação efetiva é um recursos utilizado para a realização da anamnese, na qual o paciente tem suas queixas ouvidas, triadas, resolvidas da melhor forma possível, bem como recebe orientação quanto à sua condição e intervenções necessárias. Entretanto, sabe-se que a comunicação verbal entre os profissionais de enfermagem e o paciente com deficiência auditiva ainda é falha, obrigando-os, portanto, a recorrer à comunicação não verbal, com a interpretação da subjetividade dos sintomas e sinais apresentados. Porém, a efetividade dessas estratégias é questionável frente à evasão do atendimento que alcança 45% dos surdos, devido a não comunicação eficaz por parte dos profissionais (NASCIMENTO; FORTES; KESSLER, 2015).
Em relação à capacitação dos profissionais frente a quaisquer dificuldades durante sua assistência, pode-se afirmar que a educação permanente é o principal instrumento utilizado para gerar mudanças e transformações no ambiente de trabalho. Essas mudanças, em diferentes campos do aprendizado, influenciam a organização do trabalho, e dão oportunidade para que os trabalhadores busquem novas habilidades, de maneira dinâmica para suprir as necessidades individuais e coletivas de saúde dos cidadãos, gerando um processo de racionalização e crescimento da instituição (BEZERRA, SILVA, MAIA, 2015).
A inclusão de conhecimentos em LIBRAS de modo mais aprofundado na graduação, pode permitir ao profissional de qualquer área uma comunicação efetiva, podendo exercer sua profissão de modo inclusivo, suprindo possíveis falhas que se apresentem no SUS. A inclusão do curso de LIBRAS possibilita a compreensão das particularidades de cada indivíduo e permite o exercício dos direitos fundamentais dos deficientes auditivos, garantidos na constituição (ROSSI, 2010). 
. A literatura demonstra que muitos profissionais da área da saúde não se mostram preparados para o atendimento ideal a esse público, além da existência de outros fatores de cunho educacional e politico que contribuem para esse déficit (ARAÚJO et al., 2015).
 A melhor perspectiva de atendimento seria que todos os profissionais de saúde fossem capacitados com o curso de LIBRAS com o conhecimento de sinais específicos em libras para área da saúde para realização adequada da consulta ao paciente, para os enfermeiros a capacitação em libras proporcionaria ainda a qualidade e integralidade das informações prestadas pelo cliente, nesse contexto a literatura ainda demonstra que e primordial a presença de um interprete de LIBRAS, porém não substitui a consulta realizada sem a intervenção de outras pessoas na prestação das informações entre o profissional e o paciente atendido (TRECOSSI, DE FREITAS ORTIGARA, 2014) 
Apesar da falha de algumas instituições em não oferecer o conhecimento de LIBRAS no curso de graduação de forma efetiva para o profissionais da área da saúde, principalmente o da enfermagem, verifica-se que mesmo quando existe um intérprete de LIBRAS, ou profissional de enfermagem preparado para o atendimento ainda existem deficiências que provém do sistema educacional tradicional, uma vez que nem todos os deficientes auditivos são alfabetizados ou sabem se comunicar através desta linguagem.
No campo da saúde, é possível observar as inúmeras irregularidades existentes e obstáculos presentes na vida cotidiana do portador de deficiência. Entre elas estão o despreparo e falta de capacitação dos profissionais da saúde, principalmente no que diz respeito ao atendimento, á precariedade dos serviços de saúde prestados, a desigual distribuição de recursos destinados para a área da saúde e dificuldades enfrentadas pelos deficientes em acessibilidade ás edificações que prestam serviços na área (BERNARDES et al, 2014; PAGLIUCA; ARAGÃO; ALMEIDA, 2007; SOUZA; PORROZZI, 2009). 
Portanto, vale ressaltar que os serviços de saúde e as equipes de profissionais da saúde devem estar preparados para atuarem de formar a garantir um atendimento digno e qualidade da saúde dos deficientes (OTHERO; DALMASO, 2009). Por meio da comunicação estabelecida com o paciente, o profissional pode compreendê-lo como ser holístico, e perceber sua visão de mundo, isto é, seu modo de pensar, sentir e agir. A proposta que se torna necessária é que os profissionais da Saúde, principalmente aqueles componentes da Atenção Básica e da Saúde da Família sejam capacitados para se comunicarem de maneira eficiente com tais clientes.Essa capacitação se concretizaria na oferta de cursos de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) a todos os profissionais de Saúde de tais áreas, para que pelo menos esses profissionais tenham um mínimo de entendimento necessário para o atendimento do paciente (SOUZA, PORROZZI, 2009).
O grande desafio das universidades é formar profissionais que não sejam apenas instrumentos de transmissão de conhecimentos, mas, sobretudo, de novas atitudes e práticas que valorizem a diversidade humana (GLAT; PLETSCH, 2010). A inclusão do ensino de Libras como sendo disciplina obrigatória nos cursos superiores não só da área da saúde, mas também em cursos de todas as áreas, se faz um importante instrumento de mudança na realidade social que o deficiente auditivo está incluído atualmente. A questão da deficiência deve ser estudada em.
A partir disso, podemos entender a importância da comunicação e da utilização da educação como um todo, direcionados para troca de saberes. Atualmente, a educação em saúde é um importante instrumento para melhoria da qualidade de vida, utilizada por todos os profissionais da área, inclusive da enfermagem, permitindo que o próprio paciente faça uma reflexão sobre seus hábitos, a partir da do diálogo aberto e da instrução sobre sua saúde, permitindo ao paciente participar do processo de cuidado, onde ele seja peça fundamental para integralidade da atenção à saúde (FRANCISQUETE et al., 2017).
6. METODOLOGIA
6.1 Tipo de estudo
Trata-se de um estudo de cunho exploratório e descritivo, com uma abordagem qualitativa, que se realizará a descrição das características de determinada população ou fenômeno estabelecendo relações entre variáveis.
6.2 Cenário do estudo
O município escolhido para pesquisa deste trabalho será Caxias, localizado no estado do Maranhão, no meio – norte, do Brasil, é a quinta mais populosa cidade do estado, com uma população 163 mil habitantes, conforme dados do IBGE de 2017. O local da pesquisa será três hospitais da Rede Pública Da cidade de Caxias - Maranhão (Macrorregional, o Hospital geral Gentil Filho e a Unidade de pronto atendimento UPA). A escolha destes hospitais se justifica pelo número de pacientes atendidos e a oferta de serviços em diversas especialidades.
6.3 População e amostra
Para a qual serão selecionados aleatoriamente 30 profissionais de Enfermagem, que atuam em três hospitais da Rede Pública Da cidade de Caxias - Maranhão (Macrorregional, o Hospital geral Gentil Filho e a Unidade de pronto atendimento UPA). Participarão do estudo somente enfermeiros. Os critérios de inclusão para a participação no estudo foram: fazer parte da equipe de Enfermagem da unidade selecionada, estar regularmente vinculado a um dos hospitais selecionados e ter aceitado participar do estudo por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livree Esclarecido (TCLE).
6.4 Coleta de dados
Adotou-se como instrumento um formulário estruturado em quatro seções, que abordará respectivamente: dados de identificação, dados do atendimento ao surdo, dados sobre conhecimento de Libras (Língua Brasileira de Sinais) e, por fim, dados sobre capacitações em comunicação com surdo. Na seção dois devem falar sobre quais as dificuldades enfrentadas para o atendimento e quais as sugestões para minimizar as ditas dificuldades. Cada profissional respondeu individualmente ao instrumento de pesquisa, tendo sido, portanto, analisados os formulários.
Para a coleta de dados, os encontros serão agendados no serviço de saúde, em horário e dias previamente pactuados com os profissionais. De posse do material empírico, adotou-se como técnica de análise de dados a análise de conteúdo, na qual se faz o tratamento por inferências e interpretações. Segundo Minayo (12), diferentes são os tipos de análise de conteúdo: de expressão, das relações, de avaliação, de enunciação e categorial temática.
6.4.1 Organização e análises dos dados 
Os dados serão tabulados estatisticamente, através de planilhas. Os dados estatísticos foram processados com o auxílio do software Excel e descritos através da freqüência absoluta, freqüência relativa, média e desvio-padrão. 
Os dados qualitativos seran consolidados por meio da descrição das respostas, respeitando a integridade das falas dos pesquisados. Utilizara como método de análise dos dados qualitativos a técnica de “análise de conteúdo” que de acordo com Bardin (1977), consiste em: 
Um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter, por procedimentos, sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens (BARDIN, 1977, p.42).
A descrição e análise do conteúdo das comunicações dos entrevistados foram realizadas por meio da classificação dos elementos da fala em categorias. A categorização tem como primeiro objetivo, fornecer, por condensação, uma representação simplificada dos dados brutos, sendo que a comparação de textos submetidos a um mesmo conjunto de categorias permite a interpretação dos resultados obtidos de maneira relativa (BARDIN, 1977).
6.4.2 Aspectos éticos 
O projeto será submetido à aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de Ciências e Tecnologia do Maranhão – UNIFACEMA.
7. CRONOGRAMA
	2018/2019
	Jul.
	Ago.
	Set.
	Out.
	Nov.
	Dez.
	Jan.
	Fev.
	Maç.
	Abr.
	Mai.
	Jun.
	Elaboração do projeto
	X
	X
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	Entrega do projeto à disciplina
	
	
	
	
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	Coleta de dados
	
	
	
	
	X
	X
	X
	
	
	
	
	
	Analise de dados
	
	
	
	
	
	
	
	X
	
	
	
	
	Discursão dos resultados
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	X
	
	Conclusão
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	
	Correção e entrega em capa dura
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
8. ORÇAMENTO 
	Descrição das Despesas
	Quantidade
	Valor individual
R$
	Valor Total
R$
	Resma de papel A4
	
	
	
	Caneta/lápis
	
	
	
	Pen-drive
	
	
	
	Cartucho preto
	
	
	
	Cartucho colorido
	
	
	
	Capa dura
	
	
	
	Encadernação
	
	
	
	Total
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ISAAC ML, MANFREDI AKS. Diagnóstico Precoce da Surdez na Infância. Rev Medic. 2005; 38(3-4): 235-44.
APÊNDICE – INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Nome: _____________________________________Idade: __________ Sexo: __________ 
Nome da Instituição em que graduou: ___________________________________________ 
Graduado no ano de: _________________________________________________________ 
Especialização: _____________________________________________________________ 
Possui experiência Profissional? Cite-as. _________________________________________ 
1. Você já realizou algum atendimento a um paciente deficiente auditivo? Descreva sua opinião sobre a qualidade da assistência no momento desse atendimento. 
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2. Quais estratégias você utiliza ou utilizaria para o atendimento ao paciente com deficiência auditiva? 
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3. Você se sente preparado para realizar o atendimento ao portador de deficiência auditiva sem o auxílio de interprete de Libras? 
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4. Você possui alguma capacitação para comunicar-se de forma efetiva através da língua Brasileira de sinais?
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6.Como você compreende a importância do ensino de Libras nos curso superior de enfermagem? 
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7. Como você compreende a discussão sobre o atendimento a pessoa com deficiência auditiva frente aos princípios de integralidade, universalidade e equidade propostos pelo SUS?
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