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Autoconhecimento e Autoconsciência - Psicologia

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Autoconhecimento e Autoconsciência
 A natureza social do homem faz com que a interação com seus semelhantes, no processo de convivência social, ou no trabalho, sirva de apoio: na sua formação e no seu desenvolvimento. Sem que as pessoas percebam, as emoções, que estão sentindo nas relações com os demais, aumentam as dificuldades para desenvolver habilidades e competências nos relacionamentos. Até que ponto as pessoas realmente têm consciência de si mesmas e de suas emoções? Por exemplo, para conseguir controlar a raiva, é preciso que a pessoa tenha consciência: daquilo que a provocou e de como a raiva a afeta.
 Estudos sobre inteligência emocional (IE), como o resultado da interação entre as emoções e cognições, proporcionou uma nova forma de considerar o debate acerca da importância da emoção nas operações mentais. Nessa perspectiva, considera-se que: 
1) A emoção torna o pensamento mais inteligente;
2) A inteligência cognitiva auxilia o individuo a pensar as suas emoções e as dos outros;
3) A ausência dessa relação binomial torna o individuo emocional e socialmente incapaz.
Essa valorização permitiu dirigir a atenção para a importância das emoções em vários contextos do desenvolvimento humano, tais como a família, a escola e o trabalho. Graças á autoconsciência emocional, você consegue identificar os estados emocionais concretos vividos ao longo do dia, para poder analisar o efeito que produz ao seu redor, como elas interferem nas relações sociais. Por exemplo, em um dia que você está contente aproveitando muito os planos que você tem com os seus melhores amigos, é possível que em um momento de chateação, você tenha tendência a distanciar-se e ver o aspecto negativo dos demais. As emoções, de certo modo, mudam a maneira que você vê o mundo que te rodeia.
 Para Barcellos, a autoconsciência aguçada permite a pessoa monitorar-se e observar-se em ação. É preciso que cada pessoa compreenda o que é importante para si; o que quer; como se sente nas relações com os outros e como se dirige aos demais. O conhecimento a respeito de si mesmo não apenas orienta sua conduta, mas também lhe dá condições para fazer diferentes e melhores escolhas.
 A autoconsciência emocional significa ter a habilidade de reconhecer, entender as próprias emoções e o estado de ânimo. É um processo intelectual e graças a ele, é possível estabelecer uma relação entre o que se sente, como se expressa e como as outras pessoas recebem.
 O desenvolvimento da autoconsciência permite saber se são os pensamentos ou os sentimentos que governam uma decisão; avalia as consequências de opções alternativas e aplica essas intuições em questões como drogas, fumo e sexo, por exemplo.
 Cada ser humano foi forjado pela sua herança inata e pelo seu ambiente, suas experiências em cada uma das fases de sua vida e, também por sua educação familiar, sua cultura e sua religião. Justamente por isso, é muito importante saber que as pessoas não são iguais e terão diferentes percepções e comportamentos perante suas próprias atitudes. Assim, é importante que a pessoa analise bem antes de falar e agir porque pode fazê-lo de forma intempestiva e equivocada.
 A autoconsciência leva ao desenvolvimento de competências como: a percepção emocional; a autoavaliação precisa e a autoconfiança.
Percepção emocional é o reconhecimento de como as emoções afetam o desempenho.
Autoavaliação leva a uma percepção sincera dos pontos fortes e limitações pessoais, com uma visão clara de aspectos em que precisam melhorar a capacidade de aprender com a experiência.
Autoconfiança senso do próprio valor e da própria capacidade, que leva as pessoas a se apresentarem de maneira segura a terem presença, a serem capazes de expressar opiniões impopulares de se exporem por algo que seja correto; além de serem capazes de tomar decisões sensatas a despeito de incertezas e pressões.
 De acordo com Goleman (2011), o desenvolvimento da autoconsciência melhora no reconhecimento e designação das próprias emoções, na maior capacidade de entender as causas dos sentimentos; diferenciar sentimentos e atos, reconhecimento de nossas forças e fraquezas, na possibilidade de nos vermos a uma luz positiva, mas realista (com isso evitando uma armadilha comum do movimento de autoestima).
 Pessoas que possuem autoconsciência elevada não são nem críticos em excesso, nem possuem esperança fora da realidade, são, na verdade, honestos consigo mesmo e com os outros, percebem como seus sentimentos influenciam a eles, aos outros e ao seu desempenho profissional. Vale destacar que a autoconsciência também está relacionada ao entendimento de cada um sobre seus próprios valores e propósitos. Um exemplo é quando a pessoa é capaz de recusar uma oferta de emprego por não se adequar aos seus princípios ou objetivos, mesmo sendo sedutora financeiramente.
 A pessoa autoconsciente entende que se não consegue bons resultados sob prazos muito pequenos, tende a planejar seu tempo e antecipar o término do trabalho.
 
“[...] o indivíduo autoconsciente executa um melhor planejamento para desempenhar suas tarefas, planejando adequadamente seu tempo e na maioria das vezes executa o trabalho de modo eficaz. Não possuem problemas em admitir fracassos, uma vez que conhecem suas limitações e virtudes, expondo até mesmo suas fraquezas sem problema algum”
 Elas também sabem quando pedir ajuda. E os riscos que correm no cargo são calculados. Não aceitam um desafio que sabem que não podem realizar sozinhos. Elas agem conforme suas forças. A função de autoconsciência é de gerenciamento das nossas próprias emoções, assim como de percepção em relação aos sentimentos dos outros que estão ao nosso redor. Uma das formas mais eficazes do desenvolvermos a autoconsciência é a psicoterapia – todo o ser humano é capaz de ampliar a sua autoconsciência, porém, para que ocorra é necessário agir de maneira correta.

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