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Vict�ria K. L. Card�so Nerv�s óptic�s Introdução São 12 pares de nervos cranianos, cada um com sua nomenclatura, e fazem conexão com o encéfalo. Pares cranianos: ● Olfatório (I). ● Óptico (II). ● Oculomotor (III). ● Troclear (IV). ● Trigêmeo (V). ● Abducente (VI). ● Facial (VII). ● Vestibular (VIII). ● Glossofaríngeo (IX). ● Vago (X). ● Acessório (XI). ● Hipoglosso (XII). Função dos pares cranianos: suprimento sensitivo e motor da cabeça e do pescoço. Classificação: ● Eferentes/motores: a informação sai do sistema nervoso central. ● Aferentes/sensitivos: a informação entra no sistema nervoso central. Informações transmitidas: ● Especiais: responsáveis pela visão, olfato, paladar, tato e audição. ● Somáticas: origem e destino - pele e ou músculos esqueléticos. ● Viscerais: origem e destino - órgãos internos. ● Gerais: origem e destino - exteroceptores e proprioceptores. Vict�ria K. L. Card�so Obs: a raiz de todos os nervos é no tronco encefálico. Obs: os dois primeiros nervos (olfatório e óptico) não tem relação direta com o tronco encefálico. ● Os outros 10 pares estão diretamente ligados ao tronco encefálico. I - Nervo Olfatório Funções gerais: possui fibras aferentes e eferentes; transporta informações sensoriais especiais (olfato). Obs: lembrando que esse nervo não tem relação direta com o tronco encefálico. Trajeto das fibras eferentes: 1. Início: cérebro; Direção: terminações na periferia. 2. Comissura anterior. 3. Bulbo olfatório contralateral. 4. Dura-máter. 5. Placa cribriforme (o nervo olfatório deixa o crânio através da placa cribriforme). 6. Submucosa. 7. Mucosa olfatória. Trajeto das fibras aferentes: 1. Células olfatórias. 2. Fibras nervosas sensitivas, capazes de perceber os odores. 3. Mucosa olfatória. 4. Submucosa. 5. Placa cribriforme (entrada no crânio). 6. Dura-máter. 7. Algumas dessas fibras continuam para o núcleo olfatório anterior (no trato olfatório), e em seguida cruzam para o lado oposto do cérebro, enquanto outras fibras simplesmente continuam pelo trato olfatório. 8. As que formaram sinapse no núcleo olfatório anterior continuam para o trígono olfatório (é ali que os trajetos das fibras aferentes se separam). 9. As fibras do trato olfatório lateral continuam para o corpo amigdaloide. 10. O restante das fibras que formam sinapse no trígono olfatório e no tubérculo olfatório passam através das estrias olfatórias mediais e formam sinapse na comissura anterior. Clínica: Vict�ria K. L. Card�so ● Anosmia: incapacidade de sentir cheiros. ● Hiposmia: diminuição da capacidade de sentir cheiros. ● Parosmia: qualquer alteração do sentido do olfato (ex: café com cheiro de gasolina). ● Alucinações olfatórias: percepção de cheiros sem estímulos olfativos. ● Cacosmia: sensação constante ou frequente de odor desagradável. II - Nervo Óptico Informações gerais: ● Nervo unicamente sensitivo, com fibras somáticas especiais. Função: é responsável pela visão, transmitindo impulsos aferentes de luz para o cérebro. Emergência craniana: canal óptico. Emergência encefálica: quiasma óptico. Núcleo: geniculado lateral. As fibras ópticas vindas da parte nasal da retina cruzam no quiasma óptico e seguem contralateral, enquanto as da parte lateral permanecem ipsilaterais. Quanto aos caminhos, a maior parte das fibras vai em direção ao núcleo geniculado lateral, onde a informação será transmitida para o córtex visual primário, na área 17 de Brodmann, terminando o trajeto no núcleo pré-tectal ou no colículo superior. Obs: lembrando que esse nervo não tem relação direta com o tronco encefálico. Lesões do nervo: perda de 100% da visão. Lesão em quiasma: hemianopsia → perda de parte da visão. Testes ou avaliações: ● Medida da acuidade visual: visão geral (ver se está enxergando) visão apropriada a uma certa distância. ● Campo visual: avaliação da periferia e dos quadrantes. ● Teste de confrontação: testes dos 4 campos visuais com o olhar fixo, com a mesma distância para o paciente, tampando um olho por vez. ● Fundoscopia. ● Reflexo fotomotor: utiliza-se uma lanterna na pupila do paciente. ○ Via aferente: nervo óptico. ○ Via eferente: nervo oculomotor. Vict�ria K. L. Card�so ○ Presença de miose (contração da pupila), com reflexo consensual (ambas as pupilas fazem miose simultaneamente, pois a via eferente é única → fibras parassimpáticas). ○ Em lesões do nervo óptico, a pupila acometida não tem miose, ou seja, está em midríase → ambos os olhos não farão miose, mas se testar o olho que não tem lesão, inclusive o olho lesionado terá miose por reflexo consensual. ○ Lembrar: reflexo direto e consensual. Clínica: ● Hemianopsia: perda parcial ou total da visão em uma das metades do campo visual de um ou de ambos os olhos e pode ser homônima ou heterônima. ● Quadrantanopsia: perda da visão de um dos quadrantes do campo visual. ● Escotomas: perda total ou parcial da visão de uma região do campo visual, geralmente rodeada por uma área de visão preservada. ● Amaurose: lesão no olho em si, por afecção do nervo óptico ou dos centros nervosos, podendo afetar um ou ambos os olhos. ● Ambliopia: diminuição da visão por falha na acuidade. Músculos responsáveis pela motricidade ocular extrínseca NÃO TÊM INFLUÊNCIA NA LESÃO, só em dificuldade para movimentar. ● 4 retos: ○ lateral → inervado pelo abducente. Vict�ria K. L. Card�so ○ medial. ○ superior → inervado pelo troclear. ○ inferior. ● 2 oblíquos - ajudam a fazer rotação: ○ superior (para baixo e para dentro) ○ inferior. ● TODOS OS OUTROS SÃO DO OCULOMOTOR, que também inerva o músculo levantador da pálpebra (lesão aqui causa ptose palpebral). ○ Se tiver alteração de midríase, com reflexo alterado, provavelmente tem tumor. III - Nervo Oculomotor Informações gerais: ● Nervo motor somático e visceral, com fibras pré-ganglionares parassimpáticas. Núcleos: oculomotor e Edinger-Westphal. Inervação das fibras primárias: músculos extraoculares. ● Levantador da pálpebra. ● Reto inferior. ● Reto superior. ● Medial. ● Oblíquo inferior. Inervação das fibras secundárias: ● Corpo ciliar. ● Íris. ● Músculo es�íncter da pupila. Função do nervo oculomotor; acuidade visual e miose das pupilas. ● Contração do músculo ciliar: confere o relaxamento das zônulas ciliares, o que deixa o cristalino mais arredondado e fornece a acuidade. ● Fibras parassimpáticas: responsável pela realização da miose da pupila. ○ Quando se avalia o reflexo luminoso em apenas um olho, a contração ocorre em ambas as pupilas, pois o impulso percorrerá um núcleo ipsilateral e um contralateral. Obs: falhas nesse nervo causam estrabismo divergente. IV - Troclear Informações gerais: É o único par craniano com origem no tronco encefálico. Vict�ria K. L. Card�so Núcleo: ao nível do colículo inferior do tronco cerebral. Função: inervação do músculo oblíquo superior, que faz os movimentos de adução, depressão e rotação medial interna do olho. ● Gira o olho para baixo. V - Nervo Trigêmeo Informações gerais: ● É um nervo misto, com função motora e sensitiva. ● Inervação somática: localizada na ponte e no núcleo do trato espinhal até a medula na região cervical superior → responsável pela dor, propriocepção, temperatura e tato da face. É subdividida em 3 ramos… ○ Os três ramos são: o�tálmico (V1), maxilar (V2) e mandibular (V3). ○ Semiotécnica: tocar a córnea com um filete de algodão, incidindo lateralmente para que o paciente não o visualize; como resposta há contração orbicular da pálpebra, o paciente pisca. ■ Reflexo ausente indica problema no nervo VI (abducente). ● Inervação motora: localizada na ponte, inerva os músculos da mastigação → masseter, temporal, lateral e medial. Função: mastigação e sensibilidade no rosto, na língua (dois terços da língua, mas não é responsável pelo gosto) e na córnea (o primeiro reflexo que some na morte cerebral é o óptico). VI - Nervo abducente Informações gerais: ● Exclusivamente motor. ● Fibras eferentes somáticas gerais. Função: motricidadedo globo ocular, responsável pela inervação do músculo reto lateral → movimento de abdução do olho. Obs: estrabismo convergente → nervo abducente. VI - Nervo Facial Características gerais: ● Nervo misto, com uma raiz motora (nervo facial propriamente) e outra sensorial (nervo intermédio). ● Fibras pré-ganglionares parassimpáticas. ● Possui 4 núcleos: lacrimal, motor, salivatório superior e núcleo do trato solitário. Vict�ria K. L. Card�so ● Principais ramos: (são 5) ○ Auricular. ○ Marginal. ○ Mandibular. ○ Bucal. ○ Zigomático. ○ Temporal. Funções: tirando abrir e fechar os olhos (que é função do oculomotor), todas as outras funções são do nervo facial. Ex: ● Função gustativa de 2 terços da língua. ● Secreção de lágrima. ● Secreção de saliva. (...) ver paralisia facial central e periférica. VII - Nervo Vestibulococlear Características gerais: ● Nervo exclusivamente sensitivo. ● Fibras somáticas especiais. ● Núcleos: vestibular e coclear. ○ Componente vestibular: responsável pelo equilíbrio. ■ Núcleos superior, inferior, medial e lateral. ○ Componente coclear: responsável pela audição. ■ Núcleos anterior e posterior. Funções: audição e equilíbrio. ● Em lesões do componente vestibular pode apresentar sinal de romberg positivo. VIII, IX e X - Nervos Glossofaríngeo, Vago e Acessório Nervo glossofaríngeo: nervo misto com fibras motoras e parassimpáticas eferentes. ● Função: inervação da parótida, terço posterior da língua, tuba auditiva, faringe, úvula e tonsilas. ○ Deglutição, gustação, disfagia e neuralgia. Nervo vago: nervo misto - é o maior nervo craniano -, com fibras motoras (eferentes) e parassimpáticas e fibras sensitivas (aferentes). Vict�ria K. L. Card�so ● Função: inervação dos músculos da faringe, traqueia, laringe, estruturas torácicas e abdominais e conduz a inervação parassimpática para os órgãos viscerais. Nervo acessório: exclusivamente motor. ● Função: inervação do trapézio e do esternocleidomastóideo. XI - Nervo Hipoglosso Características gerais: ● Nervo motor. Função: inerva os músculos intrínsecos e extrínsecos da língua. ● Permite a movimentação da língua.
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