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Cartilha 2 - Edição Revisada

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Prévia do material em texto

psicologia
da felicidade 
e do bem-estar
c u r s o d e e x t e n s ã o
Todo o material do curso (vídeos e cartilhas) foi criado e produzido em 2020,
entre os meses de julho e dezembro, durante os quais estávamos vivendo um
momento diferente da pandemia, quando comparado com o que estamos
vivendo agora. Sabemos que para muitos de vocês, o avanço da pandemia
trouxe mais perdas, mais dificuldades de diversos tipos (financeiras, emocionais,
de concentração, de trabalho), ajustes e mudanças para que possam continuar
com as atividades diárias. Continuamos na mesma tempestade que, para muitos
pode ter se intensificado. As sugestões de atividades feitas continuam válidas.
Novas sugestões poderão ser incluídas nos módulos de acordo com a nossa
percepção das respostas de vocês à ficha de inscrição.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição – Não Comercial
- Sem Derivações 4.0 Internacional. Para ver uma cópia desta licença,
visitehttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/.
Como citar este documento:
Guerra, V. M., Matos, F. R., Lunz, L. N. S. S., Almeida, G. S. S., Menezes, D. S. B. &
Nóia, L. (2020). Teorias do bem-estar. Cartilha do Curso de Extensão Psicologia da
Felicidade e do Bem-estar. 2ª ed. Vitória, ES: Universidade Federal do Espírito Santo.
OS TIPOS DE BEM-ESTAR
Profa. Dra. Valeschka Martins Guerra
psicologia da felicidade e do bem-estar
c u r s o d e e x t e n s ã o
M Ó D U L O 2
GEPPSI+
"Não existe um caminho para a felicidade. 
A felicidade é o caminho."
Mahatma Gandhi
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SUMÁRIO
7Apresentação do GEPPSI+ ..............................................................................
8O Curso de Extensão ........................................................................................
Professora Responsável ................................................................................... 9
Mapa do Módulo ................................................................................................ 10
Conceitos Básicos .............................................................................................. 11
Leituras Sugeridas
 Felicidade e bem-estar: uma prática diária ...............................................
 Autoconhecimento é Florescimento .............................................................20
19
21Referências ........................................................................................................
22Lista de Valores .................................................................................................
Exercícios da Semana
 Exercício de conscientização de valores .................................................... 17
24Quem somos .......................................................................................................
18Filmes, Séries e Livros ....................................................................................
G r u p o d e E s t u d o s e P r á t i c a s
e m P s i c o l o g i a P o s i t i v a
 O Grupo de Estudos e Práticas em Psicologia Positiva (GEPPsi+) foi
criado em 2016, na Universidade Federal do Espírito Santo, pela Profa. Dra.
Valeschka Martins Guerra, coordenadora geral, e pela Ma. Clarisse
Lourenço Cintra, coordenadora de educação e projetos, de forma a agregar
a produção e os eventos realizados pelo grupo no campo da Psicologia
Positiva.
 Os principais objetivos do GEPPsi+ são: 1. Contribuir para a formação e
o aprimoramento no campo da Psicologia Positiva de alunos de graduação,
de pós-graduação e de profissionais da Psicologia e áreas afins. 2. Realizar
programas de extensão que efetivem intervenções com base na abordagem
da psicologia positiva, abertos tanto à comunidade interna como externa à
UFES; 3. Realização de pesquisas que abordem temáticas da Psicologia
Positiva, tais como educação positiva, forças de caráter, bem-estar,
autoestima, sentido de vida, atenção plena, entre outros. 
 O GEPPsi+ contribui para a construção do conhecimento no campo da
Psicologia Positiva, especialmente no âmbito nacional.
h t t p s : / / g e p p s i p o s i t i v a . w i x s i t e . c o m / g e p p s i p o s i t i v a
@ g e p p s i p o s i t i v a
S a i b a m a i s , s i g a - n o s , c u r t a , c o n e c t e - s e c o n o s c o :
@ g e p p s i p o s i t i v a
g e p p s i p o s i t i v a @ g m a i l . c o m
7
C a n a l " P s i c o l o g i a d a F e l i c i d a d e e d o B e m - E s t a r "
https://geppsipositiva.wixsite.com/geppsipositiva
https://www.instagram.com/geppsipositiva/
https://www.instagram.com/geppsipositiva/
https://www.facebook.com/geppsipositiva
http://t.me/PsicologiaDaFelicidade
C u r s o d e E x t e n s ã o 
- P s i c o l o g i a d a F e l i c i d a d e e d o B e m - e s t a r -
A proposta é composta por 16 encontros + 2 encontros bônus:
O que é a Psicologia Positiva e como ela pode ajudar?
Tipos de bem-estar
Luto
Depressão e ansiedade
Emoções negativas x Emoções positivas
Regulação emocional
Otimismo x Positividade tóxica
Produtividade compulsória
Procrastinação e Síndrome do impostor
Bem-estar financeiro
Saúde física - sono, alimentação e exercícios
Relacionamentos e sexualidade
Bem-estar de crianças e adolescentes durante a pandemia
Saúde mental da população LGBTQIA+ e Negra
Mindfulness e flow
Compaixão e autocompaixão
Espiritualidade e Sentido de vida
Resiliência
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 O Curso de Extensão Psicologia da Felicidade e do Bem-estar tem
como objetivo apresentar, de forma acessível, o conhecimento construído
na área da Psicologia acerca de tais temas. Neste momento que todos
estamos enfrentando, compreender as próprias emoções, pensamentos e
comportamentos pode ser um passo importante para lidar melhor com os
possíveis desdobramentos do distanciamento social e da pandemia.
 Teremos convidados e convidadas especialistas para conversar co-
nosco em vários dos encontros. Além dos vídeos, você também receberá
uma cartilha como esta por módulo, com o conteúdo abordado, textos,
sugestões e entrevistas de pessoas de diversas áreas.
 A cada semana, você terá sugestões de filmes, livros, séries, leituras e
outras mídias, além de atividades da Psicologia Positiva.
 Qualquer dúvida, é só entrar em contato pelos e-mails abaixo, que a
nossa equipe estará em plantão de dúvidas para te responder:
f e l i c i d a d e . u f e s @ g m a i l . c o m
g e p p s i p o s i t i v a @ g m a i l . c o m
8
P r o f e s s o r a R e s p o n s á v e l
 Valeschka Martins Guerra é professora do
Departamento de Psicologia Social e do
Desenvolvimento e do Programa de Pós-Graduação
em Psicologia, onde coordena o Grupo de Estudos e
Práticas em Psicologia Positiva. 
 Psicóloga, especialista em Sexualidade Humana
(UFPB), mestre em Psicologia (UFPB) e doutora em
Psicologia Social (University of Kent), mora em Vitória
desde 2010. 
 Em seu tempo livre, gosta de brincar com os filhos
pequenos, seus cachorros, assistir filmes e séries com
o marido, montar quebra-cabeças e cantar no coral
da UFES. 
 
"A Psicologia Positiva me lembra de olhar para a frente. 
Me ajuda a alimentar a esperança, traz leveza para os meus dias. 
É minha dose diária de autocompaixão, por me lembrar 
da minha (da nossa) humanidade".
 
9
O que veremos neste módulo?
Abordagem Euda imôn ica 
e Teor ia do Bem-es tar
Ps i co lóg ico
Cons t rução H i s tó r i ca
Teor ia do F lo resc imento
Abordagem Hedôn ica 
e Teor ia do Bem-es tar
Sub je t ivo
Casamento en t re
Abordagens
Exerc íc i os
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Conceitos Básicos
 Termo difícil de definir, por ser muito usado no dia-a-dia das pessoas,
com uma noção de senso comum, uma definição compartilhadadaquilo que
entendemos ser felicidade. As principais ideias compartilhadas sobre o tema,
enfatizam a busca por sucesso, realização e prazer. No entanto, existem outras
propostas históricas:
F e l i c i d a d e
 Assim, é possível distinguir duas abordagens filosóficas principais que
contribuíram para o desenvolvimento de teorias que explicassem o bem-estar: a
abordagem hedônica e a eudaimônica. Essas abordagens deram origem ao que
os pesquisadores chamam de três tipos de “vida feliz”: a vida prazerosa, a vida
boa e a vida significativa.
A b o r d a g e m H e d ô n i c a 
e a T e o r i a d o B e m - e s t a r S u b j e t i v o
 A abordagem hedônica enfatiza a redução da dor e a busca pelo prazer
e assim a satisfação dos desejos como fonte principal de felicidade. Dessa
concepção, surge o primeiro tipo de “vida feliz”: a “vida prazerosa”. Para uma
vida prazerosa, buscamos emoções positivas o tempo todo, como alegria, entu-
siasmo, amor, paixão, divertimento, interesse....
¹ E g o a q u i é e n t e n d i d o c o m o a n o ç ã o q u e t e m o s d e s e r m o s p e s s o a s c o m i d e n t i d a d e s
d i s t i n t a s , r e l a t i v a m e n t e f i x a s e s e p a r a d a s d a s o u t r a s p e s s o a s e c o i s a s .
Buda - A felicidade era derivada da superação do próprio ego¹. Ele
enfatizava que é necessária uma compreensão de que o sofrimento é
algo que faz parte da vida e deriva de nossos apegos ou desejos.
Satisfazer apegos e/ou desejos traz prazer a curto prazo, mas não a
felicidade real. Essa apenas poderia ser alcançada através do
autoconhecimento e do desapego.
Demócritus - A felicidade consiste em uma vida feliz, que dá prazer
não por causa do que a pessoa feliz possui, mas devido ao modo como
ela reage às circunstâncias da vida.
Sócrates - A felicidade dependeria da educação do desejo, qual
poderia ser ensinada e alcançada através do esforço.
Aristóteles - Sugeriu que a felicidade dependeria de nós mesmos e
que ela surgiria com o cultivo de nossas virtudes. Portanto, para esses
filósofos, o prazer não é um elemento central.
Aristipo - Apesar de ser discípulo de Sócrates, adotou uma
concepção filosófica distinta da de seu mentor. Para ele, a felicidade
era a soma de muitos prazeres momentâneos e foi essa percepção de
felicidade que foi difundida por nossa cultura, tendo sido, ao longo
dos anos, alimentada pela sociedade de consumo.
11
"Por definição, a felicidade é o grau no qual a
pessoa avalia globalmente a qualidade da sua 
vida de uma forma positiva, ou seja, quanto a
pessoa gosta da vida que leva."
{ }
 Quais os problemas com essa percepção do nosso bem-estar tomando co-
mo princípio a soma direta: “avaliação positiva da vida” + “emoções positivas” -
emoções negativas”?
 Os fatores ambientais também são importantes. Em geral, a adaptação a
circunstâncias de vida diferentes àquelas que está acostumada ajuda a pessoa
a manter sua satisfação com a vida durante o período de adversidade. Eventos
únicos, sejam eles positivos ou negativos (ex.: acidente de carro, comprar um
carro, passar em um concurso ou não passar no concurso), costumam ter efeitos
relativamente curtos na satisfação com a vida da pessoa, que tendem a não
durar mais do que alguns meses.
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 A Teoria do Bem-estar Subjetivo, considerada a principal, propõe que a
felicidade é essa avaliação geral que fazemos da nossa vida, tomando como
base o quanto nos sentimos satisfeitos com ela e a percepção que temos do
quando nos sentimos bem (ou seja, a nossa frequência de afetos positivos) em
comparação ao quanto nos sentimos mal (isto é, a nossa frequência de afetos
negativos).
 É uma teoria importante que tem sido utilizada mundialmente por mais de
40 anos sendo, ainda hoje, utilizada como indicador da felicidade geral. 
Qual o seu nível de satisfação com a sua vida? Em geral, a resposta
que a pessoa dá depende do seu nível de humor naquele momento.
Diferentes respostas podem ser dadas ao longo de um dia, de acordo
com vários fatores que influenciam, como o clima, o sono, o cansaço, a
alegria, os hormônios
1.
O seu humor, a forma como você vivencia as emoções e como luta
com o estresse depende de características genéticas particulares.
As pessoas com tendências genéticas a ter um humor mais
introvertido são consideradas infelizes pela baixa frequência de
afetos positivos, já pessoas extrovertidas geralmente são associadas
a uma alta frequência desses afetos. Os resultados de diversas
pesquisas mostram, de forma consistente, que cerca de 40% das
diferenças individuais no bem-estar devem-se a variabilidade
genética. Esse valor pode ser maior, podendo chegar até a 70% de
influência, dependendo da maleabilidade do fator genético em
questão.
2.
 Fatores externos também são importantes, como o nível de autonomia, a
renda, o nível de liberdade que vivenciamos em nossa cultura, a importância da
educação formal e da manutenção da saúde, além do acesso a esses serviços e
o respeito aos direitos humanos.
12
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 A percepção de se fazer uma atividade exatamente igual à uma outra que
te deixou super alegre alguns dias antes, não vai ser mais tão alegre. É preciso
que exista algo diferente. Essa adaptação hedônica acontece especialmente em
situações que são eventos únicos, como passar em um concurso, entrar em uma
universidade, ter o primeiro filho. Na palestra "Felicidade ou Morte" do Prof.
Clóvis de Barros, são relatadas essas “emoções de eventos únicos”.
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C l i q u e n o í c o n e a o l a d o p a r a a s s i s t i r o v í d e o
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"Quando não podemos mais mudar 
uma situação, somos desafiados 
a mudar a nós mesmos."{ }
Adaptação hedônica é o nome dado para a perda do efeito dos
estímulos positivos no nosso organismo. Com o tempo, as emoções
positivas que foram experimentadas tornam-se neutras e o organismo
espera um novo patamar, mais elevado, de estímulos para encontrar a
mesma sensação de satisfação.
3.
A b o r d a g e m E u d a m ô n i c a
e a T e o r i a d o B e m - e s t a r P s i c o l ó g i c o
E, finalmente, é preciso lembrar que muitas atividades que fazemos
no nosso dia a dia que sugerem que as pessoas estão, muitas vezes,
dispostas a deixar o prazer de lado para ir em busca de objetivos
“mais importantes”. Muitas de nossas realizações ou atos
humanitários (por exemplo, correr uma maratona, passar em um
concurso, ajudar em uma crise humanitária, cuidar de um bebê)
envolvem experiências desagradáveis.
4.
 Outras propostas foram feitas baseadas em uma abordagem eudaimônica.
Essa, por sua vez, deixa de enfatizar o prazer e coloca-o no autoconhecimento e 
13
https://www.youtube.com/watch?v=Mmlt-LqiytQ&feature=youtu.be
12345
² t o f l o w , d o i n g l ê s , f l u i r ; o c o - f u n d a d o r d a P s i c o l o g i a P o s i t i v a , M i h a l y C s i k s z e n t m i h a l y i ,
d e f i n e f l o w ( o u “ e s t a d o d e f l u x o ” ) c o m o u m e s t a d o m e n t a l o n d e a p e s s o a e x p e r i m e n t a o
c o r p o e a m e n t e f l u í r e m e m h a r m o n i a , c o m a l t a m o t i v a ç ã o , a l t a c o n c e n t r a ç ã o , a l t a e n e r g i a
e a l t o d e s e m p e n h o .
O quanto você consegue dominar o ambiente à sua volta, de forma a
escolher aqueles que são mais adequados para as suas necessidades;
d.
Conseguir ter bons relacionamentos, baseados em reciprocidade;e.
A percepção de estar continuamente crescendo e realizando seu
potencial.
f.
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Seu nível de autonomia e independência, no pensar e no agir;a.
O quanto você se aceita como é, com suas qualidades e defeitos;b.
Seusvalores de vida e a sensação de que a vida tem um propósito;c.
22
nas habilidades necessárias para o desenvolvimento de talentos e virtudes. A
primeira delas é a Teoria do Bem-estar Psicológico, de Carol Ryff que, embora
estudada há mais de 30 anos, é amplamente empregada ao redor do mundo.
Ryff propõe a existência de seis dimensões para o nosso bem-estar, que
depende de:
 Como a mudança entre o tipo de compreensão hedônica e a eudaimônica
foi muito significativa, isso apontou algumas falhas importantes. A mais
importante delas é que o prazer não pode ser ignorado, pois precisa fazer
parte do processo de construção do nosso bem-estar.
 As novas teorias propostas passaram a incluir as emoções positivas como
parte fundamental da concepção de bem-estar, fazendo um casamento
necessário entre as duas abordagens, hedônica (da busca do prazer) e
eudaimônica (da busca do sentido e da autorrealização). Isso significa que, além
de sentido e de autonomia, entre outras coisas, também precisamos nos sentir
bem. Aqui, a frequência de emoções negativas perde espaço, porque todos nós
temos emoções negativas. Pode ser ruim senti-las, mas elas têm uma função
importante e fazem parte da nossa vida.
 Uma vida feliz, uma vida com bem-estar não significa uma vida sem triste-
za, ansiedade ou angústia. Todos temos problemas e esses problemas vão
continuar a existir. O que muda é a nossa percepção e a nossa decisão de
como agir frente a tudo o que nos acontece. Com base nessa percepção, do
casamento entre a importância do prazer e a importância do sentido, que
surgem os outros dois tipos de “vida feliz” pesquisados: a vida boa e a vida
significativa.
 A “vida boa” se refere ao valor dado a uma vida de envolvimento,
engajamento, trabalho, cuidados com a família, amor, lazer, tempo para si. É a
importância de engajar-se em algo que faz produzir e entrar em um estado de
atenção, que é mais do que prazer: é um estado de intensa concentração
cognitiva, afetiva e comportamental, que chamamos de flow². Ao se conhecer,
é possível identificar suas características pessoais mais fortes e significativas e
remodelar suas atividades para usá-las da melhor forma possível.
14
12345 A “vida significativa” está fortemente atrelada à noção, assim como à
ação de pertencer e atuar em serviço de algo maior do que você. Esse estilo de
vida faz referência à dimensão dada à doação do nosso tempo a serviço de
outras pessoas. A importância do voluntariado, da espiritualidade, da conexão
(que não necessariamente é com um Deus, uma divindade ou uma religião).
² t o f l o w , d o i n g l ê s , f l u i r ; o c o - f u n d a d o r d a P s i c o l o g i a P o s i t i v a , M i h a l y C s i k s z e n t m i h a l y i ,
d e f i n e f l o w ( o u “ e s t a d o d e f l u x o ” ) c o m o u m e s t a d o m e n t a l o n d e a p e s s o a e x p e r i m e n t a o
c o r p o e a m e n t e f l u í r e m e m h a r m o n i a , c o m a l t a m o t i v a ç ã o , a l t a c o n c e n t r a ç ã o , a l t a e n e r g i a
e a l t o d e s e m p e n h o .
 Para que a vida tenha significado, tenha prazer, tenha engajamento, seja
boa e valiosa, precisamos nos conhecer. Autoconhecimento é a chave.
Apenas conhecendo a si mesmo, seus defeitos e seus gatilhos, o que causa dor
para você, aquilo que traz ansiedade, angústia e “aperta os botões” da maneira
errada, assim como conhecer suas qualidades, ser honesto consigo mesmo sobre 
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 Por fim, chegamos aos 5 principais aspectos de uma vida feliz:
 As pesquisas feitas até então mostraram que, quando comparados
empiricamente, os três tipos de "vida feliz" podem contribuir para a satisfação
com a vida, mas de formas diferentes. Focar apenas na busca pelo prazer (vida
prazerosa), tem pouca contribuição para a satisfação com a vida dos milhares
de participantes e, quando a contribuição acontece, dura pouco. Busca por
envolvimento (vida prazerosa), contribui para a satisfação de forma forte e
significativa. Finalmente, procurar por sentido (vida significativa), contribui
ainda mais para a satisfação. Essas teorias em geral são chamadas de teorias
de florescimento. Porque elas indicam um processo de desenvolvimento, de
crescimento, assim como de prazer.
 Citando Seligman, "onde o prazer importa é quando você tem envolvimen-
to e significado. Aí o prazer é a cereja com chantilly do bolo. Isto quer dizer
que, na vida completa, a soma é maior do que as partes se você tem todas as
três".
Emoções positivas - o prazer é importante e nós merecemos alegri-
a, paixão, entusiasmo, amor;
1.
Engajamento - merecemos ter uma vida que nos desafie cognitiva e
emocionalmente e nos permita ser o melhor que pudermos ser;
2.
Relacionamentos positivos - merecemos ter relacionamentos
baseados em reciprocidade, em respeito mútuo;
3.
Sentido de vida - a vida significativa trazendo o que tem de mais
importante para o nosso bem-estar;
4.
Autorrealização - alcançar o que você almeja e se esforçou para
conseguir.
5.
 O bem-estar é, então, maior do que a felicidade, quando esta é concebida
como estado de alegria e de prazer intenso. "É necessária uma combinação
dessa experiência de alegria com uma sensação de que a vida é boa,
significativa e valiosa” (tema do módulo 1). E como chegar a isso? Qual a moral
dessa história?
15
 Para além disso: é preciso que busquemos pequenos prazeres que nos au-
xiliarão a manter o equilíbrio e a sanidade durante esse período. Este curso
também se propõe a isso: trazer informações e atividades que nos auxiliem a
nos conhecer melhor e a lidar melhor com os desafios que a vida nos apresenta.
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elas, saber o que você faz bem e em que pode melhorar; ter consciência daquilo
que te deixa alegre, que emociona positivamente, o que não pode faltar na sua
vida, quais são seus valores.
 As habilidades que usamos para gerenciar as dores que sentimos, para
sermos menos ansiosos, para lidar melhor com nossas emoções negativas, são
habilidades diferentes daquelas que são necessárias para ter bem-estar. Dessa
maneira, primeiro é preciso entender que o momento que todos estamos
passando é de adaptação, é de dor, insegurança, ansiedade e tantos outros
sentimentos negativos. É um momento que, como em toda crise, traz em si um
enorme potencial de mudança e aprendizagem.
16
Exercício da Semana
Lista de Valores
Cl ique para acessar
Conscientização dos Valores: O que realmente importa para você?
 A presente atividade é composta por cinco questões. Elas são relacionadas aos
valores que você considera mais importante. Você precisará de papel e lápis ou
caneta; se preferir, pode utilizar um arquivo do Word, lembrando-se de salvar ao
final.
Sem olhar a lista que está anexa nesta cartilha, tire dez minutos para
ponderar sobre quais são seus próprios valores. Liste todos os que
conseguir reunir.
1.
Agora, leia a lista de valores que anexamos na cartilha. Anote aqueles
com os quais você mais identifica.
2.
Importante lembrar que esta lista não tem caráter definitivo. Durante
seu processo de reflexão, você poderá acrescentar os valores que
conseguiu pensar, como também os que se revelarem. Apenas lembre-
se de registrá-los.
3.
Agora, de todos os valores listados anteriormente, selecione os cinco
valores mais importantes para você.
4.
Utilize de cinco a dez minutos refletindo sobre, ou conversando com
algum amigo, amiga ou com uma pessoa em quem você confie para te
dar conselhos. Descreva para ela o que cada um dos cinco valores
listados no exercício anterior significa para você. Logo após, elabore
uma definição que seja representativa e faça sentido para você.
5.
 Ao escrever, enumere os valores de
acordo com a lista feita, registre o que
aquele valor significa para você e
aponte o porquêde aquele valor
específico ser importante para você. Se
quiser, pode seguir o modelo ao lado: É importante para mim, porque...
Significa para mim...
Valor:
20
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 Responder às perguntas anteriores faz com que você se torne mais consciente,
atento aos seus valores. Isso poderá auxiliar a conduzir sua vida na direção que
você escolher. Você tem o potencial de viver a vida que sempre sonhou, mas como
fazer isso sem olhar para dentro de si?
 Neste exercício é proposto que você identifique conscientemente os cinco
valores que são mais significativos na sua vida. “Valores” são as respostas para
as questões: O que é importante na sua vida? Qual é o seu propósito de vida? O
que você tem prazer em fazer? Quando você se sente satisfeito e realizado?
 Conscientizar-se só é possível através desse “olhar aguçado para seu inte-
rior”, pois entender a essência dos nossos valores é o que nos guia em direção às
nossas paixões e aos nossos desejos.
 Permita-se refletir um pouco e siga as instruções abaixo:
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Filmes, Séries e Livros #GEPPsi+Indica
Como ser feliz - 100 Humanos
Nessa série documental em pessoas com histórias
diferentes participam de experimentos divertidos sobre
idade, sexo, felicidade e outros aspectos da vida humana.
No sexto episódio "Como ser feliz", os apresentadores
analisam a alegria por meio de experimentos que envolvem
tinta secando, trabalhos manuais, festas e catástrofes. A
série é uma Original Netflix e está disponível na plataforma.
C l i q u e n o í c o n e a o l a d o p a r a a b r i r o e p i s ó d i o 
Viva! - a vida é uma festa
Dirigido por Lee Unkrich e Adrian Molina, Viva! é uma
animação que conta a história de Miguel, um menino de 12
anos que tem o sonho de ser um músico famoso... Mas para
isso precisa lidar com a desaprovação da família. A jornada
de Miguel acaba desencadeando uma série de eventos
ligados a um mistério de 100 anos.
C l i q u e n o í c o n e a o l a d o p a r a a s s i s t i r o t r a i l e r d u b l a d o
The Good Place
A série começa com a morte de Eleanor Shellstrop e seu
envio para o "Good Place" (ou "Lugar Bom"), um lugar de
eterna felicidade destinado às pessoas que fizeram o bem
durante suas vidas. Lá, todos são bons e encontram as suas
almas gêmeas, com quem passarão o resto da eternidade.
Seria ótimo, mas não passa de um acidente... Eleanor não
merece estar lá.
C l i q u e n o í c o n e a o l a d o p a r a a s s i s t i r o t r a i l e r d u b l a d o
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https://www.netflix.com/watch/81018516?trackId=14277283&tctx=0%2C5%2Cb730d9b5-5d27-446f-919e-e14381f297ad-39061748%2C%2C%2C
https://www.youtube.com/watch?v=iLmZZV-Nkuk
https://www.youtube.com/watch?v=22PDaEUC120
Fel ic idade e bem-estar:
uma prát ica diár ia
Fabío la Rodr igues Matos*
*Fabíola é psicóloga, doutora em Psicologia e
professora. Gosta de seriados, memes, pôr do sol e
qualquer contexto que envolva pessoas queridas,
comida e bebida. A Psicologia Positiva a auxilia a
olhar para o cotidiano com maior leveza.
A
O bem-estar subjetivo é caracteriza-
do pela forma como as pessoas
avaliam a qualidade de vida, por
meio dos seus próprios referenciais e
das suas próprias crenças, sendo
utilizado como o conceito científico
para a felicidade (Snyder & Lopez,
2009). Esta avaliação considera
aspectos emocionais e cognitivos,
tendo em vista que pessoas que
identificam a vida de maneira
positiva contribuem para um melhor
bem-estar subjetivo e as que avaliam
negativamente suas experiências,
colaboram de forma negativa para
seu bem-estar subjetivo (Diener,
1984). Condizente a isso, Seligman
(2004) apresenta que as pessoas
otimistas têm menor predisposição à
depressão, maior rendimento do seu
potencial escolar, no trabalho e nos
esportes, em oposição aos
pessimistas que tendem a apresentar
uma saúde pior.
Compreende-se que o bem-estar
subjetivo não é consequência de uma
só causa, mas sim um construto
ocasionado por múltiplas variáveis.
Por exemplo, Lima & Morais (2016) 
 Psicologia Positiva explora a
felicidade através de pesquisas
teóricas e empíricas, utilizando da
metodologia científica como base
para investigação. Os estudos rela-
cionados à felicidade trazem que as
principais ideias compartilhadas
sobre sua definição enfatizam a
busca por sucesso, realização e
prazer. Contudo, há correntes teó-
ricas e filosóficas que visam explicar
a felicidade a partir de diferentes
perspectivas, como sugerem Diener,
Oishi e Lucas (2003) ao afirmarem
que a felicidade, prazer ou satisfa-
ção são entendimentos do senso
comum para o que a psicologia
classifica como bem-estar subjetivo.
caracterizaram o bem-estar
subjetivo de crianças e
adolescentes em situação de
rua de três capitais brasileiras,
verificando os fatores a ele
associados, como idade, sexo,
eventos estressores e rede de
apoio. Os participantes desta
pesquisa avaliaram positiva-
mente a satisfação de vida e
relataram mais afetos positivos
que negativos, mesmo vivenci-
ando eventos estressores.
Pode-se inferir também que a
proximidade a redes de apoio
dessas crianças e adolescentes
em situação de rua diminuía a
vivência de afetos negativos.
Em outro contexto, um estudo
apresenta resultados que indi-
cam que após a realização do
trabalho voluntário, adultos
brasileiros aumentaram signifi-
cativamente a habilidade em-
pática, a autoestima e o bem-
estar subjetivo, quando com-
parados com os respectivos
níveis antes da realização
dessa atividade (Oliveira, 2018).
Observa-se também que em
contextos relacionados a
enfermidades, o aumento da
vivência de emoções positivas
por diabéticos propiciou maior
aceitação de si no que diz
respeito à doença e à sua
terapêutica (Costa, 2017). Logo,
indivíduos que buscam por
manter emoções positivas,
acabam por influenciar seus
estados afetivos e suas avalia-
“Cultivar um estado de presença
amorosa e conectada pode
mudar nossa relação conosco e
com o mundo a nossa volta.”
(Neff & Germer, 2019)
Mas afinal, por onde começar? O que
é possível fazer para melhorar a
vivência de emoções positivas e
aumentar a satisfação com a vida?
Seligman (2004) mostra que as
emoções positivas são indicadores de
saúde e longevidade. Dessa forma,
estratégias de regulação emocional
potencializam os efeitos das emoções
positivas, melhorando os níveis de
bem-estar (Santana & Gondim, 2016).
Além disso, a elucidação de aspectos
positivos, a valorização dos recursos
pessoais e relacionais podem ser uma
forma de contribuir para superação
das adversidades.
Pensar em valorização dos recursos
pessoais e elucidação de aspectos
positivos é pensar em autoconheci-
mento. Existem práticas no cotidiano
que além de colaborarem com a
manutenção de emoções positivas,
favorecem o maior conhecimento
sobre si mesmo. Cada pessoa pode
buscar compreender o que traz
prazer, significado, engajamento,
bem como tudo aquilo que traz
angústia e sintomas indesejáveis.
Saber o que te faz bem, o que te faz
mal, suas qualidades e defeitos,
provavelmente irá proporcionar uma
maior consciência de quem você é e
fornecerá crescimento pessoal.
ções gerais sobre a vida.
19
Autoconhecimento é
F lorescimento
Layz Nunes Lunz*
V
*Layz é graduanda em psicologia; ama ler, cantar e
ter tempo de qualidade com a família, além de uma
boa roda de descontração com amigos. A Psicologia
Positiva lhe ajuda a entender que mesmo em meio ao
caos, há momentos de equilíbrio e de felicidade em si
mesma.
Se estamos falando de florescimen-
to, preciso que se pergunte: qual o
significado da palavra florescer?
Bom, fui ao dicionário e, dentre
outras definições, encontrei: “pros-
perar”, “desenvolver-se”
Para falarmos um pouco mais disso,
que tal uma analogia?
Um engenheiro civil que é contrata-
do para realizar uma obra precisa ter
conhecimento do terreno e daquiloque será construído. Essas informa-
ções são essenciais para o planeja-
mento e a execução da obra, visan-
do a um bom o resultado.
Usando essa analogia, cada um de
nós é um engenheiro civil e nossa
vida é a obra na qual trabalhamos. O
conhecimento sobre o terreno e a
construção é o nosso autoconhe-
cimento.
Vivemos vidas corridas, repleta de
afazeres, buscando por conhecimen-
to externo para crescer academica-
mente e profissionalmente. Muitas
das vezes, nos esquecemos de
buscar o conhecimento interno, so-
bre nós mesmos. Em alguns momen-
tos da vida, diante de situações
difíceis, uma das sensações mais
comuns é a de sentir-se perdido,
vazio, sem saber para aonde estamos
indo ou até mesmo onde estamos.
Aprendemos que sem as informações
fundamentais a “obra” não vai
avançar; sem auto-conhecimento é
impossível florescer.
O silêncio, a quietude, a pausa
imposta sobre nós revelou-se como 
 amos lá...
Mas calma! Não tem problema se
você não sabe tudo sobre si, cada
um tem o seu tempo. O processo é
longo, contínuo, flexível e individual.
Não se compare, viva a sua bagunça
ou a sua organização, busque o seu
equilíbrio ou a sua intensidade. No
meio do processo você pode querer
mudar a cor das paredes, perceber
que seu estilo de decoração mudou
completamente e até mesmo se
desprender daquela cabeceira que
você valorizou durante tanto tempo.
Também não tem problema se a obra
ficar mais lenta porque o tempo está
com raios e tempestades, pode ser o
momento de fazer escolhas futuras,
de planejar.
Nesse processo não há pressa, há
vida!
E quer saber? Em meio a esse tempo
de tanto temor com relação à
contágio, preciso dizer: florescer é
contagioso! Crescer e sentir-se bem,
é contagioso! Felicidade é muito mais
do que risadas e gargalhadas, é
amor por si; as risadas são
consequência nesse caminho onde
cada tijolo colocado te arranca um
sorriso, pois você vê que a vida está
florescendo.
-tamos de ter ao nosso redor, que
emoções gostamos de vivenciar, o
que nos motiva, estressa ou frustra,
nosso propósito de vida, o que nos
traz a sensação de realização, o
porquê de escolhermos lutar certas
batalhas e outras não; descobrimos o
que queremos. Passamos a conhecer
bem o nosso terreno e o que quere-
mos construir nele. 
Martin Seligman, psicólogo
americano e cofundador da
Psicologia Positiva, apresenta o
conceito de “florescer”, uma
nova abordagem sobre felici-
dade e bem-estar. Neste novo
conceito, da mesma forma que
uma obra necessita de mais que
tijolos, traz-se à luz a
percepção de que para alcan-
çarmos a felicidade necessita-
mos mais do que emoções
positivas.
Quando calamos o mundo ao
nosso redor e tornamos nossa
atenção para dentro de nós,
descobrimos que somos mais do
que estudantes ou profissio-
nais, pais ou filhos, cônjuges ou
meras pessoas em um ônibus
cheio retornando para casa em
uma sexta-feira. Descobrimos o
que nos faz rir, o que nos faz
mais fortes, as pessoas que gos
Florescer vai além da busca
por emoções positivas: estuda
relacionamentos, engajamento,
significado e realização como
alguns dos elementos que
contribuem para o desenvolvi-
mento de uma vida com
felicidade e bem-estar. Flores-
cer vai além daquilo que
gostamos, pois o que não é
positivo também é essencial, é
um dos tijolos que dá susten-
tação e forma à obra.
uma oportunidade de
crescimento. Uma oportunidade
de em meio ao caos, descobrir
e buscar o que nos faz
prosperar intrinsecamente.
"O importante é não parar de se
conhecer. O importante é não
parar de florescer!"
20
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https://doi.org/10.1146/annurev.psych.54.101601.145056
https://doi.org/10.1007/s10902-004-1278-z
https://doi.org/10.1159/000353263
https://doi.org/10.5935/1678-4669.20160007
https://doi.org/10.1177%2F0146167212436400
Lista de Valores 
1 de 2
Abertura
Autorrespeito
Aceitação
Adrenalina
Afetividade
Afeto
Ajudar a sociedade
Ajudar pessoas
Alegria
Altruísmo
Amizade
Aprendizado
Animação
Artes
Graça
Grandiosidade
Conhecimento
Aventura
Consciência
Beleza
Brilho
Brilho no olho
Brincar
Colaboração
Compaixão
Competência
Competição
Completude
Comunidade
Conectividade
Liberdade
Liderança
Consciência
ambiental
Cooperação
Crescimento
Criatividade
Decisão
Democracia
Desafio
Descoberta
Desenvolvimento
pessoal
Dinheiro
Diversão
Diversidade
Educação
Eficiência
Poder
Prazer
Elegância
Ensinar
Envolvimento
Especulação
Espiritualidade
Estabilidade
Ética
Excelência
Experimentação
Expressão pessoal
Fama
Fazer a diferença
Felicidade Familiar
Ganhos
Saúde
Segurança e
proteção
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Independência
Influenciar outros
Inspiração
Integridade
Intelecto
Justiça
Harmonia
Lealdade
Harmonia interior
Honestidade
Humor
Igualdade
Iluminação
Imaginação
Maestria
Meio Ambiente
Melhoria
Ministerial
Mistério
Moralidade
Mudança
Natureza
Ordem
Originalidade
Paixão
Patriotismo
Paz
Planejamento
Pureza
Qualidade
Realização
Reconhecimento
Relacionamentos
Religião
Reputação
Responsabilidade e
credibilidade
Riqueza
Riscos
Ritmo acelerado
Privacidade
Sabedoria
Progresso e
promoção
Segurança
econômica
Sensibilidade
Sensualidade
Serenidade
Serviço
Sexualidade
Variedade
Unidade
Sucesso
Sofisticação
Ternura
Trabalho
significativo
Status
2 de 2
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Cynthia Perovano
Psicóloga na DAS/Progep
Doutora em Psicologia
Marcella Cacciari
Psicóloga
Doutoranda em Psicologia
Livia Barreto
Psicóloga
Mestranda em Psicologia
Luciana Noia
Graduanda em Psicologia
Mylena Bortolozzo
Graduanda em Psicologia
Valeschka Guerra
Psicóloga
Coordenadora do GEPPSI+
Doutora em Psicologia Social
Gabriella Almeida
Psicóloga
Mestranda em Psicologia
Denielly Menezes
Psicóloga
Mestranda em Psicologia
Júlia Duarte
Graduanda em Psicologia
Giulia Santos
Graduanda em Psicologia
Quem somos:

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