Buscar

Principais Zoonoses em pequenos animais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 49 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 49 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 49 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Principais Zoonoses de pequenos animais
Professora: M.V Nicole Caroline Teixeira Nascimento
Raiva 
Definição
Muito perigosa, atinge todos os mamíferos, incluindo ruminantes, felinos e até morcegos. 
Por que a doença é tão associada aos cachorros?
O vírus se liga aos nervos do hospedeiro e, por dentro deles, migra até o cérebro, causando inflamação dos tecidos afetados
Com uma evolução muito rápida, a raiva mata quase 100% dos pacientes infectados não só nos cães, mas também seres humanos.
Formas de transmissão
Através da inoculação do vírus presente na saliva do animal infectado, em geral por mordida, e mais raramente por arranhaduras ou lambeduras de mucosas ou pele com solução de continuidade.
Via aerógena em profissionais de laboratório ou em cavernas.
Transplante de órgãos
 Período de transmissibilidade no cão e gato, é de 3 a 10 dias antes do início dos sintomas e persiste durante a evolução da doença.
Sinais clínicos
Forma aguda ou furiosa: 1 a 4 dias
Inquietude, 
Excitação; 
Agressividade;
Medo;
Depressão;
Ansiedade,
Demência;
Contrações musculares involuntárias, incoordenação, crises convulsivas, paralisia, e morte em 3 a 4 dias após o início dos sintomas.
Sinais clinicos
Forma muda ou paralítica:
Dificuldade de engolir;
Salivação;
Falta de coordenação dos membros,
Paralisia;
Procura locais escuros
A raiva é evolui muito rapidamente. Quando chega à segunda fase, o cachorro geralmente vai a óbito em 48 horas
Há casos que a morte ocorre repentinamente sem apresentar os sinais característicos da doença. 
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da raiva canina é post mortem, ou seja, só pode ser feito após a morte do animal. Isso acontece porque são necessárias amostras do cérebro para realizar exames laboratoriais e, então, ter certeza. No entanto, durante a vida do animal é possível suspeitar da contaminação por raiva, com o suporte de exames clínicos.
Não existe cura e nem tratamento para a raiva canina, apenas há tratamento para a raiva em humanos. Quando há forte suspeita de raiva canina, momento em que o animal já tem sintomas claros, está muito debilitado e não consegue comer ou beber água em razão da doença, a eutanásia é indicada pelos veterinários. É preciso investir em prevenção.
Prevenção
Vacinação anual de cães e gatos. 
Deve-se sempre evitar de se aproximar de cães e gatos sem donos, não mexer ou tocá-los quando estiverem se alimentando, com crias ou mesmo dormindo.
Nunca tocar em morcegos ou outros animais silvestres diretamente, principalmente quando estiverem caídos no chão ou encontrados em situações não habituais.
Raiva Humana - Transmissão
A raiva é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais.
O período de incubação é variável entre as espécies, desde dias até anos, com uma média de 45 dias no ser humano, podendo ser mais curto em crianças.
 O período de incubação está relacionado à localização, extensão e profundidade da mordedura, arranhadura, lambedura ou tipo de contato com a saliva do animal infectado; da proximidade da porta de entrada com o cérebro e troncos nervosos; concentração de partículas virais inoculadas e cepa viral.
Sinais clínicos 
a) Período prodrômico: Com duração variável (entre horas a 3 dias). 
As manifestações mais comuns são: a alteração da sensibilidade no local da lesão: formigamento, pontadas, dormência, calor ou frio; mudanças no comportamento habitual, insônia, hipersensibilidade aos estímulos sensoriais.
 Febre alta próxima a 41ºC principalmente no final desse período. 
Os sintomas e sinais surgidos nesta fase agravam progressivamente até o período de estado.
Sintomas 
b) Período de estado: Com duração de 2 a 10 dias.
Aumento da salivação, características da raiva. São comuns, também, alterações gastrointestinais, com o vômitos e diarreia, fenômenos alucinatórios, delírios e ansiedade. 
A resposta aos estímulos sensoriais é exacerbada. As paralisias progridem de forma irregular e descoordenada. Em geral atingem musculatura lisa e estriada, inclusive respiratória, gerando alterações ventilatórias.
A morte se dá após complicações que comprometem vários órgãos e sistemas, inclusive acompanhadas de múltiplas infecções. 
Diagnóstico
Frequentemente é a própria evolução da doença que permite o diagnóstico. Também a resposta do paciente a sedação, nos casos psiquiátricos ou histéricos, é muito maior e mais estável que nos pacientes de raiva.
A confirmação dos casos de raiva humana pode ser realizada através de raspado da mucosa lingual, tecido bulbar de folículos pilosos, impressão de córnea e biópsia de pele da nuca. 
Pode-se realizar a imunofluorescência para determinação de IGM no soro, secreção lacrimal ou salivar. A realização da necropsia é de extrema importância pra confirmação do diagnóstico.
Tratamento
Não existe tratamento específico. 
O tratamento é sintomático, constituído basicamente de reidratação e sedação, garantindo a assistência necessária. Deve ser observado isolamento rigoroso para a proteção do paciente.
Leishmanioses
Definição
Usamos o termo leishmaniose para definir um conjunto de doenças causadas por parasitos do gênero Leishmania.
Estes parasitos estão presentes em quase todos os continentes, com exceção da Austrália e Antártica.
A leishmaniose é caracterizada pela OMS como uma das seis doenças infecciosas mais importantes do mundo. Estima-se que sejam acometidas todos os anos cerca de 2 milhões de pessoas.
Mas é importante saber que em 99,9% das vezes em que o tema é leishmaniose em cães, é da leishmaniose visceral canina que se trata. Isso porque a cutânea não tem o cachorro como seu principal alvo, e a visceral, sim.
Tanto o homem quanto o animal podem ser contaminados se estiver presente em uma área endêmica
Transmissão
A transmissão da doença se dá através da picada de um inseto, o flebótomo do gênero Lutzomyia. Também conhecido como mosquito palha.
Não há transmissão direta de pessoa para pessoa. A leishmaniose é uma zoonose. O mosquito só transmite a leishmania se tiver picado um animal infectado.
As fontes de infecção são principalmente animais silvestres infectados, mas o cão doméstico pode servir também como hospedeiro. 
Quando o homem é picado pelo inseto que carrega a leishmania, pode desenvolver dois tipos de doença: a leishmaniose tegumentar ou a leishmaniose visceral. O que define se o paciente terá a forma cutânea ou a forma visceral é o tipo de leishmania que o contamina.
Classificação
Leishmaniose visceral em cães
Entre os sinais externos, são bem características as lesões, descamação e coloração branca prateada na pele. Nas patas, pode ocorrer infecção, pele grosseira por excesso de produção da queratina e unhas espessas e em formato de garras.
Machucados que não saram nunca e feridas na orelha também são comuns e servem de alerta para a doença. Outra particularidade da leishmaniose canina é que 80% dos cachorros infectados apresentam problemas oculares.
Pode apresentar nódulos e caroços em várias partes do corpo do animal ao mesmo tempo ou de forma localizada.
O parasita pode prejudicar diversos órgãos internos como rins, fígado, ou mesmo estruturas como o sistema digestivo causando vômito, diarreia, sangramento nas fezes, perda de apetite, desidratação e irregularidade no trato urinário. 
Anemia
Diagnostico
Histopatologia: um pequeno fragmento do corpo é retirado, como por exemplo um pedaço de pele, e enviado ao laboratório.
Citologia aspirativa: com uma agulha, o veterinário aspira as células de determinado órgão para avaliação. 
Coleta de sangue e testes sorológicos: através de anticorpos
Tratamento e prevenção
Por se tratar de uma questão de saúde pública, o diagnóstico da leishmaniose canina era praticamente uma sentença de morte até pouco tempo atrás.
Com o cão como principal hospedeiro, a picada do mosquito permite se espalhar até novos “abrigos”. Diante desse cenário,muitos cachorros foram sacrificados na tentativa de combate à doença.
2016 surgiu um novo medicamento regulamentado pelo Ministério da Saúde e com resultados bastante positivos. O que esse tratamento faz é promover uma cura clínica e epidemiológica.
Tratamento caro, longo e que requer muito cuidado e intenso acompanhamento veterinário. Possivelmente, o cachorro infectado terá de repetir o tratamento, realizar exames e avaliações clínicas para acompanhamento ao longo da vida.
Leishmaniose tegumentar ou cutânea em humanos
É caracterizada pela presença de uma úlcera indolor, nas partes expostas do corpo, com formato arredondado ou ovalado, de tamanho variável e bordas elevadas. O período de incubação é em torno de 2 a 3 meses, mas pode variar de 2 semanas a dois anos.
Cutânea localizada: Pode ocorrer mais de uma lesão ao mesmo tempo (até 20 lesões) e geralmente há boa resposta ao tratamento. 
Cutânea disseminada: ocorre em apenas 2% dos casos, caracterizada pelo aparecimento de múltiplas lesões papulares e acneiformes, envolvendo várias partes do corpo, inclusive a face e o tronco. Pode haver febre, dores musculares, mal-estar geral e emagrecimento. É uma forma que apesar de mais extensa também apresenta boa resposta ao tratamento. 
Leishmaniose tegumentar ou cutânea em humanos
3. Cutânea difusa: forma rara e grave, em que o indivíduo não consegue gerar uma resposta imunológica adequada para eliminar o parasito.
4. Mucosa ou muco-cutânea: 3 a 5% dos casos de leishmaniose tegumentar. É caracterizada por resposta imunológica exacerbada e ineficaz, com destruição dos tecidos onde se localiza a infecção e má resposta ao tratamento. Acomete as mucosas das vias aéreas superiores e é indolor
Leishmaniose visceral em humanos
A leishmaniose forma visceral é uma forma crônica caracterizada pelo acometimento dos órgãos internos pela leishmania.
O período de incubação varia de 2 a 6 meses. A infecção pode ser oligossintomática (quase ou nenhum sintoma) ou de moderada a grave, levando o paciente à morte.
Nos casos sintomáticos iniciais, há anemia, esplenomegalia, hepatomegalia e febre.
Se não for diagnosticada e tratada adequadamente, a doença evolui e pode ocorrer emagrecimento significativo, comprometimento da função hepática e renal, febre contínua e redução do número de plaquetas e de leucócitos, levando a sangramento, infecções bacterianas e óbito.
Diagnóstico
No caso da Leishmaniose Tegumentar, o aspecto clínico da lesão de pele associado a uma história epidemiológica compatível pode levar ao diagnóstico, mas o ideal é que se utilizem métodos parasitológicos (em que se faz a pesquisa do parasito em um pedaço de tecido) para confirmação.
No caso da Leishmaniose Visceral, o diagnóstico parasitológico pode ser realizado em amostras de medula óssea, fígado, baço e linfonodos.
Intradermoreação de Montenegro: injeção intradérmica de antígenos de leishmania. Caso o doente já tenha entrado em contato com o parasita, ocorre uma reação inflamatória no local da injeção. 
Diagnóstico imunológico: Utiliza-se a imunofluorescência indireta (RIFI) e o ELISA. Estes testes detectam os anticorpos anti-Leishmania circulantes no sangue de pessoas que já entraram em contato com o parasito. 
Tratamento
As drogas de primeira escolha para o tratamento da Leishmaniose são os Antimoniais Pentavalentes. Devem ser administrados por via parenteral (ou seja, intra-muscular ou intra-venosa), por uma período mínimo de 20 dias. A dose e o tempo da terapêutica variam com as formas da doença e gravidade dos sintomas.
O seu principal efeito colateral é a indução de arritmias cardíacas e está contra-indicado em mulheres grávidas nos dois primeiros trimestres, doentes com insuficiência hepática e renal e naqueles em uso de drogas anti-arrítmicas.
Outras drogas usadas no tratamento da leishmaniose incluem a anfotericina B, paromomicina e pentamidina.
Esporotricose
Definição
Conhecida antigamente como “doença dos jardineiros”, esse transtorno é uma micose subcutânea causada pelo fungo Sporothrix schenckii, que se aproveita principalmente de feridas abertas e de corpos estranhos penetrantes, como espinhos, para entrar no organismo.
Depois da contaminação, a esporotricose causa lesões que vão progressivamente atingindo a epiderme, a derme, os músculos e até os ossos dos bichanos, sendo mais branda em cães e seres humanos.
Transmissão
É uma doença que está no solo, nas cascas de árvores e nas superfícies das plantas, como a roseira, que devido aos espinhos acaba facilitando ainda mais a contaminação pela doença.
Por isso mesmo, sabe-se que os gatos são os principais agentes de disseminação da esporotricose. Afinal, por terem o hábito de enterrar seus dejetos no solo, além de arranhar madeiras e caules de árvores, eles tem chances maiores de entrar em contato com o fungo no ambiente.
Sinais clínicos 
Forma cutânea: é caracterizada por um nódulo avermelhado. Também podem ser observadas secreções que lembram abcessos e feridas causadas por brigas, sendo mais comum encontrá-las na face, no plano nasal, na base da cauda e nas pernas. As lesões podem ser múltiplas ou solitárias;
Forma linfocutânea: ocorre quando os nódulos cutâneos progridem para úlceras com secreção na pele, com comprometimento do sistema linfático,
Forma disseminada: neste estágio, é possível observar lesões ulceradas generalizadas no pet, além de apatia, febre, anorexia e alteração no trato respiratório.
Enquanto a esporotricose em cães é mais comum na forma cutânea, nos gatinhos, a doença pode evoluir rapidamente para a forma disseminada. 
Diagnóstico e tratamento
Através de exame físico, e laboratoriais como citologia e histopatologia
Itraconazol por no mínimo 6 meses
Estados graves associar com iodeto de potássio
Esporotricose em humanos
Leptospirose canina
Definição
A Leptospirose é uma doença infecciosa causada pelas bactérias do gênero Leptospira. É bastante conhecida, e prevalente em boa parte do mundo. Além de poder evoluir a óbito (se não for tratada corretamente).
O gênero Leptospira é composto de cerca de 250 sorovariedades com diferentes níveis de patogenicidade.
A enfermidade pode aparecer tanto no ambiente urbano como no rural, sendo o verão a época com maior número de casos.
As chuvas e o clima quente proporcionam as condições ideais para a multiplicação das bactérias desse gênero. Portanto, as áreas com maior ocorrência estão diretamente relacionadas com as condições de saneamento básico
Transmissão
A transmissão se inicia quando um animal contaminado elimina a bactéria pela urina. A urina que está em contato com o solo é espalhada pelas ruas através da água das chuvas, que levam as bactérias para outras áreas . Os animais saudáveis que passam por esse local podem adquirir a doença caso possuam uma ferida, ou quando a pele íntegra fica molhada por um período prolongado.
Alagamentos estão diretamente relacionados com a disseminação da doença, sendo que ainda contribuem para um ambiente propício para a sobrevivência e reprodução desses patógenos. 
Além do contato entre a ferida e a água contaminada, outro meio de transmissão da Leptospirose é a ingestão de alimentos contaminados ou contato com objetos infectados.
Ciclo biológico
Após entrar no organismo, as bactérias desse gênero provocam uma rápida infecção sistêmica através da corrente sanguínea, atingindo os olhos, o trato genital, sistema nervoso central, baço e, principalmente, o fígado e os rins. 
Após a infecção, elas dão início a sua reprodução até os anticorpos do hospedeiro entrarem em ação. Com a evolução da infecção, as bactérias são eliminadas pela urina. Agora no ambiente, elas precisam de um local quente e úmido para sobreviver e encontrar novos animais para a continuidade do ciclo.
Sinais clínicos 
Forma aguda: febre, depressão, letargia, vômitos, diarreia, poliúria, polidipsia, dores abdominais, mialgia, anorexia, halitose e icterícia.
Com a evolução do caso, é possível observar petéquias, hemorragias em mucosas econjuntivas, úlceras bucais, insuficiência renal e insuficiência hepática. Eventualmente pode acontecer episódios de aborto, meningite e uveíte.
Sinais clínicos - humanos
O principal sintoma nos quadros brandos são olhos e pele amarelados. A urina também sai escura e em menor quantidade e surgem febre e dor muscular, especialmente nas panturrilhas e nas pernas.
Já os pacientes que evoluem para a forma grave — cerca de 15% — terão síndrome de Weil, caracterizada por icterícia rubínica (a cor da derme muda para um tom alaranjado), insuficiência renal e hemorragia pulmonar.
Diagnóstico
Dificil diagnóstico.
Podemos dividir os exames mais utilizados em duas categorias: inespecíficos e específicos.
Exames inespecíficos: hemograma completo, avaliação da função renal e hepática.
Exames específicos: cultivo bacteriano através de amostras de sangue e urina, ou utilizar o PCR, que nada mais é do que um identificador de fragmentos da bactéria. Esse exame é rápido, altamente sensível e específico, o que aumenta as chances de identificar o patógeno com maior precisão, soroaglutinação microscópica, que assim com o o PCR, é rápido. A grande diferença é que o diagnóstico por soroaglutinação tem menor custo. Para esse método, é importante saber que um resultado negativo nas primeiras semanas não elimina totalmente a possibilidade de o animal ter a doença, pois os anticorpos começam a ser produzidos a partir da segunda semana.
Tratamento e prevenção
O início do tratamento é feito com fluidoterapia para corrigir um possível problema renal agudo. Em seguida, é preciso entrar com antibiótico para cessar a multiplicação e eliminar a bactéria no organismo.
Os antibióticos da classe das penicilinas são os mais recomendados para tratar a doença, associados ou não a doxiciclina. Vale ressaltar que a doxiciclina é indicada para a fase de portador renal. O restante do tratamento é feito com base nos sintomas apresentados.
O modo mais eficaz de prevenir essa enfermidade é a vacinação, que deve ser feita anualmente ou semestralmente com as vacinas polivalentes chamadas de V8, V10, ou V11
Toxoplasmose
Por que a toxoplasmose é conhecida como a “doença do gato”?
Isso ocorre devido ao ciclo do parasita, no qual os felídeos são os únicos hospedeiros definitivos. Seres humanos e outros animais são apenas hospedeiros intermediários, que armazenam os oocistos em seus tecidos.
Eles participam do ciclo biológico do protozoário, com replicação do agente em seu sistema intestinal e eliminação dos oocistos não esporulados nas fezes, sendo assim, os únicos que podem efetivamente transmitir o toxoplasma, através dessa participação no ciclo do agente, são os felídeos.
Contaminação e transmissão
Somente entre 10 a 15% dos gatos carreguem o parasita
A contaminação do gato pelo parasita ocorre principalmente a partir da ingestão de carne de caça (como aves e roedores) contaminada pelo agente, ou pelo consumo de carne crua de origem desconhecida oferecida pelos tutores.
Formas de transmissão: infecção congênita durante a gestação e a ingestão de água ou alimentos contaminados. 
O cisto do protozoário permanece viável por até 6 meses em água com temperatura ambiente. Sendo assim, é comum que a contaminação ocorra não só a partir da ingestão direta da água contaminada, mas também por conta do consumo de alimentos lavados com ela.
Transmissão pelos gatos
Muito rara
Uma vez que o gato adquire o parasita via oral, esse agente faz um ciclo de replicação intestinal, sendo eliminado pelas fezes após 5 a 7 dias uma única vez a vida toda. Ou seja, o gato não transmitirá continuamente o oocisto.
Esse agente deverá, ainda, permanecer de 24 a 96 horas exposto em temperatura ambiente para só então ocorrer a esporulação e ele se tornar infectante. Só a partir daí a contaminação poderá ocorrer caso o tutor manipule as fezes com as mãos e, em seguida, as leve à boca sem a devida higienização.
Sinais clinicos
Gatos adultos costumam ser assintomáticos
Em humanos a manifestação da doença muitas vezes é confundida com um leve resfriado, afetando mais gravemente gestantes e pessoas com doença autoimune. Nesses casos a toxoplasmose se manifesta como: dor de cabeça e garganta; manchas avermelhadas espalhadas pelo corpo; febre; confusão mental; perda da coordenação motora; aumento do fígado e do baço; aumento dos linfonodos; convulsões; problemas de audição e problemas na retina.
Essa doença precisa ser tratada porque pode acabar por infectar outros órgãos do corpo humano.
Diagnostico e tratamento
Em gatos é difícil o diagnostico pois é assintomático
Em humanos, o paciente pode realizar o exame com o reagente IgG, que ajuda a identificar a toxoplasmose por meio dos anticorpos presentes na corrente sanguínea.
O tratamento da toxoplasmose é feito por meio de medicamentos diversos, inclusive com o uso de antibióticos e ácido fólico.
Só precisam de tratamento para a toxoplasmose os pacientes que apresentam sintomas da doença, que foram comprovados por meio de testes.
Obrigada!

Continue navegando