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Trabalho dirigido de anatomia II Reprodutivo Glândula Mamária 1) Descreva os aspectos morfológicos Estas estruturas são exclusivas dos mamíferos, e possuem uma estrutura de ramificação mais complexa do que a das demais glândulas da pele. A glândula mamária está dividida em unidades glandulares distribuídas simetricamente de cada lado da linha mediana ventral do tronco, as linhas mamárias direita e esquerda, separadas pelo sulco Inter mamário. Cada conjunto de glândulas é constituído por um corpo glandular e um teto, a papila mamária (sendo que cada teto drena uma glândula separada). Ambos, corpo e teto, recobertos por pele modificada, sendo que nas papilas, apresenta uma concentração de pelos sobre o corpo da mama variando conforme a espécie animal. A glândula mamária é constituída, no seu conjunto, por um número variado de unidades glandulares distribuídas bilateralmente, simétricas e paralelas à linha mediana ventral do tronco, chamada na fêmea bovina de úbere que permite às vacas leiteiras carregar grandes quantidades de leite. As células secretoras de leite da glândula mamária desenvolvem-se criando estruturas ocas denominados alvéolos onde fica acumulado o leite antes de serem liberados durante a mamada. Nas vacas, por exemplo, a glândula mamária é composta por quatro glândulas separadas e cada uma delas corresponde a uma teta. As glândulas mamárias também variam na localização e no número, cuja relação está diretamente associada ao tamanho da ninhada. Os marsupiais possuem de 9 a 20 mamas dentro do marsúpio. Placentários possuem as mamas distribuídas ventralmente a cada lado do corpo. Muitos mamíferos possuem apenas um par de mamas, mas de localização variada, o peixe-boi possuem na região axilar, os humanos na peitoral, e os cavalos na abdominal. 2) Sistema de Sustentação Um conjunto de ligamentos e tecido conjuntivo mantém o úbere próximo à parede do corpo. Ligamentos fortes são desejados porque eles ajudam a prevenir a ocorrência de úbere penduloso, minimizando o risco de ferimentos, e evitando dificuldades no uso de equipamentos de ordenha. Em vacas leiteiras modernas, o úbere pode pesar mais de 50 Kg devido à grande quantidade de tecido secretor e leite que se acumula entre as ordenhas. As estruturas principais que suportam o úbere são o ligamento suspensor medial e o ligamento suspensor lateral. A pele também desempenha um papel menor no suporte e estabilização do úbere. O ligamento suspensor medial é um tecido elástico que adere o úbere à parede abdominal. De vista posterior, o espaço Inter mamário, uma linha média distinta no úbere, marca a posição do ligamento suspensor medial. Como esse tecido é elástico, ele funciona como um amortecedor de choques e acomoda mudanças no tamanho e peso do úbere que ocorrem de acordo com a produção de leite e idade da vaca. Lesões ou fraqueza desse ligamento causa o estiramento do úbere para baixo fazendo com que seja mais difícil para ordenhar, aumentado a probabilidade de ferimentos, especialmente nos tetos. Seleção genética para um forte ligamento suspensor é eficaz em reduzir esse tipo de problema no rebanho. 3) Sistema Circulatório Com relação ao suprimento sanguíneo, cada mama é irrigada por meio da artéria axilar (artérias tóraco-acromial e torácica lateral), dos ramos mediais da artéria torácica interna e dos ramos das 2ª a 6ª artérias intercostais posteriores. O trajeto das veias mamárias segue basicamente o das artérias, com a via principal passando pela axila e o conhecimento da drenagem venosa reveste-se de grande importância, uma vez que a disseminação do câncer mamário ocorre frequentemente por ela. As veias oriundas do circulus venosus e do interior da glândula mamária transportam sangue para a periferia e na sequência para as veias axilar e mamária interna, drenando para a subclávica, e as intercostais drenam para a jugular interna. Os êmbolos liberados por qualquer dessas vias chegam ao ventrículo direito e então são impulsionados ao leito capilar pulmonar. Já pelo plexo de Batson, em casos de câncer, temos metástases diretas para as vértebras, crânio e sistema nervoso central sem acometimento do pulmão. 4) Sistema Linfático Os gânglios estão localizados no musculo peitoral, ao longo de sua borda esterna. Eles são os principais nós da primeira etapa. Os vasoconstritores, que formam a base da estrutura dos gânglios linfáticos das glândulas mamaria, fluem para os linfonodos axilares. Eles, por sua vez, são os gânglios linfáticos do primeiro estágio. O maior e principal grupo de gânglios linfáticos são os axilares, estes são divididos em 3 grupos: os externos, os centrais e os subescapulares. O sistema linfático nas vacas, centraliza-se nos linfonodos inguinais superficiais (ou retro mamários) - localizados na base dos quartos posteriores da mama; inguinais profundos e ilíacos externos. Os vasos eferentes desses linfonodos passam direto do canal inguinal para os linfonodos inguinais profundos, mas também podem alcançar o linfonodo ilíaco externo. Por meio dos troncos lombares, a linfa passa através da cisterna do quilo e do ducto torácico, penetrando depois no sistema venoso próximo da origem da veia cava cranial. A linfa ajuda a balancear o fluído que se movimenta para dentro e fora do úbere, e ajuda a combater infecções. 5) Inervação A inervação mamária é realizada principalmente pelos ramos cutâneos laterais e anteriores do segundo ao sexto nervos intercostais. Uma parte limitada da pele que recobre a metade superior da mama é inervada pelo nervo subclavicular originário do plexo cervical, especificamente dos ramos anterior e medial do nervo supra clavicular. Os nervos intercostais passam pelo bordo inferior das costelas e na altura da inserção das tiras do serrátil emitem os ramos laterais mamários, continuando seu trajeto e, na borda esternal emitem novos ramos para a mama, os mamários mediais. O conhecimento dos seus trajetos é importante porque permite o bloqueio dos mesmos ao nível da linha axilar média, obtendo assim anestesia suficiente para realizar vários procedimentos cirúrgicos, mormente nos quadrantes externos e os receptores nervosos na superfície do úbere são sensíveis ao toque e à temperatura que durante o preparo do úbere para ordenha, esses nervos são estimulados e iniciam o reflexo da descida do leite que permite a liberação do leite. 6) Descreva o percurso do leite desde a sua formação até a saída. Os produtos resultantes do metabolismo fermentativo da alimentação, tais como aminoácidos, carboidratos e gorduras, são absorvidos no trato gastrointestinal. Após serem absorvidos, esses nutrientes são transportados pela corrente sanguínea até a glândula mamária, onde servem de base à síntese do leite. O desenvolvimento fetal da glândula mamária está sob controle genético e fica estável até que a fêmea atinja a puberdade. A partir da fase reprodutiva, o crescimento das mamas está sob controle de diversos hormônios, sobretudo os estrógenos e a prolactina. A prolactina cai então na corrente sanguínea. Ela percorre o corpo todo, mas só age nos alvéolos mamários, que são células do interior dos seios que parecem pequenos cachos de uva. Os alvéolos são as estruturas que possuem as células secretoras, unidades funcionais responsáveis pela produção de leite. Essas células recobrem todo o alvéolo sintetizando e excretando os componentes lácteos. Assim, os nutrientes que chegam até os alvéolos mamários pelos capilares sanguíneos, são transformados em componentes que fazem parte do leite. A glicose, por exemplo, em lactose, os aminoácidos vão compor as caseínas do leite e os ácidos graxos a gordura. Alguns deles, por exemplo, imunoglobulinas, vitaminas, sais e albumina, são transportados do sangue ao leite sem sofrer essas transformações. Essas células já nascem programadas para produzir leite assim que receberemum comando do organismo. O leite produzido nos alvéolos segue pelo interior do seio por uma rede de canais chamados ductos lactíferos. Eles terminam em pequenos reservatórios, os lóbulos, que ficam bem abaixo das aréolas dos seios. Dos lóbulos, o leite flui para a cavidade bucal por pequenos “furos”, os poros mamilares, espalhados ao redor do bico do seio (cerca de 10 a 15 poros) da fêmea por onde o leite escorre Só a sucção do leite não é suficiente para extrai-lo totalmente. Mas, após alguns minutos, o esforço em sugar estimula terminações nervosas no seio que se ramificam até o cérebro. Essas terminações nervosas ativam outra região da glândula hipófise posterior que produz outro hormônio, a ocitocina, que também cai na corrente sanguínea e chega aos seios. A ocitocina provoca contrações nos músculos mamários que “espremem” os alvéolos e os lóbulos. Isso ajuda a empurrar o leite para o bico do seio, fazendo ele fluir em quantidade suficiente para alimentar o filhote.
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