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Sistema digestório Laboratório Estácio

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1 ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO 
CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 
E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br 
 
LABORATÓRIO DE ANATOMIA 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
 
 
O sistema digestório é o sistema do nosso corpo responsável pela condução dos 
alimentos, pela quebra deles em partículas menores e então absorção dos seus 
nutrientes. Para tanto, além de seus órgãos componentes, existem glândulas anexas 
capazes de secretar substâncias que facilitem todo esse processo. Para além disso, 
também é através do sistema digestório que o material não digerido é excretado. 
 
1. COMPOSIÇÃO 
 
• Cavidade oral: está relacionada, principalmente, com a ingestão, mastigação e 
apreciação dos alimentos, que são manipulados pela língua; 
 
• Faringe: é a parte expandida superior do sistema digestório, posterior às cavidades 
nasal e oral e à laringe, sendo contínua com o esôfago na sua parte dista; 
 
• Esôfago: responsável pela condução do alimento da faringe até o estômago; 
 
• Estômago: realiza numerosas funções, incluindo o armazenamento temporário de 
nutrientes ingeridos, quebra mecânica de alimentos sólidos e digestão química de 
proteínas; 
 
• Duodeno: corresponde à parte proximal do intestino delgado; 
 
• Jejuno e Íleo: são o sítio terminal de digestão dos alimentos, absorção de nutrientes 
e secreção endócrina; 
 
• Intestino grosso: é um tubo especializado na absorção hídrica de resíduos não 
digeríveis para a formação de fezes semissólidas; 
 
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LABORATÓRIO DE ANATOMIA 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
• Glândulas anexas, como o fígado, pâncreas e glândulas salivares: desempenham 
papel que vão desde a funções endócrinas até a digestão. 
 
2. CAVIDADE ORAL 
 
A cavidade oral é a porção do nosso corpo que atua, principalmente, na ingestão, 
na mastigação e no processo de apreciação dos alimentos, que são manipulados pela 
língua. Estende-se desde os lábios e bochechas (externamente) até os arcos 
palatoglossos (internamente), a partir de onde ela se continua com a faringe (que vemos 
na parte de Trato Respiratório Superior). 
Essa cavidade ainda é delimitada: a) por um teto formado pelo palato, que ainda 
é subdividido em um palato duro e um palato mole; b) por um assoalho, que fica abaixo 
da parte móvel da língua e acima dos músculos milo-hióideos, sendo recoberto pela 
mucosa oral; e, por fim, c) por paredes laterais, as quais são constituídas pelas 
bochechas e pelos espaços retromolares. 
Além disso, é importante saber que a cavidade oral pode ser dividida em 2 
partes: o vestíbulo da boca e a cavidade própria da boca 
 
2.1. VESTÍBULO DA BOCA 
 
O vestíbulo é uma fenda em formato de ferradura que se encontra entre os 
dentes, a gengiva, os lábios e as bochechas e ele abriga uma quantidade variável de 
pregas em formato de foice, as quais são produzidas por reflexões da mucosa oral, 
contudo, normalmente essas pregas são em número de 2: 
 
• Frênulo (ou freio) do lábio superior; 
• Frênulo (ou freio) do lábio inferior. 
 
 
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LABORATÓRIO DE ANATOMIA 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
2.2. DENTES 
 
Entre o vestíbulo e a cavidade própria da boca é onde se encontram os dentes, 
que são estruturas rígidas que atuam realizando a mastigação e auxiliando na 
articulação da fala. São em número de 32, estando divididos entre as duas arcadas 
(superior e inferior), onde fixam-se aos processos alveolares presentes nas maxilas e na 
mandíbula. No que tange à sua estruturação, tem-se que os dentes podem ser divididos 
em 3 partes: 
 
• Raiz; 
• Colo; 
• Coroa. 
 
A raiz corresponde à porção do dente que se fixa ao processo alveolar. Já o colo 
consiste na área de transição entre essa raiz e a coroa, que, por sua vez, é a região do 
dente que fica exposta na boca e sobre a qual é possível delimitar 4 faces: a) a lingual, 
que fica voltada internamente; b) as mesial e distal, através das quais os dentes estão 
em contato uns com os outros; e c) a oclusal, que corresponde à superfície mastigatória. 
Além disso, no interior dos dentes é possível encontrar a chamada cavidade 
pulpar, a qual é delimitada em todos os lados pela dentina (tecido conjuntivo avascular 
e mineralizado que compõe a maior parte do dente) e aloja tecido conectivo, vasos e 
nervos. 
Obs. em sua parte mais externa, a dentina é sempre revestida, mas na coroa, seu 
revestimento recebe o nome de esmalte, enquanto na raiz, ele se chama cemento. 
 
Os dentes ainda costumam passar por duas classificações: uma cronológica e 
uma morfológica. Na classificação cronológica, eles são divididos entre descíduos (ou 
primários) - que são os famosos dentes de leite - ou então permanentes (ou secundários) 
- que são os típicos dos adultos. Já na classificação morfológica, são separados entre: 
• Incisivos (que ideais para cortar); 
• Caninos (que são pontiagudos e, por isso, laceram e perfuram); 
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SISTEMA DIGESTÓRIO 
• Pré-molares; 
• Molares (que possuem uma face oclusal plana, que os permite triturar os 
alimentos). 
 
Posteriormente aos dentes molares existe um espaço chamado de “espaço 
retromolar”, que comunica o vestíbulo da boca com a cavidade própria da boca. 
 
2.3. CAVIDADE PRÓPRIA DA BOCA 
 
A cavidade própria da boca encontra-se internamente aos dentes, sendo o 
espaço entre os arcos dentais maxilar e mandibular e o local em que é secretado o 
conteúdo das glândulas salivares, as quais podem ser divididas entre menores e 
maiores. 
As glândulas menores, também chamadas de “acessórias”, são as labiais, as da 
bocheca, as palatinas e as linguais. 
Já as glândulas maiores (principais), por sua vez, são 3 em especial: 
 
• Sublinguais; 
• Submandibulares; 
• Parótidas. 
 
Um detalhe interessante é que a cavidade oral, quando fechada, encontra-se 
quase que completamente preenchida pela língua. 
 
2.3.1. LÍNGUA 
 
A língua é um órgão muscular que participa dos processos de mastigação (já que 
ela leva o alimento de um lado ao outro da boca), também no de deglutição, produção 
da fala e na própria apreciação dos alimentos, pelo paladar. 
Possui uma raiz (posterior e que está fixada ao osso hióide e à mandíbula) e um 
corpo (anterior), cuja extremidade apresenta um ápice. 
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SISTEMA DIGESTÓRIO 
Esse corpo possui duas faces: uma ventral e outra dorsal, sendo que essa face 
dorsal é marcada por um sulco terminal em formato de “V”, cujos braços correm 
anterolateralmente, na direção dos arcos palato-glossos, a partir de uma depressão 
mediana chamada de “forame cego”. 
Dessa forma, esse sulco acaba por dividir o dorso da língua em duas partes: uma 
pós-sucal e outra pré-sucal. A porção pós-sucal, também chamada de “faríngea”, 
corresponde ao 1/3 posterior da língua e, na posição anatômica, fica mais verticalizada, 
de modo a se voltar para a orofaringe. Já a porção pré-sucal, por sua vez, também pode 
ser chamada de “oral” e ela representa os 2/3 mais anteriores da língua, onde esse 
órgão é mais horizontalizado e, por isso, fica voltado para o palato. Assim, é nessa 
porção que a gente encontra as papilas linguais, que são de 4 tipos: 
 
• Circunvaladas; 
• Folhadas; 
• Filiformes; 
• Fungiformes.Por fim, como viu-se que a língua é um órgão muscular, tem-se que ela é formada por 
dois grupos de músculos: um intrínseco e outro extrínseco. 
Os músculos intrínsecos são aqueles que se localizam completamente dentro da língua 
e, dessa forma, acabam sendo os responsáveis por promover as alterações no formato 
desse órgão. Eles são em número de 4: 
 
• Longitudinais superior e inferior; 
• Transverso; 
• Vertical. 
 
Já os músculos extrínsecos, por sua vez, são aqueles que possuem uma inserção na 
língua e outra fora dela, de modo que conseguem fazer o deslocamento desse órgão 
dentro da cavidade oral. Eles são em número de 5: 
 
• Palatoglosso; 
• Condroglosso; 
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• Hioglosso; 
• Genioglosso; 
• Estiloglosso. 
 
3. ESÔFAGO 
 
O esôfago é um tubo muscular responsável por conduzir o alimento desde a 
faringe até o estômago. Dessa maneira, possui cerca de 25cm de comprimento e 2cm 
largura, estendendo-se de C6 até T11 em um trajeto tortuoso que acompanha a curva 
da coluna vertebral ao atravessar as regiões do pescoço e dos mediastinos superior e 
posterior. 
Além disso, pode ser dividido em 3 porções: uma cervical, uma torácica e uma 
abdominal, ao longo das quais se distribuem 3 constrições e 2 esfíncteres. Dessa forma, 
antes de falar sobre cada uma dessas porções em específico, é importante que 
compreender a diferença entre uma constrição e um esfíncter. 
Esses dois termos fazem relação a uma mesma coisa: redução da luz de uma 
estrutura. Contudo, no caso de uma constrição, essa redução ocorre devido à uma 
compressão extrínseca, ou seja: algo aperta o órgão e reduz o seu lúmen. No caso do 
esfíncter, o que acontece, na verdade, é uma hipertrofia na musculatura interna do 
próprio órgão. 
 
3.1. ESÔFAGO CERVICAL 
 
O esôfago cervical corresponde à primeira porção desse órgão. Estende-se desde 
a junção faringoesofágica (C6) até a abertura superior do tórax, apresentando um 
trajeto encurvado para a esquerda e que é marcado pela presença da 1ª constrição, a 
qual é realizada pela porção cricofaríngea do M. Constritor Inferior da Faringe e que 
dista, em média, 15cm da arcada dentária superior. 
Vale ressaltar, ainda, que essa compressão gerada pelo músculo, acaba 
desencadeando uma resposta por parte da parede esofágica, a qual sofre uma 
hipertrofia de sua musculatura, de modo a formar o 1º esfíncter, que é o esofagiano 
 
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superior (EES). Isso implica dizer que a 1ª constrição coincide com o 1º esfíncter. Além 
disso, viu-se lá na histologia que todos os órgãos do trato digestório possuem uma 
parede composta necessariamente por 3 camadas, que de interno para externo são: 
 
• Mucosa; 
• Submucosa; 
• Muscular: 
▪ Interna (circular); 
▪ Externa (longitudinal). 
 
Compreender isso é muito importante aqui no esôfago cervical por 2 motivos: a) 
primeiro, porque a camada muscular externa aqui é formada por músculo estriado 
esquelético, ou seja, é de atividade voluntária; e b) segundo, pois observa-se no esôfago 
cervical um certo desencontro das fibras musculares internas com as externas e isso 
acaba gerando áreas de fragilidade nesse órgão. Essas áreas são: 
 
• Trígono de Killian = corresponde à porção mais inferior da parte cricofaríngea do 
músculo constritor inferior da faringe. 
• Trígono de Laimer = está localizada entre o músculo cricofaríngeo e as fibras 
longitudinais do esôfago. 
• Área de Killian-Jamieson = situadas nas extremidades do músculo cricofaríngeo. 
 
3.2. ESÔFAGO TORÁCICO 
 
O esôfago torácico corresponde à segunda e maior porção desse órgão, uma vez 
que se estende desde a abertura superior do tórax até o hiato esofágico (T10). 
Dessa forma, encontra-se localizado nos mediastinos superior e posterior e 
difere-se do esôfago cervical por apresentar um trajeto curvado agora para a direita (D) 
e por ter sua camada muscular externa composta tanto por músculo estriado 
esquelético, quanto por músculo liso. 
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Sabe-se, ainda, que é nessa porção onde encontra-se a 2ª constrição, a qual é 
formada pelo Arco Aórtico e pelo brônquio principal esquerdo (E), e dista cerca de 
22,5cm da arcada dentária superior. 
 
Observação: Há uma grande discordância na literatura no que tange a essa constrição. 
Alguns dizem que essas duas estruturas promovem constrições que são contínuas entre 
si e, portanto, devem ser consideradas como uma coisa só. Outras fontes defendem que 
não: que a constrição aórtica dista 22,5cm da arcada dentária superior, enquanto que a 
brônquica dista 27,5cm, o que dá uma diferença importante de 5cm entre elas, sendo 
que (teoricamente) ficam mais nítidos os dois pontos de constrição quando olhamos o 
esôfago por uma vista lateral. De todo modo, o que acontece é que do ponto de vista 
endoscópico isso não tem muita importância, mas do ponto de vista cirúrgico, um objeto 
empalado a 22,5cm é mais perigoso do que um a 27,5cm, já que está perto da Aorta. 
Porém, independente disso, ao chegar próximo ao diafragma, o esôfago torácico se 
curva para a esquerda e, então, se continua com o esôfago abdominal. 
 
3.3. ESÔFAGO ABDOMINAL 
 
O esôfago abdominal corresponde à 3ª e menor porção desse órgão, uma vez 
que se estende desde o hiato esofágico até o óstio cárdico do estômago (na junção 
esofagogástrica), medindo cerca de 1,25cm de comprimento. 
Apresenta, ainda, um trajeto encurvado para a esquerda e uma camada muscular 
externa formada apenas por músculo liso, o que implica dizer que possui atividade 
involuntária. Além disso, essa porção é a única que se encontra revestida pelo peritônio 
(que é uma camada de serosa que fica externamente àquelas 3 camadas: mucosa, 
submucosa e muscular) e ainda é fixada ao hiato esofágico por meio do ligamento 
frênico-esofágico. 
Ligamento esse que advém da fáscia infradiafragmática. O que acontece é que o 
Músculo Diafragma encontra-se revestido por uma fáscia supradiafragmática e outra 
infradiafragmática (ou transversal), sendo que essa última divide-se e prolonga-se 
formando os ligamentos frênico-esofágicos ascendente e descente, os quais tem como 
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principal função: promover uma independência de movimentos ao esôfago e ao 
estômago em relação aos movimentos fisiológicos da respiração e da deglutição. 
Assim, no esôfago abdominal encontram-se a 3ª constrição e o 2º esfíncter 
esofágico (o inferior, EEI). A constrição, aqui, é produzida pelo pinçamento 
diafragmático e dista cerca de 40cm da arcada dentária superior, enquanto o esfíncter 
coincide com a linha z, a qual marca uma transição abrupta da mucosa esofágica para a 
gástrica, sendo que é importante frisar que não necessariamente essa constrição e esse 
esfíncter coincidem. 
 
4. ESTÔMAGO 
 
O estômago é a parte expandida do trato digestório entre o esôfago e o duodeno 
e que atua principalmente na digestão enzimática. Esse órgão encontra-se localizado, 
principalmente, nas regiões de epigástrio e hipocôndrio E, podendo ainda estender-se 
para o mesogástrio e para o flanco E, caso a pessoa encontre-se em decúbito dorsal. 
Desse modo,é importante salientar que a posição desse órgão, bem como seu 
tamanho e forma são influenciados por uma série de fatores como, por exemplo: 
 
• Biotipo do individuo; 
• Posição do corpo; 
• Conteúdo ingerido; 
• Tônus da musculatura gástrica e da parede abdominal anterior; 
• Movimentos respiratórios; 
• Posição das vísceras adjacentes. 
 
Esse órgão ainda é caracterizado por apresentar 2 curvaturas e 2 incisuras. As 2 
curvaturas são: a maior e a menor. Já as 2 incisuras, por sua vez, são a cárdica e a 
angular, sendo que a incisura cárdica delimita o chamado “ângulo de His”, formado 
entre o esôfago e o estômago. Assim, quanto mais afastado esses órgãos estiverem, 
mais obtuso esse ângulo será e, com isso, acaba por favorecer o refluxo gastroesofágico. 
Por outro lado, quanto mais próximos estiverem, mais agudo o ângulo será e isso o torna 
o primeiro dos mecanismos antirrefluxo que se encontra no estômago. 
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Esse órgão ainda pode ser dividido em 4 regiões anatômicas (não histológicas), 
as quais são delimitadas por 3 linhas arbitrárias traçadas em sua superfície externa: 
 
• 1ª linha: da incisura cárdica até a curvatura maior; 
• 2ª linha: da incisura angular até uma endentação na curvatura maior; 
• 3ª linha: acompanhando o sulco intermédio. 
 
A partir disso, então, delimita-se a cárdia (que circunda o óstio cárdico, ao nível 
de T11), o fundo, o corpo e, por fim, o piloro, sendo que essa última região ainda é 
subdividida pela terceira linha em um antro e um canal pilórico. 
É sabido que ao longo dessas 4 regiões, o estômago encontra-se revestido por 
peritônio, exceto no local por onde passam os seus vasos sanguíneos, ou seja: suas 
curvaturas. Inclusive, é justamente nessas curvaturas que se fixam os omentos maior e 
menor, sendo que o omento maior fixa-se na curvatura maior, pende na cavidade 
abdominal e retorna para fixar-se ao colo transverso. Já o omento menor, por sua vez, 
é formado por 2 espessamentos: 
 
• Ligamento Hepatogástrico (que se estende do fígado à curvatura menor); 
• Ligamento Hepatoduodenal (que se estende do fígado até a porção superior 
do duodeno e que representa um dos limites do forame omental ou forame 
de Winslow). 
 
A grande importância desse forame é que delimita a entrada da bolsa omental, 
bolsa essa que consiste em uma reflexão de peritônio que se encontra posteriormente 
ao estômago e permite o deslizamento desse órgão em relação às estruturas que 
compõem o leito gástrico. Esse deslizamento é de grande importância porque o 
estômago é um órgão que precisa de espaço para expandir-se, bem como apresenta 
grande força contrátil. 
Essa força, por sua vez, é proporcionada pela parede muscular desse órgão, que 
- diferente da dos outros órgãos do trato digestório - é composta por 3 camadas: 
 
• Longitudinal Externa; 
 
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• Circular Intermédia; 
• Oblíqua Interna. 
 
Nota-se que próximo à região cárdica ocorre um encontro de fibras circulares 
intermédias e oblíquas internas, formando o que se chama de “colar de Helvetius”, um 
outro mecanismo que impede o refluxo do conteúdo presente na cavidade gástrica. 
Cavidade essa que é marcada pela presença de um canal gástrico acompanhando a 
curvatura menor, que fica mais visível quando em jejum. 
Já do outro lado, observa-se a presença de uma série de pregas gástricas, que 
são rugas que desaparecem durante a distensão e que também ajudam a impedir o 
refluxo, em especial, aquelas que se organizam próximo à região cárdica e que formam 
a chamada “roseta gástrica”. 
Essa roseta colaba-se reduzindo a luz do óstio e consegue ser visto em 
endoscopias, onde observa-se, ainda, que uma das pregas que a formam destaca-se por 
ser maior e mais proeminente, que é a chamada “prega de Gubaroff”. Assim, tanto as 
pregas gástricas, quanto a roseta gástrica e até a prega de Gubaroff representam 
mecanismos antirrefluxo. 
Então, compreende-se que a contração tônica da musculatura do pilar D do 
diafragma e da parede esofágica inferior exerce uma pressão radial formando uma zona 
eletiva de alta pressão (ZAP), que também é um dos mecanismos antirrefluxo. 
A saber mais, a transição da mucosa esofágica para a gástrica é marcada por uma 
linha chamada de “linha Z”, que é abraçada pelo pilar D do diafragma e ainda coincide 
com o esfíncter esofagiano inferior (EEI), o qual representa o último dos mecanismos 
antirrefluxo, sendo, inclusive, responsável por controlar todos os outros. 
 
5. INTESTINO DELGADO 
 
O intestino delgado é o órgão que se encarrega por finalizar o processo de 
digestão e por realizar a absorção da maior parte dos nutrientes adquiridos com a 
alimentação. Estende-se desde o piloro até a junção ileocecal (a partir de onde une-se 
ao ceco), de modo a apresentar cerca de 7m de comprimento, os quais se dividem em 3 
partes: duodeno, jejuno e íleo. 
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5.1. DUODENO 
 
O duodeno corresponde à porção inicial do intestino delgado, sendo o trecho 
mais curto, mais largo e mais fixo de todo esse órgão. Encontra-se entre os níveis de L1 
a L3, estendendo-se desde a extremidade distal do canal pilórico até a flexura 
duodenojejunal, apresentando, dessa maneira, um formato de “C” ao redor da cabeça 
do pâncreas, o que lhe garante cerca de 20 a 25cm de comprimento, sendo que desses, 
os 2cm iniciais são intraperitoneais, enquanto que o restante é classificado como 
parcialmente retroperitoneal. É importante estabelecer que o duodeno ainda pode ser 
dividido em 4 porções: superior, descendente, horizontal e ascendente. 
 
5.1.1. PARTE SUPERIOR 
 
A parte superior do duodeno encontra-se ao nível de L1, estendendo-se desde a 
extremidade duodenal do piloro até a flexura duodenal superior, o que implica dizer que 
possui cerca de 5cm de comprimento. Desses, os 2cm iniciais consistem na chamada 
“ampola duodenal” ou “bulbo duodenal”, a qual apresenta uma certa mobilidade, é 
intraperitoneal e ainda corresponde à única porção do intestino que é desprovida de 
pregas circulares (as válvulas de Kerkering). Já seus 3cm distais diferenciam-se 
justamente por não terem mobilidade, serem retroperitoneais e por já apresentarem as 
pregas das quais foram citadas. Essa porção do duodeno ainda serve de fixação para os 
2 omentos, o maior e o menor (nesse último caso, mais especificamente: o ligamento 
hepatoduodenal). 
 
5.1.2. PARTE DESCENDENTE 
 
A parte descendente está à direita das vértebras de L1 a L3, estendendo-se desde 
a flexura duodenal superior até a flexura duodenal inferior, o que lhe garante cerca de 
8cm a 10cm de comprimento. É caracterizado por se curvar ao redor da cabeça do 
pâncreas e por conter as papilas maior e menor. 
A papila maior está entre 8cm e 10cm distalmente ao esfíncter pilórico e nela 
que se abre a ampola hepatopancreática ou ampola de Vater, uma estrutura formada 
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pela junção do ducto pancreático com o ducto colédoco e que marca a transição do 
intestino embriológico anterior para o médio (uma informação importante quando tem-
se em vista que a origem embriológica determinao padrão de vascularização das 
vísceras gastrointestinais). A papila menor, por sua vez, é inconstante, mas quando 
presente, situa-se cerca de 2cm acima da papila maior e recebe o ducto pancreático 
acessório (de Santorini). 
Por fim, tem-se, ainda, que essa porção do duodeno também é retroperitoneal, 
exceto na região em que é cruzada pela raiz do mesocolo transverso e, por conta disso, 
não possui sua face anterior revestida por peritônio. 
 
5.1.3. PARTE HORIZONTAL 
 
Em relação à parte horizontal do duodeno, sabe-se que encontra-se ao nível de 
L3, estendendo-se transversalmente da direita para a esquerda, desde a flexura 
duodenal inferior até a junção com a parte ascendente (anteriormente à Aorta), o que 
lhe confere cerca de 10cm de comprimento, também é retroperitoneal, exceto nos 
pontos em que é cruzada pela raiz do mesentério e pelos vasos mesentéricos superiores. 
 
5.1.4. PARTE ASCENDENTE 
 
A quarta e última porção do duodeno corresponde à parte ascendente, que 
apresenta cerca de 2,5cm de comprimento por ascender ao nível de L2, desde a junção 
com a parte horizontal até a flexura duodenojejunal, a qual é sustentada pelo Ligamento 
de Treitz. Ligamento esse que é formado por um componente fibroso e outro muscular. 
O componente fibroso advém do próprio peritônio que o reveste, o componente 
muscular é formado pelo Músculo Suspensor do Duodeno, formado por fibras de 
músculo esquelético advindas dos pilares diafragmáticos, e fibras de músculo liso do 
próprio duodeno. 
A grande importância dessa estrutura muscular é que quando se contrai, ela 
acaba aumentando o ângulo da flexura duodenojejunal, facilitando, assim, a passagem 
do conteúdo intestinal. 
 
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5.1.5. FÁSCIA DE COALESCÊNCIA 
 
Além disso tudo, é pertinente saber que todos os órgãos secundariamente 
retroperitoneais contam com uma estrutura chamada de “fáscia de coalescência”, 
responsável por fazer a sua fixação à parede abdominal posterior. Diante disso, o 
duodeno também possui uma dessas, que, inclusive, é a mesma que sustenta o 
pâncreas. 
Essa fáscia é formada pela fusão de duas lâminas de peritônio: uma que se 
encontra posteriormente aos órgãos (fáscia retro-duodeno-pancreática (de Treitz)) e 
uma que fica anteriormente a eles (fáscia pré-duodenopancreática (de Fredet)). A 
grande importância dessas fáscias é que são avasculares e, por isso, podem ser 
ressecadas durante cirurgias para aumentar a mobilidade dos órgãos, por exemplo. 
 
5.2. JEJUNO E ÍLEO 
 
O jejuno e o íleo são a porção distal do intestino delgado, de modo a representar 
o sítio terminal de digestão de alimento, absorção de nutrientes e secreção endócrina. 
São órgãos intraperitoneais que se encontram fixados à parede abdominal 
posterior por meio do mesentério do intestino delgado e juntos medem entre 6 e 7m 
de comprimento, sendo que seus 2/5 proximais correspondem ao jejuno, enquanto seus 
3/5 distais correspondem ao íleo. 
Dessa forma, compreende-se que o jejuno se inicia na flexura duodenojejunal e 
ao longo do seu trajeto ocupa predominantemente o quadrante superior esquerdo do 
compartimento infracólico. O íleo não possui um início bem definido, contudo, 
encontra-se principalmente no quadrante inferior direito do compartimento infracólico 
e estende-se até unir-se ao ceco através da junção ileocecal, sendo que seus 30cm 
proximais a essa junção consistem no chamado “íleo terminal”, o qual caracteriza-se 
por apresentar funções específicas. 
 
Observação: um exemplo da atuação do íleo terminal é com relação à vitamina B12. O 
que acontece é que nosso corpo não consegue absorver essa vitamina, daí o estômago 
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produz uma molécula chamada de “fator intrínseco”, a qual se prende à B12 e consegue 
ser absorvida justamente no íleo terminal. 
 
5.2.1. DIFERENÇAS JEJUNO x ÍLEO 
 
Como comentou-se, não há uma distinção clara que marque a transição do 
jejuno para o íleo, contudo, essas duas porções do intestino delgado apresentam 8 
características morfológicas que as diferem entre si: 
 
• Cor = o jejuno é mais avermelhado do que o íleo (por conta da vascularização, 
como já vamos ver); 
 
• Calibre = o jejuno possui um calibre maior (externo: 4cm / interno: 2,5cm) do 
que o íleo (externo: 3,5cm / interno: 2cm); 
 
• Parede = diante das medidas do calibre, a parede do jejuno é mais espessa. 
 
• Pregas circulares = no interior desses órgãos, existem as chamadas válvulas de 
Kerckring, que são estruturas responsáveis por aumentar a superfície absortiva 
e lentificar o trânsito intestinal, porém estão em maior quantidade no jejuno; 
 
• Vasos = os vasos retos que irrigam o jejuno são maiores; 
 
• Vascularização = em contrapartida, os vasos mais curtos do íleo se anastomosam 
bastante, tornando sua vascularização mais complexa; 
 
• Nódulos Linfoides = o íleo possui mais nódulos linfoides (placas de Peyer) em 
sua parede - possivelmente por conta de sua proximidade com o intestino 
grosso, órgão no qual encontra-se uma grande quantidade de microorganismos; 
 
• Gordura = o íleo também tem uma maior quantidade de gordura em seu 
mesentério. 
 
 
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6. INTESTINO GROSSO 
 
O intestino grosso é um tubo especializado na absorção hídrica de resíduos não 
digeríveis para a formação de fezes semissólidas e estende-se desde a junção ileocecal 
até o orifício anal, de modo a formar uma moldura ao redor das alças do intestino 
delgado, do qual se diferencia por: 
 
• Mais fixo; 
• Mais calibroso; 
• Pequenas projeções de tecido adiposo chamadas “apêndices omentais”; 
• Musculatura longitudinal concentrada em 3 faixas chamadas de “tênias”: 
▪ Mesocólica (que se fixa ao mesocolo transverso e ao 
mesossigmoide); 
▪ Omental (que se fixa aos apêndices omentais); 
▪ Livre (não se fixa a nada). 
 
É parcialmente por conta dessas tênias que as paredes do intestino grosso se 
encontram pregueadas devido a presença das saculações (ou haustrações), as quais são 
produzidas justamente durante a contração dessas faixas musculares. Além disso, o 
intestino grosso ainda pode ser dividido em: 
 
• Ceco; 
• Apêndice Vermiforme; 
• Colo Ascendente; 
• Colo Transverso; 
• Colo Descendente; 
• Colo Sigmoide; 
• Reto; 
• Canal Anal. 
 
 
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6.1. CECO 
 
O ceco, então, é a primeira parte do intestino grosso e consiste em uma bolsa 
intestinal de fundo cego que mede cerca de 7,5cm de comprimento e de largura. 
Localiza-se na fossa ilíaca D, abaixo da papila ileal e é intraperitoneal, porém não possui 
meso, o que confere uma relativa liberdade de movimento. Porém, apesar disso, ainda 
é preso à parede abdominal por meio das pregas cecais de peritônio. 
Além disso, temos que é justamente no ceco que se abre a parte terminal do íleo, 
através da junção ileocecal. Sendo que o óstio ileal, em seu interior, é guardado por uma 
estrutura que recebe o nome de “papila ileal”, a qual é composta por 2 lábios: 
 
• Ileocólico (superior); 
• Infracólico (inferior). 
 
Esses dois lábios unem-se entre si nas laterais e, a partir disso, formamos 
frênulos do óstios ileal. Uma coisa interessante é que no cadáver, costumam apresentar-
se em formato semilunar, mas em vivo formam um padrão em roseta ou trevo na 
mucosa. A aproximadamente 2cm abaixo dessa papila, tem-se o óstio do apêndice 
vermiforme. 
 
6.2. APÊNDICE VERMIFORME 
 
Apêndice esse que é um divertículo intestinal de fundo cego, que apresenta 
grande quantidade de tecido linfoide, o que nos leva a pensar que desempenha alguma 
atividade imunológica, ainda que secundária. 
Possui cerca de 6cm a 10cm de comprimento e origina-se na face posteromedial 
do ceco, inferiormente à junção ileocecal. Quanto ao seu posicionamento, sabe-se que 
isso é bastante variável, mas, de modo geral, encontra-se em posição retrocecal. 
O apêndice também é intraperitoneal e, por isso, está fixado à parede abdominal 
por meio de um meso chamado de “mesoapêndice”. 
 
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6.3. COLO ASCENDENTE 
 
A segunda porção do intestino grosso é o colo ascendente. Estende-se do ceco 
até a flexura cólica D (ou hepática), de modo que possui aproximadamente 50cm de 
comprimento e um calibre menor que o do ceco. 
O colo ascendente é considerado uma estrutura retroperitonal, uma vez que é 
recoberto pelo peritônio apenas na sua superfície anterior e nos lados, de modo que 
acaba revestindo um sulco vertical profundo chamado de “sulco paracólico D”, mais 
comumente conhecido como “goteira parietocólica D”, a qual se situa entre a face 
lateral do colo ascendente e a parede abdominal adjacente. 
 
6.4. COLO TRANSVERSO 
 
O colo transverso corresponde à terceira e mais longa porção do intestino 
grosso, uma vez que se estende desde a flexura hepática até a flexura esplênica, o que 
lhe garante, em média, 50cm de comprimento. 
Além disso, o colo transverso possui uma posição bastante variável dentro da 
cavidade abdominal e é a porção mais móvel. Mas apesar disso, ele está ligado a outras 
estruturas da cavidade abdominal através de três ligamentos: 
 
• Ligamento frenocólico (o liga ao diafragma); 
• Ligamento gastrocólico (o liga ao estômago); 
• Ligamento esplenocólico (o liga ao baço). 
 
Considerado um órgão intraperitoneal, apresenta um meso: o mesocolo 
transverso, o qual se adere a parede posterior da bolsa omental e tem sua raiz contínua 
com o peritônio parietal posteriormente. 
Dessa forma, o colo transverso e o seu meso dividem a região abdominal nos 
compartimentos supramesocólico e inframesocólico. 
Vale ressaltar, ainda, que a porção final do colo transverso (entre seu 2º e 3º 
terço) é um marco anatômico que define a transição entre os intestinos embriológicos 
médio e posterior. 
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6.5. COLO DESCENDENTE 
 
Fazendo parte já desse intestino embriológico posterior, então, tem-se o colo 
descendente, que corresponde à quarta porção do intestino grosso e estende-se da 
flexura esplênica até a fossa ilíaca E, mede aproximadamente 25cm de comprimento. 
O colo descendente (assim como o ascendente) é considerado uma estrutura 
retroperitoneal e forma um sulco paracólico E (ou goteira parietocólica E), que se situa 
entre sua face lateral e a parede abdominal adjacente. 
 
6.6. COLO SIGMOIDE 
 
Continuando-se do colo descendente, tem-se à quinta porção do intestino 
grosso: o colo sigmoide, que é uma alça em forma de “S” com comprimento variável. 
Estende-se desde a fossa ilíaca E até a junção retossigmoide (ao nível de S3) e é 
considerado intraperitoneal, assim, possui um meso que é o mesossigmoide. Além disso, 
é a última porção do intestino onde é possível encontrar as tênias e os apêndices 
omentais. 
 
6.7. RETO 
 
Agora desde a junção retossigmoide ao canal anal, tem-se a porção mais fixa do 
intestino grosso, que é o reto. Localiza-se na pelve e estabelece 3 relações diferentes 
com o peritônio: 
 
• 1/3 superior é intraperitoneal; 
• 1/3 médio é retroperitoneal; 
• 1/3 inferior é subperitoneal. 
 
Dessa forma, apresenta seu próprio meso, que é o mesorreto e, apesar de seu nome, o 
reto é marcado por 5 flexuras: 
 
• 2 dobras (flexuras anteroposteriores): 
▪ Flexura Sacral do Reto; 
▪ Flexura Anorretal do Canal Anal. 
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• 3 curvaturas (flexuras laterolaterais): 
▪ Flexura Superior; 
▪ Flexura Intermediária; 
▪ Flexura Inferior. 
 
Apresenta, também, as chamadas “pregas retais”, que podem ser longitudinais 
(desaparecem quando ele se distende) ou transversais (chamadas de “válvulas de 
Houston” e que são permanentes). E sua porção distal é mais distendida, formando 
assim a ampola do reto. 
 
6.8. CANAL ANAL 
 
A porção terminal do intestino grosso e do trato digestório é o canal anal, o qual 
se encontra colabado, exceto durante a passagem das fezes e se estende da face 
superior do diafragma da pelve até o ânus. Ao longo desse trajeto, apresenta seus terços 
superior e médio sendo circundados pelo Músculo Esfíncter Interno (que é voluntário), 
enquanto seus terços médio e inferior são circundados pelo Músculo Esfíncter Externo 
(que, por sua vez, é voluntário). 
Essencial saber, ainda, que no seu interior, encontram-se as chamadas “colunas 
anais (de Morgagni)”, que são produzidas pelos ramos terminais da A. e V. Retais 
Superiores, que entre elas delimita-se os seios anais. 
Por outro lado, unindo as extremidades inferiores dessas colunas, encontra-se as 
válvulas anais e, desse modo, as válvulas associadas aos seios delimitam a chamada 
“linha pectinada”, que é um importante marco embriológico entre o intestino posterior 
e o proctodeu embrionário. 
 
7. MESENTÉRIO 
 
O mesentério é um órgão dobrado de forma compacta em formato de leque 
dentro da cavidade abdominal e que está relacionado à regulação de cascatas 
fibronolíticas e inflamatórias, além de participar no processo de coagulação e no sistema 
imunológico. 
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Possui um tecido móvel e rico em células-tronco (o que possivelmente está 
associado à patogênese de doenças abdominais) e ainda se responsabiliza por 
suspender e fixar os intestinos à parede abdominal posterior, de modo a favorecer o 
trânsito intestinal e impedir seu desabamento na cavidade pélvica. Contudo, para 
conseguir isso, conta com o auxílio de uma estrutura chamada “meso”. 
O meso corresponde a uma dupla prega de peritônio que reveste os órgãos 
intraperitoneais e depois se fixa à parede abdominal posterior, de modo a criar um 
espaço entre suas lâminas, sendo que é justamente nele que se encontra o mesentério. 
Entendido isso, tem-se que o mesentério se estende desde a flexura 
duodenojejunal até o reto, carregando estruturas vasculonervosas e linfáticas além de 
certa quantidade de tecido adiposo. E embora seja contínuo ao longo de toda a sua 
extensão, o meso que o delimita recebe nomes diferentes, de acordo com o órgão ao 
qual está associado. Dessa forma, temos: 
 
• Mesocolo Ascendente; 
• Mesocolo Transverso; 
• Mesocolo Descendente; 
• Mesossigmóide; 
• Mesorreto; 
• Mesentério do Intestino Delgado (só para ressaltar: esse é o nome do meso que 
delimita a parte do órgão mesentério que está associado ao intestino delgado). 
 
Observação:sendo que os mesocolos ascendente, descendente e a parte curva do 
mesossigmóide são achatados contra a parede abdominal posterior e, então, 
reabsorvidos. 
 
8. FÍGADO 
 
O fígado é a maior glândula do nosso corpo e o segundo maior órgão (perdendo 
apenas para a pele). Na vida fetal, apresenta atividade hematopoiética, enquanto na 
vida adulta volta-se para o armazenamento de glicogênio, produção da bile e ainda atua 
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realizando uma série de funções metabólicas como, por exemplo, a produção de uma 
proteína chamada “albumina”. 
 
Observação: inclusive, a albumina serve como um marcador funcional hepático, ou seja, 
caso o paciente esteja baixa dessa proteína, isso indica uma provável insuficiência 
hepática. 
O fígado apresenta um formato de cunha com uma coloração marrom-
avermelhada e uma consistência que varia de macia a firme. Pesa de cerca 1,5kg em 
adultos e, apesar de ser considerado um órgão friável, encontra-se revestido por uma 
cápsula fibrosa chamada de “cápsula de Glisson”. 
O fígado possui 2 faces: uma diafragmática (posterossuperior) e uma visceral 
(anteroinferior), as quais ajudam a estabelecer a posição anatômica desse órgão, que 
fica contido na cavidade abdominal, estendendo-se pelas regiões de hipocôndrio D, 
epigástrio e, a depender do seu tamanho, pode atingir até o hipocôndrio E. Dessa forma, 
o fígado acaba estabelecendo algumas relações anatômicas, inclusive com o peritônio. 
 
8.1. ÁREA NUA 
 
O peritônio parietal ascende pela parede abdominal anterior e, ao chegar na face 
inferior do diafragma, reflete-se e passa a revestir a face diafragmática do fígado. É 
justamente essa reflexão que forma a lâmina anterior do ligamento coronário. 
Na parte posterior, o peritônio visceral reveste a face visceral do fígado, daí 
continua pela face disfragmática e, então, sofre outra reflexão para poder revestir a 
parede abdominal posterior. Essa outra reflexão, por sua vez, corresponde à lâmina 
posterior do ligamento coronário. 
Diante disso, entende-se que essas duas lâminas do ligamento coronário se 
unem lateralmente formando os ligamentos triangulares D e E e, assim, acabam por 
delimitar a área nua do fígado, que consiste em uma porção da superfície hepática que 
não é revestida por peritônio. 
 
Observação: justamente por conta da grande extensão dessa área, que a gente tem 
dificuldade em classificar o fígado como sendo um órgão intra ou retroperitoneal. 
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8.2. RECESSOS HEPÁTICOS 
 
As reflexões sofridas pelo peritônio, associadas às próprias relações anatômicas 
do fígado, acabam formando alguns espaços chamados de “recessos hepáticos”, que 
são melhor visualizados em um corte sagital. Esses recessos são em número de 3: 
 
• Subfrênico; 
• Sub-hepático; 
• Hepatorrenal. 
 
O recesso subfrênico encontra-se entre o fígado e o diafragma e, de um modo 
geral, não é muito bem visualizado - exceto quando há alguma situação patológica 
como, por exemplo, pneumoperitônio, ou seja, ar dentro da cavidade peritoneal. 
O recesso sub-hepático, por sua vez, encontra-se logo abaixo do fígado e 
continua posterossuperiormente com o recesso hepator-renal (bolsa de Morrinson), 
que é o recesso que separa o fígado dos órgãos abdominais que fazem relação com a 
sua face visceral. 
 
8.3. FACES 
 
Aliás, por falar em face, como viu-se, o fígado possui 2 delas: uma diafragmática 
posterossuperior e uma visceral anteroinferior, sendo que são separadas por uma 
margem inferior aguda. 
 
8.3.1. FACE DIAFRAGMÁTICA 
 
A face diafragmática é lisa e convexa e se relaciona com a concavidade da face 
inferior do diafragma. É parcialmente coberta por peritônio (exceto na sua área nua) e 
apresenta 4 ligamentos: o coronários e os triangulares D e E (que já foi citado) e o 
ligamento falciforme, que é o responsável por fixar o fígado à parede abdominal 
anterior. 
 
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8.3.2. FACE VISCERAL 
 
A face visceral também apresenta um revestimento peritoneal, exceto na fossa 
da vesícula biliar e na porta do fígado, que é por onde as estruturas vasculares e ductais 
entram e saem desse órgão. Por possuir muito mais relações anatômicas do que a face 
diafragmática, acaba apresentando uma série de impressões e fissuras. No caso das 
impressões, tem-se 7: 
 
• Esofágica; 
• Gástrica; 
• Duodenal; 
• Fossa da vesícula biliar; 
• Cólica; 
• Renal; 
• Suprarrenal. 
 
Em relação às fissuras temos 2 fissuras sagitais, uma D e uma E. A fissura sagital 
D é marcada inferiormente pela fossa da vesícula biliar, e superiormente pela fossa da 
VCI. A fissura sagital E é marcada inferiormente pelo ligamento redondo (de Teres) - que 
é o remanescente da V. Umbilical - e superiormente é marcada pelo ligamento venoso - 
remanescente do ducto venoso. Por fim, unindo essas fissuras entre si, há uma 3ª fissura 
hepática chamada de “transversal”, o que acaba por formar o que se chama de “H 
hepático”. 
Essa última fissura, então, é muito importante, pois é por ela que passa a tríade 
portal. Tríade essa que se agrupa no ligamento hepatoduodenal, anteriormente ao 
forame omental (de Winslow) e que é formada por 3 estruturas: 
 
• V. Porta; 
• Ducto Hepático Comum; 
• Hepática Própria. 
 
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8.4. DIVISÃO ANATÔMICA 
 
Compreender essas fissuras e ligamentos do fígado ainda é de grande 
importância pois acabam por dividir esse órgão em lobos anatômicos. 
Na face diafragmática, o ligamento falciforme é o responsável por dividir o fígado 
em um lobo D (maior) e outro E (menor), sendo que essa divisão, na face visceral é 
realizada pela fissura sagital E. 
As fissuras sagital D e transversal acabam por delimitar outros 2 lobos acessórios 
que são o caudado (posterossuperior) e o quadrado (anteroinferior). 
O lobo caudado recebe esse nome por apresentar um processo papilar em forma 
de cauda e ainda e caracterizado por possui um processo caudado, que o une ao lobo D. 
O lobo quadrado localiza-se no lobo anatômico D, contudo, funcionalmente faz parte 
do E - isso porque além da divisão anatômica, o fígado apresenta ainda uma divisão 
funcional, mas para entendê-la, precisa-se conhecer a vascularização desse órgão. 
 
8.5. DIVISÃO FUNCIONAL 
 
O fígado pode ser dividido em várias porções que são funcionalmente 
independentes umas das outras, ou seja, cada uma delas recebe seu próprio ramo da 
Veia Porta e da Artéria Hepática e ainda é drenado por seu próprio ducto biliar, ou seja, 
cada um consegue comunicar-se diretamente com a tríade portal. 
Toda essa independência entre as porções, acaba por torná-las cirurgicamente 
ressecáveis, ou seja, pode-se retirar qualquer uma e isso não causará nenhum prejuízo 
ao restante do órgão. É justamente por isso que é tão importante a gente compreender 
essa divisão. Dessa forma, tem-se que as Veias Hepáticas D, Intermédia e E separam o 
fígado em 4 partes: lateral D, medial D, medial E e lateral E. 
Por outro lado, existe um plano que corta o fígado transversalmente e, dessa 
forma, acaba dividindo essas partes em uma porção superior (que se projeta para 
posterior)e outra inferior (que se projeta para a anterior). A única exceção é a parte 
medial E, que não é dividido por esse plano transverso. Ao invés disso, só separa o lobo 
caudado, que corresponde ao primeiro segmento hepático. 
 
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Dessa forma, seguindo no sentido horário a partir do caudado, tem-se 8 
segmentos hepáticos: 
 
• Segmento I = lobo caudado; 
 
• Segmento II = segmento posterior lateral E; 
 
• Segmento III = segmento anterior lateral E; 
 
• Segmento IV = segmento medial E; 
 
• Segmento V = segmento anterior medial D; 
 
• Segmento VI = segmento anterior lateral D; 
 
• Segmento VII = segmento posterior lateral D; 
 
• Segmento VIII = segmento posterior medial D. 
 
 
 
 
 
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Conduto, há de se convir que um cirurgião não conseguirá enxergar essa divisão 
toda quando se deparar com o órgão em sua frente, uma vez que os referenciais 
adotados são todos intraparenquimatosos. Foi pensando justamente nisso que se criou 
uma divisão funcional mais prática e que é adotada pelos cirurgiões na hora de fazer a 
ressecção. Consiste em 1 linha oblíqua, 2 verticais e 2 horizontais: 
 
 
 
• Linha oblíqua: segue desde a margem medial da vesícula até o porto mais 
superior do ligamento falciforme; 
• 1ª linha vertical: acompanha o ligamento falciforme; 
• 2ª linha vertical: segue da margem lateral da vesícula biliar até a parte mais 
superior do fígado; 
• 1ª linha horizontal: segue da metade da parte direita do fígado até encontrar-se 
com a linha oblíqua; 
• 2ª linha horizontal: segue da metade da linha vertical sobre o ligamento 
falciforme até a margem esquerda do fígado. 
 
Observação: como pode-se concluir, na divisão funcional prática, não é possível 
identificar o primeiro segmento hepático, até porque ele fica na porção mais posterior 
da face visceral. 
 
9. VIAS BILIARES 
 
As vias biliares consistem em um sistema de vasos e ductos que transportam e 
armazenam a bile - uma secreção amarelo-acastanhada ou verde, produzida nos 
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hepatócitos e armazenada na vesícula biliar e que atua promovendo a emulsificação da 
gordura. Mas como é isso? 
Bem… a bile não possui função enzimática, ou seja, não digere a gordura, apenas 
aumenta a superfície de contato de suas gotículas e as armazenam em moléculas 
chamadas de micelas para que, dessa forma, haja um aumento na eficiência da digestão 
(feita pelas lipases) e da absorção da gordura (ocorrida no duodeno). 
Uma vez entendido isso, compreende-se que as vias biliares costumam ser 
divididas em duas porções: a árvore biliar intra-hepática e a árvore biliar extra-hepática, 
onde a porção intra-hepática é constituída por: 
 
• Canalículos biliares; 
• Ductos biliares interlobulares; 
• Ductos biliares coletores; 
• Ductos hepáticos D e. 
 
Enquanto a porção extra-hepática é formada por: 
 
• Ducto Hepático Comum; 
• Vesícula Biliar; 
• Ducto Cístico; 
• Ducto Colédoco. 
 
9.1. ÁRVORE BILIAR INTRA-HEPÁTICA 
 
A bile é produzida nos hepatócitos e despejada nos canalículos biliares, que são 
os espaços presentes entre as células hepáticas. Feito isso, a bile segue para os ductos 
biliares interlobulares, que ficam situados na periferia do lóbulo hepático, e, em seguida, 
é coletada pelos ductos biliares coletores, os quais fazem parte da tríada portal intra-
hepática juntamente com os ramos da Artéria Hepática e com as tributárias da Veia 
Porta. Esses ductos coletores, então, confluem para formar os ductos hepáticos D e E, 
que se encarregam por drenar os lobos funcionais D e E (respectivamente) do fígado. 
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Observação: o lobo caudado do fígado pode drenar tanto para o ducto hepático D 
quanto para o E. 
 
Por fim, a confluência desses dois últimos ductos dá origem ao Ducto Hepático 
Comum, o qual deixa o fígado e, assim, inicia a árvore biliar extra-hepática. 
 
9.2. ÁRVORE BILIAR EXTRA-HEPÁTICA 
 
Nessa porção, tem-se que o ducto hepático comum passa por entre as lâminas 
do omento menor carregando a bile e essa secreção, a partir daí, pode seguir 
diretamente para o ducto colédoco ou ser armazenada na vesícula biliar. 
Vesícula essa que consiste em um divertículo em forma de cantil com fundo cego, 
possuindo de 7cm a 10cm de comprimento, de modo a conseguir abrigar, em média, 
50mL de bile. Encontra-se localizada na face visceral do fígado (mais especificamente: 
na fossa da vesícula biliar) e, por conta disso, acaba sendo parcialmente revestida pelo 
peritônio que recobre esse órgão. 
 
Observação: até por conta dessa íntima relação da vesícula biliar com o fígado, é comum 
haver alguns ductos biliares acessórios (de Luschka) que drenam a bile do fígado 
diretamente para dentro da vesícula biliar. 
 
A vesícula ainda pode ser subdividida em: 
 
• Fundo (mais largo e arredondado); 
• Corpo; 
• Infundíbulo (também chamado de “Bolsa de Hartmann”); 
• Colo (onde encontra-se cristas oblíquas que formam um sulco espiral, contínuo 
com a válvula espiral do ducto cístico). 
 
Esse ducto cístico, por sua vez, é o responsável por ligar o colo da vesícula biliar 
com o ducto hepático comum. Desse modo, também passa entre as lâminas do omento 
menor e apresenta cerca de 3cm ou 4cm de comprimento. 
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No ponto em que o ducto cístico se une com o ducto hepático comum, então, 
tem origem o ducto colédoco, o qual possui entre 5cm e 15cm de comprimento e 
aproximadamente 6mm de diâmetro. 
Esse ducto desce posteriormente a parte superior do duodeno e situa-se na face 
posterior da cabeça do pâncreas. Feito isso, na sua porção terminal se une com o ducto 
pancreático principal (de Wirsung), formando, assim, a chamada “ampola 
hepatopancreática (de Vater)”, a qual se abre na papila maior da porção descendente 
do duodeno e é circundada pelo músculo esfíncter de Oddi, que participa do mecanismo 
de enchimento da vesícula biliar juntamente com a válvula espiral do ducto cístico. 
O que acontece é que quando o esfíncter de Oddi se contrai, a bile fica impedida 
de entrar no duodeno. Por conta disso, a válvula espiral garante que o ducto cístico 
ficará aberto e aí, a musculatura da vesícula sofre uma contração que acaba criando uma 
pressão negativa, que suga a bile para seu interior. 
 
10. PÂNCREAS 
 
O pâncreas é uma glândula do sistema digestório que possui função mista, ou 
seja, apresenta tanto atividade endócrina (produzindo e secretando insulina e 
glucagon), quanto atividade exócrina (produzindo e secretando enzimas digestivas). 
Encontra-se na cavidade abdominal, mais especificamente: nas regiões de 
epigástrio e hipocôndrio E, situado ao nível das vértebras L1 e L2 e apresenta entre 12cm 
e 15cm de comprimento, uma vez que se estende transversal e superiormente desde o 
duodeno até o hilo do baço, de modo a passar por trás do estômago, compondo, assim, 
o leito gástrico. 
Além disso,o pâncreas é um órgão retroperitoneal e que apresenta um formato 
de língua achatada, sendo mais espesso em sua extremidade medial (cabeça) e mais 
delgado na extremidade lateral (cauda). 
Entendido isso, é importante saber que esse órgão pode ser dividido em 4 
porções, de medial para lateral: cabeça, colo, corpo e cauda. Mas nem sempre foi assim. 
O que acontece é que no desenvolvimento embriológico do pâncreas logo no início, 
apresentava 2 brotos: um ventral e um dorsal. O dorsal correspondia à maior parte da 
glândula, enquanto o ventral, menor, é que dá origem ao processo uncinado. 
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No momento em que o duodeno começa a rotacionar para assumir o aspecto de 
“C”, acaba levando o broto ventral para trás. Depois de um tempo, então, os dois brotos 
fundem-se, de modo que os seus ductos se anastomosam entre si. 
 
10.1. SISTEMA DE DUCTOS 
 
Esse sistema é formado por dois ductos: o ducto pancreático principal e o ducto 
pancreático acessório. 
 
10.1.1. DUCTO PANCREÁTICO PRINCIPAL 
 
O ducto pancreático principal, também chamado de ducto de Wirsung, estende-
se por todo o pâncreas e termina unindo-se ao ducto colédoco para formar a ampola 
hepatopancreática (de Vater), que desemboca na porção descendente do duodeno 
através da papila maior. 
Contudo, antes de haver essa união, apresenta na sua porção mais distal o 
músculo esfíncter do ducto pancreático, que atua promovendo a regulação da espessura 
dessa ampola. 
 
10.1.2. DUCTO PANCREÁTICO ACESSÓRIO 
 
Além do ducto pancreático principal, há também o ducto pancreático acessório 
que ainda pode ser chamado de “ducto de Santorini” e corresponde a um ducto menor 
que costuma desembocar no ducto principal, mas há casos em que se abre diretamente 
na papila menor, localizada na porção descendente do duodeno (a qual está em íntimo 
contato com a cabeça do pâncreas). 
 
10.2. CABEÇA 
 
A cabeça corresponde à porção mais espessa e mais larga do pâncreas e 
encontra-se à direita do plano mediano, aderida ao duodeno, pois, como sabe-se, esse 
órgão realiza um trajeto em formato de “C” ao redor dela. 
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É nessa porção que se encontra o processo uncinado, o qual apresenta uma 
origem embriológica diferente do restante da glândula e, até por conta disso, é a única 
porção do pâncreas que fica posteriormente aos vasos mesentéricos superiores. 
 
10.3. COLO 
 
O colo do pâncreas é limitado pelos vasos mesentéricos superiores e encontra-
se justamente na frente da região em que a Veia Mesentérica Superior se une com a 
Veia Esplênica para dar origem à Veia Porta. Essa porção do pâncreas que se encarrega 
por unir a cabeça desse órgão ao seu corpo. 
 
10.4. CORPO 
 
Corpo esse que é a parte mais longa do pâncreas e que está em íntimo contato 
com a Veia Esplênica, uma vez que se situa anteriormente à desembocadura na Veia 
Mesentérica Inferior, nessa veia. 
 
10.5. CAUDA 
 
A cauda do pâncreas corresponde à parte mais estreita e lateral desse órgão e 
encontra-se entre as lâminas do ligamento esplenorrenal. 
 
 
 
 
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