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Manejo de Ruminantes e Mastite

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MANEJO DE RUMNANTES
PEQUENOS RUMINANTES
· Caprinos – cauda ereta, dura e forma triangular
· Ovinos – cauda para baixo, forma cilíndrica, possuem seios onde desembocam as glândulas sebáceas, chamadas de suarda (seios infra-orbitrários, interdigitais) 
· Início da atividade reprodutiva – 9 meses de idade
· Início do cio – 3 meses de idade
· Idade – molares superiores e inferiores
OVINOCULTURA (Lã e carne)
Sistema de Criação
· Extensiva - maioria das propriedades, manejo semelhante ao gado de corte
· Intensiva – ocorre Ca caprinocultura, manejo semelhante ao gado de leite. 
· Semi-intensiva
Extensiva
· Ovino – pasta rente ao chão, gramíneas rasteiras (coast-cross)
· Em piquetes no sistema de rodízio (não esgota pasto e controle de verminoses), pode ter cochos para suplementação, com concentrados ou minerais. 
· Cercas com arame inferior com 12 cm do solo, os outros com intervalos de 20 cm, totalizando de 8 a 10 fios
· Evitar terrenos úmidos que favorecem a sobrevivência de Haemonchus sp e problemas de casco (foot-root – podridão dos cascos)
RAÇAS OVINAS
· Produtoras de Lã – Merino
· Produtoras Mistas – Corriedale, Ideal, Romy Marsh
· Produtoras de carne – Ile de France, Texel,Lincon, Hampshire Down 
MANEJO REPRODUTIVO
Caprinos 
· Carneiro adulto ( 1 a 1,5 ano) – cobre 30 a 40 fêmeas (9 a 12 meses)
· É indicado que o macho fique junto a fêmea somente no período de monte
· Filhotes ficam com as mães até 4 meses
· Parto – olha para o flanco deita para parir lambe a região e tira os restos placentários 2 horas após já esta mamando (a cada 2 horas aproximadamente)
· Estimular a saída de fezes – algodão e massagear o períneo
MANEJO SANITÁRIO
· Cura de umbigo com tintura de iodo a 10%
· Recém-nascido, verificar a ingestão de colostro
· Machos são castrados (orquiectomia) com 15 a 30 dias
· Descola (amputação de cauda) com 15 a 30 dias em machos e fêmeas
· Casqueamento com tesoura, evita o acúmulo de sujeira e desalinhamento dos aprumos. 
· Tosquia periódica – Velo = cobertura de lã. 
CAPRINOCULTURA
Caprino Leiteiro
· Alimentação arbustiva, em sistema intensivo (confinamento) ou semi-intensivo (semi-confinamento)
· Cuidado com verminose, soltar animais somente depois das 11 horas, pois a quantidade de larvas é melhor.
· Realizar o OPG se tiver superior a 300 ovos por gramas de fezes é necessário fazer a vermifugação, se não for detectado temos que levar em consideração o período em que se encontra o animal, em primavera e verão temos que repetir o exame. 
Confinamento
· Animais em cima de um ripado (estrado), inconveniente de crescimento excessivo de casco
· Comem em cochos (de 40 cm para cada animal)
· Deve ter solário de terra batida ou cimento para animais tomarem sol
· Espaço de 1,5 metros para cada animal
· Separar por categoria
· Machos abatidos com 3 a 4 meses
· Descorna 7 a 10 dias de vida
RAÇAS CAPRINAS
· Produtoras de leite – Alpina, Toggenburg, Saanen, Anglo Nubiana e La Mancha
· Produtoras de carne – Moxotó (Nordeste) e Boer
MANEJO NUTRICIONAL
· Seletividade – animal escolhe o alimento, come várias vezes ao dia. 
· No período seco (60 dias antes do parto) – diminuir a quantidade de concentrado e o intervalo entre as ordenhas.
· Em condições de má nutrição e ou numero de filhotes a fêmea queima gordura e entra em quadro de toxemia da prenhez
· Os machos podem desenvolver urolitíases, pois o concentrado tem alta [] de fósforo e baixa [] de cálcio e por causa da conformação da uretra ocorre obstrução (urolitíase obstrutiva)
· É aconselhável fornecer somente 400 a 500g de [] ou adicionar 2 a 3% de carbono de cálcio ou cloreto de amônia (acidificar a urina) no concentrado. 
MANEJO REPRODUTIVO
· Bode longe das fêmeas
· Escolha do reprodutor – exame dos testículos, tamanhos iguais, simétricos, soltos na bolsa, palpar epidídimo, exame dos 2 tetos (não ser supranumerário). O animal que possuir o maior perímetro escrotal será o macho reprodutor
· OBS – Bode mocho (ao nascer Aa ou AA)
· SE for homozigoto recessivo - são estéreis, hermafroditas ou intersexo
· Se for heterozigoto – não acasalar com outro heterozigoto pois produz 25% de homozigotos
· Para saber se o animal é mocho desde nascença a inclinação do chifre é bem acentuada e aqueles que foram mochados é mais lateralizada. 
MANEJO SANITÁRIO
· Colostro, cura do umbigo com iodo 10% (3x ao dia)
· São separados das mães, portanto abrigar do frio, usar lâmpada
· Desinfecção das instalações
· Tratamento preventivo de coccidioses – tratar com sulfa via oral por 3 dias, por volta dos 15 dias, 45 dias e 75 dias de idade.
VACINAÇÃO DOS PEQUENOS RUMINANTES
· Febre Aftosa – 3,0 ml (SC ou IM), primovacinação até 4 meses de idade, revacinar em 90 dias e depois de 6 em 6 meses. Reforço anual
· Raiva – 2,0 ml (SC ou IM) – primovacinação á partir de 4 meses de idade, reforço anual
· Clostridioses – 2,0 ml (SC) – primovacinação na 8º semana, fêmeas gestantes 2 a 6 semanas antes do parto, NÃO vacinar cabras gestantes fora deste período. Reforço anual. 
· Tétano – 2,5 ml (IM profunda) – primovacinação 2 doses com intervalo de 30 dias, repetir após 6 meses e reforço anual. Sempre que fazer anamnese é necessário perguntar se o animal é vacinado contra o tétano. Se o animal não for vacinado aplicamos o soro antitetânico e a vacina. Pode ser dada a partir dos 3 meses, uma outra recomendação é quando o animal tem acidente ofídico. 
 VERMIFUGAÇÃO 
· Depois de exame de fezes (MC máster / Baerman)
· A cada 3 meses trocando o princípio ativo.
GRANDES RUMINANTES
Bovinocultura de Leite
· Bovinos e bubalinos
Pecuária de Leite
	Leite > Laticínio > Distribuidor > Consumidor Final
· Para criar bovinos é necessário um bom espaço
· Na grande maioria a criação é intensiva e os problemas mais comuns em gados leiteiros são mastites e problemas de casco.
TIPOS DE LEITE
· Leite A – pasteurizado na fazenda e não te contato com ar, normalmente utiliza-se o sistema de teteira mecânica e não tem contato com o ar por isso é mais higiênico. 
· Leite B – leite A pasteurizado no laticínio e não na fazenda
· Leite C – LEITE ‘SUJO’ (classificação somente quanto à higiene)
· Os leites A e B são retirados por ordenha mecânica 
RAÇAS LEITEIRAS
· Holandesa e Jersey Bos taurus (s/cupim)
· Girolando (Gir x Holandesa)
· Gir > Bos Indicus (c/cupim)
CONDIÇÃO IDEAL PARA PROPRIEDADES 
· Vacas devem ter 1 filhote por ano (não perder o cio de 21 em 21 dias com duração de 18 horas)
· Vaca seca e vazia é prejuízo
· Média mínima de produção = 1000L por lactação 
· Boa produção = 300 Kg Lactaçao 
· 70 a 80% das femeas devem estar em lactação 
· 30 a 20% das femeas devem estar no período seco. 
PROBLEMAS
· Adultos - Mastite, Casco, Reprodução, Digestório (deslocamento de abomaso, acidose)
· Bezerros- umbigos, diarreias, respiratórios. 
Bovinocultura de Corte
· Bezerro > Novilha > Boi Magro > Boi gordo
	Boi gordo frigorífero Distribuidor 
Consumidor Final
· 1@ = 15 Kg de carcaça 
· Animal vivo 300 Kg = 150 Kg de vísceras + 150 Kg de carcaça
RAÇAS DE CORTE
· Nelore , gir bos indicus
· Piemontês, charolês bos taurus
PROBLEMAS
· Adultos - Parasitismo (endoparasitas e ectoparasitas), carências nutricionais, Reprodutor 
· Bezerros – umbigo e diarreia (respiratórios são menores por serem soltos)
VACINAÇÃO 
· Clostridiose – 2,0 ml. Animais não vacinados 2 doses com intervalo de 2 semanas. Filhos de mães não vacinadas, vacinar a parte da 2º semana de vida. Fêmeas gestantes e filhos de mães vacinadas igual a pequenos ruminantes
· Aftosa – 5,0 ml, primovacinação até 4 meses de idade, revacinar em 90 dias e depois de 6 em 6 meses. (NOTIFICAR O MINSTÉRIO DA FAZENDA)
· Raiva – 2,0 ml primovacinação a partir de 4 meses de idade e reforço anual. 
· Tétano – 5,0ml primovacinação em 2 doses com intervalo de 30 dias, repetir após 6 meses e reforço anual. 
TERAPIA ANTI-TETANICA
	Dosagem e Espécie
	Profilática
	Curativa
	Equinos
	1500 a 300 UI
	50.000 UI
	Bovinos
	3.0000 UI
	50.000 UI
	Outros
	1500 A 3000 UI
	25.000 UI
VERMIFUGAÇÃO
· A cada 3 meses, realizando a troca do princípio ativo (dependendo da infestação)MASTITE E MAMITE
· A mastite é a inflamação das glândulas mamárias
· Teste – inspeção (examinar de maneira adequada), palpação (sempre realizada de baixo para cima, aumento de volume, presença de corpo estranho, sensibilidade, temperatura, consistência, conteúdo), olfação 
· É importante se atentar quanto aos tipos de mastite podem ser fúngicas, gangrenosas, sistêmica. 
· Exame do Leite- Caneca de fundo preto, CMT (observamos a celularidade, pH), contagem de células somáticas, para obtermos um resultado mais específico é importante realizar a cultura e antibiograma. 
· Causas – ordenha, manejo da ordenha, relacionado ao tratador e a ordenhadeira. Animal deve ser higienizado em uma sala pré-ordenha (pré-diping) , o aparelho de ordenha deve estar calibrado para não haver deformação de tetos e assim aumentar a incidência de mastites do animal. Após a ordenha não pode-se deixar nenhum leite residual pois é um excelente meio de cultura, o animal não pode deitar, oferece comida para este animal (meia hora no mínimo), e após realizamos o pós-diping com glicerina iodada. 
· Chão e instalações devem estar limpas, livres de fezes, teteira higienizadas com hipoclorito de sódio. 
DEFINIÇÃO
· Mastite ou mamite é uma enfermidade da glândula mamária, que se caracteriza por processo inflamatório, quase sempre decorrente da presença de micro-organismos infecciosos, interferindo diretamente na função do órgão. 
ETIOLOGIA
Dois tipos de Fatores
1. Predisponentes 
2. Determinantes (micro-organismos)
Fatores Predisponentes
· Ligados a fisiologia da mama e velocidade de ordenha
· Ligados a condições anatomo-traumáticas da mama
· Ligados a enfermidades sistêmicas
FISIOLOGIA DA MAMA
1. Adrenalina x ocitocina = leite residual
2. Velocidade de ordenha = diâmetro do orifício do teto
ANATOMO-TRAUMÁTICOS
· Lesões traumáticas + micro-organismos = mastite
· Alterações morfológicas da glândula mamária (conformação e tamanho do úbere; força dos ligamentos suspensórios do úbere)
· Alterações morfológicas dos tetos (tamanho e formação dos tetos; boa integridade e oclusão dos tetos)
· Congestão e edema pós parto. 
AFECÇÕES SISTÊMICAS
· Tumorações da glândula mamária
· Lesões infectadas
· Moléstias infecciosas
CONDIÇÕES AMBIENTAIS
· Falhas de assepsia na ordenha
· Mãos de ordenhador não higienizadas corretamente, ordenhadeira mecânica, vasilhames contaminados, contaminação ambiental. 
Fatores Determinantes
Micro-organismos Principais
· Staphylococcus sp
· Streptococcus sp (agalactiae, uberis)
· Corynebacterium pyogenes
· Coliformes (E. coli, Proteus, Klebsiella)
· Fungos (Prototeca)
Outros Micro-Organismos
· Brucelas
· Mycobacterium
· Pseudomonas
· Salmonelas
· Pasteurela
· Clostridium
Quanto ás Infecções 
· Infecções Simples 77%
· Infecções Associadas 17%
· Infecções de Agente desconhecido 6%
PATOGENIA
Vias de Infecção
1. Ascendente (Galactógena)
2. Descendente (Via Hematógena)
Tipos de Mamite / Mastites
· Mamite Parenquimatosa
· Mamite Intersticial
· Mamite Mista
Formas Clínicas
· Mastite Catarral
· Mastite Flegmonosa
· Mastite Apostematosa 
MASTITE CATARRAL
Definição 
· Processo inflamatório superficial (cisternas, ductos e ácinos)
Sinais Clínicos 
· Grumos no leite: caneca fundo escuro
· Queda produção leite
· Tumor / rubor / dor / calor
Tipos 
1. Aguda: dor; quente; aumento de volume; produção diminuída; posição antiálgica (posteriores abduzidos); as vezes sinais sistêmicos (febre, congestão de mucosas, anorexia e apatia).
2. Crônica: sinais de inflamação mais brandos; diminuição da produção; parênquima de consistência firme (nódulos); aumento de celularidade (CMT); bactérias no microbiológico. 
OBS: Crônicos podem reagudizar e agudos podem ter focos crônicos. Um não é necessariamente subsequente ao outro. O prognóstico é bom se tratada precocemente. 
MASTITE APOSTEMATOSA
Definição
· Processo profundo nas estruturas tubulares, secretoras e intersticiais
Sinais Clínicos
· Produção de pus abundante
· Formação de abscessos; alteração glandular (hipertrofia, atrofia e pontos de supuração)
· À palpação endurecimento difuso ou circunscrito; agalaxia (obstrução pelo pus);
· Supuração pela pele do úbere; odor nauseabundo (Micrococcus indolicus); Toxemia (febre, inapetência). 
· Metástases piogênicas (fígado, coração, pulmão e articulações).
OBS: Prognóstico quanto à vida bom; quanto à função reservado à mau (difícil cura local, pode evoluir por meses; quando há cura, a glândula nunca recupera a produção).
MASTITE FLEGMONOSA
Definição
· Processo inflamatório grave e difuso (todos os tecidos da glândula acometidos, inclusive intersticial).
Etiologia
· Coliformes 
· Clostridium
· Staphylococcus
Sinais Clínicos
· Toxemia grave (febre; desidratação)
· Dor intensa (locomoção)
· Queda brutal produção leite
· Gangrena (comum pequenos ruminantes)
· Leite apresenta flocos e aspecto de soro lácteo ou sero-sanguinolento
· Gangrena = Distúrbios circulatórios locais > cianose > esfriamento da região > gangrena.
DIAGNÓSTICO
1. Exame físico
2. Exame do leite
Exame Físico
· Inspeção 
· Modificação de atitude
· Palpação 
Exame do Leite
Macroscópico
· Caneca telada u fundo preto presença de resíduos grumos, filamentos, coágulos de pus e sangue. 
· Volume, cor, consistência, odor
· pH do leite ( normal 6,6 a 6,8): anormal alcalino (muito subjetivo, pH pode estar ácido ou alcalino, dependendo do tipo de microorganismo que possa aparecer).
· CMT: aumento do nº células somáticas (aumento da viscosidade > uma, duas ou três cruzes).
Microscópico
· CCS: nº células somáticas/ml leite
· 600 mil à 4,5 milhões de células
Microbiológico
1. Bacterioscopia
2. Isolamento de bactérias
3. Antibiograma
PROTOCOLOS DE TRATAMENTO
1. CATARRAL – Sistêmico + Intramamário
2. FLEGMONOSA: Sistêmico + Local
3. APOSTEMATOSA: Sistêmico + Local
OBSERVAÇÕES
· Esgotamento frequente e total do quarto infectado, podendo utilizar-se a ocitocina como coadjuvante.
· Desinfecção do orifício do teto
· Administração de antibiótico intramamário específico (antibiograma)
MEDICAMENTOS
Antibiótico intramamário:
· Dose: 250 a 500 mg de princípio ativo por aplicação intramamária.
· Princípios: oxacilina, canamicina, gentamicina, cefalosporinas, benzilpenicilinas, estreptomicinas, bacitracina de Zinco, tetraciclinas, sulfas, quinolonas. 
MASTITE APOSTEMATOSA
Tratamento Local
· Soluções antissépticas: nitrofurazona + líquido de Dakin em partes iguais; iodo PVP.
· Ablação química: só em quadros graves, nitrato de prata 5% ou Lugol. 
Tratamento Sistêmico
· Antitérmicos
· Analgésicos
· Fluidoterapia
Tratamento Cirúrgico
· Amputação do teto (facilita drenagem); 
· Incisão de abscessos (drenos ou sedenhos)
OUTRAS AFECÇÕES DO SISTEMA MAMÁRIO
Existem 3 fases principais que o sistema mamário apresenta
1. Fase Peri-parto
2. Fase de Lactação
3. Fase Seca
FASE PERI-PARTO
· 14 dias antes à 13 dias depois do parto.
· “Edema fisiológico” = “Mojo” (bem evidente em novilhas)
· Suscetibilidade à traumas (arame farpado, espinhos).
· Pele glândula mais sensível a temperaturas extremas (frio/calor)
· Começo da lactação ocorrência de hemolactia. 
Principais Ocorrências
· Traumas
· Edemas
· Hemolactia 
AFECÇÕES DA GLÂNDULA MAMÁRIA
Variações de Glândulas 
	Animal 
	Conjunto 
	Torácicas 
	Abdominal 
	Inguinal 
	Vaca 
	4
	-
	-
	4
	Cabra 
	2
	-
	-
	2
	Ovelha 
	2
	-
	-
	2
	Égua 
	2
	-
	-
	2
	Porca 
	12-14
	6
	6
	4
	Gata 
	8
	4
	2
	2
	Cadela
	10
	4
	4
	2
	Rata 
	12
	6
	2
	4
Anatomia da Glândula Mamária
1. Orifício do teto
2. Canal do teto 
3. Roseta de Furstenburg 
4. Cisterna do teto 
5. Cisterna da glândula 
6. Alvéolo 
7. Lóbulo 
8. Lobo 
INTRODUÇÃO 
1. Fase peri-parto: 14 dias antes à 13 dias depois do parto.
Principais Afecções neste Período 
· “Edema fisiológico” = “Mojo” (bem evidente em novilhas)
· Suscetibilidade à traumas (arame farpado, espinhos).
· Pele glândula mais sensível a temperaturas extremas (frio/calor)
· Começo da lactação ocorrência de hemolactia.
· Traumas, edema, hemolactia 
2. Fase de Lactação: duração em média 305 dias, com pico em 6 a 8 semanas. 
· Principal afecção: Mastite.· Principais alterações: politelia, hipermastia, fístulas, abscessos, hematomas, papilomatose, cistos e úlceras da lactação. 
· Tratamento: Cirurgia 
3. Fase Seca: Duração em média 60 dias 
· Restabelecimento das reservas corpóreas e da glândula.
· Interrupção da ordenha intumescimento do úbere compressão capilares involução da glândula.
· Poucas afecções: mastite da vaca seca e papilomatose.
DOENÇAS
1) Cistos Lácteos
· Comuns em caprinos.
· Patogenia: ocorre por obstrução dos ductos galactóforos, com causa ainda desconhecida. Não acarretam prejuízos e é comum a reabsorção.
· Diagnóstico: punção e aspiração do conteúdo. Fazer diferencial para mastite apostematosa.
2) Contratura/Retração do Orifício do Teto
· Etiologia: congênita (imperfeição do esfíncter) ou adquirida (retração cicatricial)
· Favorecimento de acúmulo de leite, predispõe à mastite.
Sinais:
· Obstrução parcial: leite em gotas, jatos extremamente finos, queixa de ordenha difícil (“teto duro” ou “ordenha dura”).
· Obstrução total: não há saída de leite.
· Prognóstico: quanto a função reservado, pois a cicatriz subseqüente tende a retrair.
· Possibilidade de destruição do orifício do teto.
Tratamento: 
· Remover animal congênito da reprodução;
· Cirúrgico: bisturi de teto.
· Conservativo: afastador de teto (3x/dia/1semana)
· Antibiótico intra-mamário. 
Técnica cirúrgica:
1. Garrote base 
2. Anestesia local
3. Incisão
4. Cânula e penso esparadrapado trocados diariamente.
5. Problema = pós operatório proprietário
3) Doenças Vesiculares 
· FEBRE AFTOSA 
· ESTOMATITE VESICULAR
· FEBRE CATARRAL MALÍGNA
· DOENÇA DAS MUCOSAS (diarréia viral bovina);
· DOENÇA DA LÍNGUA AZUL 
· PESTE BOVINA
Lesões
· São viroses que provocam lesões em cavidade oral 
Sinais
· Perda de apetite, mastigação lenta e dolorosa, salivação profusa
· Descolamento da mucosa da língua, lesões semelhantes ocorrem no interdígito e nos tetos. 
Diagnóstico
· Laboratorial (fragmentos das lesões).
Tratamento
· Antissépticos (permanganato de potássio).
· FEBRE AFTOSA: notificação compulsória e vacinação obrigatória.
4) Ectima Contagioso
· Caprinos e Ovinos. É ZOONOSE !!!
· Etiologia: poxvírus.
· Sinais: crostas na rima labial e ao redor das narinas. Mães amamentando doença nos tetos.
· Tratamento: antissépticos locais.
· Vacinação somente onde já tem a doença (vacina viva).
5) Edema Patológico da Glândula Mamária
Etiologia
· Intensidade excessiva do edema fisiológico da fase peri-parto. Baixa ocorrência. Associado a animais com insuficiência cardíaca e/ou renal.
Sinais
 Aumento de volume (Godet +), calor, rubor, sensibilidade, aspecto brilhante desde o umbigo até períneo e abdução de membros posteriores
· Pode ocorrer ruptura dos ligamentos suspensórios do úbere. 
Tratamento
· Diuréticos: lasix, naquasone
· Anti-inflamatórios: azium, banamine
· Compressas/duchas.
5) Hemogalactia
· Etiologia: fase peri-parto - rompimento de capilares ou diapedese dos eritrócitos.
· Deficiência vit C (fragilidade capilar).
· Hematomas intra-mamários (trauma ou fragilidade capilar).
· Sinais: leite rosado, pode ter coágulos.
· Diagnóstico: sinais
· Tratamento: resolução espontânea.
6) Incontinência Láctea
· Etiopatogenia: ocorre por fechamento inadequado do esfíncter. Favorece infecções ascendentes
· Sinais: saída constante de leite.
· Tratamento: Lugol 0,1 mL, no músculo do esfíncter do teto em 4 pontos. Cuidado com contratura do orifício.
· Prognóstico: de reservado a mal, medida paliativa (função comprometida)
7) Fístulas de Teto
· Etiologia: traumas (arame, pisada)
· Patogenia: trauma solução de continuidade saída de leite 1 semana de cicatrização aberta fístula.
· Diagnóstico: inspeção (drenagem leite pelo teto).
· Tratamento: Cirúrgico
Procedimentos Cirúrgicos
· Menos de 6 horas: suturar
· Mais de 6 horas: esperar cicatrizar e faz cirurgia.
Técnica cirúrgica:
1. Garrote e anestesia local
2. Incisão oblíqua
3. Sutura em 3 planos
4. Mucosa: invaginante (em U); categut 2.0
5. Sub-cutâneo: simples separado; categut 2.0
6. Pele: sutura em U; nylon 1
Trauma no orifício do Teto
· Perde o esfíncter
· Amputação do teto
· Se o úbere estiver cheio: deixar aberto até o parênquima secar ou injetar soluções irritantes como Lugol, nitrato de prata (destruição química) 
ÚLCERAS
1) Úlcera da Lactação 
· Características: lesão circular, geralmente entre os 4 tetos e na pele da face medial do quarto.
· Etiologia: Stephanofilaria stilesi; nematóide transmitido pela mosca do chifre (Dermatobia irritans).
· Tratamento: antisséptico local e inseticida (Neguvon tópico ou ivermectina injetável)
2) Papilomas ‘Verrugas ou Figueira’
· Características: são lesões sésseis e pedunculares.
· Etiologia: vírus
· Tratamento: Remoção por arrancamento: pinça hemostática.
· Auto-vacina: macerado de papilomas
3) Obstrução / Estenose de teto 
1. protuberância em forma de anel na face interna do canal galactóforo
2. pólipo pedunculado
3. corpo estranho livre
4. estenose em forma de anel em região superior do teto
4) Inflamação 
· Teilite / Telite: quando todas as camadas do teto são afetadas
· Cisternite: Inflamação restrita a mucosa

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