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Doenças do Casco Eqüino
· Doença do estojo córneo – SEIMA:
Definição: É uma fissura do estojo córneo. 
Etiologia: Aparo insuficiente do casco, cascos brancos, deficiências nutricionais (deficiência de biotina e metionina), fatores ambientais (pisos pedregosos, ambientes excessivamente secos). 
	Seima horizontal: Quando ocorre em processos sépticos, temos essa linha nos quatro cascos. É indolor até atingir a coroa do casco, a partir daí se torna dolorosa. É sem importância clínica. A marca permanece por seis meses até o crescimento de um novo casco. 
	Seima vertical: Possui importância clínica. Quando atinge a coroa do casco se torna dolorosa e o casco não cresce mais de forma adequada. 
Tratamento: Só se trata a seima vertical, a horizontal só enriquece o ambiente e faz a suplementação de biotina e metionina.
Decompor a força de impacto (faz-se um buraco na parte de cima da seima para distribuir a força, ou faz uma depressão). Reavivar as bordas, fazer furos tangenciais, passar fio de aço e fechar tracionando – necessário anestesiar o animal para realizar o procedimento (não dói, mas o animal não tolera o barulho e a crepitação da furadeira). Recobrir a região com resina (odontológica é a mais utilizada), casqueamento corretivo se necessário, ferradura de coração. Trocar a resina e a ferradura a cada trinta dias. O tratamento geralmente dura seis meses. 
· Cancro – Pododermatite vegetativa exsudativa ou crepaud: 
Etiologia: Desconhecida, mas tem ligação com processos infecciosos. Relacionada à ambientes sujos e úmidos. Toda a extensão da ranilha fica com tecido neoformado (metaplasia do córeo), tecido fica sensível e animal sente dor a palpação. Sangra facilmente. Pode progredir para toda a ranilha e sola do casco. 
Diagnóstico: Clínico: lesões + ambiente sujo (fezes e urina). Histórico (crescimento a partir da ranilha).
Tratamento: Depende do estado da lesão. Remoção do tecido necrótico, aplicação de anticépticos diariamente (clorexidine), proteção contra sujividades e umidade. Bota de borracha para casco (dá para fazer com câmara de pneu). Pedilúvio com licor de vilate, iodo polvidona
 
 
· Osteíte podal: (Ocorre na terceira falange). 
Definição: Desmineralização da terceira falange em decorrência de uma inflamação (falange distal perde tecido mineral em decorrência dessa inflamação). 
Ocorrência: Teoricamente em qualquer local, mas ocorre principalmente na região apical da falange distal dos membros anteriores. Membros anteriores são mais acometidos. 
Etiologia: Inflamação persistente do casco (contusão persistente da sola, laminite, processos infecciosos intramurais). 
Sinais Clínicos: Claudicação em qualquer andamento (ao trote, ao passo e ao galope) principalmente em membros torácicos, claudicação exarceba em piso duro, sensibilidade no exame de pinça de casco (região apical da falange distal – ápice da pinça). 
Diagnóstico: Anamnese (doenças anteriores, tipo e intensidade de trabalho), sinais clínicos, exame de pinça e radiografia (desmineralização importante e canais vasculares dilatados). 
	Atenção: Para realizar o raio-x deve tirar a ferradura do animal, limpar bem o casco e usar massa de preenchimento (preencher toda a sola do casco). 
Tratamento: Retirar a causa primária. Aparo corretivo do casco, ferrageamento ortopédico, palmilhas (entre a ferradura e o casco para amortecer o impacto), AINES (cetoprofeno ou fenilbutazona IV). 
· Doença do osso navicular: Chamado de sesamóide distal. 
Conhecida também como podotrocleose, sua etiologia não é clara. O osso navicular é articulado com a terceira falange e com o tendão flexor digital profundo (TFDP). A relação do osso navicular com o tendão do músculo flexor digital profundo, entre eles existe uma bursa navicular (saculação com ligamento semelhante ao sinovial que evita o atrito entre as duas estruturas). 
Acomete animais entre os 02 e os 15 anos. A concussão tem relação com a doença (aprumos deficitários, cascos pequenos, cavalos pesados). 
Etiopatologia: 
	- Da bursite: Inflamação da bursa podotroclear que, devido à proximidade com o osso sesamóide distal, envolve o mesmo no processo inflamatório. 
	- Trombose e isquemia: No osso navicular distal – os trombos obstruem os vasos causando isquemia, que gera vasodilatação e lise óssea. 
	- Re-modulação óssea: Ocorre lise das trabeculações ósseas devido à exigência dos animais jovens. Causa dor. 
Sinais clínicos: Claudicação (intermitente dos membros anteriores – sem repouso não para de claudicar. Com repouso diminui a claudicação). Claudicação de intensidade diferente de ambos os membros. Claudicação de apoio com aumento da fase posterior do passo. Animal evita apoiar no talão e tropeça, apóia na pinça. 
Exame físico: Prova da pinça de casco (Talão-talão, sulco lateral ou medial da ranilha com muralha contralateral).
Diagnóstico: Anamnese, inspeção da claudicação, exame da pinça do casco, exame radiológico (deferrado, limpo). Na radiografia ou dá para ver o osso navicular ou a falange distal, nunca dá para ver os dois muito bem. 
	Radiografia: Dilatação do leito vascular, perda da diferenciação cortiço-medular, perda da espessura cortical. 
	Bloqueio anestésico dos nervos digitais palmares (lateral e medial). Animal deve parar de mancar e perder a sensibilidade no teste da pinça do casco – se isso ocorrer, o diagnóstico está fechado como doença do osso navicular. 
Tratamento: Repouso, aparo corretivo e ferrageamento, AINES (sistêmico e intrabursal), fármacos reológicos (Ixosuprime ou pentoxifilina). 
· Ossificação das cartilagens alares: 
As cartilagens alares são as responsáveis por absorver a energia produzida pela ranilha. Essa patologia também é conhecida como “calcificação das cartilagens alares”. 
Etiologia: Trauma repetitivo, raça (animais de hipismo clássico são os mais acometidos – Brasileiro de Hipismo, PSI – grandes e pesados). Animais tardios colocados no hipismo tardiamente são muito acometidos. É uma doença que acomete os membros torácicos, se ele tiver o casco muito pequeno, a contusão tende a ser maior. 
Fatores predisponentes: Animais muito pesados e com cascos pequenos. Aprumo deficitário (impacto não é absorvido de forma correta), trauma excessivo, animais a partir do 10 anos de idade são mais acometidos. 
Sintomas: Claudicação sutil que piora de forma progressiva, diminuição do desempenho, claudicação de apoio com diminuição da fase posterior do passo, piso duro a claudicação se torna mais evidente, processo doloroso. 
Diagnóstico: Prova de pinça de casco (sensibilidade na região do sulco medial da ranilha e talão contra lateral e talão-talão), anamnese (raça e trabalho), observar tipo de claudicação, bloqueio anestésico dos nervos digitais palmares. 
Tratamento: Feito apenas para reduzir os sintomas. Repouso, aparo corretivo e ferrageamento. Dessensibilização – química (neurolíticos perineural – não dura mais que 06 meses feita da forma correta) e cirúrgica (neurectomia parcial – só pode fazer em animais aposentados e a manipulação do nervo durante a cirurgia pode levar a um neuroma). 
· Sesamoidite:
Inflamação do sesamóide. Geralmente é acompanhada de uma periostite. 
Prevalência: Cavalos jovens, animais de corrida e salto (onde se tem flexão constante do ligamento ósseo). 
Sinais clínicos: Claudicação de apoio com diminuição da fase posterior do passo. Animal sente mais dor no início do exercício e em piso duro. Sensibilidade maior a palpação na fase abaxial do sesamóide (ligamento suspensor do boleto). 
Diagnóstico: Realizar flexão forçada por 01 minuto (flexionar apenas o carpo e não as outras articulações) – assim que você soltar o animal, ele tende a mancar muito. Radiografia (para confirmação): Observar dilatação dos canais vasculares. 
Tratamento: Antiinflamatório sistêmico e local, utilizar DMSO (pois ele tem boa penetração), ferrageamento auxiliar (eleva o talão e consequentemente afrouxa os tendões, diminuindo assim a força de tensão sobre o sesamóide). 
· Deformidades flexurais: 
1.) Contraturas do sistema músculo tendíneo flexor (contraturatendínea):
Os tendões são tecidos fibrosos compostos por colágeno, responsáveis por ligar um músculo em um osso. Os músculos flexores são mais fortes que os extensores. Secundário a doenças primárias que evitam o apoio. Acomete TFDS e TFDP. 
Quando se tem uma lesão, o indivíduo recolhe a perna (falta de apoio). A falta de extensão do músculo faz com que a musculatura flexora diminua de tamanho e com isso reflete no tendão “encurtando” o mesmo. Mesmo depois que parou de doer, o animal não estica mais o membro. 
Sintomas:
TFDS: Insere na – falange proximal e media. Desloca o boleto (articulações metacárpicas e metatársicas) no sentido dorsal. 
TFDP: Insere na – falange distal. Desloca o casco evitando o apoio no talão (eleva o talão). Não consegue apoiar o talão 
Diagnóstico: Lembrar de achar e remover a causa primária. RX e US não mostram alterações em tendões. Sintomas. 
Tratamento: Remoção da causa primária. Forçar progressivamente o apoio (aumentar a ponta da ferradura ou colocar talas, dependendo do grau). Tenotomia (Fazer em contraturas de maior grau. Não retirar fragmento, só fazer um corte – músculo não repuxa mais – fazer na região metacarpal/tarsal, pois não tem bainha, então não drena líquido sinovial). Desmotomia: Ligamento frenador do tendão flexor digital – ele não deixa o tendão esticar muito, se você secciona esse ligamento, o tendão terá maior capacidade para se deslocar e isso ajuda no apoio do animal (fazer apenas em contratura de menor grau). 
2.) Hiperflexão do sistema músculo tendíneo flexor: É congênita – não tem doença primária que cause isso.
Não apóia a pinça no chão. Acomete 01 ou 04 meses. Animal apóia no talão, mas pode apoiar o boleto. Comum em cavalos manga larga paulista. 
Tratamento: Não fazer nada a princípio. Só tratar a pele para que não ulcere. Esperar algumas semanas e fazer com que o animal se exercite. Levar a mãe porque o potro vai seguir ela (potros também não aceitam o cabresto). Faça com que eles subam alguns aclives e declives. A musculatura flexora é maior que a extensora, então com uma quantidade relativa de exercícios bem doutrinados, tudo volta ao normal. Utilizar o ferrageamento caso a primeira opção não resolva, ferradura com projeção no talão (encaixar a ferradura, não pode cravar o potro). 
 
· Deformidades angulares: 
Desvio lateral: Varus. Desvio medial: Valgus (mais comum). 
Processo congênito. Éguas superalimentadas no terço final da gestação, potro cresce muito e o espaço no útero é limitado. Potro fica mal acomodado no útero e isso causa mais compressão em uma região que em outra, fazendo com que o osso cresça de forma anormal. 
Diagnóstico: Anamnese (animal nasceu assim? Está melhorando ou piorando?), exame físico, exame radiológico (desvio de eixo) é importante para saber qual osso foi acometido.
Tratamento: Imobilizar o membro o mais retilíneo possível e exercícios. Só corrige o problema em potros (antes do fechamento do disco epifisário) até 03 anos de idade. Acompanhamento semanal para observar a melhora do paciente. 
	Cirúrgico: 
Transecção hemicircunferencial de periósteo: Intervenção na face que não cresce (na menor) – Secção do periósteo.
Fixação transepifisária: Coloca grampos no lado de maior crescimento. Retirar o grampo quando voltar a 80% do eixo normal.
· Tendinite: 
Processo inflamatório dos tendões. Pode ter origem infecciosa ou não. Pode-se ter inflamação da bainha tendínea tendo acúmulo de líquido originando uma bursite. Maior prevalência de tendinite é no terço médio do metacarpo e é mais freqüente em tendões flexores (principalmente TFDS). 
Etiologia: Trauma direto ou esforço. Animais de pólo e de esforço excessivo. 
Patogenia: Exaustão no final da corrida, degeneração, hemorragia. 
Reparação: Ocorre principalmente em tecido de granulação com migração de fibroblastos, alteração no colágeno tipo 03, perde-se a função decorrente da substituição do colágeno não havendo mais elasticidade. Logo, temos a falta de alinhamento, formação de aderências, calcificação intratendínea, o animal para de se movimentar. 
Sinais clínicos: Claudicação, aumento de volume com consistência pastosa ou firme dependendo do tempo, aumento de temperatura, sensibilidade a palpação, as vezes não sabemos qual o tendão acometido. 
Diagnóstico: Histórico, sinais clínicos, termografia e US. 
Tratamento: Ducha fria, AINE, DMSO, Splitting (é a perfuração tendínea, com a finalidade de estimular a vascularização de laminite crônica) possibilitando a drenagem do fluido inflamatório;

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