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CEFALEIAS CRÔNICAS PRIMÁRIAS (Cefaleia tensional, Enxaqueca, Cefaleia em Salvas) 1. CEFALEIA DE TENSÃO Cefaleia primária mais comum Mais frequente em mulheres Cefaleia de caráter opressivo, frontoccipital ou temporoccipital, bilateral, intensidade leve a moderada (não acorda o paciente, o paciente não precisa parar seus afazeres), duração prolongada (horas, dias), geralmente se inicia no período vespertino ou noturno, após algum dia estressante ou algum tipo de aborrecimento. Tratamento: pode ser abortivo, com o uso de analgésicos (paracetamol, dipirona, AINE) e/ou relaxantes musculares (tizanidina). Técnicas de relaxamento também podem ser utilizadas. Ou, o tratamento pode ser profilático, que consiste no uso de Antidepressivos Tricíclicos (Amitriptilina ou Nortriptilina). 2. ENXAQUECA Segunda causa mais comum de cefaleia primária Mais comum em mulheres Cefaleia de caráter pulsátil, geralmente unilateral, intensidade moderada a severa (pode acordar o paciente, o paciente pode ter que parar de fazer seus afazeres), duração variável (4 a 72 horas), associada a náuseas e vômitos, fotofobia e fonofobia, desencadeada pelo consumo de vinho, período menstrual, etc. Pródromos: alteração do humor, mal-estar nas 24-48h precedentes. Enxaqueca sem aura (conhecida como enxaqueca comum) é a forma mais comum. Enxaqueca com aura (conhecida como enxaqueca clássica). A áurea pode ser representada por escotomas cintilantes, parestesias periorais ou dimidiadas, hipoestesias ou paresias dimidadas, vertigem + diplopia ou hemiplegia. Tratamento: o tratamento abortivo pode ser feitos com AINES, derivados da ergotamina, isometrepteno (Neosaldina), agonistas serotoninérgicos (Sumatriptan, Naratriptan, etc), sendo esses os mais eficazes. Deve ser administrado o mais precocemente o possível, logo no início da cefaleia. No tratamento profilático, a primeira linha é com betabloqueadores, antidepressivos tricíclicos e Flunarizina. Como alternativas para tratamento, existem: antiepiléticos (Valproato e Topiramato), antagonistas da seratonina (Ergotamina, Metisergida, Pizotifeno e Ciproeptadina), AINES. Esses são geralmente utilizados para o tratamento preventivo de curto prazo, como, por exemplo, a enxaqueca menstrual. 3. CEFALEIA EM SALVA Causa incomum de cefaleias Mais comum em homens de meia idade Sinônimos: cefaleia histamínica, cluster headache Caracteriza-se por ocorrer diariamente durante um período curto (semanas), seguida de um longo período assintomático. Vários episódios sucessivos, geralmente noturnos, de cefaleia frontorbitária unilateral, muito intensa (geralmente acorda o paciente), duração curta (50-180 min) e associada a lacrimejamento, congestão nasal e conjuntival e edema periorbitário ipsilateral. Tratamento: o tratamento abortivo é feito com oxigenoterapia (máscara facial com 10- 12L/min por 15-20min) ou Sumatriptano 6mg, subcutâneo, máximo de três injeções por dia. ´ CEFALEIAS SECUNDÁRIAS Deve-se suspeitar quando as características da cefaleia não se encaixam em nenhum tipo de cefaleia crônica primária; quando a cefaleia é progressiva (surgiu há pouco tempo ou piorou o padrão de uma cefaleia antiga, ou quando é refratária ao tratamento convencional ou associada a déficit neurológico ou sinais e sintomas de uma doença orgânica. Resuminho Medicina 1- CEFALEIA DA HIPERTENSÃO INTRACRANIANA: Costuma ser intensa, contínua, matinal e progressiva, associada a náuseas ou a vômitos em jato. Exame Físico: papiledema e/ou paralisia do VI par craniano e/ou sintomas neurológicos focais e/ou rigidez de nuca e/ou alteração da consciência. Está indicada uma TC de crânio contrastada. Se negativa, exame de líquor com medida da PIC e pesquisa de meningite 2- HIPERTENSÃO INTRACRANIANA BENIGNA (PSEUDOTUMOR CEREBRI): É um diagnóstico de exclusão entre as causas de hipertensão intracraniana Exames de imagem normal (incluindo a RNM) e liquor hipertenso (PIC > 25) Mais comum em mulheres obesas Exame Físico: papiledema, paralisia do VI par craniano, ausência de sinais focais e queda de consciência. Causas: idiopática, gestação, ACO, fenitoína, tetraciclina, sulfas, hipervitaminose A, endocrinopatias (Doença de Addison, Síndrome de Cushing, ovários policísticos, etc). Tratamento: acetazolamida e punção lombar de alívio. Episódios tendem a ser autolimitados 3- CEFALEIA DA ARTERITE TEMPORAL: É uma causa de cefaleia frontotemporal ou temporo-occipital uni ou bilateral em idosos (> 60 anos) É a vasculite sistêmica mais comum em idosos Relaciona-se a sintomas gerais: perda de peso, astenia e febre, além da síndrome de polimialgia reumática (dor e rigidez das cinturas escapular e pélvica) e claudicação da mandíbula. Podem ser identificados nódulos palpáveis (e dolorosos) nas têmporas. O exame laboratorial pode demonstrar anemia normo normo e VHS bastante elevado Complicação temível: amaurose por vasculite da artéria oftálmica Diagnóstico: biopsia da artéria temporal (arterite de células gigantes) Tratamento: prednisona em altas doses (80- 100 mg/dia). Resposta dramática ao corticoide é uma das principais características
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