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Somestesia: sentidos nervosos

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Prévia do material em texto

Universidade Federal do Rio de Janeiro
Campus UFRJ - Macaé Aloísio Teixeira
Enfermagem e Obstetrícia
Angie Martinez
Fisiologia
Prof. Isabela Lobo
Somestesia é um conjunto de sistemas sensoriais que
lidam/tratam da sensibilidade do corpo e que vão
informar aspectos do corpo.
Sistemas sensoriais
O que eles são?
 É todo o processamento que o sistema nervoso faz
do mundo. Todo o monitoramento acontece através
do tato, paladar, visão... sistemas sensoriais que
conectam o meio externo com o meio interno.
 As informações vão do SNP para o SNC, elas são
detecções de como está o mundo interno e externo
(aferências). Serão levadas para o sistema nervoso
central (medula, encéfalo ou os dois), para que
esses gerem uma ação em resposta.
Características
 A nossa percepção do mundo depende do
equipamento que a gente tem para perceber esse
mundo. Nossos sistemas sensoriais não dão uma
versão real perfeita do nosso mundo externo ou
interno. Podem haver coisas no ambiente que não
estimulem nossos órgãos sensoriais, sendo assim,
não somos capazes de vê-las.
 Há mais do que 5 sentidos, além de tato, visão,
olfação, audição e gustação, existem outros.
 Por que os sentidos são diferentes entre si?: Os que
recebem a informação devem convertê-las em
sinapse. Eles a convertem por meio de estruturas
que transduzem o sinal, ou seja, algum fator do
meio externo a essa célula detectora tem que
sensibilizar esse neurônio, para que ele entre em
PA.
 As células receptoras estão localizadas nos seus
órgãos específicos do corpo, os quais sensibilizam.
 Só há consciência da modalidade sensorial quando
ela chega no córtex. Enquanto ela não chega é
como se não existisse. Quando chega no córtex
acontece a percepção, consciência daquela
modalidade.
Estruturas envolvidas
Tálamo
 Encontra-se na base do encéfalo.
 Quase todas as modalidades sensoriais, antes de ir
para a área de córtex cerebral, vão passar por uma
estrutura subcortical chamada tálamo.
 É um departamento que distribui as informações
que chegam do SNP ao seu devido córtex.
 Possui diferentes núcleos e cada um vai receber
diferentes informações.
 Há casos de pessoas que sofreram AVC e passaram a
misturar modalidades sensoriais.
*Gêmeas siamesas que compartilham o tálamo acabam
compartilhando as sensações*
Tipos de modalidades
 Há vários tipos de modalidades sensoriais, voltadas
para diferentes regiões (externas, internas,
viscerais).
Tato / Mecanorrecepção
 Detecção externa, coisas que tocam a pele.
Mecanorreceptores
 Na superfície corporal há uma série de receptores
sensoriais. Quase todos se alteram por ação
mecânica (os canais iônicos se abrem pelo toque) e
são chamados de mecanorreceptores.
 A combinação de receptores pode gerar a captação
de diferentes estímulos. Essas diferentes
combinações serão aprendidas ao longo do
desenvolvimento infantil, permitindo reconhecer o
que significam (umidade, coisas asperas, etc).
 Eles se diferem pela:
 Localização: alguns são mais superficiais que
outros.
 Capacidade de adaptação ao estímulo: alguns
entram em PA continuamente enquanto o estímulo
estiver ali (chamados de receptores de adaptação
lenta). E outros, se adaptam rapidamente, sendo
estimulados apenas na chegada e retirada do
estímulo (receptores de adaptação rápida).
Somestesia
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Campus UFRJ - Macaé Aloísio Teixeira
Enfermagem e Obstetrícia
Angie Martinez
Fisiologia
Prof. Isabela Lobo
Neurônios sensoriais
Características:
 Os neurônios sensoriais são pseudo-unipolares.
 Sua zona de disparo é no terminal sensorial, ou seja,
seus canais iônicos dependentes de voltagem
encontram-se ali.
 Quando acontece o PA, libera NT que vão chegar no
corno dorsal da medula.
 Seus axônios são grandes e mielinizados.
 Os que vão levar a informação sensorial dos
músculos são os mais grossos e com mais mielina,
então levam a informação mais rápido.
(propriocepção).
 Os nociceptivos e termoceptivos são os mais finos e
com pouca ou nenhuma mielina, ou seja, com
menor velocidade.
Campos receptivos:
 Cada neurônio sensorial tem suas estruturas
(corpúsculos,etc) e área de alcance, chamado de
campo receptivo, é a área da pele que é inervada
por um único neurônio sensorial.
 Pelo corpo, há uma distribuição bem desigual dos
campos receptivos. Por exemplo, há mais
sensibilidades nas mãos do que nas costas. Uma das
razões disso acontecer é que há campos receptores
muito pequenos em áreas onde somos muito
sensíveis. Ou seja, campos menores e em maior
quantidade dão mais sensibilidade do que campos
grandes e em pouca quantidade.
Dermátomo:
 Área inervada por um único segmento da medula,
ou seja, onde o neurônio que recebe a informação
inerva.
Os nervos cranianos não fazem parte do dermátomo, já
que não passam pela medula. As informações vão
diretamente para seu núcleo (no tronco encefálico) e
realizam sinapse, mudando de lugar até chegar no
tálamo e depois córtex somestésico primário.
Via Leminisco medial
 A informação chega pelo corno dorsal e precisa
subir pela substância branca, através de tratos
existentes na medula.
 A via de Leminisco medial é a estrada que vai
conduzir a informação de tato, principalmente o
tato discriminativo. Essa via leva a informação do
mesmo lado até o tronco encefálico, onde ela vai
passar a subir contra-lateralmente.
 Dessa forma, o córtex somestésico primário
esquerdo (S1) vai processar as coisas que são
tocadas pelo lado direito e as coisas que nos tocam
do lado esquerdo vão para o S1 do lado direito. Essa
informação decusa no tronco, na altura do núcleo
da coluna dorsal. (No bulbo ele troca).
 Quando chega em S1 há a percepção do toque.
 Passos da via:
 A informação vai chegar no corno dorsal.
 Sobe pelo mesmo lado.
 Chega nos núcleos da coluna dorsal no tronco
encefálico.
 Realiza-se uma sinapse com outro neurônio.
 Esse neurônio é projetado para o outro lado,
fazendo com que a informação suba contra-lateral
ao tálamo e do tálamo para a área de córtex
referente a isso, que no caso é a área de córtex
somestésico primário.
 Existe uma outra via para tato que não é muito bem
discriminado, chamada de espino-talâmica.
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Campus UFRJ - Macaé Aloísio Teixeira
Enfermagem e Obstetrícia
Angie Martinez
Fisiologia
Prof. Isabela Lobo
Córtex
 Dividido histologicamente e funcionalmente nas
áreas de Brondman. São em torno de 50 áreas.
 Há áreas de Brodman correspondentes ao Córtex
somestésico primário.
Córtex somestésico primário (S1)
 Cada parte do corpo que for tocada tem sua
determinada área no S1.
 A informação vai chegar de acordo com o lugar que
for estimulado.
 Ele é todo mapeado, segundo as partes do corpo
que representa, em sua própria ordem. Isso se
chama de somatotopia, o fato dessa área ter um
mapa do corpo na sua extensão.
 O mapa não se assemelha ao corpo, nem na
organização, nem no tamanho. Há estruturas que
ocupam maior tamanho do que na realidade, ou
seja, há mais tecido cerebral para processar certas
áreas do corpo do que outras. Não é uma
reprodução fiel do tamanho do corpo.
 Em conclusão, possuímos mais sensibilidade em
determinadas partes do corpo porque há mais
neurônios sensitivos em determinados lugares e
porque há maior extensão sensorial no S1. Se afeta
um, afeta o outro.
Homúnculo sensorial
 A somatotopia é representada num boneco:
Homúnculo sensorial.
 Após diversos estudos, descobriu-se que a
proporcionalidade desse homúnculo pode ser
alterado. Modificações podem gerar plasticidade
no S1.
Experimentos realizados em animais:
 Para saber se modificações (juntar dedos, tirar
membros) modificaria algo em S1: Utilizou-se
eletrodo para calcular o potencial elétrico e se
entrou em PA.
1. Costuraram-se dois dedos do macaco. Após
suturados, o córtex somestésico se alterou. A
região que pertencia ao D3 se juntou ao D4, se um
fosse estimulado, o outro também se ativaria.
Virou um dedo só no S1.
2. Amputaram o dedo 3. No S1, todos os dedos
estavam ok... quando estimularam a áreado D2 e
D4, áreas que eram do D3 eram ativadas. Ou seja, a
área do dedo que desapareceu passa a
trabalhar/funcionar para outras áreas.
3. Prenderam a mão e estimularam 2 dedos
continuamente, para simular um grande uso dessas
partes. Quando colocaram o eletrodo, a área dos
dedos estimulados tinha aumentado, ocupando a
região dos outros.
Descobriu-se, com estudos em humanos, que músicos
possuem áreas maiores em S1 para a mão e os dedos do
que não-músicos.
Membro fantasma:
 Pessoas que perdem membros podem desenvolver a
síndrome do membro fantasma, ou seja, continuam
sentindo a presença dele mesmo após amputado.
Algumas chegam a sentir
dor.
 Podem não sentí-lo
continuamente. Às vezes,
por determinada
estimulação, passam a
sentir. Exemplo: braço
amputado, a pessoa sente
após tocar o rostro, já que
as áreas dessas estruturas
em S1 estão adjacentes,
podendo uma estimular a outra/se juntarem.
 Para acabar com a dor presente, utiliza-se uma
caixa de espelhos. Assim a pessoa vê o reflexo do
membro que ainda tem como se fosse aquele
ausente.
Nocicepção
 Processa estímulos que podem ser potencialmente
dolorosos. Ou seja, nocicepção é o processamento
sensorial e a dor é apenas o aspecto cognitivo
referente a ele.
 Um tipo de tato voltado para estímulos perigosos
(objetos cortantes, cera quente).
 Interpretados no encéfalo como dor.
 Detecta temperaturas muito grandes ou muito
pequenas.
 Segundo a sociedade internacional do estudo da
dor, ela se define como: uma experiência sensorial
e emocional desagradável, associada a um dano de
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Enfermagem e Obstetrícia
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Fisiologia
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tecido real ou dano em potencial. Isso seria um
aspecto consciente carregado de uma valência
emocional a um processo nociceptivo.
 Não é sempre que o nociceptor for ativado que vai
ser interpretado como dor.
 Quando esse sentido for ativado, não
necessariamente vai gerar dor. Da mesma forma,
nem toda dor vai ser causada por nociceptores.
 Há várioscasos de pessoas com dor crônica que não
provem da periferia.
Receptores polimodais
Características
 Seus receptores são terminações livres.
 Os axônios dessas terminações livres são os mais
fininhos, com pouquíssima mielina ou amielínicos.
 Algumas são estimuladas por estímulos mecânicos,
químicos...
 Há várias possibilidades para que essas terminações
entrem em PA. Por causa dessa variedade, diz-se
que eles são polimodais.
 Os mielínicos se chamam aδ (adelta), os
amielínicos, fibras C.
 Pode detectar dor interna, visceral.
 Há inúmeros tipos de receptores, muitos ainda não
conhecidos.
Descobriu-se que algumas fibras C reagem apenas a
toque carinhoso (Gentle touch), em áreas da pele com
pêlo.
Tipos de dor
 Por serem dois tipos de axônio, a velocidade com
que o impulso chega vai variar. A fibra adelta é um
pouco mais rápida do que as fibras C.
Fibra aδ/Dor rápida
 A fibra a-delta é a primeira que consegue levar a
informação até a medula.
 Essa primeira sensação, quando passa pela medula,
chega ao córtex e vira dor, será chamada de dor
rápida. Aquela primeira dor, aguda.
 Essa dor agua é pontiaguda, de fácil localização.
Fibras C/Dor lenta
 A dor que vem depois da aguda e comummente faz
com que o local fique dolorido, viaja pelas fibras C.
 Logo, esse axônio é responsável por levar a dor
lenta.
 A dor lenta é mais dissipada, com início mais lento,
persistência maior e com local mais vago.
Então, num processo doloroso você ativa nociceptores.
Haveria um primeira percepção de dor, dor rápida, por
causa dos a-delta. E, uma segunda consciência do
dolorido, de dor lenta, que viaja pela via mais lenta
(fibras C).
Via Espino-talâmica
 A informação viaja por essas fibras e chega no
corno dorsal da medula, assim como qualquer
informação de processamento sensorial, que é
captada por nervos periféricos.
 A subida dessa informação até o tálamo, e do
tálamo até o córtex somestésico primário, vai
acontecer por uma via diferente do tato. A maior
diferença de uma via para a outra é o momento em
que essa via vai decussar e subir ainformação
contra-lateralmente. Enquanto na
Leminisco-medial (a de tato), a info só passa a
viajar do lado contrário no tronco encefálico, na
Espino-talâmica a decussação é imediata ao chegar
na medula.
 Elas sobem pela via espino-talâmica.
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Enfermagem e Obstetrícia
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Fisiologia
Prof. Isabela Lobo
 O impulso chega na medula, esse neurônio libera
NTs no corno dorsal, faz sinapse com o neurônio de
projeção, que será projetado já contra-lateral pela
substância branca.
Córtex Somestésico primário
 A informação sensorial, tirando a forma como ela
vai chegar, também vai até o córtex somestésico
primário.
 As infos de dor e temperatura vão a S1 também, e
serão processadas com relação à localização do
mesmo modo que as infos táteis, porque vai chegar
na área sensorial do homúnculo relativa a cada
uma.
 Quando a informação que veio pela via
espino-talâmica chega a S1, ainda não é dor, é um
aspecto apenas discriminativo de onde isso está
acontecendo.
 Para que essa estimulação vire dor, essa info
precisa ir a outras áreas do córtex: singular
anterior e ínsula.
Sistema ântero-lateral
 Essa via Espino-talâmica é a principal que leva info
de dor e temperatura. Contudo, existe um conjunto
de vias (nem todas vão para S1), que levam a
informação de dor e temperatura.
 A esse sistema de vias, esses vários caminhos que a
info vai trafegar medula à cima, chama-se de
sistema ântero-lateral.
 O sistema ântero-lateral é um conjunto de tratos,
que vai levar a informação relativa a dor e
temperatura medula à cima.
 A via Espino-talâmica leva o impulso até S1, onde
só haverá processamento discriminativo.
 Contudo, a info de dor seguirá por outras vias
também:
 Espino-reticular: Passa pela formação reticular
no tronco encefálico e aumenta seu estado de
alerta.
 Espino-mesencefálica: Guia o movimento
ocular frente a uma dor. Direciona os olhos ao local
com dor.
 Trigêmeo-talâmica: Via de dor na face. Sobe
pela divisão do trigêmeo.
Córtex insular e Córtex singular anterior
 Para que o estímulo vire dor, a info tem que chegar
em dois locais do córtex: córtex insular e córtex
singular anterior.
 Essas regiões são nas que chega a informação e é
interpretada como dor.
 A subida de todo o sistema ântero-lateral vão
chegar em S1, dá localização, chega às outras áreas
e vai à insula/CSA.
Diferença na decussação das vias
 A informação relativa a tato e a dor/temperatura,
viajam de formas diferentes pela medula.
 Isso confere sintomas estranhos quando a pessoa
tem uma lesão que esteja comprometendo esses
tratos ascendentes.
 Exemplo:
 Lesão: Hérnia de disco.
 Dependendo da altura da lesão, pode
interferir em um e não outro.
 Caso interferir na via do Leminisco-medial, a
pessoa não sente tato de um lado, mas sente dor.
 Caso interferir na via Espino-talâmica, a
pessoa não sente dor, mas sente o tato.
Alterações na percepção de dor
 Como a dor depende do encéfalo, essa percepção
pode ser modificada de alguma forma.
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Fisiologia
Prof. Isabela Lobo
Dor referida
 A pessoa acha que a dor é em um lugar, quando na
realidade é em outro, geralmente interna.
 O caso clássico da pessoa que tem dor no braço,
mas na verdade é infarto.
 Ela acontece por causa da chegada dessa
informação na medula.
 Tanto o nociceptor que esta dentro dos órgãos,
quando o que está na pele/parte de fora, vão
chegar no corno dorsal da medula e farão sinapse
com o mesmo neurônio.
 Essa informação vai subir como se fosse uma só, da
mesma forma. Na hora de chegar no córtex, de
alguma forma (não se sabe como), o córtex tende a
interpretar a localização como a localização mais
provável das duas, ou seja, do lado de fora.
 Então,a pessoa acha que a dor é externa, muscular
ou na pele, quando ela é ínteroceptiva.
 Isso acontece com várias dores, já que o nosso
senso de localização para órgãos internos é ruim.
Não existe uma área grande para o processamento
da localização interna.
Dor visceral
 Por conta da dor referida, a dor visceral tende a ser
vagamente localizada.
 É interpretada como dor externa.
 Não há terminações livres no tecido propriamente
dito de nenhum órgão.
 Os únicos nociceptores presentes estão nos vasos
sanguíneos que irrigam esses órgãos, em
membranas que revestem, na dura-máter....
 No tecido nervoso em si não há receptores para dor,
nem entre as células musculares.
Se a gente não tem receptores nociceptivos de dor no
encéfalo, o que seria a dor de cabeça?: A causa mais
comum é de vasos sanguínos da cabeça incharem ou
acumularem líquido. Pode ser alguma alteração nas
meninges também.
Hiperalgesia
 Quando um local é afetado, tende a deixar a área
ao redor mais sensível à dor.
 É quando o limiar para a dor é diminuído.
 Sensibilidade aumentada no locar da lesão.
 A razão disso acontecer é que os nociceptores em
volta diminuiem o limiar de PA, disparando mais
facilmente. De modo que estímulos leves o ativam.
 Há uma lesão tecidual que rasga algumas partes do
tecido e libera substâncias. Essas substâncias vão
recrutar células do sistema imunológico.
 Essas células do sist. Imunológico, ao serem
recrutadas, vão liberar uma série de substâncias
que fazem com que o receptor nociceptivo facilite
o PA dele. Conforme essas substâncias vão se
espalhando no meio extracelular, vai atingir outros
nociceptores cercanos, fazendo com que doa além
da área lesionada.
 Se a dor for muito forte, esse recrutamento
aumanta, deixando muito mais sensível.
 Essas substâncias geram PEPS nos nociceptores.
 Existem analgésicos de uso utópico, locais, que vão
bloquear algumas dessas subs, diminuindo a dor.
Analgesia
 Não sentir dor ou ter uma resposta de dor bastante
diminuida.
VIA DESCENDENTE DE CONTROLE DA DOR:
 Existem meios de bloquear a subida das
informações nociceptivas que viajam até o
encéfalo. Esse é um trato de controle da dor,
chamado de via descendente do controle da dor.
 Uma via descente é um trato que está descendo a
medula e vai liberar NTs lá embaixo.
 Uma via descendente de controle da dor é uma info
que esta vindo de cima e vai inibir a info
nociceptiva que está subindo. Ela vai sair do
mesencéfalo, da substância cinzenta. Vai descer a
medula inibindo a subida da info nociceptiva.
 Qualquer coisa que ative essa via descendente do
controle da dor será analgésica.
 Isso acontece por diversos motivos:
 Regulação aferente da resposta de dor:
esfregar o local.
- Logo enseguida de se machucar, se ativarem os
mecanorreceptores de tato, essa sensação consegue
chegar antes que a dor na medula, bloqueando a
informação nociceptiva.
- Nesse caso a dor pode ser bloqueada ou reduzida.
- Sua explicação neurológica: No corno dorsal da medula,
a informação nociceptiva chega e faz sinapse com o
neurônio que trocará de lado, para ir pela via
espino-talâmica. Nessa chegada, existe um
interneurônio inibitório, o qual é capaz de jogar um NTs
e inibir o neurônio que vai subir a info. Caso essse
interneurônio for ativado, fará com que o neurônio que
traz a dor não chegue ao encéfalo.
Ao ativar os mecanorreceptores, essa informação tátil
vai chegar no corno dorsal. Ela também é capaz de fazer
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sinapse com o interneurônio inibitório. Quando interage
com ele e o ativa, a informação de nocicepção não
chega ao seu destino.
Mesmo que o estímulo tátil ocorra depois do
machucado, ainda consegue chegar ao interneurônio a
tempo, visto que suas fibras mielínicas são mais rápidas
para transmitir o impulso.
 Fortes emoções:
- Nessas situações, várias substâncias são liberadas (NTs,
serotonina, endorfinas, adrenalina, hormônios...) e vão
ativar a via de controlde descendente da dor. Quando
acabar o esporte/estresse/emoção, os níveis dessas
substâncias vão caindo. Conforme vão caindo, a info
dolorosa consegue subir.
 Substâncias:
- Opióides exógenos.
Deles podem se extrair algumas substâncias (morfina,
heroína...), que podem bloquer a via da dor.
São muito parecidos com subts que o corpo produz,
mas se localizam na natureza.
Termorecepção
 Detecta a diferença de temperatura das
superfícies.
Receptores
 Seus receptores são as terminações livres de
temperatura.
 Detectam a temperatura normal do dia.
 Existem uns que entram em potencial de ação para
frio e outros para calor.
 A informação vai por fibras bem fininhas, que
podem ser amielínicas.
 Os receptores podem ser para frio ou calor, em
determinadas faixas de temperatura específica:
 Calor: de 30 a 45 graus. Mais que isso, elas não
entram em PA. COm mais de 45, os nociceptores
que são ativados, proporcionando dor ao mesmo
tempo.
 Frio: de 35 a 10 graus. Conseguem ser sensíveis
de meio em meio grau. Abaixo de 10 graus, atuam
os nociceptores com dor.
Por serem receptores polimodais, podem ser ativados
por diversas substâncias. Como por exemplo, a
capsaicína, encontrada na pimenta, pode ativar tanto
os receptores termoceptivos como nociceptivos.
Gerando uma reação de queimação, mesmo não tendo
altas temperaturas.
Propriocepção
 Ele detecta a percepção que o corpo ocupa no
espaço.
 Monitoramento dos músculos (esqueléticos) e
articulações.
 Saber o grau de contração da musculatura, ângulo
das articulações...
 Receptores sensoriais nos músculos.
 Mesmo com os olhos fechados, conseguimos saber a
posição do nosso corpo no espaço. Isso é possível
graças aos receptores proprioceptivos.
Receptores proprioceptivos
Há dois tipos principais de receptores:
 Fusomuscular
 Fica dentro dos músculos.
 Conecta-se a axônios sensoriais.
 Informa quanto o músculo está estirado, já
que ele é esticado junto.
 Órgão tendinoso de Golgi
 Localiza-se na junção entre o músculo e o
tendão.
 Quando há contração muscular, a célula
encurta. Quando todas as células encurtam, o
músculo também, aumentando a tensão entre ele e
o tendão. Por estar no meio deles dois, o OTG é
puxado, o que é alteração mecânica suficiente para
ativá-lo.
Características
 São mecanorreceptores. Alterações mecânicas vão
fazer essas estruturas abrir seus canais iônicos,
entrar cátion e o neurônio entrar em potencial de
ação.
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 Semelhantes aos receptores da pele (seu
funcionamento). Estirmento ou contração vão
modificar fisicamente as estruturas.
Também há mecanorreceptores, não tão principais, nas
articulações e ligamentos, que vão dar informação de
ângulo, etc. O princípio é sempre o mesmo, células com
citoesqueleto segurando os canais iônicos, que quando
há deformação, se abrem para entrar em PA.
 Pessoas que têm problemas proprioceptivos,
possuem dificuldade até para andar, pois precisam
estar cientes de todo seu corpo e a posição que
está.
 Sem essa informação, o SNC muitas vezes nçao
consegue atuar, já que ele precisa saber como
determinada estrutura está para poder exercer sua
função.
Olfação
 Sentido químico. Modalidade sensorial cujas células
vão receber a informação por meio de alterações
químicas.
 Substâncias voláteis entram em contato com a
cavidade nasal.
Receptores sensoriais
Neurônios bipolares
 O teto da cavidade nasal está cheio de neurônios,
os quais possuem vários cílios (prolongamentos
axônicos). Essa região chama-se de epitélio
olfativo.
 Possui a singularidade de se renovar, mesmo sendo
neurônios.
 Cada neurônio olfatório vai expressar um tipo de
proteína de ligação com moléculas de odor. Isso
que vai diferenciá-los uns dos outros.
 Cada um vai ter preferência por determinados
odores. (cítricos, florais, hortelã...).
 Pelofato de haver inúmeros tipos e deles variarem
as subst às quais se ligam, dá uma combinação
bastante grande de coisas que são processadas. Ao
longo da vida aprendemos a diferenciar odores
pelos padrões de combinação.
 Esse epitélio olfatório sempre está um pouco úmido,
por causa das células mucosas. Isso serve para que
as moléculas consigam se ligar. Em ambientes
muito secos, o olfato fica prejudicado,
influenciando inclusive na gustação.
 O nervo olfatório, diferente de outros nervos, não
forma um segmento único. Ele é a reunião dos
axônios dos neurônios bipolares.
Percurso da informação
 As moléculas odoríferas vão entrar em contato com
o neurônio bipolar, que possui receptores para
algumas moléculas odoríferas.
 Os cílios possuem canais iônicos que podem se
conectar a essas moléculas. Ao entrar em contato
direto com eles, abrem-nos.
 Quando o neurônio entra em PA, após se ligar às
moléculas, vai liberar neurotransmissores no
encéfalo, mais espacíficamente no bulbo olfatório.
Um caminho de informação muito diferente, não
precisando passar pela medula.
 No bulbo entrará em contato com um neurônio de
segunda ordem, que levará essa informação a
diante.
 A informação não passa pelo tálamo para chegar ao
córtex.
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Campus UFRJ - Macaé Aloísio Teixeira
Enfermagem e Obstetrícia
Angie Martinez
Fisiologia
Prof. Isabela Lobo
Gustação
 Parecida com a olfação, no sentido da transdução
do sinal. Ou seja, na conversão de alguma coisa do
meio externo em potencial de ação, o mecanismo é
bem similar.
 Há quimiorreceptores também.
 O gosto não é só gustação, está relacionado
também com tato e olfação.
 O órgão gustativo principal é a língua. Contudo,
também existem receptores no paladar, no palato,
na faringe e na epiglote.
Receptores
 A variedade de coisas que a língua pode suportar,
que os receptores gustativos podem captar, é uma
combinação dos chamados sabores básicos: salgado,
azedo, amargo, doce e UMAMI (delicioso,
glutamato monossódico).
 O gosto não é só gustação, está relacionado
também com tato e olfação.
 O que estimula uma célula do paladar a mandar a
informação adiante são estímulos referentes aos
sabores básicos, provocados por determinadas
moléculas.
 Existem as papilas gustativas e cada uma delas será
preenchida com botões gustativos. Cada botão
possui várias células gustativas.
 Essas células sensitivas vão ter cílios, que possuem
proteínas e canais iônicos que vão poder se ligar
aos sabores.
 As células gustativas/sensitivas são inervadas por
neurônios. Não são neurônios, apenas tecido
especializado. Também são renovadas ao morrer,
pelas células basais.
Captação dos sabores
No paladar, há substâncias que vão se ligar a receptores
de membrana, os quais vão desencadear eventos
celulares que culminam na entrada de cálcio no meio
intracelular. Essa entrada promove a liberação das
vesículas com NTs e assim a informação irá a diante no
sistema.
Salgado
 Ativado pelo sódio.
 O sódio entra por canais na
célula gustativa. A entrada de
carga positiva vai despolarizar
a célula, abrindo canais de
cálcio dependente de
voltagem.
 Esse vai entrar e liberar as
vesículas contendo
neurotransmissores.
 Algum nervo craniano vai
fazer essa deteccão, fazendo
com que o axônio entre em PA
e leve a informação adiante.
Azedo
 A molécula que o estimula é o íon
H+.
 O íon H+ vai entrar na célula e
bloquear canais de potássio. Ele (K)
não vai conseguir sair da célula,
então vai reter carga positiva. Isso
vai despolarizar essa membrana,
abre canais de cálcio dependentes
de voltagem e ele libera as
vesículas.
Doce
 A própria molécula de glicose o
ativa.
 A ligação da glicose com o
receptor vai fechar canais de
potássio (por meio de uma
cascata de ativação), fazendo
com que ele não possa sair da
célula e deixe o meio carregado
positivamente. Isso vai
despolarizar a célula, causando
a abertura de canais de cálcio
dependentes de voltagem.
Assim, ele vai promover a
liberação de vesículas com NTs.
Amargo
 Quinino é o principal,
mas há outras
substâncias.
 Há vários caminhos
possíveis para a
despolarização:
 Bloquear canais de
potássio. Ele (K) não vai
conseguir sair da célula,
então vai reter carga
positiva. Isso vai
despolarizar essa
membrana, abre canais
de cálcio dependentes de
voltagem e ele libera as
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Prof. Isabela Lobo
vesículas.
 A ligação do receptor com a proteína amarga
ativa proteínas G, mecanismos intracelulares, que
libera estoques de cálcio da célula. Ele vai
promover a exocitose das vesículas.
UMAMI
 Glutamato.
 O glutamato se liga no canal
iônico. Esse canal se abre,
entrando cálcio e sódio por ele.
Isso despolariza a membrana,
abrindo mais canais de cálcio.
Ele entra e libera as vesículas
com NTs.
Processamento das informações
 Acontece por meio de três nervos cranianos: facial
(língua), glossofaríngeo (língua) e o vago ( faringe).
Depende de onde estão os receptores gustativos.
 Dos nervos cranianos a informação vai para o
tronco encefálico, tálamo, córtex gustatório (no
lobo insular).
Audição
 Localiza-se no ouvido interno.
 É a detecção de ondas sonoras no ambiente.
 No espectro das ondas sonoras há ondas que não
estimulam nosso ouvido interno, então elas não
existem para nós. Escutamos apenas de 20 a 20.000
Hz. Abaixo dessas faixas, os infrasóns, são para o
humano silêncio. Acima, há sons que são altos
demais e as células não são capazes de processar,
os ultrassóns.
 O som que consegue sensibilizar a estrutura do
ouvido interno é chamado de som audível.
Os animais possuem diferentes faixas de captação,
podendo escutar mais.
Tipos de som
 Baixa frequência, poucas ondas por unidade de
tempo, percebidos como sons graves.
 Alta frequência, vários ciclos por unidade de tempo,
percebidos como sons agudos.
 O que diferencia um de outro é a frequência da
onda sonora.
Volume
 Medido em dc.
 Conseguimos ouvir 1 a 120 db.
 Relaciona-se à amplitude dessa onda.
 Ondas com baixa amplitude, volume baixo.
 Ondas com grande altitude, volume alto.
Ouvido externo e interno
 Há uma parte externa, onde tem o pavilhão
auricular, o canal que termina na membrana
timpánica, conectada aos ossossinhos.
 Há o ouvido médio, onde tem os ossos de dentro do
ouvido (oscículos).
Os ossos se ligam às estruturas do ouvido interno.
 O ouvido interno possui as estruturas relativas ao
processamento auditivo e do equilíbrio. Cóclea e o
labirinto vestibular. Ambos são inervados pelo
nervo craniano número VIII, vestibulococlear.
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Interpretação do sinal
Caminho da onda
 Quando a onda sonora chega, vai até o tímpano e o
faz vibrar. Ao vibrar, o tímpano vai vibrar os
ossinhos, como uma reação em cadeia. Quando
esses ossos vibram, a estrutura do ouvido interno
começa a vibrar.
 Esse efeito em cadeia, no qual um faz o outro
vibrar, ajuda na amplificação do sinal, conservando
a energia dele.
Surdez de condução: Quando uma pessoa lesiona o
tímpano, já que a condução das ondas está prejudicada.
 A coclea é um órgão preenchido com líquido.
Quando o tímpano e tudo vibra, essas vibrações
fazem o líquido vibrar. Esse líquido vai inerferir nas
células sensoriais que estão ali.
 Logo, quem consegue alguma resposta das células
sensoriais auditivas é o líquido que está vibrando.
Cóclea
 É uma estrutura enrolada, semelhante a um
caracol.
 Ao desenrolar sua estrutura, encontra-se uma
membrana dentro dela. Essa membrana quando o
líquido vibra, vai vibrar também, sendo deslocada.
Membrana basilar
 A base da membrana é estreita e rígida, ou seja,
ela vai ser mais sensível a altas frequências,
terminando seu percurso logo no início da cóclea.
Além disso, é a mais prejudicada com a idade, as
células se danificam mais do que as outras. E o ápice é largo e flexível, sensível a baixas
frequências, ou seja, eles vão percorrer a cóclea e
acabar no final dela.
 O volume é o quanto essa membrana vai se
flexionar. Com volume baixo ela tem deflexão
baixa, volume alto grande deflexão.
Células ciliadas
 O som é tranduscido pelas células ciliadas que se
encontram nessa membrana.
 Encontram-se encima da membrana.
 Quando a membrana vibra, a estrutura que tem as
células ciliadas também vai vibrar. Essa estrutura
se chama órgão de corti.
 As células possuem cílios, que estão em contato
com uma estrutura semelhante a um teto de gel.
Quando a membrana levanta, esses cílios vão
dobrar nesse teto.
 Os cílios estão ligados uns aos outros. Quando um é
dobrado, puxará os outros.
 Os cílios possuem
canais iônicos na sua
estrutura. Ao se
dobrarem, os canais
iônicos são abertos,
porque os filamentos
vão abrindo eles. Ao
puxar os outros cílios,
os canais (de potássio)
se abrem e geram o
PA.
A concentração dos íons na linfa do ouvido é diferente
as vasos sanguíneos, por isso abrem-se canais de
potássio e não sódio. O potássio tende a entrar, já que
ele está muito concentrado na parte de fora.
 Cada célula está conectada a um axônio de
neurônio, esses axônios conjuntamente compõe o
nervo vestibulo-coclear.
 Essa informação vai pela parte auditiva do nervo
vestibulo-coclear.
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Caminho no SNC
 Isso vai chegar no tronco encefálico, na oliva
superior onde ele liberará NTs.
 Da oliva vai ao mesencéfalo, mais específicamente
o colículo inferior.
 Do colículo ao tálamo, e do tálamo ao córtex
auditivo primário no lobo temporal.
 No córtex auditivo primário haverá um mapa de
frequências, semelhante ao de sensações
corporais.
Curiosidades
Córtex auditivo primário
 O mapa em A1 é das
frequências sonoras.
 Ele segue justamente a
codificação que a
membrana basilar faz.
 Existem os lugares onde
a informação de baixa
frequência vai e depois
os de alta frequência.
 Isso se chama tonotopia,
o fato do mapa de A1 ser
igual á distribuição de
frequências na
membrana basilar.
Sincronia de fase
 A frequência de disparo dessas células ciliadas é em
geral a frequência da onda sonora. Ou seja, se o
som corresponde a 600 hz, esses neurônios entrarão
em ação 600 vezes por minuto.
 Isso ajuda o sistema nervoso central a identificar o
som.
Atraso inter-aural
 Ao andar, conseguimos identificar da onde o som
está vindo.
 Isso acontece porque há um atraso entre a chegada
de um ouvido e a chegada do som no outro ouvido.
 A onda sonora excita primeiro as células ciliadas de
um ouvido e depois do outro, segundo a
proximidade.
 O som chega com menos intensidade no ouvido que
estiver mais distante.
Surdez neural
 Problemas na cóclea, no nervo auditivo, no
encéfalo.
 Há aparelhos auditivos que podem corrigir isso
(menos no encéfalo).
Áreas associativas
 Áreas associativas auditivas processam sons que
reconhecemos como música.
 Uma área específica vai concluir que determinado
som é uma música.
 Há pessoas que perdem isso por lesão ou que não
nascem com isso.
Alucinações musicais
 Memórias auditivas.
 Há casos onde a partir de pequenos acidentes
vasculares, as pessoas começam a ter alucinações,
achando que determinadas músicas estão tocando.
Zumbido no ouvido
 Som no ouvido.
 Ruido crônico sem fonte externa. Ou seja, é o
ouvido que está gerando.
 Isso pode acontecer por danos na cóclea, alterando
o padrão de vibração ou repetindo sons que não
existem.
 Também há casos onde a pessoa tem pressão alta e
o som é o barulho dos vasos sanguíneos que passam
perto do ouvido.
Equilíbrio
 Localizado no ouvido interno.
 Dá a posição da cabeça no espaço.
 Ele se encontra afetado na labirintite(lesões no
laberinto vestibular).
 O laberinto vestibular é a estrutura localizada no
ouvido interno que contêm as estruturas que vão
transducir o sinal relativo à posição da cabeça.
 Ele é sensível a movimentações da cabeça.
 Isso é fundamental para a coordenação de
movimentos do corpo e os oculares, já que a
posição dos olhos é consertado de acordo com
movimentos da cabeça.
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Ouvido interno
 Tem o nervo vestibulo-coclear.
 Cóclea e o laberinto vestibular, formado pelos
canais semicirculares e órgãos otolíticos.
Órgãos otolíticos
 Há dois órgãos: Utrículo e sáculo. São dois discos.
 São responsáveis pela codificação da mudança de
posição da cabeça em relação a ela ir para frente e
para trás, chamada de aceleração linear.
 Eles vão alterar sua estrutura e os neurônios
entrarão em PA quando a cabeça vai para frente ou
para trás.
 A estrutura celular desses órgãos é bem similar aos
da audição.
 São células que possuem cílios. A parte dos cílios é
envolta por gel que os circunda.
 Quando a cabeça vai para frente e para trás, esse
gel é deslocado. Ele é deslocado porque encima
dele há cristais de carbonato de cálcio. Quando a
cabeça vai para frente ou para trás, esses cristais
se movem por inércia.
No que eles se movem,
o gel é movimentado.
Quando o gel se
movimenta, os cílios
são dobrados, e igual
à audição, esse
dobramento de cílios
vai provocar a
abertura dos canais
iônicos.
 O utrículo e sáculo diferem basicamente em
pequenas diferenças de posição.
Canais semicirculares
 São anéis encontrados no laberinto.
 Dentro desses anéis, encontra-se uma estrutura
similar à do ouvido interno também.
 Células que tem cílios, os quais vão dobrar para o
lado. E, essa dobra, acontece por um sistema de
gel que tem em volta desses cílios.
 No caso dos canais, a dobra das células acontece
quando a cabeça vira para a direita ou para a
esquerda. Chama-se de aceleração angular.
 Esse tipo de movimento vai deformar a estrutura
dos canais semicirculares.
 Ao virar para um lado, o líquido que está dentro do
canal vai para o outro lado por inércia, deforma o
gel e o gel deforma a célula.
 A estrutura dos canais semicirculares se chama de
ampola, tem o líquido (endolinfa), tem o capus
gelatinoso.
 Os cílios dessa estrutura são diferentes, já que há
um maior que os outros.
Caminho até o SNC
 Essa informação do nervo vestibulo-coclear vai
incialmente para os núcleos desse nervo lá no
tronco encefálico. Do tronco a informação é levada
até o cerebelo, o qual vai usar essa informação
para controlar os movimentos.
 A informação pode descer também pelas vias
descendentes de controle motor, para comandar o
posicionamento do corpo.
 Ela vai ao tálamo, que também vai se comunicar
através de reflexos com musculatura que controla
os olhos.
 Tem conexão com neurônos motores que vão
inervar o pescoço, para ajustar a posição deles de
acordo com o movimento.
 A todo instante, os olhos e seu posicionamento são
corrigidos por variações que a cabeça faz.
Exemplo de circuitaria que controla os olhos frente
a uma alteração de estruturas de equilíbrio
 Chama-se de reflexo vestibulo-ocular.
 O reflexo é algum movimento que para acontecer
não precisa de estruturas acima de tronco
encefálico.
 Esses padrões de ação vão ser conseguidos através
de circuitos localizados na medula ou no tronco
encefálico.
 Movimento dos olhos que envolve a circuitaria do
tronco.
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 Tem os olhos, a musculatura dos olhos.
 Quando a cabeça vai para um lado, os olhos vão
para o lado oposto.
 Detalhes:
 O núcleo vestibular manda estímulos
inibitórios para o núcleo abducente do mesmo lado
e estímulos excitatórios para o núcleo abducente
contra-lateral.
 Um músculo lateral e outro medial são os que
serão ativados e contraídos, para virá-los para um
lado só. Eles serão ativados e contraídos pelo nervo
abducentecontra-lateral ao movimento.
 Os núcleos abducentes controlam os mm. Reto
laterais. E, os óculo-motores controlam os reto
mediais.
 Os núcleos abducentes influenciam e mandam
estímulos excitatórios ou inibitórios aos núcleos
óculo-motores contra-laterais.
Outros movimentos chamados coloquialmente de
reflexos, são automatismos. Eles demandam cerebelo,
núcleos da base... Porém, são mov. Muito treinados.
Então o programa motor é muito rápido.
Atuação das estruturas em conjunto
 Há duas estruturas do sistema vestibular (uma do
lado direito e uma do lado esquerdo).
 Cada lado terá uma direção preferencial para a
abertura dos canais.
 Quando um lado é dobrado, ele despolariza porque
está na sua direção preferencial. Do outro lado não
estaria na dobra preferencial, logo, esse seria
hiperpolarizado. Se a estimulação fosse igual, não
haveria como saber para que lado a cabeça está
virando, já que os dois seriam ativados.
 Isso é fundamental para o SNC programar
movimentos.
Curiosidades
Ínterocepção
 Monitoramento da frequência cardíaca, do grau de
abertura dos vasos sanguíneos, motilidade
intestinal, níveis de glicose, pressão arterial, m.
liso, cardíaco....
 Trazem aspectos da sensibilidade visceral.
 Detecção da sensibilidade do meio interno.
 Da mesma forma que o proprioceptivo, ele informa
como as estruturas (no caso, internas) estão para
que o SNC possa atuar nelas.
Existem nociceptores ao longo das visceras;
Receptores de pressão nos vasos sanguíneos;
De osmolaridade;
Receptores de temperatura em vasos sanguíneos, já que
o hipotálamo precisa dessa info para regular a
temperatura;
Esses desencadeiam inúmeros processos no corpo.
Visão
 Conversão de radiação eletromagnética em
estímulos, PA ao longo do SN.
 No espectro eletromagnético há várias faixas que
não estimulam a retina (raios gama, raio X, UV,
sinal de celular...). Logo, não a vemos.
 Só enxergamos a Luz visível (uma faixa do espectro,
de 400 a 700 nm).
 O órgão sensorial é o olho.
Olho
 A abertura do olho: pupila. Ela permite a entrada
da luz até a estrutura sensorial que está no fundo
do olho, que é a retina.
 Apenas a retina consegue converter
essa radiação magnética em algum
sinal no SN. Fora isso, todas as outras
estruturas apenas projetam a
radiação.
 A pupila é circundada por uma
musculatura lisa. Essa pode se
contrair, diminuindo a qtde de luz
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que entra na retina, ou pode se abrir, aumentando
a qtde de luz.
 Tem a íris que ajuda na contração e dilatação da
pupila.
 Tem a córnea, tecido que recobre tudo.
 A esclera é a parte branca do olho.
 Tem os músculos oculares, que movem os olhos.
Alteração na projeção da luz
 Se a projeção para a retina não acontecesse de
forma satisfatório, haverá alguns problemas
visuais.
 Miopia: Olho comprido. A imagem se forma
antes da retina.
 Hipermetropia: Olho curto. Imagem projetada
depois da retina.
Retina
 Local da transdução do sinal.
 Fica no fundo do olho, onde vão se concentrar as
células responsáveis pela transdução, os
fotorreceptores.
 Lá no fundo do olho também haverá a saída do
nervo óptico, segundo par dos nervos cranianos.
Formado pelos axônios que vão passar a informação
pelo quiasma óptico e pelo trato óptico depois.
 Por causa da saída desse nervo, não haverá
fotorreceptores na saída dele, nessa região. Ou
seja, nessa região da retina não há fotorreceptores.
Isso confere um problema, porque significa que há
um buraco na visão.
 Por que não vemos o buraco então? O sistema
nervoso central cria uma imagem baseado no que
está sendo processado nos outros lugares. Ou seja,
por causa disso, pequenas diferenças no espaço
podem não ser vistas, já que o cérebro não vai
processá-las.
 O líquido do olho tem impurezas, que podemos
observar ao olhar paredes brancas fixamente.
Chamadas de mosquinhas.
Camadas de células da retina
 Na retina há várias camadas de células.
 As células que são fotorreceptoras, são as que
estão na camada interna da retina.
 As outras células são relativamente transparente.
 A luz, ao chegar, vai atravessar as outras células
para chegar aos fotorreceptores.
 Por que a presença das camadas? Para chegar no
nervo óptico, a luz terá que passar por essas
camadas, já que a fonte de saída da retina em
direção ao nervo óptico é na camada superior.
Caminho do sinal
 A luz chega, estimula as
células, isso vai se converter
em sinal, que sairá pela parte
de cima.
 O fotorreceptor em si não
consegue levar a informação
para o nervo óptico.
 Ou seja, a luz vai atingir
os fotorreceptores e depois o
impulso segue para as células
bipolares, das bipolares vai
para as ganglionares e daí para
o nervo óptico.
 Também há células
horizontais e amácrinas, que
participarão do
processamento de forma
indireta.
Fóvea
 Ao longo da retina, existe um lugar onde a luz
incide diretamente nos fotorreceptores, chamada
de fóvea.
 Embora as outras células sejam relativamente
transparentes, quando a luz incide diretamente nos
receptores haverá uma acuidade visual melhor. Ao
focar em alguma coisa, o que está no seu foco, é
direcionado para a fóvea.
Tipos de fotorreceptores
 Únicas células sensíveis à luz.
 Há dois tipos de fotorreceptores:
cones e bastonete.
 Bastonete há 1 só e cones há três
tipos.
 O bastonete é mais inespecífico,
relacionado a uma visão em preto e
branco, não muito discriminativa.
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 No escuro, quem processa é o bastonete.
 O cone está relacionado a diferentes tipos de
cores.
 Cada tipo dele, tem uma faixa que sensibiliza
cada subtipo.
Distribuição dos fotorreceptores
 Ao longo da retina, a distribuição de cones e
bastonetes:
 Na fóvea praticamente tem só cone, e ao longo da
retina, para os lados, há menos cones e mais
bastonetes.
 A retina nasal, mais perto do nariz, tem mais cones.
E a temporal, mais bastonetes.
 Isso quer dizer que a melhor acuidade para cores é
na fóvea.
 Na visão periférica há uma dificuldade maior em
reconhecer cores.
Espectro de absorbância
 Visão tricromática.
 Há três tipos de cones, cada um pega uma cor.
 Um cone pega os espectros do vermelho
(400-700nm).
 Um cone do verde.
 E um cone do azul.
 A combinação de ativação desses cones dá a
possibilidade de enxergar as cores que conseguimos
enxergar.
 Há animais, como as aves que tem mais. Há uns que
tem menos.
Fototransdução
 Diferente dos mecanorreceptores e
quimiorecceptores, para o fotorreceptor a fonte de
alteração é essa radiação magnética.
 Essa radiação vai alterar um pigmento que tem
nesse fotorreceptor.
 Para o bastonete, exemplo:
 Os pigmentos mudam a conformação quando uma
determinada faixa de espectro atinge ele. Quando
isso acontece:
 Na ausência de luz: o pigmento rodopsina é
púrpura no escuro.
 Quando a luz incide: ela vira meio amarelada.
Essa alteração desse pimento ativa a proteína G,
altera o potencial de membrana e,
surpreendentemente, promove hiperpolarização do
fotorreceptor. Ao hiperpolarizar o fotorreceptor,
ele deixa de mandar PA adiante. Essa falta de PA no
fotorreceptor vai deixar de inibiras células de cima
e a informação acaba seguindo por uma falta de
inibição.
 Ou seja, na ausência de luz ele está em PA. Quando
ela incide, hiperpolariza e o sinal passa.
 As células que estão na camada de cima, quando o
fotorreceptor hiperpolariza, são excitadas e
despolarizam.
 O fotorreceptor meio que inibe as células acima
dele.
Campo visual
 O quanto a gente vai processar, em termos de
alcance do nosso campo visual, depende da posição
dos nossos olhos na cabeça.
 Por eles serem frontais, possuímos uma visão de
profundidade maior.
 Quando os dois olhos conseguem olhar para o
mesmo ponto, o sistema nervoso consegue
comparar o que um olho processa vs o outro e dáuma noção de profundidade.
 Campo visual, então, é o que a gente pode ver
quando se olha para um ponto de fixação no meio.
 Ele pode ser dividido em um lado e o outro (direito
e esquerdo). Hemicampo direito e hemicampo
esquerdo.
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 O olho direito consegue enxergar todo o
hemicampo direito e parte do hemicampo
esquerdo.
 O olho esquerdo pode ver o hemicampo do seu
mesmo lado e parte do contra-lateral.
 Cada olho recebe informação dos dois hemicampos.
 Essa informação vai seguir via nervo óptico,
segundo par craniano. A saída da retina, via células
ganglionares, é o nervo óptico.
 Esse nervo óptico vai chegar no quiasma óptico,
que é o ponto onde há cruzamento dessas
informações.
 No quiasma, os hemicampos vão ser separados.
 A informação do hemicampo visual esquerdo, vai
seguir pelo trato óptico direito, tálamo direito,
córtex visual primário direito. Tudo trocado em
termos de hemicampo. A mesma coisa para o
hemicampo direito.
 A informação do hemicampo esquerdo, que veio do
olho esquerdo, está indo para o trato direito e
córtex visual direito. Contudo, a informação do
hemicampo direito que vem do olho esquerdo,
segue para o trato esquerdo.
 No quiasma, há troca em relação ao hemicampo, de
modo que o córtex visual primário de um lado
processa o hemicampo contra-lateral. Porém, essa
informação vem de ambos os olhos.
Processamento central
 A informação segue o caminho: retina, nervo óptico,
quiasma óptico, trato óptico, tálamo, córtex visual
primário. O córtex visual primário (V1) é no lóbulo
occipital.
 Diferente de outros sistemas sensorias, a visão tem
um lobo inteiro dedicado a ela.
 Além disso, áreas temporais e parietais também
processam estímulos.
 Então, além da área visual de V1, há V2, V3, V4...
Cada área do processamento visual no córtex vai
processando mais aspectos daquele estilo visual.
 São reconhecidas duas outras vias que essa
informação vai seguindo pelo córtex.
 Uma via chamada de dorsal, que vai pelo parietal,
e uma via ventral, que vai pelo temporal.
 Já foi observado que essas vias processam aspectos
visuais relacionados a:
 Via ventral: Identificação de objetos, chamada
de via ´do quê?`. Quem perde alguma parte dessas
regiões, perde o reconhecimento através da visão.
Então a pessoa tem agnosias visuais, ou seja, ela
olha objetos e não sabe o que é. Se tocar, saberá.
O padrão visual é perdido.
 Via dorsal: Via do onde. Onde isso esta no
espaço. Quem tem lesão na via do onde, tem
dificuldade de planejar um movimento. Não
consegue saber o lugar exato no espaço.
Percepção da profundidade
 Por termos dois olhos,
conseguimos ver em
profundidade.
 Quem perde a visão de
um olho, perde esse
aspecto.
 Disparidade binocular:
Cada olho detecta a
posição de um objeto
num lugar no espaço. O
encéfalo, ao ver duas
posições diferentes,
compara as duas e põe no
meio.
Atenção
 Há atenção visual e atenção auditiva.
 Há coisas que chamam mais nossa atenção e guiam
mais o nosso foco de processamento do que outras.
 Então a atenção, que é um processamento de áreas
associativas fronto-parietais, guia o que vai ganhar
um processamento mais dedicado no córtex em
termos de atenção.
 Isso vale para o sistema auditivo também.
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Campus UFRJ - Macaé Aloísio Teixeira
Enfermagem e Obstetrícia
Angie Martinez
Fisiologia
Prof. Isabela Lobo
 Por isso, as vezes achamos que não vimos algo, mas
essa coisa está no hemicampo, porém, não está
captando a nossa atenção.
 Logo, a percepção depende da atenção.
Nos sonhos, há ativação do córtex visual, então vemos
imagens. São ativações de vários córtexs.
 Há basicamente dois tipos de atenção, uma
atenção automática (algo chamativo que de
repente atrai a atenção) e a atenção voluntária (a
nossa vontade de focar em determinadas ações ou
assuntos).
 Essa atenção tem um limite. Ou seja, temos uma
capacidade limitada em relação à nossa atenção.
Não conseguimos prestar atenção em várias coisas
ao mesmo tempo, apenas trocar o foco.
 Só as coisas mais importantes ganham o
processamento dedicado. Essa importância é
guiada pelas emoções.
 Então, a atenção é como um holofote. Ele privilegia
as coisas que estão sendo iluminadas e desprivilegia
o que está na penumbra.
 Essa atenção consegue ser fracionada com prática,
mas nunca será completamente (Exemplo:
enfermeiro).
Influências na nossa percepção
 Existem várias coisas que influenciam na nossa
percepção.
 O que esperamos ver influencia.
 A emoção também influencia. Objetos que trazem
medo, perigo e que alteram o estado emocional
tendem a ser captadas primeiro.
Regras perceptivas
 Outra coisa que costuma acontecer no
processamento visual é o agrupamento de coisas.
 Quando as coisas são muito iguais, tendemos a
percebê-las com uma coisa só. Também quando
estão muito próximas.
Processos bottom-up - Tipo de atenção
 Estímulos que guiam a atenção.
 Alguma coisa que chama a atenção do nada.
Processos top-down - Tipo de atenção
 Quando queremos ter atenção em alguma coisa.
 Guiando nossa atenção a detalhes.
Leis da psicofísica
 Há gente que estuda a psicofísica, vendo os limites
do sistema sensorial. Som, gosto, etc...
Efeito stroop
 Por ter uma língua materna, a leitura fica
automatizada. Então, ela terá sempre prioridade
de processamento em relação a outras coisas.
 Assim, ela ganha em comparação a outras
sensações.

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