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Principiologia Contratual
Princípios são normas superiores que possuem várias funções na relação jurídica (orientação, 
limitação, interpretação) mas não se prendem a ela.
Microssistema
É a legislação mais detalhada de um dispositivo legal, uma lei que tutela determinado 
segmento sob o aspecto cível, penal, processual, administrativo, etc. Como exemplo, tomamos 
o CDC (Lei 8078/1990).
Cláusulas Gerais
São técnicas legislativas que permitem ao intérprete ajustar o conteúdo da norma, uma vez 
que ela apresenta conceitos amplos.
Ex: Art. 541:
Parágrafo único. A doação verbal será válida, se, versando sobre bens móveis e de pequeno 
valor, se lhe seguir incontinenti a tradição.
Note que o termo "pequeno valor" é conceito amplo e não restrito, o que evita que se torne 
obsoleto.
Contrato preliminar
É o contrato que contém todos os requisitos do contrato principal, exceto quanto à forma.
Cláusula Penal
A grosso modo, a cláusula penal se vê como uma prefixação de perdas e danos (danos morais, 
materiais e lucros cessantes)
Arras
Podendo ser penitenciais ou confirmatórias, funcionam de forma semelhante ao sinal, que 
deverão representar o início de pagamento e de mínimo valor frente ao todo.
Teoria Geral dos Contratos
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
07:45
 Página 1 de Direito Civil IV 
onenote://LUIZ-LAPTOP/Users/Luiz/Dropbox/Faculdade/4º%20Período/4º%20Período/Civil%20III.one#Principiologia%20Contratual&section-id={FDDC83A9-625C-4CB5-B79E-213B226B0A94}&page-id={64A4A4B7-5E06-48C5-BB3A-F214A601487A}&end
Pelo contrato de compra e venda, o vendedor se compromete a entregar determinada coisa ao 
comprador, que se obriga a pagar o preço.
Arts. 481 a 532
Classificação•
Bilateral (pois gera reciprocidade obrigacional)-
Consensual (basta o consenso, independente do registro ou da tradição da coisa), exceto para 
bens imóveis com valor superior a 30 salários mínimos
-
Comutativo [em regra, exceto disposição contrária] (Prestações previamente conhecidas e não 
há incidência assumida de risco)
-
Principal (não é dependente juridicamente de outro contrato - como é o de fiança)-
Oneroso (pois envolve sacrifício patrimonial)-
Potencialidade Translativa (existe transferência de domínio - posse + propriedade)-
Típico (há previsão legal)-
Individual (só obriga as partes que diretamente são influenciadas pelo negócio* Relativizado 
pela função social do contrato)
-
Impessoais (as características pessoais das partes têm relevância reduzida)-
Adesão* (pode existir a forma negociável, mas muitos dos contratos são de adesão)-
Transferência de domínio•
Nos sistemas onde se adota o civil law, vigora a máxima " Res Perit Domino ", que significa que 
a coisa perece para o seu dono. Porém existem diferenças como por exemplo o direito 
francês, que estabelece que o próprio contrato de compra e venda já transfere o domínio, 
diferente do Brasil, onde depende-se da tradição. (exceto a alienação fiduciária - coisa em 
garantia da própria coisa, carros financiados, etc.)
Elementos•
Essenciais-
Qualquer vício em um desses elementos gera a invalidação do contrato.
Coisa - (qualquer bem lícito que esteja em comércio - desafetados, sem destinação pública)1-
Coisa futura - Pode ser objeto do contrato de compra e venda, mas nem toda compra e venda 
de coisa futura é aleatória. (Apenas se o risco for de expressa previsão)
a)
Contrato de Compra e Venda
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
09:57
 Página 2 de Direito Civil IV 
Coisa alheia - Pode ser objeto da compra e venda desde que o vendedor tenha autorização ou 
mandato para tal. (Ex: venda por procuração ou por autorização judicial em casos de 
inventário)
b)
Coisa Gravada de ônus - Pode ser alienada desde que o adquirente tenha conhecimento dos 
ônus e queira correr os riscos da sequela. (Ex: coisa sob penhor, hipoteca, alienação, etc)
c)
*Penhor é direito real de garantia sobre coisa móvel.
*Penhora é constrição judicial de bens para suprir uma obrigação.
*Direito de sequela é aquele que assiste ao titular de determinada garantia de reivindicar a 
coisa.
Coisa Litigiosa - Pode ser alienada se o adquirente saiba do litígio e concorde com o risco.d)
Demora/Recusa na entrega - (pelo CDC configura-se descumprimento de oferta) ou e)
Busca e apreensão / imissão na posse
Preço (É a quantia paga e ou recebida no contrato.)2-
Em dinheiro e moeda corrente nacionala)
Preço Justo = corresponde ao mercado, guarda relação com o valor da coisa.b)
Preço Verdadeiro = O preço do contrato deve ser existente com o mundo jurídico (moeda 
existente e corrente)
c)
Preço Certo = Pode ser determinado ou determinável (conhecido no momento da celebração 
do contrato, não sofrendo oscilações, ou variando em função de determinados critérios)
d)
Preço Vil (injusto) = é o preço irrisório, muito aquém do que a coisa vale. (admite-se como 
inferior a 40%)
e)
Salário mínimo = A lei proíbe a vinculação do salário mínimo para indexar contratos. Art. 6º 
CF/88
f)
Fixação por terceiro = é lícito a eleição pelas partes de terceiro encarregado de calcular o 
preço, que atuará como mandatário das partes. (em benefício de ambos)
g)
PRO SOLUTO vs PRO SOLVENDO
Se o contrato possui cláusulas que contemplem a modalidade pro solvendo (tem que ser 
expressa), a coisa pode ser recobrada pelo desfazimento do negócio se os títulos dados em 
pagamento não compensarem. 
A regra é de que seja pro soluto (onde o contrato é eficaz e pode-se apenas protestar o título)
Consentimento (livre manifestação e externalização de vontade das partes de se 
vincularem a um negócio jurídico - Ausência de vícios de vontade, sob pena de anulabilidade)
3-
Secundários-
Forma (quando previsto)
Extras4-
 Página 3 de Direito Civil IV 
Riscos e Despesas•
Os riscos da coisa móvel são do vendedor até a tradição, porém em relação aos imóveis são do 
vendedor até o registro. Após a tradição ou transcrição, os riscos são transferidos ao 
adquirente. (As despesas da tradição são, em regra, do vendedor e as do registro do 
comprador, porém é norma dispositiva e as partes podem mudar isso no contrato)
Direito de Retenção•
É o direito do vendedor de recusar a entrega da coisa ao comprador enquanto não recebido o 
preço, salvo nas compras a crédito, onde inexiste tal direito. (exceptio non adimpleti contratus)
Venda de Ascendente a Descendente•
Será anulável a venda de Ascendente a Descendente se não houver autorização expressa do 
cônjuge do alienante e demais descendentes. 
O prazo para reivindicar a anulabilidade da venda é de 2 anos, segundo o Art. 179 do Código 
Civil de 2002.
Venda ad corpus e ad mensuram•
Venda Ad corpus = Venda de determinado imóvel sem importar, essencialmente, às partes a 
medida de área do objeto do negócio jurídico.
Venda Ad Mensura = Venda onde a extensão de área do imóvel é determinante para a 
celebração do contrato.
Art. 500:
Se, na venda de um imóvel, se estipular preço por medida de extensão, ou se determinar a 
respectiva área, e esta não corresponder, em qualquer dos casos, às dimensões dadas, o 
comprador terá o direito de exigir o complemento da área (ex Vendito / ex Empto) e, não 
sendo possível, o de reclamar a resolução do contrato (Ação redibitória) ou abatimento 
proporcional do preço (Quanti Minoris).
Venda de coisa indivisível por condômino•
A venda de coisa indivisível por condômino é lícita, porém pode ser anulável se não 
observados os direitos de preferência pelo que pretende alienar.
Art. 504. Não pode um condômino em coisa indivisível vender a sua parte a estranhos, se outro 
consorte a quiser, tanto por tanto. O condômino, a quem não se der conhecimento da venda, 
poderá, depositando o preço, haver para si a parte vendida a estranhos, se o requerer no prazo 
de cento e oitenta dias, sob pena de decadência.
Parágrafo único. Sendo muitos os condôminos, preferirá o que tiver benfeitorias de maior valor 
e, na falta de benfeitorias, o de quinhão maior. Se as partes forem iguais, haverão a parte 
vendida os comproprietários,que a quiserem, depositando previamente o preço.
Os Prazos decadenciais estão dispersos pelo código civil, ao passo que os prescricionais são 
aqueles descritos nos Arts. 205 e 206 do Código Civil de 2002.
Cláusulas Especiais:•
Os contratos de compra e venda puros são aqueles que não sofrem a incidência de cláusula 
especial.
São as previsões expressas das partes capazes de alterar a feição natural do contrato de 
compra e venda.
 Página 4 de Direito Civil IV 
compra e venda.
Reserva de domínio (521 a 528)1-
Por esta cláusula, o vendedor de coisa móvel transfere ao comprador a posse do bem, 
reservando para si o domínio até que o preço seja integralmente pago.
O comprador possui apenas a posse enquanto não pagar o preço. O contrato de reserva de 
domínio deve ser registrado para publicidade erga omnes e o comprador previamente 
notificado para exigir o adimplemento forçado. Se o preço não for pago, o vendedor poderá 
recobrar o carro ou considerar vencidas as parcelas ainda vincendas e exigí-las. 
Alienação Fiduciária2-
Não é propriamente uma cláusula especial, porém é muito usada com a mesma finalidade.
Pela alienação fiduciária o devedor transfere ao credor a propriedade resolúvel de coisa móvel 
ou imóvel até que o preço seja integralmente pago.
Aqui há a existência de um terceiro (nem sempre, ex: bens imóveis), que paga o preço integral 
do bem, cuja propriedade é transferida imediatamente para o comprador, que por sua vez 
transfere o direito de disposição do bem para seu credor (terceiro) até que haja o pagamento 
da dívida. O comprador transfere a propriedade resolúvel para seu credor (financiante) até 
que seja pago o preço.
Reserva De Domínio Alienação Fiduciária
Bem móvel apenas Bem móvel ou imóvel
Parcelas vincendas podem ser consideradas 
vencidas
Parcelas vincendas não podem ser 
consideradas vencidas
Credor pode ficar com o bem. Credor não pode ficar com o bem.
Retrovenda (505 a 508)3-
É uma cláusula especial cabível apenas em relação a bens imóveis e que permite ao vendedor 
recobrar a coisa alienada no prazo máximo de três anos, restituindo a quantia recebida + 
despesas do contrato + juros e correção(se pactuado) e as benfeitorias, na forma da lei.
Benfeitorias:
Necessárias (essenciais à manutenção) = (Indenização e retenção permitida sem autorização)
Úteis (agregam algum valor) = (Indenização e retenção se autorizadas previamente)
Voluptuárias (mero embelezamento) = (Não são indenizáveis, mas permitem retirada sem 
deterioração da coisa)
Dá ao vendedor o direito de retrato (recompra), é direito potestativo do vendedor. Porém não 
é muito utilizada, já que os imóveis valorizam e desvalorizam rapidamente. 
Preempção (513 a 520)4-
Preempção =/= Perempção!!!!!!
Preempção é o direito de preferência que o vendedor tem de recomprar coisa móvel ou 
imóvel caso o comprador queira revendê-la ou dá-la em pagamento.
 Página 5 de Direito Civil IV 
imóvel caso o comprador queira revendê-la ou dá-la em pagamento.
Prazo para exercício = 2 anos pra bens imóveis e 180 dias pra móveis.
Se este direito não for respeitado, responderá o comprador originário por perdas e danos.
Venda a contento5-
É aquela que vigora sob condição suspensiva, depende da satisfação do comprador.
Não se confunde com o direito de arrependimento do Art. 49 do CDC, já que este independe 
de previsão contratual.
Venda sobre documentos6-
É uma cláusula especial da compra e venda que permite a transferência do domínio de 
determinada coisa, independentemente da tradição, bastando, para tanto, a entrega de um 
documento que a represente.
 Página 6 de Direito Civil IV 
Troca se utiliza para bens móveis. (único objeto do contrato é a coisa, nunca serviços)
Permuta se utiliza para bens imóveis.
O contrato de troca ou permuta não contempla a figura do preço, entretanto, os bens precisam ter 
valor representativo.
Quando a diferença de valores for grande e existir uma prestação em dinheiro com valor 
significativo perante ao todo, será compra e venda e não troca (Ex: 80% em dinheiro e coisa valendo 
20%). Se o 
No contrato de troca ou permuta, ocorre a substituição de uma coisa por outra coisa.
Troca ou Permuta
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
10:25
 Página 7 de Direito Civil IV 
Art. 565 Código Civil de 2002 e Lei 8245/91
Pelo contrato de locação, uma parte cede a outra o uso e gozo de determinada coisa móvel ou 
imóvel infungível, pelo prazo determinado ou indeterminado, mediante remuneração. (O contrato 
pode restringir ao uso, com expressa previsão não permitindo a extração dos frutos)
O exagero esporádico na extração dos frutos não configura infração ao contrato. Porém o uso 
recorrente com destinação diversa da finalidade da coisa, configura infração legal.
É a Cessão de uso e gozo remunerada. O Locatário tem apenas a posse da coisa, enquanto da 
vigência do contrato. É um contrato não translativo (não transfere propriedade)
Pode existir a figura do sublocatário, que receberá o bem do locatário pra exercer o direito de uso e 
gozo que dispõe o locatário.
A sublocação, a cessão da locação ou empréstimo do bem locado dependem de expressa previsão (e 
escrita se locação urbana) ou autorização, sob pena de infração legal.
Existe a hipótese de "transformação" de coisa móvel fungível em infungível, o que permite a locação 
desta. (Ex: talheres, dvd's) 
Elementos1-
Prazo:
O prazo é importantíssimo no contrato de locação para que exista a previsibilidade de término 
do pacto contratual, marcando a data da restituição.
Porém este prazo pode ser indeterminado, possuindo termo inicial e terminando mediante 
notificação, aviso ou interpelação.
No prazo do contrato (se determinado), o locador não pode retomar o bem, salvo nas 
hipóteses de denúncia cheia (retomada motivada) e o locatário pode devolver o bem a 
qualquer tempo desde que pague a multa pactuada. (geralmente é proporcional)
Preço:
Preço é livre, em regra, mas tem-se admitido preços no valor de 0,5 a 0,7% do valor da coisa 
ao mês.
Reajuste = Se dará de acordo com a previsão contratual ou, diante da omissão ou falta de 
acordo no contrato, pode se dar a cada 3 anos de vigência da relação.
Base Legal2-
Código Civil de 2002 - Arts. 565 a 578. (bens móveis, primariamente e imóveis 
subsidiariamente) Em conjunto com o CDC.
Bens imóveis:
Locação
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
08:34
 Página 8 de Direito Civil IV 
Lei 8245/91 - Imóveis urbanos (lei do inquilinato)
Lei 4594/64 - Imóveis rurais (Estatuto da Terra)
*O critério definidor se o imóvel é urbano ou rural é o da atividade.
São atividades de caráter urbano: Residência, comércio, indústria. São atividades rurais: 
Agricultura, pecuária, etc
Classificação3-
Bilateral (pois gera reciprocidade obrigacional)-
Consensual (basta o consenso, independente do registro. A forma é livre)-
Comutativo [em regra, exceto disposição contrária] (Prestações previamente conhecidas e não 
há incidência assumida de risco)
-
Principal (não é dependente juridicamente de outro contrato - como é o de fiança)-
Oneroso (pois envolve sacrifício patrimonial)-
Trato sucessivo (é um contrato duradouro, em regra)-
Impessoal (Não se dá em razão da pessoa, em regra. as características pessoais das partes têm 
relevância reduzida)
-
Típico (há previsão legal)-
Adesão* (pode existir a forma negociável, mas muitos dos contratos são de adesão)-
Forma4-
Livre, apesar de a segurança jurídica exigir formalidades maiores, como a forma escrita.
Extras5-
Locação predial Urbana
Prédio Urbano é qualquer bem imóvel, edificado ou não, com destinação urbana.
Circunstâncias comuns:•
Art. 1º ao Art. 45 lei 8245/91 = Regras gerais para locações prediais.
Denúncia = Manifestação de uma das partes que pretende findar o contrato.-
Cheia = Possui motivação (Art. 9º traz lista exemplificativa, ex: infração legal)a)
Vazia = Não possui motivação (Ex: Denúncia após a indeterminação tácita do prazo pela 
permanência do locatário, pelo fim do prazo determinado,em contratos residenciais com 
prazo igual ou superior a 30 meses)
b)
Locação Residencial:•
Locação destinada a moradia (via de regra, familiar).
Cabe denúncia vazia na locação residencial nos contratos com prazo igual ou superior a 30 
 Página 9 de Direito Civil IV 
Cabe denúncia vazia na locação residencial nos contratos com prazo igual ou superior a 30 
meses que se indeterminam pela permanência do locatário por mais de 30 dias sem a 
oposição do locador. Nesse caso, a desocupação pressupõe notificação com 30 dias de 
antecedência.
Nos prazos inferiores a 30 meses, só caberá denúncia vazia do locador após 5 anos de vigência 
da relação.
O locatário poderá realizar denúncia vazia a qualquer tempo e devolver o bem, pagando a 
multa se em vigência do contrato determinado, porém após a indeterminação ele poderá 
devolver sem pagamento de multa recisória.
Locação Não Residencial•
É a locação que é destinada ao exercício de atividade econômica (neste caso de caráter 
urbano).
Exceção: Uma locação realizada em nome de pessoa jurídica com objetivo de ali residirem 
seus gestores é classificada como não residencial, mesmo sendo utilizada como moradia.
Nas locações não residenciais não é necessário que se observe todos os requisitos para a 
denúncia vazia como na residencial, porém a denúncia cheia se mostra nos mesmos termos.
Renovação compulsória: Protege o chamado "ponto comercial" do locatário. É a possibilidade 
do locatário renovar o contrato suprindo a vontade do locador por mais 5 anos.
Requisitos:
Contrato Escrito e por prazo Determinado que venha em vigência mínima de 5 anos (mesmo 
que mais de um contrato), além de 3 anos de exercício da mesma atividade.
O locador não será obrigado a renovar o contrato quando nos casos do Art. 52 da Lei do 
inquilinato.
No caso de venda do imóvel, o locatário tem a preferência para a compra. Se este não optar 
pela compra, um terceiro que venha adquirir a coisa não é obrigado a cumprir o prazo do 
contrato de locação, salvo pela existência de cláusula de vigência.
Cláusula de vigência é a cláusula que institui um prazo ao contrato que obriga inclusive 
terceiros a respeitarem. (Exige, para sua validade, registro do contrato em cartório de registro 
de imóveis respectivo.)
Se o contrato não contiver cláusula de vigência, o proprietário adquirente deverá notificar o 
locatário para fins de desocupação com 90 dias de antecedência.
Locação para Temporada•
É a locação destinada ao uso transitório do locatário por no máximo 90 dias (sem a 
possibilidade de renovação).
O Art. 48 da Lei do inquilinato dispõe exemplificativamente exemplos de locações para 
temporada.
Denúncia vazia na locação para temporada: Só caberá denúncia vazia após 30 meses de 
vigência do contrato (mesmo sendo por prazo inferior a 30 meses originariamente), podendo 
o locador despejar o locatário nos 30 dias subsequentes ao fim do contrato.
Garantias Locatícias:
 Página 10 de Direito Civil IV 
Garantias Locatícias:
Garantias locatícias são prerrogativas que assistem o locador de se acautelar diante de uma 
possível mora e/ou inadimplemento do locatário. São faculdades do locador, que pode ou não 
exigí-las. São inacumuláveis.
Fiança1-
Fiança é contrato acessório em que uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigação 
assumida pelo credor se este não a cumprir. Só tem validade se na forma escrita.
A responsabilidade do fiador é subsidiária, em decorrência do benefício de ordem.
É uma garantia pessoal que o fiador assume para com a dívida assumida pelo locatário nesse 
caso.
Admite renúncia do benefício de ordem, passando a obrigação a ser solidária. (Renúncia do 
827, 829 e 935 do Código Civil de 2002.) Porém se essa cláusula for obscura, gerará 
anulabilidade, já que pode ser prejudicial ao fiador.
O fiador está sujeito à perda do bem de família. Pode se exonerar da obrigação desde que 
notifique o locador por escrito e responda pelas obrigações por mais 120 dias. O fiador pode 
contratar com o credor mesmo contra a vontade do devedor.
Caução2-
É uma garantia real, o patrimônio é que garante a dívida que poderá ser oferecida pelo 
locatário ou por terceiro.
O bem dado em caução será expropriado, levado a leilão e se exceder o valor da dívida, a 
diferença volta ao dono do bem.
A caução não é limitada pelo valor do contrato, a caução para bens imóveis pode ser de valor 
maior que o próprio contrato. A caução para bens móveis também não é, em regra, limitada. 
Mas como pode ser em dinheiro, o limite é de 3x o valor do aluguel. Este valor deverá ficar em 
conta com rendimentos que poderá ser administrada pelo locador.
Cessão fiduciária de cópias de fundo de investimento3-
Por essa garantia o locatário (ou terceiro) faculta ao locador o resgate de valores aplicados em 
determinado fundo como forma de garantia de possível inadimplemento.
É garantia real, como a caução, onde os fundos de investimento são a garantia ao contrato.
Títulos de Capitalização
Previdência Privada
Ações
CDI / CDB
Não tem limite de valor e a execução da garantia não depende do judiciário, pode ser feita de 
pleno direito.
Seguro fiança locatícia4-
Será trabalhada no contrato de seguro.
 Página 11 de Direito Civil IV 
Pelo contrato de doação, o doador transfere ao donatário bens ou vantagens por ato de 
liberalidade.
O contrato de doação é obrigatoriamente translativo, sob pena de ser invalidado. Quando não existe 
a transferência de domínio é uma cessão comum.
Qualquer coisa que esteja no comércio e seja lícito poderá ser objeto do contrato de doação.
É um contrato solene, em regra, precisando obedecer a forma prescrita em lei. (Deve ser escrito)
Admite-se doação verbal, mas apenas para bens móveis de pequeno valor (levado em conta o 
universo patrimonial do doador)
Base Legal = Art. 538 Código Civil de 2002 e seguintes.
O contrato de doação é, em regra, unilateral, já que gera obrigações apenas para o doador, além de 
ser também gratuito, pois não há contraprestação equivalente. 
A exceção é a doação com encargo, que é bilateral e onerosa (perde sua gratuidade pela presença 
do encargo)
Liberalidade•
Liberalidade é ato de livre vontade de beneficiar. É característica de contratos gratuitos. No contrato 
de doação a liberalidade é requisito e esta vontade deve ser livre.
Aceitação•
A aceitação é requisito para o contrato, por contrato ser. Apesar de ser unilateral, deve existir a 
aceitação, que poderá ser:
Ficta = A lei supre a aceitação para doações puras para absolutamente incapazes.
Expressa = Declarada expressamente (em regra, da mesma forma que o contrato)
Tácita = Decorre da prática de ato pelo donatário compatível com a aceitação.
Presumida = Se ciente do prazo para a recusa da doação o donatário não o faz, há aceitação 
presumida. Só vale para doação pura e só quando existir previsão em lei.
Transferência de Patrimônio•
Animus Donandi•
É o elemento objetivo do contrato de doação. O decréscimo patrimonial do doador e acréscimo 
patrimonial do donatário são obrigatórios e podem ser provados pelas declarações de imposto de 
renda, comprovantes bancários, etc.
É o elemento subjetivo da doação, é importante pois a mera tolerância não implica em contrato. A 
intenção de doar deve ser externalizada para que se prove a validade da doação.
Contrato de Doação
terça-feira, 13 de março de 2012
08:11
 Página 12 de Direito Civil IV 
Espécies de doação-
Pura - (é a doação sem encargo)a)
Com encargo:-
Doação condicional (depende de evento futuro e incerto) [se]b)
Doação a termo (depende de evento futuro certo, exceto a morte) [quando]c)
Doação modal (o doador estabelece a finalidade do uso da coisa doada) [a fim de / para que]d)
Extras-
Doação Remuneratória (funciona como retribuição do doador ao donatário)e)
Doação como forma de subvenção periódica (doador habitualmente fornece ao donatário 
dinheiro ou bens necessários à sua subsistência)
f)
Vícios da Doação-
Doação Universal = é aquela em que o doador dispõe de todosos seus bens, sem reserva de 
parte para suas subsistência. (Art. 548) é NULA.
-
Doação Inoficiosa = é aquela que excede os limites da parte disponível. (Ex: pai que doa além 
do que pode dispor) é nula apenas no excedente.
-
Cláusulas Limitativas-
intenção de doar deve ser externalizada para que se prove a validade da doação.
Podem ter prazo de vigência.
Art. 1911 Código Civil de 2002 
Inalienabilidade (impõe as outras 2, mesmo que não previstas no contrato) - Proíbe que a coisa 
'doada' seja alienada gratuita ou onerosamente. (Pode transferir-se a posse)
Impenhorabilidade - Por essa cláusula, a coisa não pode ser expropriada pelas dívidas do 
donatário.
-
Incomunicabilidade (só em relação a regime matrimonial e não sucessão) - Implica na 
impossibilidade de comunhão de bens entre cônjuges.
-
Cláusula de Reversão-
Revogação da Doação-
O Art. 547 preceitua a cláusula de reversão (A coisa doada retornará ao doador se o donatário 
morrer antes dele) Interrompe a ordem normal de sucessão. Deve ser expressa e não pode 
beneficiar terceiros.
Art. 555 a 564:
Inexecução do Encargo - Descumprimento do disposto no contrato de doação como encargo.-
Podem ocorrer a qualquer tempo, porém o doador tem 1 ano para pedir a revogação após a ciência 
da inexecução do encargo ou ingratidão.
 Página 13 de Direito Civil IV 
Inexecução do Encargo - Descumprimento do disposto no contrato de doação como encargo.-
Ingratidão - Art. 557 Código Civil de 2002 (Situações de ingratidão)-
 Página 14 de Direito Civil IV 
Conceito
Pelo contrato de mandato, alguém (mandatário) recebe de outrem poderes para praticar atos ou administrar 
interesses em nome e por conta do mandante.
Mandante = outorgante. (Representado)
Mandatário = outorgado. (Representante ou procurador) - Deve atuar em prol dos interesses do mandante, embora 
não seja obrigado, em regra, a garantir resultado.
Todos os atos praticados pelo mandatário vinculam o mandante, mas pode-se limitar no contrato de mandato, 
tornando alguns atos ultra vires mandato. (Excesso de mandato, que gera responsabilização pessoal ao mandatário, 
salvo se o mandante os ratificar.)
Base Legal
Art. 653 e seguintes Código Civil de 2002.
Cabimento
Cabível em qualquer situação em que a lei não proíba a representação. (Ex: Alistamento militar, sufrágio universal, 
audiências em JESP)
Procuração e Poderes
É o instrumento do mandato. É a prova escrita do contrato de mandato.
"Existe mandato sem procuração, mas a recíproca não é verdadeira."
A cláusula mandato é a outorga de poderes em contrato que não propriamente de mandato. (ilícita nas relações de 
consumo - Art. 51 inciso VIII CDC)
Pode ser Pública ou particular, Ad Judicia e Ad Negocia.
Pública: É aquela lavrada em cartório e normalmente utilizada quando o ato a ser praticado por intermédio 
dela exige formalidade pública (Ex: Compra e venda de imóveis com valor superior a 30 salários mínimos), 
quando exigido por terceiro, deficiência do outorgante que impossibilite a assinatura ou por analfabetos. (o 
que não são exigências legais e sim práticas, podendo ser assinada "A Rogo")
-
Particular: é aquela lavrada pelas partes e pode ter firma reconhecida ou não. É a mais comum.-
Ad Judicia: é aquela que detém os poderes gerais para o foro (apenas quem tem capacidade postulatória)-
Ad Negocia: é aquela que contém poderes amplos e ilimitados para a prática de atos negociais em nome do 
mandante. (é firmada em cartório, sendo pública)
-
Poderes são as prerrogativas que o mandatário recebe do mandante e podem ser gerais ou especiais.
Gerais = São implícitos em todo contrato de mandato (Necessários à prática dos atos).
Especiais = São sempre expressos, pois exorbitam os gerais. (Descritos no §1º do Art. 661 Código Civil de 2002)
Aceitação
Contrato de Mandato
terça-feira, 20 de março de 2012
08:28
 Página 15 de Direito Civil IV 
Aceitação
Pode ser expressa, tácita, mas nunca presumida.
Expressa - Ato inequívoco.
Tácita - Deriva do início da prática dos atos.
Presumida - Não pode, já que a lei não a permite.
Substabelecimento
Pelo substabelecimento, um mandatário transfere a terceiros os poderes recebidos do mandante (Pode existir 
vedação ao substabelecimento, desde que seja expressa na procuração) e pode ser com ou sem reserva de iguais 
poderes (podendo o substabelecente continuar como mandatário juntamente com o substabelecido).
Pode ser Total ou Parcial, podendo se reservar apenas parte dos poderes a serem substabelecidos.
Remuneração
Regra geral o contrato de mandato é gratuito, presumindo-se oneroso nos casos em que o mandatário pratica atos 
de representação como profissão lucrativa. (nesses casos de previsão, sem ajuste pelas partes, a remuneração dar-
se-á pelos usos do lugar ou por arbítrio do juiz)
Mandato Plural
É aquele em que há mais de um mandante ou mais de um mandatário.
Quando há a pluralidade de mandatários, o contrato de mandato pode ser:
Simples - A prática dos atos independe da ordem de nomeação. (é o mais comum)-
Conjunto - Os atos têm que ser praticados por mais de um ou por todos os mandatários para fins de validade.-
Sucessivo - Um segundo mandatário somente atua após exauridos os atos do primeiro.-
Extinção do Mandato
Art. 682 Código Civil de 2002 - Regras para extinção do Mandato.
Art. 682. Cessa o mandato:
I - pela revogação ou pela renúncia;
II - pela morte ou interdição de uma das partes;
III - pela mudança de estado que inabilite o mandante a conferir os poderes, ou o mandatário para os exercer;
IV - pelo término do prazo ou pela conclusão do negócio.
Quem revoga é o mandante, quem renuncia é o mandatário1-
O mandato é, em regra, pessoal, salvo previsão contrária.2-
Mudanças de estado físico ou civil.3-
São lícitos Mandatos por prazo indeterminado, por poder ser revogado a qualquer tempo.4-
Impossibilidade da revogação:
Mandato em causa própria (Art. 685)
Art. 685. Conferido o mandato com a cláusula "em causa própria", a sua revogação não terá eficácia, nem se 
extinguirá pela morte de qualquer das partes, ficando o mandatário dispensado de prestar contas, e podendo 
transferir para si os bens móveis ou imóveis objeto do mandato, obedecidas as formalidades legais.
 Página 16 de Direito Civil IV 
transferir para si os bens móveis ou imóveis objeto do mandato, obedecidas as formalidades legais.
Mandato Judicial
Arts. 37 e SS - CPC
Art 44 - CPP
 Página 17 de Direito Civil IV 
Conceito
Contrato de depósito é aquele em que alguém (depositário) recebe coisa móvel de outrem 
(depositante) para a guarda, até que ela seja reclamada.
O dever de guarda (diretamente gerado para a envolve a obrigação de custódia, evitando que a 
coisa sofra danos.
Excepcionalmente, pode o depositário ser contemplado com o direito da posse (que normalmente é 
restrito)
Se a posse for restrita, o excesso gerará perdas e danos.
A regra geral da responsabilidade do depositário é subjetiva, podendo ser, excepcionalmente 
objetiva, não dependendo da culpa do depositário. (é regra nas relações de consumo)
Base Legal
Art. 627 a 646 Código Civil de 2002.
Tipos
Regular - Tem por objeto coisa móvel infungível.-
Irregular - Tem por objeto coisa móvel fungível (ex: dinheiro) e regula-se pelas regras do 
mútuo.
-
Voluntário - Decorre de convenção das partes.-
Necessário - Não advém da vontade das partes, mas da lei ou das circunstâncias (Ex: 
calamidade)
-
Legal - Decorre determinação legal (ex: bagagens hóspedes em hotéis)a)
Miserável - Decorre de circunstância específica de necessidade (Ex: enchentes)b)
Forma
A forma no contrato é livre, entretanto a prova deste deverá ser escrita. (Ex: comprovante de 
estacionamento)
O depositante precisa pagar o preço do depósito para retirar a coisa, tendo o depositário, portanto, 
o direito de retenção da coisa.
Prazo
O prazo do contrato de depósito é livre e mesmo que tenha prazo, não é vinculante para o 
depositante, que pode recobrar o bem a qualquer tempo (em regra).
O direitode retenção pode ser gerado por:
Contrato de Depósito
terça-feira, 27 de março de 2012
08:20
 Página 18 de Direito Civil IV 
O direito de retenção pode ser gerado por:
Inadimplemento da remuneração no depósito oneroso.-
Não indenização dos possíveis danos causados pela coisa custodiada.-
Ao fim do prazo, o depositário não pode simplesmente abandonar a coisa, podendo iniciar a 
cobrança pelo depósito ou pedir o depósito judicial da coisa (por motivo plausível).
Obrigações
Do depositante:
Remunerar o depositário no depósito oneroso.
Indenizar os danos causados pela coisa ao depositário.
Recobrar a coisa dada em depósito.
Do depositário:
Custodiar a coisa.
Indenizar os danos sofridos pela coisa (salvo situações excludentes de responsabilidade)
Restituir a coisa, quando reclamada.
Depositário Infiel
A súmula vinculante 25 excluiu a hipótese do Art. 652 que estabelecia prisão civil para o depositário 
infiel, restando a ele apenas a sujeição à indenização pelos prejuízos.
Extinção
Pela fluência do prazo (quando houver)-
Perecimento da coisa sem culpa do depositário-
Abandono da coisa pelo depositante (exige-se o cumprimento de formalidades, como a 
notificação)
-
 Página 19 de Direito Civil IV 
Conceito:1-
Art. 534. Pelo contrato estimatório, o consignante entrega bens móveis ao consignatário, que 
fica autorizado a vendê-los, pagando àquele o preço ajustado, salvo se preferir, no prazo 
estabelecido, restituir-lhe a coisa consignada.
É um contrato REAL, só criando vínculo obrigacional a partir da tradição.
Diferentemente do contrato de Agência ou Distribuição, o Consignatário atua em nome próprio.
Base Legal2-
Arts. 534 a 537.
Cabimento3-
O consignatário tem duas opções legais para fazer cumprir o contrato estimatório, sendo elas:
Vender a coisa-
Restituir a coisa-
Porém, este ainda tem outras opções, como ficar com a coisa e dar a ela a destinação que 
quiser, porém nesse caso surge outro contrato (de compra e venda) cujos sujeitos são os 
mesmos da consignação e, para sanar possíveis vícios jurídicos no negócio, há de se saber 
quais regras aplicar, sabido em qual negócio jurídico ocorreu o vício.
Bens Móveis, Fungíveis ou Infungíveis (para imóveis, tem-se a corretagem - Art. 722 Código 
Civil de 2002)
Preço e Remuneração4-
Quem define o preço para a venda da coisa é o consignante, e é causa da nomeação do 
contrato como Estimatório.
O Sobrepreço é a remuneração do consignatário e consiste na diferença entre o preço 
pretendido pelo consignante e o valor real da venda da coisa (pelo consignatário).
Essa remuneração precisa ser ad exitum (na forma do sobrepreço) para que se configure um 
contrato estimatório puro, já que se existir remuneração pro labore, o contrato caminha a ser 
tido como prestação de serviços ou mesmo um contrato híbrido e não puro.
Obrigações5-
Embora seja um contrato não translativo (não transfere domínio), a disponibilidade da coisa é 
retirada do consignante, que não pode vender a coisa enquanto da vigência do contrato. 
Apesar do consignatário não ter o domínio da coisa, contra ele correm os riscos do 
perecimento da coisa, excepcionando a regra Res Perit Domino. (Responderá até por fatos a 
ele não imputáveis Art. 535) 
É um contrato BILATERAL, existindo obrigações para ambas as partes.
Contrato Estimatório (Consignação)
terça-feira, 10 de abril de 2012
07:41
 Página 20 de Direito Civil IV 
É um contrato BILATERAL, existindo obrigações para ambas as partes.
Obrigações do Consignatário:
Vender a coisa. (baldar esforços necessários)a)
Repassar o preço (se vender).b)
Restituir a coisa (se não vender).c)
Reparar os danos sofridos pela coisa enquanto da posse.d)
Obrigações do Consignante:
Se abster de vender a coisa enquanto na posse do consignatárioa)
Estimar o preço do contratob)
Reparar os danos sofridos pelo consignatário em decorrência da retomada prematura da 
coisa.
c)
Despesas6-
Regra geral, as despesas do contrato são do consignatário, podendo ser pactuado em 
contrário no contrato.
Prazo7-
O prazo no contrato estimatório é vinculante apenas para o consignante, não vinculando o 
consignatário, que poderá restituir a qualquer tempo.
Extras8-
Art. 536. A coisa consignada não pode ser objeto de penhora ou seqüestro pelos credores do 
consignatário, enquanto não pago integralmente o preço.
Art. 537. O consignante não pode dispor da coisa antes de lhe ser restituída ou de lhe ser 
comunicada a restituição.
 Página 21 de Direito Civil IV 
Contrato de empréstimo é a cessão gratuita ou onerosa de coisa móvel ou imóvel, fungível ou 
infungível.
Contrato de Empréstimo
terça-feira, 10 de abril de 2012
07:43
 Página 22 de Direito Civil IV 
Comodato é o chamado empréstimo de uso.
Conceito1-
Art. 579. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a 
tradição do objeto.
Pelo contrato de comodato, o comodante cede ao comodatário o uso e gozo de coisa móvel 
ou imóvel infungível, gratuitamente.
Apesar de ser gratuito, o comodatário que paga algumas despesas do bem, gerando benefício 
econômico indireto ao comodante não faz retirar do contrato a sua Gratuidade. (ex: pagar 
condomínio, impostos, etc)
As benfeitorias dificilmente são indenizáveis ao comodatário.
Os danos causados à coisa sem culpa do comodatário não são de responsabilidade dele, 
porém ele deverá zelar pela coisa como se fosse dele, nos termos dos Arts. 582 e 583.
Base Legal2-
Arts. 579 a 585.
Características3-
Pressupõe acordo de vontades, a mera tolerância não induz contrato.
É gratuito.
É Unilateral, segundo parte da doutrina, já que apenas o comodatário tem obrigações. Porém 
há pessoas que dizem que existe a obrigação do comodante de respeitar o prazo.
É Temporal (tem prazo e o comodatário é obrigado a restituir a coisa recebida em comodato)
É um contrato real, só se perfaz com a entrega da coisa.
Forma livre
Pessoalidade
Apesar de a prática ter relativizado esse princípio, a origem do contrato de comodato é de ser 
pessoal.
Obrigações4-
Art. 582 Código Civil de 2002.
Do comodatário
Art. 582. O comodatário é obrigado a conservar, como se sua própria fora, a coisa emprestada, 
não podendo usá-la senão de acordo com o contrato ou a natureza dela, sob pena de 
responder por perdas e danos. O comodatário constituído em mora, além de por ela responder, 
Comodato
terça-feira, 10 de abril de 2012
08:36
 Página 23 de Direito Civil IV 
responder por perdas e danos. O comodatário constituído em mora, além de por ela responder, 
pagará, até restituí-la, o aluguel da coisa que for arbitrado pelo comodante.
Art. 583. Se, correndo risco o objeto do comodato juntamente com outros do comodatário, 
antepuser este a salvação dos seus abandonando o do comodante, responderá pelo dano 
ocorrido, ainda que se possa atribuir a caso fortuito, ou força maior.
Conservar
Uso devido (contrato ou natureza)
Indenizar danos causados à coisa (imputáveis ao comodatário)
Restituir
Do Comodante
Respeitar o prazo
Comodato Modal5-
O doador define o modo como a coisa será usada, respondendo o comodatário pelos danos e 
é motivo de extinção do contrato.
Prazo6-
Pode ser determinado ou indeterminado, porém quando se torna indeterminado (após o 
prazo pactuado) o comodante poderá retomar a coisa a qualquer tempo.
Apenas o prazo convencional e o uso presumido podem impedir o comodante de retomar a 
coisa, além da possibilidade judicial após reconhecida necessidade imprevista e urgente pelo 
juiz.
*Há quem diga que o comodato vitalício é doação, porém é equivocado esse posicionamento, 
já que o comodato não é translativo e nem transmissível aos herdeiros, como é a doação.
 Página 24 de Direito Civil IV 
O mútuo é o chamado empréstimo de consumo
Conceito1-
Pelo contrato de mútuo, o mutuante transfere ao mutuário coisa móvel fungível que deve ser 
restituída por outra de mesma espécie, qualidade e quantidade.
Características2-
É um contrato Translativo (transfere-se o domínio - Art. 587) e porisso dá ao mutuário a livre 
disposição sobre a coisa.
Pode ser Oneroso (quando feneratício $$) ou Gratuito (o que é a regra geral)
Forma Livre
Remuneração3-
Os juros são a remuneração do mútuo feneratício, mas são limitados.
Podem ser:
Compensatórios
Remuneratórios
Moratórios
Ainda recaem sobre o capital a correção monetária e a comissão de permanência. 
Comissão de permanência é a correção monetária para instituições financeiras.
No Brasil há uma discussão sobre a limitação à remuneração por juros, já que para instituições 
financeiras não há limite legal de juros, ficando a cargo dos princípios e jurisprudência 
elencarem a taxa média de mercado e estabelecerem a taxa de juros.
Já para mutuantes que não são instituições financeiras, deverá ser respeitado o limite do Art. 
591 c/c 406 Código Civil de 2002 (taxa SELIC) ou ainda o §1º do Art. 161 do CTN (1% a.m). Já a 
usura (abuso na cobrança dos juros além do dobro da taxa legal) ou meios coercitivos ilegais 
configura Agiotagem.
[Lei da Usura: DL 22.626/33 - Art. 1º].
Capitalização
A cobrança de juros sobre juros só é permitida anualmente para quem não é instituição 
financeira, porém esta tem cobrança livre. (o abuso na capitalização configura Anatocismo)
Mútuo
terça-feira, 10 de abril de 2012
08:37
 Página 25 de Direito Civil IV 
Conceito-
Pelo contrato de Prestação de Serviços, alguém cede a outrem capacidade laborativa para o 
exercício de determinada atividade lícita, mediante remuneração.
Cedente = Prestador do serviço
Cessionário = Tomador de serviço (remunerador)
É lícito ao tomador de serviços exigir do executor todas as suas aptidões, podendo ser 
ressalvadas algumas delas na forma do contrato.
Se diferencia da empreitada já que não é obrigado o prestador a garantir resultado, sua 
obrigação é de meio e remuneração, em regra, pro labore. Além disso, o prazo da empreitada 
é livre e geralmente se finda ao término da obrigação contida no contrato. Na prestação de 
serviços o serviço será prestado até o fim do prazo estabelecido.
Base Legal-
Art. 593 a 609 do Código Civil de 2002
Não Incidência-
Em matéria de prestação de serviços, o Código Civil de 2002 tem conteúdo residual, só 
incidindo diretamente em relações não regidas por leis especiais ou lei trabalhista.
Nesses casos, há incidência do Código Civil subsidiariamente.
Ex de Leis Especiais: Estatuto da OAB, Regimento de Serviços de Saúde, CDC, etc.
Remuneração-
O contrato de prestação de serviços é presumidamente oneroso e portanto pressupõe 
também a remuneração, que pode também ser chamada de salário, retribuição, pagamento, 
honorários.
Em regra, é realizada em dinheiro e após a execução do serviço.
Mas é possível a remuneração através de serviços (o que não configura permuta), na forma 'in 
natura', com alimentos, vestuário, etc ou de qualquer outra forma.
É possível a prestação de serviços gratuitos, mas exige previsão.
A Responsabilidade do prestador é subjetiva, só podendo ser responsabilizado por fatos 
imputáveis a ele por culpa ou dolo.
Prazo-
O prazo de prestação de serviços não é livre, terá no máximo 4 anos de duração. (Art. 598)
Contrato de Prestação de Serviços
terça-feira, 17 de abril de 2012
07:44
 Página 26 de Direito Civil IV 
Forma-
A forma é livre.
Serviços no CDC-
As relações de consumo são regidas pelo CDC que, em regra, estabelece responsabilidade 
OBJETIVA e obrigação de Resultado e não meio. (Arts. 14 e 20 CDC)
Porém os profissionais liberais só respondem subjetivamente, sendo necessário que se prove a 
culpa.
Apenas as prestações de serviços remuneradas se submetem ao CDC (remuneração direta ou 
indireta, exceto tributos)
Extinção-
Art. 607. O contrato de prestação de serviço acaba com a morte de qualquer das partes. 
Termina, ainda, pelo escoamento do prazo, pela conclusão da obra, pela rescisão do contrato 
mediante aviso prévio, por inadimplemento de qualquer das partes ou pela impossibilidade da 
continuação do contrato, motivada por força maior.
 Página 27 de Direito Civil IV 
Conceito-
Pelo contrato de empreitada, o empreiteiro se compromete a executar determinada obra em 
benefício do comitente, por si ou por terceiros, sem vínculo de subordinação e mediante 
remuneração.
É um contrato Oneroso, em sua essência.
Pessoas-
É possível, portanto, a figura do subempreiteiro, que é o contratado pelo empreiteiro para a 
execução, que pode ser total ou parcial. (só não é lícita a sub-empreitada pública ou quando o 
contrato for "intuito personae").
A obra determinada será executada de acordo com um Plano ou com um Projeto.
Plano (sem técnica)-
Projeto (obra executada com base em especificidades técnicas orientadas pelo autor do 
projeto)
-
O Incorporador é aquele que obedece aos trâmites burocráticos e legais para fim de permitir a 
comercialização de imóveis ainda pendentes de edificação. (Regras na Lei 4591/64)
O empreiteiro não é jamais subordinado ao comitente, o que diferencia da prestação de 
serviço que admite essa forma.
A empreitada é, em regra, impessoal, podendo a lei ou o contrato dispor em contrário, o que 
diferencia da prestação de serviços que é pessoal.
Base Legal-
Arts. 610 a 626 Código Civil de 2002.
Cabimento-
O objeto é APENAS execução de obra e não qualquer cessão de capacidade laborativa como na 
Prestação de Serviços.
Por obra, entende-se Edificação, Demolição e obras intelectuais (livros, pinturas, obras de arte 
em geral).
Espécies-
Art. 610. O empreiteiro de uma obra pode contribuir para ela só com seu trabalho ou com ele e 
os materiais.
§ 1o A obrigação de fornecer os materiais não se presume; resulta da lei ou da vontade das 
partes.
De Lavor (apenas) = é aquela em que o empreiteiro só fornece mão de obra. Os materiais 
correm por conta do comitente.
-
Contrato de Empreitada
terça-feira, 24 de abril de 2012
08:07
 Página 28 de Direito Civil IV 
correm por conta do comitente.
Art. 612. Se o empreiteiro só forneceu mão-de-obra, todos os riscos em que não tiver culpa 
correrão por conta do dono.
Art. 613. Sendo a empreitada unicamente de lavor (art. 610), se a coisa perecer antes de 
entregue, sem mora do dono nem culpa do empreiteiro, este perderá a retribuição, se não 
provar que a perda resultou de defeito dos materiais e que em tempo reclamara contra a sua 
quantidade ou qualidade.
De Lavor e Materiais = é aquela em que o empreiteiro fornece mão de obra e materiais.-
Art. 611. Quando o empreiteiro fornece os materiais, correm por sua conta os riscos até o 
momento da entrega da obra, a contento de quem a encomendou, se este não estiver em mora 
de receber. Mas se estiver, por sua conta correrão os riscos.
(O Art. 611 dispõe sobre a mora do comitente em receber a obra, quando por conta dele 
passam a correr os riscos do perecimento dos materiais)
Remuneração-
É um contrato presumidamente oneroso, porém, diferentemente da prestação de serviços o 
tempo não é relevante para fins remuneratórios.
Preço Fixo é aquele que não se sujeita às fases de execução do contrato e pode ser pago de 
uma só vez ou em parcelas. O empreiteiro receberá independentemente do que já tenha 
executado da obra.
Preço escalonado é aquele que se vincula à execução da obra, condicionando-se a 
remuneração às fases de execução da obra. O empreiteiro recebe de acordo com o que já 
realizou da obra.
O preço é, em geral, fixado pelo empreiteiro, mesmo porque ele é o conhecedor do mercado. 
Uma vez aceito pelo comitente, o preço é inalterável, salvo por:
Convenção das partes.-
Art. 619 §único-
"Ainda que não tenha havido autorização escrita, o dono da obra é obrigado a pagar ao 
empreiteiro os aumentos e acréscimos, segundo o que for arbitrado, se, sempre presente à 
obra, por continuadas visitas, não podia ignorar o que se estava passando, e nunca protestou."
Art. 620 -
"Se ocorrer diminuição no preço do material ou da mão-de-obra superior a um décimo do preço 
global convencionado, poderá este ser revisto, a pedido do dono da obra, para que selhe 
assegure a diferença apurada."
Obrigações e Responsabilidades-
Na empreitada a obrigação é de resultado e não de meio, como a regra da prestação de 
serviços.
A responsabilidade é objetiva e solidária (se relação de consumo) e subjetiva nas relações civis 
comuns.
Na empreitada de lavor e materiais, chamada mista, o empreiteiro é responsabilizado pela 
qualidade da execução e materiais pelo prazo de 5 anos, porém na empreitada apenas de 
lavor, aplicar-se-á a regra geral dos vícios redibitórios (1 ano).
 Página 29 de Direito Civil IV 
lavor, aplicar-se-á a regra geral dos vícios redibitórios (1 ano).
Já nas relações de empreitada regidas pelo CDC, o prazo é de 90 dias a partir da entrega da 
coisa (se vício aparente) ou a partir do aparecimento do vício (se oculto).
Obrigações do Comitente:
Remunerar o empreiteiro (na forma do pactuado)
Fornecer os materiais (se empreitada de lavor)
Reparar os danos sofridos pelo empreiteiro em caso de suspensão injustificada da obra.
Obrigações do Empreiteiro:
Concluir a obra de acordo com o projetado
Indenizar ao comitente as perdas de material decorrentes de sua conduta culposa na 
empreitada de lavor.
Reparar os danos causados pela falha na execução e/ou má qualidade de materiais (pelos 
materiais, só na empreitada mista)
Obras Públicas-
Muitas obras públicas dependem de licitação, que consiste em uma espécie de disputa pelo 
contrato com a administração pública, regida pela lei 8666/93.
O contrato de empreitada de obra pública é contrato administrativo, que prevê cláusulas 
exorbitantes.
Cláusula exorbitante é aquela que extrapola as regras gerais de direito privado e em benefício 
da administração pública. Seu Rol se encontra no Art. 58 da Lei de Licitações e Contratos 
públicos (8666/93).
Possibilidade de alteração unilateral do contrato pela administração pública pelas cláusulas 
exorbitantes.
Extinção-
Conclusão da obra (de acordo com o plano)a)
Morte (pn) ou extinção (pj) de uma das partes (se contrato intuito personae)b)
Distrato (resilição bilateral)c)
Resilição unilateral (caberá perdas e danos ou cláusula penal)d)
Resolução (Extinção em decorrência de fato alheio à vontade das partes, pelo juiz)e)
Desapropriação do bemf)
Falência de uma das partes.g)
Fortuito ou Força maiorh)
 Página 30 de Direito Civil IV 
Conceito-
Art. 730. Pelo contrato de transporte alguém se obriga, mediante retribuição, a transportar, de um lugar para 
outro, pessoas ou coisas.
Partes:
Transportador (é a parte que se obriga a transportar, sejam pessoas ou coisas)
Remetente (é o despachante da coisa ou objeto pactuado)
Passageiro (o contratante do transporte de pessoas, é objeto do transporte e parte do contrato)
Destinatário (a quem se destina o objeto ou coisa - Consignatário)
Base Legal-
Art. 730 a 756 Código Civil de 2002 
Convenções
Leis especiais
Normas de Órgãos Reguladores (Bhtrans, CONTRAN, etc)
Espécies-
Transporte de Coisas•
Inanimadas-
Animais-
Transporte de Pessoas•
Riscos e Responsabilidades-
Riscos do Transportador:
Art. 741. Interrompendo-se a viagem por qualquer motivo alheio à vontade do transportador, ainda que em 
consequência de evento imprevisível, fica ele obrigado a concluir o transporte contratado em outro veículo 
da mesma categoria, ou, com a anuência do passageiro, por modalidade diferente, à sua custa, correndo 
também por sua conta as despesas de estada e alimentação do usuário, durante a espera de novo 
transporte.
Art. 750. A responsabilidade do transportador, limitada ao valor constante do conhecimento, começa no 
momento em que ele, ou seus prepostos, recebem a coisa; termina quando é entregue ao destinatário, ou 
depositada em juízo, se aquele não for encontrado.
Art. 751. A coisa, depositada ou guardada nos armazéns do transportador, em virtude de contrato de 
transporte, rege-se, no que couber, pelas disposições relativas a depósito.
A responsabilidade do transportador é sempre de resultado, correndo os riscos por conta deste até a 
conclusão do transporte.
Se o objeto do contrato de transporte for de pessoas + bagagens, estas se submetem às normas do 
Contrato de Transporte
quinta-feira, 3 de maio de 2012
09:52
 Página 31 de Direito Civil IV 
Se o objeto do contrato de transporte for de pessoas + bagagens, estas se submetem às normas do 
transporte de pessoas. A responsabilidade é OBJETIVA, ressalvada a força maior.
É implícita a cláusula de incolumidade no contrato de transporte. Ela garante que a coisa e/ou a pessoa não 
sofrerão danos em relação à sua integridade e não pode ser afastada pela cláusula de não indenizar.
Se o objeto for transporte de coisas, será submetido às chamadas:
Cláusula CIF (cost, insurance and freight) - A responsabilidade do remetente só se esgota com a entrega da 
coisa ao destinatário.
Cláusula FOB (Free on Board) - A responsabilidade do remetente se esgota com a entrega da coisa ao 
transportador, que será o responsável pela coisa até a entrega.
O transportador de coisas tem, em regra, responsabilidade subjetiva, podendo ser objetiva quando sujeito 
da aplicação do Art. 927 P.U Código Civil de 2002 ou, em relações de consumo, o CDC.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos 
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua 
natureza, risco para os direitos de outrem.
Excludentes de responsabilidade:
Culpa exclusiva da vítima
Força Maior (caso fortuito não exclui)
Culpa de Terceiro (transporte de coisas)
Objeto-
O Objeto do contrato é o deslocamento de pessoa ou coisa de um lugar para o outro (Transladação da 
origem até o destino)
Sempre que o deslocamento for secundário ao contrato estabelecido entre as partes, não sendo ajuste 
específico, não se aplicará as regras do Transporte, mas sim do contrato principal.
Forma-
A forma do contrato de transporte é livre
Transporte Gratuito-
É aquele efetuado por cortesia ou amizade. Não há nenhum benefício ao transportador, ainda que indireto. 
Não se submete às regras do contrato de transporte.
A existência de vantagem (mesmo que indireta) em favor do transportador, retira-se do contrato a 
gratuidade.
Art. 736. Não se subordina às normas do contrato de transporte o feito gratuitamente, por amizade ou 
cortesia.
Parágrafo único. Não se considera gratuito o transporte quando, embora feito sem remuneração, o 
transportador auferir vantagens indiretas.
No transporte gratuito a responsabilidade do transportador só se dá nos termos do Art. 186 Código Civil de 
2002.
Transporte Público-
 Página 32 de Direito Civil IV 
É o transporte exercido pelo poder público direta ou indiretamente (por delegação), em geral por 
concessão ou autorização.
Espécies de Delegação:
Concessão - Marcado pela temporariedade, é a delegação que mais é prolongada no tempo.
Permissão - Também em caráter precário, se dá para algumas atividades específicas.
Autorização - O exercício da atividade é em caráter precário, não se prolongando por muito tempo.
Outros exemplos de Delegação:
Telefonia, energia elétrica, água e esgoto.
Transporte Cumulativo e Sucessivo-
O Transporte sucessivo funciona tal como a conexão, no transporte aéreo. 
Pelo transporte sucessivo, mais de um transportador se compromete a executar mais de um deslocamento, 
inexistindo entre eles solidariedade pela integralidade do trajeto. 
Pelo Transporte cumulativo, mais de um transportador se compromete a executar um deslocamento, 
existindo entre eles solidariedade pela integralidade do trajeto. Há vínculo entre todos os transportadores.
Transporte de coisas-
Conhecimento de Transporte - é o documento que o transportador é obrigado a emitir no momento do 
recebimento da coisa.
Deverá ser emitido em mais de uma via e conter as informações básicas relativas ao contrato de 
transporte. (nome do transportador, nome do destinatário, descrição da coisa transportada, valor do frete, 
etc)
Essa emissão permite que se venda determinadacoisa a terceiros enquanto esta ainda está em transporte. 
Promove-se uma venda sobre documentos, endossando o conhecimento de transporte ao novo 
proprietário, transferindo a ele o domínio mesmo sem a tradição. 
Limitação de Responsabilidade -
A responsabilidade do transportador de coisas está limitada ao próprio valor da coisa declarado no 
conhecimento de transporte.
Contra Ordem - é a determinação expedida pelo remetente, no sentido de que a coisa deve ser entregue 
em outro destino ou deve retornar à sua origem. As despesas da contra ordem correm por conta do 
remetente.
Obrigações e Direitos -
No transporte de pessoas:
É obrigação do transportador respeitar os horários e itinerários previstos.-
O transportador pode, excepcionalmente, recusar passageiros nos termos do Art. 739 Código Civil de 2002.-
O passageiro pode interromper a viagem antes ou depois de iniciada e no segundo caso faz jus a restituição 
do valor referente ao trajeto não executado desde que outro passageiro embarque em seu lugar.
-
 Página 33 de Direito Civil IV 
No transporte de coisas:
O transportador de coisas pode recusar o objeto se ele não estiver devidamente acondicionado ou se seu 
transporte puder acarretar danos ao veículo.
-
O transportador de coisas tem direito de retenção sobre a coisa enquanto não recebido o preço, como no 
depósito.
-
O transportador de coisas tem direito de alienar o bem perecível caso ocorra a interrupção da viagem por 
circunstância alheia à sua vontade.
-
 Página 34 de Direito Civil IV 
Conceito-
Conhecido também como 'Arrendamento mercantil', se traduzido para a língua portuguesa.
Pelo contrato de leasing, o arrendador cede ao arrendatário a posse onerosa de coisa móvel ou imóvel, com 
opção de ser adquirida ao término do contrato ou ser restituída ao arrendador.
Base Legal-
Lei 6099/74 e Resolução do BACEN 2309/96 (coisas móveis)
Lei 9514/97 (cria a possibilidade de leasing tendo como objeto coisas imóveis)
Objeto-
A priori, o objeto do Leasing só podia ser para bens móveis, porém atualmente a lei admite que seja objeto do 
contrato bens imóveis.
Forma-
O contrato de leasing pressupõe forma escrita, sendo nulo o contrato verbal
Espécies-
Financeiro (nessa modalidade, o arrendatário indica um bem ao arrendador, que o adquire e disponibiliza a 
posse onerosa àquele, que pode adquirir o bem ou deve restituí-lo)
-
Operacional (nessa modalidade, o arrendador, que geralmente é o fabricante ou produtor da coisa, 
disponibiliza a posse onerosa desta ao arrendatário, que pode adquirir o bem ou deve restituí -lo)
-
Back [lease back] (aqui o arrendatário, que é dono da coisa, aliena o bem ao arrendador, mas continua com a 
posse do mesmo, pagando para tal e podendo recomprar o bem ao final ou devendo entregá-lo ao arrendador)
-
Partes-
Para ser parte como arrendador, é necessário que seja pessoa jurídica autorizada pelo BACEN, já para ser 
arrendatário não é necessário qualificação especial.
VRG-
Quando o arrendatário optar pela compra do bem, este pagará o VRG (valor residual garantido), que consiste, 
em regra, na diferença entre o valor da coisa no momento do arrendamento (prevista no início do contrato) e a 
quantia paga a título de arrendamento.
A incidência de juros se dará sobre todo o valor previsto do bem e não apenas pelo VRG.
Normalmente o VRG é pago ao final do contrato, entretanto pode ser que ele seja diluído no curso do contrato, 
quando já ocorreu a opção de compra.
Se por uma circunstância qualquer, o arrendatário que antecipou o VRG não ficar com a coisa, o VRG deverá 
ser restituído.
Contrato de Leasing
quinta-feira, 10 de maio de 2012
09:45
 Página 35 de Direito Civil IV 
ser restituído.
Prazo-
O prazo no contrato de leasing é mínimo de 24 meses, mas não vincula o arrendatário, podendo ele devolver o 
bem a qualquer tempo, respondendo porém pelas perdas e danos.
Juros-
Se instituição financeira, os juros são livres.
Porém, se for outra pessoa jurídica que não instituição financeira (embora autorizada pelo BACEN) a limitação 
é a do Art. 591 combinado com o Art. 406.
Posse-
O contrato envolve posse direta e indireta.
A posse direta é do arrendatário.
A posse indireta é do arrendador. (portanto se o arrendatário não paga as prestações, poderá o arrendador 
promover um procedimento de 'Reintegração de Posse'.)
Fusão de contratos-
O contrato de leasing é uma mescla de três contratos (mútuo, locação e compra e venda) 
Mútuo pela outorga do crédito, Locação pela Posse onerosa e a compra pela Potencialidade Translativa.
Riscos-
Os riscos da coisa correm por conta do arrendatário, excepcionando a regra Res Perit Domino. 
Penhora da coisa-
O bem objeto do contrato de leasing não poderá ser penhorado pelos credores do arrendatário, mas pode -se 
penhorar os direitos decorrentes do contrato (como por exemplo uma futura restituição de VRG)
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Conceito-
Pelo contrato de seguro, o segurador se compromete a garantir riscos predeterminados em relação à pessoa do 
segurado ou de terceiros bem como suas coisas, mediante remuneração.
Base Legal-
Arts. 757 a 802 Código Civil de 2002
Normas da SUSEP (Superintendência de seguros privados) Órgão responsável pela fiscalização
Normas da ANS (Agência nacional de saúde)
Lei 9656/98
Código de Defesa do Consumidor
Espécies-
Seguro de Dano (tem por interesse segurável/segurado bens lícitos passíveis de apreciação econômica)
Exemplos = Móveis, imóveis, semoventes e bens imateriais (moral, imagem, etc)
*Seguro de responsabilidade civil = é a modalidade de seguro que cobre determinado dano causado pelo segurado.
Seguro de Pessoa (tem por interesse segurável/segurado a higidez e integridade)
Exemplos = Vida, integridade física (evento acobertado morte ou invalidez total, parcial, permanente ou temporária)
*Seguro de saúde = é a modalidade de seguro que acoberta determinadas necessidades médicas do segurado.
Riscos-
É DETERMINANTE para a fixação do preço do seguro, já que é objeto deste.
O Objeto do contrato de seguro não é o bem ou interesse segurado e sim os riscos que recaem sobre a coisa.
Riscos são quaisquer eventos contratualmente previstos futuros, incertos e possíveis.
É necessário que se tenha determinação prévia no contrato para que o risco seja acobertável.
Os riscos precisam ser Factíveis e podem ser recusados ou limitados livremente.
Por exemplo: o segurador pode cobrir riscos contra a vida do segurado mas excluindo esportes radicais ou ainda 
limitação territorial.
Prêmio / Indenização / Franquia / Bônus / Carência / PT / Sinistro-
Prêmio = é o numerário pago pelo segurado ao segurador.
Art. 763. Não terá direito a indenização o segurado que estiver em mora no pagamento do prêmio, se ocorrer o 
sinistro antes de sua purgação.
Quando o contrato é anual e o prêmio for parcelado, a inadimplência de uma das parcelas não compromete a 
Contrato de Seguro
quinta-feira, 17 de maio de 2012
09:41
 Página 37 de Direito Civil IV 
Quando o contrato é anual e o prêmio for parcelado, a inadimplência de uma das parcelas não compromete a 
indenização se estiver ainda dentro da tabela redutora de meses do contrato de seguro.
Indenização = é o que é pago pelo segurador ao segurado no caso de sinistro.
Franquia = é a quantia paga pelo segurado, independentemente do prêmio, caso ocorra sinistro sem perda total. 
(normalmente no seguro de dano) Tem a função de evitar o acionamento excessivo do seguro.
Bônus = é um desconto concedido ao segurado em caso de renovação do seguro sem sinistro (normalmente no 
seguro de dano)
Carência = é um lapso temporal entre o início do contrato e seus efeitos. (durante a carência, os efeitos do contrato 
ficam suspensos)
Perda total = depreciação entre 70 a 80% do valor do interesse.
Sinistro = é a ocorrência no plano fático do risco previsto no contrato.
Perda do Direito do Segurado-
Art. 763. Não terá direito a indenização o segurado que estiver em mora no pagamento do prêmio,se ocorrer o 
sinistro antes de sua purgação.
Art. 766. Se o segurado, por si ou por seu representante, fizer declarações inexatas ou omitir circunstâncias que 
possam influir na aceitação da proposta ou na taxa do prêmio, perderá o direito à garantia, além de ficar obrigado ao 
prêmio vencido.
Art. 768. O segurado perderá o direito à garantia se agravar intencionalmente o risco objeto do contrato.
Art. 771. Sob pena de perder o direito à indenização, o segurado participará o sinistro ao segurador, logo que o saiba, 
e tomará as providências imediatas para minorar-lhe as conseqüências.
Normas-
As normas da atividade securitária são, em regra, de natureza cogente (não admite que as partes a relativizem), já 
que são normas de ordem pública e protegem interesse social.
Classificação-
Bilateral
Consensual
Oneroso
Não Solene (apesar de o uso impor forma escrita)
Aleatório (é um contrato não comutativo, já que o risco é objeto do contrato)
Execução continuada (em regra)
impessoal
Partes-
Segurado - é qualquer pessoa natural ou jurídica titular de interesse legítimo.a)
Segurador - Só pode ser pessoa jurídica (S/A ou Cooperativa) autorizada e fiscalizada que exerça exclusivamente 
atividade securitária e não se sujeita à falência, apenas liquidação extrajudicial.
b)
*Existe ainda a figura das associações onde há rateio de prejuízo, porém estas não são seguradoras e não se sujeitam 
 Página 38 de Direito Civil IV 
*Existe ainda a figura das associações onde há rateio de prejuízo, porém estas não são seguradoras e não se sujeitam 
às regras do contrato de Seguro.
Beneficiário - é a pessoa legitimada a receber a indenização securitária. (a indicação é livre e pode ser substituída a 
qualquer tempo) 
c)
*Na falta de indicação de beneficiário, 50% para o cônjuge e 50% para os demais herdeiros ou na falta destes para 
quem comprovar dependência do segurado.
Estipulante - é aquele que demonstra interesse legítimo para contratar seguros em seu benefício e/ou de outrem.d)
Forma / Prova-
A forma é livre, mas a prova deve ser escrita. 
Art. 758. O contrato de seguro prova-se com a exibição da apólice ou do bilhete do seguro, e, na falta deles, por 
documento comprobatório do pagamento do respectivo prêmio.
Apólice é um documento emitido pelo segurador que contém as informações básicas do contrato de seguro (como 
cláusulas de riscos cobertos, valor da indenização, beneficiário, etc)
Nominativa (é aquela onde o segurado é individualizado, nominado, e só admite transferência com a aquiescência 
expressa do segurador)
Ao Portador (legitima a indenização àquele que detêm o documento.)
À ordem (é aquela que admite transferência via endosso em preto)
Flutuante (é aquela que admite constantemente alteração de interesse, mesmo que o segurador não seja 
previamente comunicado) [como transporte coletivo ou eventos]
Proposta-
É um documento subscrito pelo segurado que permite ao segurador definir o perfil do risco e conhecer o interesse 
segurado. Deve ser obrigatoriamente escrita.
Acumulação de Seguros-
Cosseguro - Por essa modalidade, mais de um segurador se compromete a garantir um só interesse , inexistindo 
entre eles solidariedade e cada um arcando com apenas parte da cobertura securitária. Há uma divisão da 
responsabilidade entre os seguradores. (o contrato pode, expressamente, prever a solidariedade entre seguradores)
A apólice é administrada por um dos seguradores. É modalidade de seguros de dano. O somatório das coberturas 
jamais poderá ultrapassar o valor do interesse.
Resseguro - Por essa modalidade, um segurador contrata outro segurador para recompor-lhe total ou parcialmente 
possível indenização paga ao segurado. (o IRB - Instituto de Resseguros do Brasil é quem opera os resseguros no 
Brasil)
Recondução do Seguro-
Consiste na Renovação Automática do Seguro. Só pode acontecer uma vez pelo mesmo período de vigência do 
contrato inicial. 
Prescrição-
O prazo prescricional para o segurado acionar o segurador é de um ano a partir do sinistro. Não pode o contrato 
estabelecer prazo menor. (Art. 206, §1º inciso II, Alíneas 'a' e 'b' Código Civil de 2002)
 Página 39 de Direito Civil IV 
Subrogação-
Pela subrogação, o segurador cobra do efetivo causador do dano o valor da indenização paga ao segurado. Só cabe 
no seguro de dano. O segurador se torna credor do causador do dano, por assumir a posição do segurado.
Seguro de Responsabilidade Civil-
Art. 787. No seguro de responsabilidade civil, o segurador garante o pagamento de perdas e danos devidos pelo 
segurado a terceiro.
Seguro de Pessoa (Extras)-
Saúde•
Pelo seguro de saúde, o segurador se compromete a ressarcir o segurado despesas com procedimentos médicos (lato 
sensu) de acordo com limite de cobertura do contrato e independentemente de rede credenciada.
Suicídio•
Art. 798. O beneficiário não tem direito ao capital estipulado quando o segurado se suicida nos primeiros dois anos de 
vigência inicial do contrato, ou da sua recondução depois de suspenso, observado o disposto no parágrafo único do 
artigo antecedente.
Parágrafo único. Ressalvada a hipótese prevista neste artigo, é nula a cláusula contratual que exclui o pagamento do 
capital por suicídio do segurado.
 Página 40 de Direito Civil IV 
Base Legal-
(não há uma base legal específica para o estudo dos contratos bancários, já que, por serem contratos em regra 
mistos. Por isso, utiliza-se o CDC para regular tais contratos - Apesar de existir a lei especial que regulamenta o 
sistema financeiro nacional, o STF decidiu que esta não tutela os contratos bancários) 
Conceito-
Subjetivo - Contrato Bancário é aquele em que há presença de uma Instituição Financeira. (bancos, 
cooperativas de crédito, cartão de crédito e financeiras)
Objetivo - Contrato Bancário é o contrato que envolve outorga de crédito ou serviços de natureza financeira.
Atipicidade-
São contratos Atípicos, pela inexistência de tipificação legal. (Por isso, devem obedecer o disposto no Art. 425 
Código Civil de 2002). 
Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código.
Riscos-
Os serviços colocados no mercado de consumo não deverão acarretar riscos ao consumidor e, se inevitáveis, 
deverão ser informados. Ainda sim, os riscos correrão por conta do empresário (no caso instituição financeira)
Utiliza-se, para corroborar a este entendimento, a teoria do Risco Proveito, que dispõe que:
Se a instituição financeira colhe os bônus de sua atividade de risco, deverá suportar as desvantagens.
Informalidade-
Os contratos bancários não carecem de nenhuma formalidade. Podem ser na forma escrita, verbal, através de 
máquinas, etc. Isso faz com que o contrato seja, em regra, de adesão, para promover maior celeridade.
As cláusulas que limitam direitos deverão ser posicionadas em destaque, sob pena de invalidação.
Interpretação-
A interpretação deverá ser mais favorável ao Aderente e ao Consumidor, vide Art. 423 Código Civil de 2002 e 47 
CDC. 
Práticas Abusivas-
As práticas abusivas estão exemplificadas no Art. 39 CDC.
Venda Casada (Condicionar venda de serviço a outro)-
Disponibilização de Serviço sem Solicitação (equiparar-se-á a amostra grátis)-
Exigência de Vantagem Manifestamente Excessiva -
Prevalecer da Fraqueza (hipossuficiência)-
Etc.-
Contratos Bancários no CDC
terça-feira, 29 de maio de 2012
07:45
 Página 41 de Direito Civil IV 
Cláusulas Abusivas-
As cláusulas Abusivas são taxadas como nulas, de acordo com o Art. 51 CDC, porém a Súmula 381 do STJ proíbe 
ao julgador conhecer de ofício da nulidade da cláusula abusiva.
Súmulas do STJ-
380 - A simples proposição da ação revisional do contrato não inibe a caracterização da mora do devedor. 
(deverá o devedor depositar em juízo o valor devido para suspender a mora)
 Página 42 de Direito Civil IV 
É o chamado de Representação Comercial
Art. 710 A 721 Código Civil de 2002.
Conceito
Art. 710. Pelo contrato de agência, uma pessoaassume, em caráter não eventual e sem vínculos de 
dependência, a obrigação de promover, à conta de outra, mediante retribuição, a realização de 
certos negócios, em zona determinada, caracterizando-se a distribuição quando o agente tiver à sua 
disposição a coisa a ser negociada.
Parágrafo único. O proponente pode conferir poderes ao agente para que este o represente na 
conclusão dos contratos.
Pessoas
Proponente
Agente (Não tem a posse da coisa negociada)
Distribuidor (Tem a posse da coisa negociada)
Características
Habitualidade na intermediação de Negócios (sua função consiste na captação de clientela)
Desvinculação e Autonomia (o agente tem plena autonomia para a prática dos atos, apesar de ter de 
respeitar as instruções do proponente)
Agente ou Distribuidor Representa o proponente. Atua em nome deste.
Ausência de Obrigação de Resultado pelo Agente ou Distribuidor.
Retribuição necessária. É contrato oneroso. (Remuneração fixa + variável ou exclusivamente 
variável)
Zona determinada = O agente ou distribuidor tem determinado limite territorial de atuação, imposto 
pelo proponente. (regra geral o agente ou distribuidor atuará com exclusividade)
Art. 711. Salvo ajuste, o proponente não pode constituir, ao mesmo tempo, mais de um agente, na 
mesma zona, com idêntica incumbência; nem pode o agente assumir o encargo de nela tratar de 
negócios do mesmo gênero, à conta de outros proponentes.
Art. 714. Salvo ajuste, o agente ou distribuidor terá direito à remuneração correspondente aos 
negócios concluídos dentro de sua zona, ainda que sem a sua interferência.
Forma Livre, as despesas do contrato correm por conta do Agente ou Distribuidor, que também 
assume os riscos da remuneração.
O prazo do contrato é livre, porém quando for indeterminado, para seu encerramento pressupõe 
aviso prévio:
Art. 720. Se o contrato for por tempo indeterminado, qualquer das partes poderá resolvê-lo, mediante 
aviso prévio de noventa dias, desde que transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto do 
Contrato de Agência e Distribuição
terça-feira, 29 de maio de 2012
07:46
 Página 43 de Direito Civil IV 
aviso prévio de noventa dias, desde que transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto do 
investimento exigido do agente.
Parágrafo único. No caso de divergência entre as partes, o juiz decidirá da razoabilidade do prazo e 
do valor devido.
 Página 44 de Direito Civil IV

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