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PERGUNTA: A educação de crianças e jovens surdos é uma preocupação que permeia toda a história dessa população. Movida por experiências, tentativas de acerto e insucessos metodológicos, a educação especial tem, paulatinamente, alcançado visibilidade e espaço em meio às ideologias que insistem em normalizar e padronizar o ser humano, sobretudo na modernidade fragmentada por tantos discursos e pouca eficácia na compreensão sobre quem, de fato, é o homem. Dessa forma, tratar do cenário da educação especial, principalmente no que se refere à questão da pessoa surda, faz-se necessário enquanto projeto de oposição às narrativas que trazem, como arquétipos sociais, mentes, corpos e culturas uniformes. Não a favor de tal interpretação, as questões que envolvem a identidade e a cultura surda reivindicam o reconhecimento de seus artefatos - de modo especial, a Língua Brasileira de Sinais (Libras), considerada um marco nas políticas públicas - e evidenciam as características específicas da comunidade surda. A língua de sinais ocupa um espaço de destaque no seio dessa comunidade, sendo sinal de orgulho e ideário político. O processo de construção de uma língua passa, necessariamente, pela etapa de estruturação formal, dando-lhe forma escrita, regulando o significado de seus signos e justificando o porquê de seu uso. No caso da Libras, seria correto afirmar que ela se comporta estruturalmente da mesma forma que as demais línguas? Ou seja, há algo que diferencie a Libras das demais línguas faladas em sua transcrição? Detalhe quais são essas diferenças. RESPOSTA: Não se pode afirmar que a libras se comporta da mesma forma que as demais. Nesse sentido, as línguas que emitem sons possuem uma estrutura gramatical "mais completa", pois, no caso da Libras, a oração é feita de forma "resumida e direta", tendo, a concordância do verbo, no que tange a período temporal, com um adjunto adverbial. No exemplo abaixo, dá para entender as duas orações, veja: Pretérito Português: Eu trabalhei LIBRAS: Ontem eu trabalhar. Nota-se que existe uma diferença estrutural quando se compara Libras às outras línguas, mas não que afetará a semântica da oração
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