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Introdução a Nutrição Macro nutrientes Hidratação I Suplementos Nutracêuticos Micronutrientes II SUPLEMENTOS Abel Felipe Freitag DOUTORANDO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ME. EM CIÊNCIAS DA SAÚDE MBA EM GESTÃO EMPRESARIAL Nutrição Básica: corpo e movimento abel.freitag afreitag@prof.unipar.br INTRODUÇÃO • Além desses fatores, afim de otimizar o desempenho ergogenic aids • Antigamente: atletas de ponta tinham uma barreira intransmissível • Atualmente: milésimos de segundos fazem a diferença! • Suplementos: aumentar a massa muscular, “queimar” gordura e aumentar o desempenho esportivo • Ergogênicos: alimentos ou seus componentes que aumentam o desempenho de um indivíduo (potência física, força mental e vantagem mecânica) • Recursos Ergogênicos: métodos mecânicos, psicológicos, farmacológicos, fisiológicos e nutricionais INTRODUÇÃO • Gravidade de seus riscos à saúde restringiu seu uso Doping Usados por praticantes de EF Quantidade usada X Tempo de Suplementação Analisar a legalidade pelo COI Não pode ser prejudicial à saúde Vitaminas e minerais, origem vegetal ou ervas Creatina, bicarbonato, AA essenciais, nutrientes antioxidantes INTRODUÇÃO • Suplementos são amplamente usados no esporte • 85% dos atleta, na Noruega, já usaram algum tipo de suplemento, principalmente à base de micronutrientes • Atletas de elite: 59% já fizeram o uso • Halterofilistas: 100% Maughan, 1999Uso deve ser racional e com cautela X CREATINA Histórico Síntese da creatina Creatina na dieta Transporte e captação Armazenamento Excreção Metabolismo energético • Substância orgânica sintetizada a partir de glicina, metionina e arginina • Extraída da carne animal • Início do século XX: biopsia, ressonância magnética • Resultados satisfatórios na estética e no desempenho físico • No Brasil, em 04/2010 foi liberada a comercialização (ANVISA) • Composto nitrogenado não proteico • Pode ser sintetizada pelo organismo (fígado, rins e pâncreas) • Força, fadiga, sarcopenia • Suplementação é necessária? CREATINA Histórico Síntese da creatina Creatina na dieta Transporte e captação Armazenamento Excreção Metabolismo energético • Além da creatina endógena, a alimentação fornece cerca de 1g creatina/dia (principalmente origem animal) • Creatina endógena + exógena = taxa de degradação espontânea da creatina e CP sob a forma de creatinina CREATINA Histórico Síntese da creatina Creatina na dieta Transporte e captação Armazenamento Excreção Metabolismo energético Armazenamento e utilização encontram-se no ME Tem que ser transportada dos locais de produção até os de utilização através da CS Creatina ingerida na dieta (altamente biodisponível) absorvida quase que totalmente no lúmen intestinal Segue para tecidos corporais: coração, cérebro, testículos e, principalmente, o ME Captação da creatina circulante na corrente sanguínea pelo músculo: processo sódio-dependente a) Locais da membrana altamente específicos à creatina b) Captação da creatina pelo tecido muscular é influenciado pela insulinemia c) Estratégia: adição de CHO, potente estimulador da secreção de insulina, à suplementação de creatina d) Osmoticamente ativa, sua entrada na célula é acompanhada pelo aumento da quantidade de água intracelular CREATINA Histórico Síntese da creatina Creatina na dieta Transporte e captação Armazenamento Excreção Metabolismo energético • Creatina fosforilada (60-70%) + creatina livre (30-40%) • Reserva de creatina total: 95% músculo esquelético + 5% coração, cérebro, retina e testículos 120-125mmol por kg de peso seco = 4g ou 30mmol por kg de peso úmido Limite máximo humano 150-160mmol por kg de peso seco o restante é eliminado • Armazenamento crônico a) Qual a melhor hora do dia para ingerir? b) Posso ingerir nos dias de não treino? c) Qual a função da fase de saturação? d) Ingerir creatina engorda? e) Há contraindicações? CREATINA Histórico Síntese da creatina Creatina na dieta Transporte e captação Armazenamento Excreção Metabolismo energético • Excretada na forma de creatinina • No músculo (creatina livre + creatina fosfato), formam aproximadamente 2g creatinina por dia Transportada através de água corpórea e excretada pelos rins Excreção renal diária de creatinina: ±2g/dia (MM é influente) CREATINA Histórico Síntese da creatina Creatina na dieta Transporte e captação Armazenamento Excreção Metabolismo energético • Contribuição no sistema ATP-CP • 85g de ATP são estocados no organismo (esta concentração ≥ 70%) • EF de alta intensidade e curta duração Metabolismo anaeróbio principal contribuinte A taxa de demanda de ATP supera a capacidade de ressíntese mitocondrial CREATINA versus EXERCÍCIO FÍSICO Realizados em curtos períodos de tempo; demanda de ATP nos músculos ativos A continuidade do esforço é dependente da reposição rápida e contínua do ATP As reservas de CP podem ser totalmente depletadas em ± 10 ´´ A degradação de CP contribui para a regeneração de ATP Aumento da disponibilidade de CP no músculo pode acelerar a ressíntese de ATP e, pode contribuir, na diminuição da glicogenólise Melhora a recuperação durante os períodos de repouso e aumento de força muscular (até 12%) e potênciaBranch, 2003 CREATINA versus EXERCÍCIO FÍSICO Altimari et al., 2010 Rawson et al., 2010 • 20g/dia (5 dias - loading) + 3g/dia (51 dias) • Melhoram o trabalho total relativo em esforços intermitentes máximos • 0,03g/kg de massa corporal/dia (6 semanas) • Sem alteração na composição corporal e força máxima • Aumentou resistência à fadiga Kreider et al., 2003 • Suplementação aguda • Reduz a concentração de indicativos de lesão celular (CK e LDH) • Em atletas em longa temporada e treinamento intenso • Benefícios sobre o estresse oxidativo celular e recuperação de lesões do tecido muscular, principalmente em EF exaustivos e de longa duração • Aumento dos níveis intracelulares de arginina CREATINA versus EXERCÍCIO FÍSICO • 1 – Fase de Saturação: loading a) 20-30g/dia, durante 5-7 dias FAZER OU NÃO FAZER? • 2 – Fase de manutenção a) 3-5g/dia, durante 3 meses • 3 – Protocolo que envolve a MC a) 0,03g / kg de MC / dia • 4 – Cessado o período de suplementação a) Estoques de creatina intramuscular retornam aos níveis basais após 28-40 dias (washout) • Armazenamento crônico a) Qual a melhor hora do dia para ingerir? b) Posso ingerir nos dias de não treino? c) Qual a função da fase de saturação? d) Ingerir creatina engorda? e) Há contraindicações? f) Qual o melhor processamento? Mono-hidratado, micronizada ou alcalina? g) Qual o efeito prático em uma sessão de treino? CREATINA: FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO Prós Contras Mono-hidratado Preço, ciência, solúvel em diferentes tipos de bebidas, liberada pela ANVISA Filtragem simples (absorção + lenta), difícil de dissolver, pode causar desconfortos estomacais Micronizada Rápida absorção, doses + eficazes, efeito + rápido, 100% pura Alcalina Comercializada em forma de cápsulas, com doses < pode ter = efeitos que a MH Poucos estudos Versão mais popular: 88% creatina + 12% água (pó solúvel) Mesmo processo de filtragem e mesma quantidade de substância que a mono-hidratado É a mais conhecida, principal característica é pH elevado que a torna mais estável por determinado tempo em solução líquida (melhor absorção) R$58,00 300g R$56,00 300g R$150,00 300g CREATINA versus COMPOSIÇÃO CORPORAL • Aumento do volume celular com redução da proteólise e oxidação de AA • Aumento na expressão de genes e proteínas relacionadas à hipertrofia • Ativação de células satélites • Melhora no volume de treinamento • Atividade metabólica das células dos osteoblastos (remodelamento ósseo) • Aumentar a densidade mineral óssea acréscimo de massa muscular • Aumento da massa corporal (0,5 – 3kg) • Aumento na retenção de água no espaço intramuscular • Osmoticamente ativa hipertrofia sarcoplasmática > hidratação • > síntese proteica; maior disponibilidadede substratos • Proliferação e diferenciação de células satélites CREATINA versus ASPECTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA DesidrataçãoAumento da PA Lesões musculares severas • Efeito contralateral é o ganho de peso a) Armazenada no músculo logo nos primeiros dias de suplementação b) Dias subsequentes é excretada pela urina (discussão sobre o efeito nos rins) c) Marcadores renais: clearence de insulina cistatina C d) E em pacientes com doenças preexistentes? Gualano et al., 2010 FORMAS DE CREATINA DISPONÍVEIS NO MERCADO • Nova forma de obter a Creatina síntese química • Creatina fosfato (alto custo) • Citrato de creatina • Creatina micronizada • Creatina associada a: β-hidroxi β-metilbutirato, ou bicarbonato de sódio, ou glicerol, ou magnésio quelato, ou β- alanina, e/ou etil-éster • ANVISA: autorizou apenas a Monohidratada com grau de pureza mínima de 99,9% • Formas: em pó, gel, líquido, barras e goma de mascar CREATINA PARA USO TERAPÊUTICO • Usado em doenças que apresentam redução nos níveis normais de CP e creatina livre • Melhoras clínicas e fisiológicas: doenças musculares, artrite reumatoide, fibromialgia primária, problemas respiratórios e circulatórios. • Anticancerígena, antitumoral, antiviral e neuroprotetor • Melhora a função cerebral (função vasodilatadora) • Estimula o metabolismo da glicose (prevenção e tratamento de Diabetes do Tipo II) • Auxílio nas desordens neurológicas (estresse oxidativo e disfunção mitocondrial) Kley et al., 2013 •Homens: 0,7 a 1,3 mg/dL •Mulheres: 0,6 a 1,1 mg/dL Considerações finais • Decisão em fazer o uso deve estar pautada no respaldo profissional • Ergogênico nutricional efetivo e seguro: melhora no desempenho de EF de alta intensidade e curta duração • Considerar: tipo de EF, população, dosagem e duração da suplementação • Atua como antioxidante em atividades de longa duração • A suplementação pode ser promissora na área clínica (potenciais benefícios terapêuticos) • Não há evidências científicas que essa substância apresentar riscos a indivíduos saudáveis, desde que a dosagem recomendada não seja excedida. A suplementação com creatina é prejudicial ao sistema renal? Não há estudos que mostrem que a creatina altere a função renal quando utilizada em pacientes SAUDÁVEIS! “A creatina funciona melhor em exercícios de alta intensidade e curta duração do que nos de intensidade moderada e longa duração” VERDADE! A fonte de energia primária é o sistema ATP-CP. Já nos exercícios mais longos e de intensidade menor, nós temos predominância de outras vias energéticas, favorecendo outras estratégias nutricionais. Altimari LR, Tirapegui J, Okano ALL, Franchini E, Takito MY, Avelar S, Altimari JM, Cyrino ES. Efeitos da suplementação prolongada de creatina mono-hidratada sobre o desempenho anaeróbio de aldultos jovens treinados. Rev Bras Med Esporte. 16(3): 186-90, 2010 Branch JD. Effect of creatine supplementation on body composition and performance: a meta-analysis. Int J Sport Nutr Exerc Metabol. 12(12): 198-226, 2003. Gualano B, Acquesta FM, Ugrinowitsch C, Tricolo V, Serrão JC, Lancha Junior A. Eleitos da creatina sobre força e hipertrofia muscular. Atualizações. Rev Bras Med Esporte. 16(3), 219-223, 2010. Kley RA, Tarnopolsky MA, Vorgerd M, . Creatine for treating muscle disorders. Cochrane Database Syst Ver. 5(6)CD00460, 2013. Kreider RB. Effects of creatine supplementation on performance and training adaptations. Mol Cell Biochem. 244: 89-94, 2003. Marghan RJ. Nutritional ergogenic aids and exercise performance. Nutr Res Rev. 12:255-280, 1999. Rawson ES, Stec MJ, Frederickson SJ, Miles MP. Low-dose creatine supplementation enhances fatigue resistance in the bsence of weight gain. Nutrition. 27(4): 451-455, 2010. Tirapegui, J. Nutrição, Metabolismo e Suplementação na Atividade Física. 2ª Edição: Atheneu. São Paulo-SP, 2012. REFERÊNCIAS
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