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AULA 02: MÚSCULOS E INEVRVAÇÃO DA PAREDE ANTEROLATERAL 1. Músculos da parede anterolateral do abdome 1.1 Considerações iniciais Aponeurose: é o tendão do músculo não cilíndrico. Estão presentes nas áreas de fixação do músculo. Dependendo do lugar em que estão localizadas, recebem nomenclaturas diferentes. Exemplo: linha alba, bainha anterior do músculo reto abdominal, fáscia torocolombar, etc. Função dos músculos da parede anterolateral do abdome: regular a pressão intra- abdominal: se os músculos estiverem flácidos, eles cedem, e causa distenção na parede 2. Músculos ] 2.1 mm. oblíquo externo (plano) ▪ Maior e mais superficial músculo; ▪ Origem: faces externas das costelas (5- 12) ▪ Inserção: linha alba, tubérculo púbico e crista ilíaca ▪ Fibras: “colocando a mão no bolso” ▪ Inervação: nn toracoabdominais (T7-T11) e n. subcostal ▪ Ação: movimento do tronco – rotação (p/lado oposto); comprime e sustenta as vísceras; flexão lateral de tronco ▪ Não se origina posteriormente da aponeurose torocolombar (só anteriormente) ▪ Sua aponeurose “origina” o ligamento inguinal → A margem inferior da aponeurose do músculo oblíquo externo se curva para como o ligamento inguinal (ligamento de Poupart) → Fixações: espinha ilíaca anterossuperior até o tubérculo público; → Ele atua como um retináculo (ligamento de retenção) para as estruturas musculares e neurovasculares (N.A.V femoral) que passam profundamente a ele para entrar na coxa; → As partes inferiores dos dois músculos mais profundos da parede anterolateral do abdome originam-se em relação à porção lateral do ligamento inguinal 2.2 mm. oblíquo interno (plano) ▪ Lâmina fina que se abre em leque anteromedialmente; ▪ Origem: fáscia toracolombar, dois terços anteriores da crista ilíaca e tec conjuntivo situado profundamente ao terço lateral do ligamento inguinal; ▪ Inserção: margens inferiores das costelas X a XIII, linha alba e linha pectínea do púbis através da foice inguinal; ▪ Fibras: “direção dos dedos ao colocar a mão sobre o tórax”; 2 AULA 02 – MÚSCULOS E INERVAÇÃO IRRIGAÇÃO DA PAREDE ANTEROLATERAL – LUANA GABRIELY ▪ Inervação: nervos toracoabdominais (ramos anteriores dos nervos espinais T6 a T12 e primero nervo lombar L1) ▪ Ação: Comprime e sustenta as vísceras abdominais, flexão e rotação ipislateral de tronco; ▪ Suas fibras se tornam aponeuróticas na linha media clavicular e participam da formação da bainha do músculo reto do abdome ; 2.3 mm. transverso do abdome (plano) ▪ Origem: faces internas das 7-12 costelas, aponeurose toracolombar, crista iliaca e 1/3 do ligamento inguinal; ▪ Inserção: linha alba, aponeurose do músculo obliquo interno, crista púbica; ▪ Fibras: horizontais ▪ Inervação: nn. Toracoabdominais (T6-T12) e nervo lombar L1; ▪ Ação: comprimir e sustentar as visceras ▪ Ideal para modulação da pressão interna abdominal ▪ Se ficar flácido, a lordose lombar se torna retificada, que pode ser acompanhado de protusão abdominal ▪ Plano neurovascular da parede anterolateral do abdome (entre os músculos oblíquo interno e transverso): contém os nervos e artérias que suprem a parede anterolateral do abdome. 2.4 mm. reto do abdome (vertical) ▪ Origem: sínfise e crista púbica; ▪ Inserção: processo xifoide e 5º-7º cartilagens costais; ▪ Fibras: retas ▪ Inervação: T6-T12; ▪ Ação: flexiona o tronco; comprime as vísceras; estabiliza e controla o movimento de basculo da pelve (antilordose), aumenta a pressão interna abdominal ▪ A maior parte do músculo reto do abdome está contida na bainha do músculo reto do abdome; ▪ Possui quatro ventres separados por intersecções tendineas; ▪ É sustentado por essas intersecções tendíneas: sua tensão causa saliencia das areas de músculo entre as intersecções tendineas: gominhos; ▪ Ajuda na expiração forçada; ▪ É mais largo e fino na parte superior; ▪ É mais estreito e espesso inferiormente; 2.5 mm. Piramidal ▪ Músculo triangular, pequeno e insignificante; ▪ Não é encontrado em cerca de 20% das pessoas; 3. Bainha do músculo reo do abdome, linha alba e umbigo 3.1 Bainha do músculo reto do abdome ▪ Bainha do músculo reto do abdome: é formada pela decussação e entrelaçamento das aponeuroses dos músculos planos do abdome; ▪ As fáscias se concentram na aponeurose toracolombar, e a partir dessa aponeurose saí um feixe para cada músculo (transverso, oblíquo interno e oblíquo externo) 3 AULA 02 – MÚSCULOS E INERVAÇÃO IRRIGAÇÃO DA PAREDE ANTEROLATERAL – LUANA GABRIELY PROCESSO DE FORMAÇÃO DA BAINHA DO MÚSCULO RETO DO ABDOME ▪ Existem duas porções para serem analisadas: uma acima do plano transumbilical, outra abaixo do plano transumbilical ① ACIMA DO PLANO TRANSUMBILICAL ▪ Cada musculo possui duas fáscias: uma anterior e uma posterior. Veja como essas fáscias se comportam acima do plano transumbilical: Lâminas fasciais do músculo obliquo externo: observe que as duas laminas (anterior e posterior) se projetam anteriormente ao músculo retoabdominal; Lâminas do músculo obliquo interno: observe que as lâminas se bifurcam: a lâmina anterior vai para parte anterior do músculo retoabdominal, e a lâmina posterior vai para a parte posterior do músculo retoabdominal; Lâminas do músculo transverso: observe que as duas lâminas vão para a parte posterior do músculo retoabdominal PORTANTO, ACIMA DO PLANO TRANSUMBILICAL lâmina anterior da bainha do músculo reto do abdome Lâminas do músculo oblíquo externo + lâmina anterior do músculo oblíquo interno lâmina posterior da mainha do músculo reto do abdome Lâminas do músculo transverso + lâmina posterior do músculo oblíquo interno ▪ O ventre do músculo reto do abdome tem três folhetos fasciais revestindo sua área anterior e três folhetos fasciais revestindo sua área posterior; ▪ Na área mediana eles se fundem = LINHA ALBA ▪ Concentração de DOZE folhetos fasciais fazendo esse revestimento: por essa razão a linha alba é tão resistente ② ABAIXO DO PLANO TRANSUMBILICAL ▪ Abaixo do plano transumbilical: todas as fascias, exceto a lâmina posterior do músculo transverso, vão para a parte anterior do músculo reto do abdome; ▪ Razão de ser: no plano transumbilical para baixo haja um reforço maior, formando uma bainha anterior do musculo retoabdominal mais resistente. Isso acontece devido à presença da lordose lombar; ▪ A bainha do músculo retoabdominal é mais resistente abaixo do plano transumbilical; ▪ LINHA ARQUEADA: Demarca a transição entre a parede posterior aponeurotica da bainha (reveste os ¾ superiores do reto do abdome) e a fáscia transversal (reveste ¼ inferior) 4 AULA 02 – MÚSCULOS E INERVAÇÃO IRRIGAÇÃO DA PAREDE ANTEROLATERAL – LUANA GABRIELY ▪ O reforço fascial está na mesma orientação das fibras colágenas. Portanto, a bainha do musculo reto abdominal tem múltiplas orientações. Isso causa resistência, haja vista que a parede acaba tendo a capacidade de resistir a tensões em diversos sentidos. Observe: ▪ Anel umbilical: todas as camadas da parede anterolateral do abdome se fundem no umbigo. CONCLUSÕES ACERCA DOS MÚSCULOS DA PAREDE ANTEROLATERAL DO ABDOME: ▪ Servem de sustentação forte e expansível para a parede anterolateral do abdome; ▪ Sustentam e protegem vísceras contra lesões; ▪ Comprimem o conteúdo abdominal para manter ou aumentar a pressão intra-abdominal; ▪ Oposição ao diafragma; ▪ Aumento da pressão intra-abdominal facilita a expulsão do ar (respiração forçada, para tossir, espirrar, assoar o nariz, gritar, defecação, micção, vômito e parto) ▪ Movem o tronco e ajudam a manter a postura ▪ O fortalecimento da musculaturaanterolateral da parede do abdome melhora a postura nas posições de pé e sentada, além de auxiliar na respiração, defecação e no ato de urinar (quando contraído comprime as vísceras) 4. Nervos da parede anterolateral do abdome ▪ Mapa dos dermátomos: território cutâneo pelo qual o nervo sensorial vai correr; ▪ O nervo cutâneo vai transitar pela tela subcutânea, de forma horizontal; ▪ O nervo possui uma raiz superficial (que está na tela subcutânea – dermatomos) e uma raiz profunda, que corre entre os músculos (forma os miótomos) ▪ Nervos toracoabdominais (T7-T11) → Espaços intercostais (inferoanterior) > plano neurovascular (entre os músculos 5 AULA 02 – MÚSCULOS E INERVAÇÃO IRRIGAÇÃO DA PAREDE ANTEROLATERAL – LUANA GABRIELY obliquo interno e transverso do abdome) > suprir a pele e os músculos do abdome ▪ Ramos cutâneos laterais (7º a 9º ramos intercostais) → Emergem da musculatura da parede anterolateral > entram na tela subcutânea ao longo da linha axilar anterior (como divisões anterior e posterior) ▪ Ramos cutâneos anteriores → Perfuram a bainha do músculo reto do abdome > entra na tela subcutânea → Ramos cutâneos anteriores do abdome dos nervos toracoabdominais ◊ T6 a T9 inervam a pele superior ao umbigo ◊ T10 inerva a pele ao redor do umbigo ◊ T11 + ramos cutâneos dos nervos subcostal (T12), íliohipogástrico e ilioinguinal (L1), suprem a pele inferior ao umbigo ▪ Inervação por quadrantes Quadrante Inervação Quadrante superior direito e esquerdo T6 – T9 Quadrante inferior direito e esquerdo T10 – L1 a) Dor somática ◊ Se manifesta em locais da lesão, o trajeto da inervação somática; ◊ Fibras de condução rápida (Tipo A e B) b) Dor referida ◊ As vísceras abdominais não possuem dor somática, pois são inervadas simpaticamente e então, suas fibras aferentes de dor seguem o trajeto desses nervos, apresentando uma dor referida nos dermatomos correspondentes; ◊ Fibras de condução lenta (tipo C, não mielinizados) OBS: a víscera não dói no local exato onde ela está; se aperta em um local e dói é um problema de parede de abdome, não visceral
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