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RESUMO HISTÓRIA DO BRASIL Em primeiro de agosto de 1950, no Brasil o partido comunista do Brasil (PCB) lançava um documento que posteriormente seria conhecido como o manifesto de agosto,nele, defendia-se em linha radical em relação aos problemas do campo. O D.Inocêncio, bispo adjunto a igreja católica em 10 de setembro lançava a sua primeira pastoral sobre situação no campo, com esse dois movimentos coincidentemente lançados em períodos curtos de distância jamais passaria despercebido, os dois grandes personagens políticos da história contemporâneo do campesinato brasileiro, tendo em conta o despertar político dessa população tendo essa força propulsora. Um tempo depois surgiram as ligas camponesas de influência política inicialmente apoiada e estimulada pelos comunistas e depois por eles combatida. e por fim já nos anos 60, o trabalhismo de Goulart procurará no poder, a que chegou pela renúncia de Jânio, disputando também sobre o controle do movimento camponês. A mediação política a que se referíamos dava um novo sentido á reinvidicação camponesa, situava o camponês numa perspectiva mais ampla, recuperando e trazendo á luz as dores mais profundas da expropriação, da exploração, e da violência que ele sofria na mão do coronel.Com esse processo de mudança revolucionária dos campesinatos a diferença de situação foi radical que, com golpe de estado acometido, os coronéis restantes de muito tempo recuados na hiistória foram revitalizados para construir uma precária legitimidade para a ditadura militar ocorrido, enquanto, muitos da liga, comunistas,e no governo sofriam com esse regime,na luta dos camponeses, amargaram o exílio, passram por tortura, e até mesmo câmara da morte. O manifesto de 1950, defendia uma base social de ação política do partido comunista, composta por operários,camponeses, e camadas médias, estas constituídas pelo funcionalismo pobre civil e militar,pelos pequenos comerciantes e indústrias e pelos intelectuais. Considerando a estrutura arcaica da economia brasileira, esse é o maior problema do país, sua economia baseada na terra marcada por restos feudais, impedia o desenvolvimento da economia da indústria e do desenvolvimento do mercado interno nacional. A mudança era o caminho da luta e o da mudança,o da revolução: substituição da ditadura feudal-burguesa serviçal do imperialismo por um governo revolucionário isso significa um governo democrático e popular, na parte do campo teria que fazer a confiscação das grandes terras de latifundiários, assim repassando sem custo algum para a mão daqueles que ali trabalhavam e teria pouca terras em sua posse, também seriam abolidas as formas feudais de exploração, como a meia, a terça, o vale barracão, o pagamento dos trabalhadores seria obrigatoriamente pago com dinheiro.O partido ainda preconizava ainda o voto para o analfabetoe a ajuda e proteção dos povos indígenas, respeito às suas terras e estimula a sua organização e economia independente. Prestes observava o documento partidário em uma autocrítica que o Brasil não era mais de grandes latifundiários e de grandes capitalistas a serviço do imperialismo americano assim afirmava o partido, mas sim um estado de que participava também a burguesia que era interessada no desenvolvimento da economia fora da terra, uma economia independente. Na resolução do V congresso, de 1960, o PCB muda a ordem de referência falando primeiramente (priorizando assim) em trabalhadores rurais e assim em segundo lugar nos camponeses sem terra. Neste momento acaba dando ênfase apenas para um mudando assim também a concepção da expansão do "mercado interno". Essa Mudança óbvia, em que o assalariado passa para prioridade e o camponês para sem prioridade, causou o afastamento do PCB em relação às ligas. A igreja começou a entrar na questão agrária através da pastoral de D.Inocêncio, por uma porta totalmente reacionária. Essa pastoral nasceu em uma reunião de fazendeiros, padres e professores e não realmente em uma reunião com pessoas do próprio campo, com a preocupação da agitação que estava chegando no campo, tendo a possibilidade da igreja perder os camponeses, como tinham perdido os seus operários. Com o intuito de "salvarem" essas pessoas do comunismo, no entender dos bispos,a fixação do homem a terra evitaria o êxodo, a proletarização, transformando assim os trabalhadores em pequenos proprietários, assim, ampliando o número de pequenos proletários para salvar a propriedade privada. As ligas dos camponeses procuraram atuar no marco da legalidade, princípio definido desde o começo da sua existência, contradições internas continuaram até seu fim na ditadura militar que foi o que lhe exterminou, sendo responsável antes disso por definir a reforma agrária radical em termos opostos ao que o PCB e da igreja. O projeto das ligas de revolucionar na ditadura militar por meio de guerrilhas foi mal sucedido, seus campos de treinamentos foram descobertos e desativados pelo exército brasilieiro que os perseguiam esse tempo todo para colocar um fim em sua linha de pensamento. O resultado do fato que a agricultura brasileira havia se constituído em um ponto não mais sustentável da economia devido a insuficiente oferta de alimentos, que decorria pelo fato de grandes latifúndios serem totalmente improdutivos, enquanto inúmeros camponeses estavam sem suas terras para produzir e aumentar a oferta de alimentos , a solução para amenizar esse estrangulamento seria exatamente a reforma agrária para que seja partilhada a terra improdutiva para os pequenos agricultores em visão de aumentar a produção e ter uma maior oferta de alimentos, ampliando o mercado interno. Isso nos indica que diferentes grupos que procuraram trazer de volta a voz dos camponeses e colocar eles em dimensão política, seja em lutas imediatas, em movimentos sociais,seja nas associações e em sindicatos, para colocar sua queixa à tona e fazer sua queixa, uma queixa política e permanente, empenharam-se de diferentes modos, diferentes intensidades,em evitar uma revolução camponesa no Brasil. Enquanto as lutas camponesas naquela conjuntura de opressão militar não se definia nenhuma a revolução camponesa como um projeto por causa do intenso anos do regime militar na década de 60. Não surgiu nenhuma organização em âmbito nacional. No máximo oque se chegou foi uma proposta de reforma agrária radical, que se uma vez concretizada mexeria em uma grande na transformação da propriedade de terra. O estatuto da terra foi aprovado bem rápido pelo congresso nacional e, dentro dele, com as mesmas vertentes políticas que perduram os 18 anos a seguir à promulgação da Constituição de 1946 havendo assim a criação de inúmeros empecilhos para derrubar qualquer medida sobre reforma agrária , em menos de um período de 15 dias após o envio da mensagem ao congresso, os senadores e deputados aprovaram, a emenda constitucional que removia o obstáculo do artigo 147, permitindo a desapropriação de terras por interesse social sem nenhum auxílio, sem indenização em dinheiro bastando que fosse títulos especiais da dívida pública. Essa mudança que foi implantada pelo governo militar foi baseada na distinção das propriedades não apenas pelo tamanho como fazia o governo,que se dirigia seus ataques como latifúndios improdutivos, também foi diferenciado pela intensidade de utilização e também se diferencia na forma social do uso da terra. A burguesia por sua vez busca solução para o problema fundiário, que foi definida no estatuto da terra, encontrou barreiras nas próprias contradições militares e sobretudo a própria tentativa de alijamento do campesinato, do debate político e do pacto político. A burguesia com o estatuto e contracionismo da terra definiu a questão agrária não como uma questão política mas como acessória do desenvolvimento econômico. Os campesinatos lutaram muito nos últimos anos para que conseguissem forçar o governo para fazer o uso de dispositivo do estatuto da terra que prevê a desapropriação por interesse social em caso de tensões sociais pois, em caso de conflitoas tensões se tornaram diárias. A burguesia em sua vez se inquieta com o aumento dos conflitos no campo, e com as concessões do governo, acaba de se manifestar sobre a questão fundiária falando em uma nova ordem na agricultura. Procurando salvar ainda concepções que lhe são essenciais. A burguesia dá ênfase outra vez a empresa como solução do problema agrário em contra partida a burguesia condena os investidores patrimoniais que compram terra como reserva de valor e especulação. A situação do campesinato se torna mais difícil nesse momento porque as suas lutas progrediram bastante diante dos partidos políticos, clandestinos ou não clandestinos, premidos pela rapidez e pela voracidade do avanço do capital e dos grandes grupos econômicos sobre a agricultura e sobre a terra. PATRICK KELTON.
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