Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
É o estudo dos aspectos patológicos de doenças relacionadas ao sistema imunológico. RESPOSTA CONTRA O AGENTE INVASOR INATA: - 1º linha de defesa. ADAPTATIVA: - Quando a 1º linha de defesa não dá conta do agente invasor. - Pode ser através de uma resposta humoral – mediada por anticorpos ou celular – diretamente relacionado as células do sistema imune. TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA Característica fundamental do sistema imunológico. É a característica que o sistema imunológico tem de identificar o que é nosso ou não. Através disso desenvolve a resposta imunológico contra o invasor. No momento de maturação óssea, ocorre a “apresentação” das células aos linfócitos. Se ele se ativar contra as proteínas, ele deve entrar em apoptose. Doenças autoimunes ocorrem devido uma quebra da tolerância. Em casos de deficiência imunológica, ocorre uma imunodeficiência. DOENÇAS AUTOIMUNES HUMANAS Existem dois tipos: - Órgãos específicos: autoagressão a um órgão. Ex.: hepatite autoimune; onde o paciente tem a destruição do fígado pelo seu sistema imune. - Sistêmicas: autoagressão contra antígenos ubiquitários. Relembrando... Hipersensibilidade tipo II - Produção de anticorpos contra estruturas da matriz celular ou proteínas celulares especificas (agressão tecidual direta). Hipersensibilidade tipo III - Formação de imunocomplexos. - Agressão sistêmica. Hipersensibilidade tipo IV - LTCD4: ativação da hipersensibilidade tardia ou destruição direta de células sadias. Características comuns das doenças autoimunes: - Acomete mais mulheres, principalmente na idade fértil. - Pode ter distribuição familiar. - Padrão genético multigênico - Pode ser desencadeada por agentes infecciosos (funciona como um “estopim”). Lúpus Eritematoso Doença inflamatória (autoimune). Hipersensibilidade tipo III. Crônica (não há cura). Período de quiescência – quando não está em crise; há momentos de crise. EPIDEMIOLOGIA Incidência no Brasil: 8,7 casos para cada 100.000 pessoas. Principalmente em mulheres. Quando acomete homens, ocorre de forma mais grave. Acomete principalmente afrodescendentes. Principalmente de 15 a 40 anos. Associação familiar: coincidência de 30% em gêmeos idênticos. Fernanda Nascimento / S3 - Unichristus Lúpus eritematoso cutâneo crônico- discóide: - Forma benigna. - Afeta somente a pele. Lúpus eritematoso sistêmico: - Pele. - Mucosa. - Rins. - Articulações. - Hematológicas. - Sistema nervoso. ETIOLOGIA Possui causa desconhecida. Fatores genéticos: genes deficientes para o MHC e sistema complemento. Fatores imunológicos: falha na tolerância, disfunção de citocinas. Fatores ambientais: luz UV e hormônios (principalmente progesterona e estrogênio). PATOGÊNESE - Quando a célula está em processo de apoptose, os macrófagos vão lá fazer a “limpeza”. - Os receptores Scavenger identificam o DNA e ativam os macrófagos. - Esses macrófagos ativam os linfócitos B, que irão produzir auto anticorpos. - A junção dos anticorpos com os antígenos formam o imunocomplexo. - Se o imucomplexo ficar depositado na pele, vai ocorrer infecção no local. Linfócitos T: clones autoreativos. Linfócitos B: produção de autoanticorpos. FATORES QUE PRECIPITAM SURTOS Exposição à luz solar. Fármacos. Infecções. Alimentos. Desencadeiam a doença em indivíduos geneticamente predispostos. DIAGNÓSTICO O paciente deve apresentar no mínimo quatro manifestações simultâneas ou sucessivas. Dentre as manifestações: eritema malar, ulceras mucosas, alterações renais, neurológicas, hematológicas ou imunológicas. As lesões orais são inespecíficas, é necessário a solicitação de exames hematológicos e biópsia. Pode ser feito o exame de imunofluorescência. SINAIS E SINTOMAS Perda de cabelo (alopecia). Febre. Dor muscular (mialgia). Vasculite cutânea. Fenômeno de Raynauld – maior sensibilidade ao frio. Aumento de baço (esplenomegalia). Neuropatia periferia. Episclerite. Hepatite. Fernanda Nascimento / S3 - Unichristus Artrite – sem destruição do tecido da articulação. Serosite fibrinosa – inflamação nas serosas. EVOLUÇÃO É uma doença progressiva, com prognóstico difícil. Geralmente, o tratamento é feito controlando a evolução. O paciente vai a óbito devido lesões renais TRATAMENTO Antimaláricos (hidroxicloroquina). AINES. Corticoides (prednisona, prednisolona, dexametasona) Imunossupressores (tacrolimus, azatioprina). Artrite reumatoide Doença autoimune de origem desconhecida. Se caracteriza por inflamação simétrica das articulações + manifestações não articulares. Também tem um processo inflamatório na ATM. EPIDEMIOLOGIA Incidência relativamente baixa. Predileção ao sexo feminino Idade: 35~50. ETIOLOGIA Agentes infecciosos + genéticos + fatores ambientais = reações autoimunes. PATOGÊNESE Agente viral + individuo susceptível = destruição dos tecidos sinoviais. Indivíduos da mesma família tendem a apresentar a doença. A membrana sinovial vai começar a inflamar, causando ataque do sistema imune. Há inflamação e dor no local, pode causar a destruição da articulação. O paciente deve apresentar genes de suscetibilidade, o que causa a desregulação do sistema imunológico. A infecção favorece a modificação das proteínas do corpo. A falha de tolerância + a modificação de enzimas = respostas de células T e B e antígenos próprios. SINAIS E SINTOMAS Articulações inchadas, quentes e dolorosas. Rigidez articular. Fadiga. Manifestações extrarticulares: coração, pulmão, olhos, SNC. DIAGNÓSTICO O paciente deve apresentar de 1 a 4 critérios, numa duração maior que 6 semanas. Fernanda Nascimento / S3 - Unichristus O médico solicita exames relacionados a outros anticorpos. FISIOPATOGÊNESE É uma doença progressiva, podendo causar agressão contra as articulações e a posterior destruição. Essa destruição pode resultar na incapacidade física, devido a rigidez e deformidades. TRATAMENTO Antigamente: alivio das dores; uso de AINES, analgésicos, corticoides. Atualmente: agentes modificadores da doença e biológicos; Metotrexato e anti TNF-alfa. Pacientes com essa doença possuem uma doença periodontal mais grave. Imunodeficiências É quando há uma diminuição da capacidade do sistema imunológico se ativar contra infecções patológicas. Essa deficiência pode ser relacionada a produção de anticorpos ou não tem uma resposta celular adequada. TIPOS Primárias: - Relacionada a síndromes (paciente nasce com ela). - Diferenciação/maturação de células imunes alteradas. Adquiridas: - Fatores ambientais. - Desnutrição severa. - Estresse. - Medicação. - Doenças. Fisiológicas: - Acontece de forma normal. - Primeiros meses da vida. - Senilidade. - Gravidez. Imunodeficiência fisiológica RECÉM-NASCIDO Os primeiros anticorpos adquiridos são maternos. Ocorre a queda dos níveis desses anticorpos no 2º mês. Após 6 mês, começa a produção dos anticorpos. Ao final do primeiro ano, apresenta 70% dos anticorpos do indivíduo adulto. GRAVIDEZ O sistema imunológico deve “cair” um pouco para que não haja o ataque ao feto, pois o organismo interpreta como um corpo estranho (Imunomodulação). Os linfócitos T não respondem a antígenos fetais. Há maior suscetibilidade à infecções. Proliferação de neoplasias malignas 2º e 3º trimestres: redução de linfócitos. SENILIDADE Quando os indivíduosvão ficando mais idosos. Ocorre o decréscimo progressivo da imunidade a partir da 3º década. Perceptível a partir da 6º década. Risco de câncer e risco de adquirir doenças infecciosas. Imunodeficiência adquiridas SIDA/AIDS Epidemiologia - Até 2014, mais de 700.00. - Mais de 200.00 óbitos. Etiologia - Mais importante imunodeficiência adquirida. - Agente etiológico: retrovírus (vírus da imunodeficiência adquirida – HIV1 e HIV2). Fernanda Nascimento / S3 - Unichristus - Transmissão sexual, parenteral ou de mãe para filho (mais controlada). HIV x AIDS - O paciente com HIV, não necessariamente tem AIDS. Vivem uma vida “normal”. - Uma pessoa com AIDS, a doença não está mais em controle, apresenta infecções oportunistas e imunodeficiências. Prevenção: - Uso de preservativos. - Uso de EPI´s por profissionais de saúde. Patogênese: - O vírus tem algumas proteínas que identificam a proteína CD4, mudando sua formulação, jogando o RNA e transcriptase reversa dentro da célula. - A transcriptase produz uma molécula de DNA, por meio do RNA viral, que será incorporado no DNA da célula. Assim, a célula começa a trabalhar para o vírus. - O vírus consegue entrar na mucosa e começa a infectar as células TCD4, fazendo com que essas células entrem em apoptose. - 3~7 semanas após a infecção, há alta proliferação viral, mas baixa carga viral. - O paciente apresenta sintomas de gripe. - Em fase tardia, infecta: LTCD4, macrófagos, células dendríticas, células do tecido nervoso e células cardíacas. Sinais e sintomas: - No início, ocorre uma fase assintomática. - Quadro de mialgia, febre, mal-estar. - AIDS: emagrecimento, infecções oportunistas. Fisiopatologia: - Após a fase assintomática, o paciente entra propriamente na imunodeficiência. - Ocorre uma redução muito grande de linfócitos TCD4. - Quando o tratamento não funciona mais, o paciente entra na AIDS propriamente dita. O profissional infectado toma o coquetel para controlar a infecção viral. Se não souber se o paciente tem alguma infecção, deve tomar o coquetel para prevenir a infecção. Infecções oportunistas: - O paciente não vem a óbito devido ao HIV especificamente, mas sim devido as infecções oportunistas, como pneumonia. - Deve observar infecções pré-existentes. - Orais grupo I: candidíase, leucoplasia pilosa (vírus EBV), CMV, GUN, sarcoma de Kaposi. - Orais grupo II: ulcerações atípicas, doenças de glândulas salivares, herpes, HPV, varicela-zostes. Diagnóstico: sorologia para HIV1 e HIV2. Tratamento: coquetel de antirretrovirais. Fernanda Nascimento / S3 - Unichristus
Compartilhar