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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO RECIFE ENGENHARIA MECÂNICA LUIZ BARTOLOMEU DE CARVALHO TAVARES DESENVOLVIMENTO DE UM BANHO TÉRMICO DE BAIXO CUSTO COM MATERIAIS RECICLÁVEIS PARA CONTROLE DE TEMPERATURA DE AMOSTRAS COM EFEITO MEMÓRIA DE FORMA RECIFE 2020 CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO RECIFE ENGENHARIA MECÂNICA LUIZ BARTOLOMEU DE CARVALHO TAVARES DESENVOLVIMENTO DE UM BANHO TÉRMICO DE BAIXO CUSTO COM MATERIAIS RECICLÁVEIS PARA CONTROLE DE TEMPERATURA DE AMOSTRAS COM EFEITO MEMÓRIA DE FORMA Trabalho e conclusão de curso apresentado a coordenação do curso de graduação em engenharia mecânica do centro universitário Estácio do Recife, como requisito parcial à obtenção do grau de bacharel em engenharia mecânica Orientador: Professor Fellipe S.S Virgolino RECIFE 2020 LUIZ BARTOLOMEU DE CARVALHO TAVARES DESENVOLVIMENTO DE UM BANHO TÉRMICO DE BAIXO CUSTO COM MATERIAIS RECICLÁVEIS PARA CONTROLE DE TEMPERATURA DE AMOSTRAS COM EFEITO MEMÓRIA DE FORMA Esta monografia foi julgada adequada como parte dos requisitos para a obtenção do título de Engenheiro Mecânico aprovada em sua forma final pela banca examinadora do Centro Universitário Estácio do Recife. Aprovado em____ de _______ de 2020 BANCA EXAMINADORA __________________________________________ Professor Fillipi S.S. Virgolino Orientador __________________________________________ Examinador __________________________________________ Examinador Dedico à toda minha Família, a esposa Edicleide Maria aos Meus filhos Piter Andersom, Raissa D’arc, João Paulo, Alexandre Francisco, Laura Maisa aos Netos, Luiz Pietro e Ana Lys, ao meu irmão Alexandre Carvalho, “in memorian” aos Meus Pais Paulo Tavares e Benedita Oliveira a minha Tia Madrinha Maria Wilma, Professores, amigos e a todos os Deuses e semi deuses existente no Universo paralelo que Radiam o bem. AGRADECIMENTOS Gostaria de agradecer, a todos os professores e autores dos livros e artigos que li e pesquisei e que de alguma forma ajudaram na realização deste trabalho. Agradeço também ao Centro Universitário Estácio Recife, assim também como seus docentes, por abrir-me as fronteiras do conhecimento. Meus agradecimentos em especial aos Professores: Fillipe Virgolino, Magno Felipe, Camila Fernandes, Kaciê Trindade, Antônio de Pádua, Rogerio Santiago, Leonardo Horta, Flávia Garret; Ao Professor do SENAI PE: Jair Ozi; Aos Professores do IFPE Instituto Federal de Pernambuco: Marivaldo Rosas, Paulo D”Avella, Perinaldo Severino Júnior, Luís Lavor Teles; ao Instrutor do CTC Centro de Trabalho e Cultura: Jurandy Miguel Lins; ao Professor de português André Mendonça, que, sempre disseram-me frases magnificas de orientação, que para mim, soava como se fosse “Joias Raras” para o meu processo de desenvolvimento e guardá-las-ei eternamente. RESUMO Os banhos térmicos são equipamentos cuja finalidade é aquecer e/ou resfriar um determinado liquido e mantê-lo a uma temperatura constante. Estes geralmente, são utilizados em aplicações laboratoriais de ensino e pesquisa para controle de processos físicos e químicos que são dependentes de temperatura, especialmente em regiões tropicais. Neste trabalho, foi desenvolvido um banho térmico simples e com materiais reaproveitados, com a finalidade de utilizá-lo em ensaios de resistividade de ligas com efeito memória de forma, o protótipo de banho térmico foi desenvolvido com um Gelágua em desuso que, após as devidas manutenções preventivas e corretivas, o mesmo foi reutilizado; peças de ar condicionado; resistência elétrica; recipiente plástico de 20 litros descartável; chuveiro comum de PVC residencial; conexões de PVC; tubulações de PVC reaproveitáveis; tubulações de alumínio e cobre que seriam destinados a Reciclagem; cerâmicas quebradas sem utilidades para a construção civil; fluido refrigerante R 134a, entre outros. Os resultados obtidos foram ideais e satisfatórios para o estudo com Tempo de aquecimento do fluido, saindo da temperatura ambiente de 28°C à 90°C em ± 17 minutos e resfriamento do fluido, iniciando em 90°C para 27,9°C em 30 minutos. Com taxa de aquecimento de 3,65°C/min e taxa de resfriamento de 2,02°C/Min. Que torna o protótipo de banho térmico ideal para controle de temperatura de amostras com efeito memória de forma de liga NI-TI-CU (Niquel-Titanio-Cobre), que possuem temperaturas de transformação em faixas de 30 a 80°C. Palavras-chave: banho termostático, aquecimento, resfriamento, ligas com efeito memória de forma. ABSTRACT Thermal baths are equipment whose purpose is to heat and/or cool a certain liquid and keep it at a constant temperature. These are usually used in laboratory teaching and research applications for control of physical and chemical processes that are temperature dependent, especially in tropical regions. In this work was developed a simple thermal bath with reused materials, with the purpose of using it in tests of resistivity of alloys with form memory effect, the prototype of thermal bath was developed with A Gela water in disuse that, after the proper preventive and corrective maintenance the same was reused, air conditioning parts, electrical resistance, plastic container of 20 liters disposable , common shower of residential PVC, PVC connections, reusable PVC pipes, aluminum and copper pipes that would be destined for Recycling, broken ceramics without utilities for civil construction, refrigerant R 134a, among others. The results obtained were ideal and satisfactory for the study with fluid heating time, from room temperature from 28°C to 90°C in ± 17 minutes and fluid cooling, starting at 90°C to 27.9°C in 30 minutes. With heating rate of 3.65°C/min and cooling rate of 2.02°C/Min. That makes the thermal bath prototype ideal for temperature control of samples with NI-TI-CU alloy form memory effect, which have transformation temperatures in ranges of 30 to 80°C. Keywords: thermal bath, heating, cooling, alloys with form memory effect. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Exemplo de sistema fixo ........................................................................................... 14 Figura 2: Exemplo de sistema móvel ....................................................................................... 15 Figura 3: Ciclo de refrigeração ................................................................................................. 17 Figura 4: Banho térmico comercial .......................................................................................... 21 Figura 5: Representação esquemática da curva típica de transformação numa lmf. ................ 22 Figura 6: Influência do cobre nas temperaturas de transformação inicial de ligas ni-ti-cu. ..... 23 Figura 7 – Peças utilizadas para confecção do protótipo de banho térmico: (a) bebedouro que iria para descarte, (b) motor compressor, (c) condensador tipo fio de arame, (d) reservatório de água (evaporador), (e) expansor capilar, (f) motor agitador misturador, (g) acrílico retirado da tevê led para tampa de proteção do quadro comando, (h) tampa do sistema em bloco de 10 mm, (i) relés contatores de selo, retirado de unidades condensadoras de condicionador de ar que iria para descarte, (j) termômetro digital stc 1000, (k) bomba d'agua retirada de máquina de lavar em desuso e (l) resistência elétrica. ........................................................................................................................................... 28 Figura 8: Quadro comandoem bloco de 10 mm ...................................................................... 30 Figura 9: Sistema auxiliar de troca de calor do fluido interno ................................................. 31 Figura 10 – Realização de manutenção preventiva e corretiva nos equipamentos para sua utilização no projeto: (a) desmontagem do sistema, (b) e (c) pintura dos componentes. . 32 Figura 11: Esquema elétrico de comando................................................................................. 33 Figura 12 – (a) Sistema auxiliar de resfriamento de fluido externo, torre de resfriamento a base de cerâmica descartadas, (b) carga de fluido refrigerante no sistema de compressão a vapor e (c) protótipo montado. .......................................................................................... 34 Figura 13: Ciclo de refrigeração do protótipo .......................................................................... 36 Figura 14: Valores coletados no sistema de compressão a vapor. ........................................... 38 Figura 15: Resultado do coeficiente de performance. .............................................................. 38 Figura 16: Gráfico de resultado final ........................................................................................ 39 Figura 17: Resultado de aquecimento d'água para temperatura máxima programada teste 01 40 Figura 18: Resultado de aquecimento d'água para temperatura máxima programada teste 02 41 Figura 19: Variação de temperatura de resfriamento 1ª situação. ............................................ 42 Figura 20: Variação de temperatura de resfriamento 2ª situação. ............................................ 43 Figura 21: Variação de temperatura de resfriamento 3ª situação. ............................................ 44 Figura 22: Variação de temperatura de resfriamento 4ª situação. ............................................ 45 Figura 23: Imagem para comparação de valores de banhos térmicos, (2020) ......................... 50 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Materiais versus custo .............................................................................................. 35 Tabela 2: Analise de Ciclo........................................................................................................ 37 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 12 2. OBJETIVO ..................................................................................................................... 13 2.1. Objetivo Geral ............................................................................................................ 13 2.2. Objetivos Específicos ................................................................................................ 13 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................. 14 3.1. Termodinâmica .......................................................................................................... 14 3.1.1. Sistema termodinâmico .......................................................................................... 14 3.1.2. Volume e controle. ................................................................................................. 15 3.1.3. Fase, Propriedade e estado ..................................................................................... 15 3.1.4. Primeira Lei da Termodinâmica (conservação de energia) .................................... 16 3.1.5. Primeira Lei para sistemas fechados ...................................................................... 16 3.1.6. Ciclo de refrigeração por compressão a vapor ....................................................... 17 3.2. Transferência de Calor ............................................................................................... 17 3.2.1. Condução ................................................................................................................ 18 3.2.2. Convecção .............................................................................................................. 18 3.2.3. Radiação ................................................................................................................. 19 3.2.4. Resistência Elétrica ................................................................................................ 19 3.2.5. Lei de Ohm ............................................................................................................. 20 3.3. Banho termostático .................................................................................................... 20 3.3.1. Efeito memória de forma........................................................................................ 21 4. METODOLOGIA ........................................................................................................... 24 4.1. Desenvolvimento ....................................................................................................... 24 4.2. Etapas do projeto ....................................................................................................... 24 4.3. Carga térmica ............................................................................................................. 25 4.4. Componentes utilizados ............................................................................................. 25 4.4.1. Reservatório de água .............................................................................................. 25 4.4.2. Relés contatores...................................................................................................... 26 4.4.3. Misturador de fluido ............................................................................................... 26 4.4.4. Fonte de alimentação .............................................................................................. 26 4.4.5. Resistência elétrica ................................................................................................. 26 4.4.6. Termômetro digital ................................................................................................. 27 4.4.7. Sistema de arrefecimento do Fluido interno .......................................................... 27 4.4.8. Motor compressor .................................................................................................. 27 4.4.9. Condensador ........................................................................................................... 27 4.4.10. Expansor ................................................................................................................. 27 4.4.11. Sistema de arrefecimento de fluido externo ........................................................... 27 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................. 28 5.1. Montagem do reservatório ......................................................................................... 28 5.2. Testes ......................................................................................................................... 37 5.2.1. Testes iniciais. ........................................................................................................ 37 5.2.2. Software Cool Pack ................................................................................................ 37 5.3. Aquecimento .............................................................................................................. 40 5.3.1. Aquecimento do Fluido, (Teste 01)........................................................................ 40 5.3.2. Aquecimento do fluido, (Teste 02) ........................................................................ 41 5.4. Resfriamento ..............................................................................................................41 5.4.1. Resfriamento do fluido, (Teste 01) ........................................................................ 41 5.4.2. Resfriamento do fluido, (Teste 02) ........................................................................ 42 5.4.3. Resfriamento do fluido, (Teste 03) ........................................................................ 43 5.4.4. Resfriamento do fluido, (Teste 04) ........................................................................ 44 6. CONCLUSÃO ................................................................................................................ 46 6.1. Sugestões e melhorias para trabalhos futuros ............................................................ 47 7. REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 48 8. ANEXOS ........................................................................................................................ 50 8.1. Imagem para comparação de valores de banhos térmicos comerciais e o protótipo desenvolvido. ............................................................................................................................ 50 12 1. INTRODUÇÃO Temperatura é a segunda maior grandeza controlada depois do Tempo. Os processos de reações químicas são no geral dependentes de temperatura, portanto, os Banhos Térmicos, mesmo que seja muito simples, tornam-se fundamentais e indispensáveis ferramentas para Laboratório, para o ensino e Campo de pesquisas; dados tabelados em compêndios e manuais, grande parte dessas informações são obtidos pela comparação e controle de temperaturas. Portanto, neste trabalho foi desenvolvido um banho térmico para ensaios mecânicos em laboratório de reduzido tempo para aquecimento e resfriamento entre as faixas de 28° a 90° Celsius. Construído com materiais recicláveis: peças de ar condicionado; resistência elétrica; recipiente plástico de 20 litros descartável; chuveiro comum de PVC residencial; conexões de PVC; tubulações de PVC reaproveitáveis; tubulações de alumínio e cobre que seriam destinados a Reciclagem; Gelágua; cerâmicas quebradas sem utilidades para a construção civil; fluido refrigerante R 134a, entre outros. Com a finalidade de incentivar a pesquisas e desenvolver a curiosidade em produzir banhos térmicos de baixo custo. Pois, o custo para compra de banhos térmicos comercial, é muito elevado, dificultando a aquisição de instituições públicas e privadas, que em muitos casos tem verbas reduzidas para compra de tecnologia. O preço de uma unidade de banho térmico no mercado atualmente custa em torno de R$ 4.791,60 a R$ 34.237,46 Valores dos banhos térmicos referentes as suas faixas de temperatura de trabalho. LOJANETLAB, (2020) 13 2. OBJETIVO 2.1. Objetivo Geral Desenvolver um protótipo de banho térmico de baixo custo com controle de temperatura entre as faixas de 28° a 90° Celsius, com capacidade de refrigeração de 250 W e aquecimento de 850 W e com reservatório de volume de até 3 litros. 2.2. Objetivos Específicos • Determinar cargas térmicas de aquecimento e resfriamento do sistema, contemplando taxas de transferência, aquecimento e resfriamento. • Desenvolvimento de protótipo de banho térmico, contando com sistema de resfriamento por meio de ciclo de compressão a vapor, e aquecimento por meio de resistência elétrica. • Construção do protótipo, juntamente com sistema manual de controle e medição de temperatura por Termômetro digital. • Avaliação, analise e observação do experimento desenvolvido, visando avaliar condições transitórias e de estabilidade de temperatura. 14 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Será descrito uma breve revisão bibliográfica e teórica sobre banhos térmicos comerciais, sistema de controle, e fundamentos de transferência de calor e mecânica dos fluidos. 3.1. Termodinâmica Termodinâmica é uma palavra derivada dos radicais gregos thermes (calor) e dynamis (movimento), que transmite a ideia de movimento obtido através do calor. (CARVALHO FILHO, 2018, p. 16). Segundo Van Wylen, (2012, p. 3). “A Ciência da Energia e da Entropia” ou “a Ciência que trata do Calor, do Trabalho e das Propriedades das Substâncias relacionadas ao Calor e ao Trabalho.” Segundo Sonntag et al., (2003, p. 567). A termodinâmica estuda os materiais em suas diversas fases como sólido, líquido e gasoso, com o objetivo de transformar um tipo de energia em outra. Conforme mencionado, termodinâmica é a ciência que trata das interações por transferência e variações de energia, bem como realização de trabalho, sendo que as análises são realizadas para uma região de interesse denominada como sistema. 3.1.1. Sistema termodinâmico Segundo Carvalho Filho (2018) no sistema fechado, ou sistema simples, existe uma fronteira que permite trocas de energia, mas não de matéria, entre o sistema e sua vizinhança. Toda região externa ao sistema e chamada de vizinhança. O que delimita o sistema e a vizinhança é chamado fronteira do sistema. Os sistemas termodinâmicos fechados, podem ser: fixo ou móvel. Figura 1: Exemplo de sistema fixo Fonte: Carvalho Filho, (2018) 15 Figura 2: Exemplo de Sistema móvel Fonte: Carvalho Filho, (2018) O sistema fechado é definido por possuir massa fixa, porém existe a possibilidade de transporte de energia e realização de trabalho com o meio externo. 3.1.2. Volume e controle. Diferentemente, um volume de controle, ou sistema aberto, é uma região de interesse no espaço na qual pode haver transporte de massa, calor e trabalho. Esta abordagem é mais adequada para condições com fluxo de massa através de uma região de interesse, onde a identificação e avaliação de interações de uma porção específica de massa se torna inviável, como em máquinas de fluxo. 3.1.3. Fase, Propriedade e estado Ainda Segundo Carvalho Filho, (2018) são classificados: • Fase: É uma quantidade de matéria completamente homogênea, Exemplo fases sólido, líquido e gasoso, estas se separam entre si por meio das fronteiras de fases. • Estado: O estado de um sistema é definido pelos valores de suas propriedades macroscópicas observáveis. Massa, Temperatura, Pressão, Densidade. 16 • Propriedades: É uma determinada característica de um Sistema, em um dado estado para qual determinados valores numéricos podem ser atribuídos a fim de descrever o sistema. Independentemente de como a substância chegou a determinado estado. Exemplo: Pressão, Volume específico e temperatura. As propriedades podem ser extensivas e intensivas. • Extensiva: Podem ser contadas e cujo valor para todo sistema é a soma dos valores das diferentes partes do sistema, são dependentes de extensão do sistema e simbolizada por letras Maiúscula. Ex: Volume, Massa. • Intensiva: Propriedades que são independentes do tamanho (massa ou volume) do sistema, são normalmente simbolizadas por letras minúsculas. Ex: densidade, temperatura. 3.1.4. Primeira Lei da Termodinâmica A Primeira Lei da Termodinâmica quantifica as transferências de energia em forma de calor e de trabalho, variando a energia do sistema que está sendo analisada. Toda forma de energia não pode ser criada ou destruída, a energia só pode ser convertida ou transferida de um corpo para outro, podendo ser a energia interna, cinética e potencial. Sendo assim de modo geral, as leis físicas são estabelecidas para sistemas fechados, e a formulação matemática para sistemas abertos deve ser modificada para contemplar efeitos de entrada e saída de massa. 3.1.5. Primeira Lei para sistemas fechados A primeira Lei enuncia que a energia total do sistema deve ser conservada, e consequentemente, a única forma na qual a quantidade de energia em um sistema pode mudar é se a energia cruzar sua fronteira. A primeira lei também indica asformas nas quais a energia pode cruzar as fronteiras de um sistema. Para um sistema fechado (uma região de massa fixa) há somente duas formas: “transferência de calor através da fronteira e trabalho realizado pelo ou no sistema” (INCROPERA, 2008, p. 09), levando ao enunciado da primeira lei da termodinâmica para sistemas fechados: 17 𝐸 = 𝑄 − 𝑊 (1) Onde “E” é a taxa de variação da energia do sistema, contemplando parcela de energia interna, cinética e potencial, “Q” é a taxa de transferência de calor para o sistema em análise, e “W” é a taxa de realização de trabalho do sistema sobre o meio externo. 3.1.6. Ciclo de refrigeração por compressão a vapor Processos realizado por um sistema realizando trabalho, Transferência de calor, variando pressão e temperatura e retornando ao seu estado inicial. Os processos que ocorrem em um sistema são chamados: • Processo isotérmico: No processo isotérmico, a temperatura do sistema é constante; • Processo isobárico: No processo isobárico a pressão do sistema é constante; • Processo isovolumétrico: No processo isovolumétrico ocorre a volume constante do sistema, esse processo também é chamado de processo isocórico; • Ciclo Termodinâmico: Quando um sistema, em um dado estado inicial, passa por vários processos sequenciais alternativos e retorna ao estado inicial, diz-se que o sistema percorreu um ciclo. (CARVALHO FILHO, 2018) Figura 3: Ciclo de refrigeração Fonte: (2020) www.leonardo-energy.org.br 3.2. Transferência de Calor A transferência de calor ocorre quando dois ou mais corpos que estão em temperaturas diferentes são colocadas em contato ou em um mesmo local, fazendo com que a energia térmica seja transferida de uma região para outra, (BENNETT e MYERS, 2008) sempre da 18 região de maior temperatura para a região de menor temperatura. Portanto, transferência de calor pode ocorrer através de condução, convecção e radiação térmica. 3.2.1. Condução “A condução pode ser vista como transferência de energia das partículas mais energéticas para as menos energéticas de uma substância devido a interação entre partículas” (INCROPERA, 2008, p. 03). A formulação de um modelo matemático proposto através de observações experimentais da transferência de calor por condução, conhecida com a Lei de Fourier, que diz que o fluxo de calor q (W/m²) é proporcional ao gradiente de temperatura, conforme a seguinte relação para materiais isotrópicos: 𝑞 = −𝐾𝑉𝑇 (2) Onde a constante de proporcionalidade k (W/m.K) corresponde a condutividade térmica, que depende do tipo de material e do estado termodinâmico. Para materiais anisotrópicos, k é um tensor. O sinal negativo indica que o fluxo de calor ocorre da região de temperatura mais elevada para a região de menor temperatura. Assim, quanto maior o valor de k, melhor condutor de calor é o material. 3.2.2. Convecção É o modo de transferência de calor em que há movimento líquido da matéria, correspondendo a escoamento de fluido. Portanto, a transferência de calor se dá tanto em escala molecular devido a gradiente de temperatura ao longo do fluido, quanto devido ao transporte de energia térmica devido ao deslocamento de massa. “O Modo de transferência de calor por convecção abrange dois mecanismos. Além de transferência de energia devido ao movimento molecular aleatório (difusão), a energia também é transferida através do movimento global”. (INCROPERA, 2008). 𝑄 = ℎ. 𝐴. (𝑇𝑠 − 𝑇∞ (3) 19 A equação 3 é denominada como lei de resfriamento de Newton. O termo h (W/m².K) é definido como coeficiente de transferência de calor, que depende de propriedades do fluido, da geometria e do perfil de velocidades do escoamento próximo a superfície do corpo. 3.2.3. Radiação Radiação, em relação a transmissão de calor, consiste no transporte de energia por meio de ondas eletromagnéticas. As ondas eletromagnéticas propagam-se no vazio à velocidade da luz (82.998 10c= × m/s) e, assim, a radiação, ao contrário da condução e da convecção, não necessita de um meio material para que a transferência de energia se efetue. “A radiação térmica corresponde à radiação eletromagnética emitida por um corpo como resultado da sua temperatura”. (P.J. OLIVEIRA, 2014), Lei de Stefan-Boltzmann, dá o fluxo radiante total emitido por um corpo ideal, designado por corpo negro, que absorve toda a radiação incidente e emite o máximo de radiação possível: Eɓ = σ 𝑇^4 Onde: Eɓ - poder emissivo do corpo negro ( 𝑊 𝑚2 ); σ - constante de Stefan-Boltzmann σ = 5.670 ∗ 10−8[ 𝑊 (𝑚2∗𝑘4) ]; T – Temperatura Absoluta (K) 3.2.4. Resistência Elétrica Resistência elétrica é uma qualidade física da matéria para resistir ao fluxo livre de perda de uma corrente elétrica através dele. A resistência elétrica está relacionada com o transporte e a conversão de energia elétrica em outros tipos de energia. (TRANSLATORES, 2020) Quando a conversão de energia elétrica em energia térmica é irreversível, falamos de resistência. 20 3.2.5. Lei de Ohm A resistência pode ser representada pela letra R ou r, e é considerada uma constante para um determinado condutor dentro de limites específicos. (TRANSLATORES, 2020) Ela pode ser encontrada na equação 4. 𝑅 = 𝑈/𝐼 (4) Onde: R é a resistência medida em ohms (Ω); U é a diferença de potencial ou de tensão entre as extremidades do condutor, medida em volts (V); I é a corrente elétrica que corre entre as extremidades do condutor, medida em amperes (A). Há uma outra lei importante que descreve a descarga de energia de calor quando a corrente elétrica passa através de um condutor. Esta lei é conhecida como a primeira lei de Joule e expressa na equação (5). 𝑄 = 𝐼² · 𝑅 · 𝑡 (5) Onde: Q é a quantidade de calor descarregado durante um determinado tempo t, em que a energia é medida em joules (J); 3.3. Banho termostático O banho termostático usado em laboratórios tem a função de aquecer diversos tipos de substâncias que não podem ser manipuladas diretamente em alguma chama ou necessitam de um aquecimento vagaroso e homogêneo. Diferentemente de banhos normais, o banho termostático é utilizado para controlar com precisão a temperatura. (Blog Prolab, 2020- 21 www.prolab.com.br/blog/blog/banho-termostatico-conheca-sua-funcao-e-seus-diferentes- tipos/) Figura 4: Banho Térmico comercial Fonte: Blog Prolab (2020) www.prolab.com.br 3.3.1. Efeito memória de forma O efeito de memória de forma está associado a mudanças de fases em ligas metálicas que possuem propriedades particulares. Sabe-se que o efeito de memória se deve a mudanças de estruturas no estado sólido e ocorrem durante certa variação de temperatura, como observado por Otsuka e Ren (2005). Quando deformadas plasticamente e sujeitas a um carregamento térmico apropriado, as LMF demonstram a capacidade de recuperar a forma anterior à deformação introduzida ou de gerar grandes forças de restituição caso restringindo seu retorno de forma. Essa propriedade está associada a uma transformação de fase no estado sólido, dependente da temperatura, do tipo martensítica termoelástica (OTSUKA & WAYMAN, 1998). A transformação também apresenta histerese que é um deslocamento da temperatura em que se tem o início da transformação mastensítca (Ms) e o início da transformação austenítica (As). Devido a isso, a histerese é dada pela diferença entre a temperatura onde se tem 50% de fração transformada de austenita (A50) e a temperatura de 50% de fração transformada de martensita (M50), ou seja, A50-M50. Normalmente, a histerese das transformações martensíticas termoelásticas situam-se entre 5ºC a 30ºC que varia com a composição química e o tipo de estrutura cristalina das ligas (DUERIG et al,1990). Na Figura abaixo, são apresentados os principais pontos das transformações que são definidos como sesegue: • Ms: Temperatura de início da transformação martensítica; 22 • Mf: Temperatura de término da transformação direta; • As: Temperatura de início da transformação austenítica; • Af: Temperatura de térmico da transformação inversa; • Ht: Histerese térmica da transformação (Ht = Af50% – Ms50%). Figura 5: Representação esquemática da curva típica de transformação numa LMF. Fonte: Mercier & Melton (1979). A transformação de austenita em martensita começa na ausência de tensão, em uma temperatura conhecida como a temperatura inicial da martensita (Ms). A transformação continua a se desenvolver com a temperatura decrescendo até a temperatura final da martensita (Mf) ser alcançada. Quando a LMF é aquecida da fase martensita na ausência de tensão, a transformação reversa (martensita para austenita) começa na temperatura inicial da austenita (As), e após atingir a temperatura final da austenita (Af), o material é completamente austenita. Existe muitas vezes uma histerese entre as regiões de transformação As para Af e Ms para Mf, que é devida à energia irreversivelmente dissipada sob a forma de atrito interno durante a transformação. A transformação austenita vai sempre terminar em uma temperatura maior que a transformação martensita (Af>Mf) (QIDWAI et al.,2000; LAGOUDAS et al., 1996; OTSUKA & REN, 2005; (KOHL, 2010). O efeito causado pelo cobre quando incrementado, provoca efeitos nas temperaturas de transformação, como verificado na Figura abaixo. 23 Figura 6: Influência do Cobre nas Temperaturas de Transformação inicial de ligas Ni-Ti-Cu. Fonte: Mercier & Melton (1979). Nas ligas 50%at.-xNi-50%at.Ti-Cux uma fração de níquel é substituída pelo cobre. Assim, essa substituição afeta o comportamento da transformação e as características de memória de forma (SABURI, 1998). A principal características dessas ligas de NI-TI-CU é que as mesmas possuem temperaturas de transformação em faixas de 30 a 80°C que é ideal para teste do banho que foi desenvolvido neste trabalho. 24 4. METODOLOGIA 4.1. Desenvolvimento Descrição do projeto. Desenvolvimento e construção de um protótipo de Banho Térmico para este estudo. 4.2. Etapas do projeto Conforme descrito anteriormente, pretende-se desenvolver um banho térmico de reduzido tempo para aquecimento e resfriamento, para manter a temperatura do Fluido em valores constantes. Pode-se listar os seguintes requisitos para o sistema: • Máxima temperatura de 90 °C. • Mínima temperatura de 28 °C. • Tempo para aquecimento da temperatura mínima para máxima em 30 minutos, e temperatura máxima para temperatura mínima de resfriamento em 30 minutos. • Capacidade do reservatório de água três litros. • Operação com água. • Aquecimento realizado por resistência elétrica alimentada pela rede elétrica com corrente alternada 220V, 60 Hz, controlada por relé de estado sólido com controle de acionamento manual. • Resfriamento promovido por sistema de compressão a vapor, controlado por relé de estado sólido com controle de acionamento manual. • Medição de temperatura através de termômetro digital. • Circulação forçada do fluido, promovida por agitador misturador. • Sistema auxiliar de troca de calor do fluido aquecido, por circulação em tubo de alumínio imerso em água movido por auxilio de bomba d’agua. • Resfriamento do fluido externo condução forçada por bomba, e utilização de torre de resfriamento a base de cerâmicas recicladas. Portanto, partir da listagem dos requisitos do Protótipo, pode-se avaliar as cargas térmicas de aquecimento e resfriamento. 25 4.3. Carga térmica Considerando que o volume estabelecido no projeto é de 3 litros, a temperatura máxima desejada Tmáx de 90 °C e mínima desejada Tmín de 28°C, a máxima quantidade de calor retirada deste sistema é: 𝑄 = 𝑚. 𝑐. (𝑇𝑚𝑎𝑥 − 𝑇𝑚𝑖𝑛) (6) Resultado = 779.340 J Onde m é a massa de líquido, e c representa o calor específico da água, assumido como sendo aproximadamente 4190 J/kg.K. A partir desta análise, conclui-se que 779.340 J devem ser removidos do sistema. Assim, a taxa de remoção de calor do sistema para resfriar o reservatório em um intervalo t de 30 minutos, ou seja, 1800 segundos, pode ser estimado conforme a seguinte relação: 𝑃 = 𝑄 ∆𝑡 (7) Resultando em ±433 W. Para o caso de aquecimento, caso seja considerado que o valor do calor específico seja o mesmo, a taxa de energia necessária para aquecer de Tmín a Tmáx em 30 minutos é também de ±433 W. Portanto, para o presente Protótipo assume-se que a carga térmica dominante é a de aquecimento ou resfriamento, sendo que a carga térmica correspondente a transferência de calor entre o líquido e o ambiente é desprezível. (LIENHARD, 2015) 4.4. Componentes utilizados 4.4.1. Reservatório de água O objeto utilizado como reservatório no protótipo foi uma cuba cilíndrica de aço inoxidável com as seguintes medidas: 26 • Diâmetro: 20 cm • Raio: 10 cm • Altura: 12 cm • Espessura das chapas de aço: 0,6 mm • Volume Total: ± 3,7 L 4.4.2. Relés contatores Um sistema de travamento de relés foi utilizado com uso de sistema manual de botão liga, onde seu funcionamento se dá com o fechamento e abertura do circuito, por corrente elétrica, quando a corrente elétrica percorre as espirais da bobina do relé, gera um campo magnético, o que provoca uma força de Atração responsável pela mudança de estado dos contatos, abrindo ou fechando a passagem de corrente elétrica. Dessa forma, o relé serve para ligar ou desligar dispositivos. Neste projeto foram utilizados dois relés contatores para controlar as ciclo de compressão a vapor e a resistência elétrica. 4.4.3. Misturador de fluido Foi utilizado um misturador de Fluido de água que atua fazendo a uniformização da temperatura da água através da agitação constante da mesma, possibilitando uma melhor troca de calor entre a água, a unidade de ciclo de compressão a vapor e ou resistência elétrica. 4.4.4. Fonte de alimentação Neste projeto, a fonte de alimentação de tensão utilizada para fornecer energia elétrica alternada de 220V / 60Hz para fornecer energia elétrica para o funcionamento do protótipo. 4.4.5. Resistência elétrica Uma resistência elétrica (ebulidor) foi utilizada para o aquecimento da água, com potência máxima de 850 W e com tensão de alimentação de 220 V a 60Hz. 27 4.4.6. Termômetro digital Termômetro digital com graduação de temperatura entre – 30°C a 100° C. 4.4.7. Sistema de arrefecimento do Fluido interno Sistema auxiliar de troca de calor do Fluido aquecido no reservatório, por circulação em tubo de Alumínio imerso em água movido por auxilio de Bomba d’agua. 4.4.8. Motor compressor O compressor hermético de refrigeração tem como função succionar o fluido e comprimi-lo, provocando o aumento de pressão e temperatura do fluido na fase de vapor. 4.4.9. Condensador Tem como finalidade rejeitar o calor recebido pelo fluido refrigerante durante sua passagem no evaporador para o ambiente externo que não provoque desconforto térmico. 4.4.10. Expansor Tem por finalidades provocar a perda de pressão do refrigerante, que é acompanhada de um decréscimo de temperatura, desde a pressão de condensação até a pressão de evaporação e dosar a vazão de refrigerante que circula no reservatório evaporador. 4.4.11. Sistema de arrefecimento de fluido externo Tem como finalidade resfriar o Fluido externo com circulação forçada e troca de calor por torre de resfriamento. 28 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES 5.1. Montagem do reservatório O protótipo de banho térmico, foi desenvolvido com diversos materiais reaproveitáveis, como: peça de um bebedouro, peças de centrais de ar, materiais elétricos usados, televisão led, prateleiras de guarda roupas, tubos e conexões de PVC, peças de máquinade lavar, tubos de cobre e alumínio, que iria para descarte. Esses materiais são mostrados na figura 5. Figura 7 – Peças utilizadas para confecção do protótipo de banho térmico: (a) Bebedouro que iria para descarte, (b) Motor compressor, (c) Condensador tipo fio de arame, (d) Reservatório de água (Evaporador), (e) Expansor capilar, (f) Motor agitador misturador, (g) Acrílico retirado da Tevê led para tampa de proteção do quadro comando, (h) Tampa do sistema em Bloco de 10 mm, (i) Relés contatores de selo, retirado de unidades condensadoras de condicionador de ar que iria para descarte, (j) Termômetro digital STC 1000, (k) Bomba d'agua retirada de máquina de lavar em desuso e (l) Resistência elétrica. (a) (b) (c) (d) (e) (f) 29 (g) (h) (i) (j) (k) (l) Fonte: elaborada pelo o Autor 30 Além dos componentes mostrados na figura 6, também foi utilizado um quadro de comando mostrado na mesma figura. A base do quadro de comando elétrico foi desenvolvida com prateleiras de guarda roupas que seria descartada. Figura 8: Quadro Comando em Bloco de 10 mm Fonte: elaborada pelo o Autor 31 O sistema auxiliar de troca de calor do fluido interno aquecido no reservatório, foi produzido, utilizando Tubulações de PVC de ¾; Conexões de PVC de ¾; Válvulas de controle manual de fluido em PVC de ¾; Bomba d’agua de Máquina de Lavar reaproveitada; recipiente plástico de 20 Litros reciclável; tubulação de alumínio e cobre que iriam para reciclagem. As montagens dos componentes foram realizadas conforme figura 08, saída do recipiente interno através de tubo de PVC, válvula de controle de fluido e conectada a bomba d’água, onde feita um furo no recipiente externo de 25mm para adição de conexão, em seguida foi utilizado uma redução de em PVC de 25mm para 20 mm, para conectar a tubulação de alumínio em espiral de espessura de ½ polegada e retornando ao recipiente interno Completando o ciclo. Onde, o funcionamento do sistema auxiliar será por abertura da Válvula de controle do fluido e por gravidade a água chega até a bomba d’agua , que será acionada por controle manual, forçando a circulação da água aquecida por um tubo de Alumínio imerso em água em temperatura ambiente, portanto a água do recipiente interno que está com maior temperatura vai ceder calor a água do recipiente externo de menor temperatura, retornando ao recipiente interno com temperatura reduzida, concluindo o Ciclo. conforme mostrado na figura 07. Figura 9: Sistema auxiliar de troca de calor do fluido interno Fonte: elaborada pelo o Autor 32 Procedimentos de manutenções Preventiva e corretiva do sistema. O Bebedouro Gelágua foi desmontado em partes conforme figura (a), foram realizadas manutenções preventivas com lavagem do sistema, condensador, evaporador e bases. Em seguida foi realizada lavagem dos sistemas de condensação e evaporação com utilização do Fluido R141b para remoção de impurezas e resíduos de óleos, foi substituído o óleo do motor compressor, em seguida o condensador e o motor compressor receberam uma Pintura em Zarcão para proteção contra corrosão, Foi adicionado ao Motor compressor calços de borracha para evitar Vibrações mecânicas no sistema, conforme figura (b). O sistema da base de sustentação do sistema de compressão a vapor recebeu uma pintura em tinta óleo para proteção de estrutura metálica, lubrificação de parafusos, encaixes, foi adicionados conjunto de calços de Borracha tipo podium, conforme figura (c). Mostradas na figura 08 Figura 10 – Realização de manutenção preventiva e corretiva nos equipamentos para sua utilização no projeto: (a) desmontagem do sistema, (b) e (c) pintura dos componentes. (a) (b) (c) Fonte: elaborada pelo o Autor 33 Procedimentos de ligação do comando manual elétrico em 220 volts, a montagem do sistema seguiu os seguintes passos: com a fonte da alimentação do sistema desligado, uma das fases (fase 1) foi conectada a bobinas A2, dos relés de comando K1 (resistência elétrica) e K2 sistema de compressão a vapor). Em seguida, a (fase 2) foi conectado a um disjuntor de proteção de 10 Amperes, que foi conectado aos contatos auxiliares dos relés K1 e K2. Sendo que, a alimentação da bobina A1 de K1, para que haja proteção do sistema por intertravamento deverá passar pelo contato auxiliar fechado (1 e 2) de K2, e alimentação da bobina de A1 de K2 para que haja proteção do sistema por intertravamento deverá passar pelo contato auxiliar fechado (1 e 2) de K1. Assim, quando acionado manualmente o interruptor de K1 (resistência elétrica) a tensão elétrica passará pelos contatos auxiliares normalmente fechados (1 e 2) da Bobina K2 e acionará a bobina A1 de K1, onde, os contatos abertos (3 e 4) de K1 se fecham acionando a resistência elétrica e os contatos fechados (1 e 2) de K1 se abrem, evitando que a bobina A1 de K2 seja acionada. No entanto, para acionar K2 (sistema de compressão a vapor), será necessário desligar manualmente o interruptor de K1 (resistência elétrica). Após desligamento manual de K1, poderá ser acionado o interruptor de K2 (sistema de compressão a vapor) a tensão elétrica passará pelos contatos auxiliares normalmente fechados (1 e 2) da Bobina K1, e acionará a bobina A1 de K2, onde, os contatos abertos (3 e 4) de K2 se fecham acionando o sistema de compressão a vapor, e os contatos fechados (1 e 2) de K2 se abrem, evitando que a bobina A1 de K1 seja acionada. Mostrado na figura 09 Figura 11: Esquema elétrico de Comando Fonte: Adaptado (2020-Aton Elétrica) 34 Sistema Auxiliar de resfriamento do Fluido externo, desenvolvido com material recicláveis e reutilizáveis conforme Figura (a). O sistema de resfriamento do fluido interno, após acionado o comando manual, o mesmo entrará em funcionamento, circulando o fluido aquecido pela tubulação de alumino imerso no fluido externo o fluido aquecido irá ceder calor com o fluido externo, o mesmo aquece, sendo assim, é acionado o comando manual da Bomba d’agua do fluido externo que circula o fluido externo através da tubulação de PVC até o chuveiro que distribui a água aquecida em diversos pontos da cerâmica na 1ª etapa da torre de resfriamento, que absorve o calor da água e em seguida, a água é distribuída na cerâmica da 2ª etapa da torre de resfriamento e retornando ao balde com temperatura da água reduzida completando o ciclo. Carga de fluido refrigerante no sistema, figura (b) após realização de manutenções preventivas e corretiva o sistema foi montado, realizado o vácuo no sistema de compressão a vapor e adicionado carga de fluido refrigerante R134A. Protótipo montado para funcionamento, figura (c). Mostrada na figura 10 Figura 12 – (a) Sistema auxiliar de resfriamento de Fluido externo, torre de resfriamento a base de cerâmica descartadas, (b) Carga de Fluido refrigerante no sistema de compressão a vapor e (c) protótipo montado. (a) (b) (c) Fonte: elaborada pelo o Autor 35 Foi criada uma tabela de valores, que mostra o custo mínimo para construção do protótipo, e que em relação a valores dos banhos térmicos produzidos comercialmente, o valor gasto chega a ± 4% do Banho térmico de menor valor. Mostrado na tabela 01 Tabela 1: Materiais versus custo Fonte: elaborada pelo o Autor Ciclos e processos: esse ciclo está composto por dois processos isotérmicos e dois processos adiabáticos. Processo 1-2: o refrigerante é comprimido adiabaticamente, aumentando a temperatura e a pressão. 36 Processo 2-3: o refrigerante é resfriado isotermicamente por um condensador à pressão constante. Processo 3-4: há uma expansão do refrigerante, em que a temperatura e pressão diminuem. Processo 4-1: o refrigerante é parcialmente evaporado à temperatura e pressão constante.Portanto: 1: Saindo do evaporador até a entrada do compressor, liquido + vapor a baixa pressão. 2: Saindo do compressor até a entrada condensador, vapor a alta pressão. 3: Saindo do condensador até a entrada expansor, liquido a alta pressão. 4: Saindo do expansor até a entrada evaporador, vapor a baixa pressão. Conforme figura 11. Figura 13: Ciclo de refrigeração do Protótipo Fonte: elaborada pelo o Autor 37 Tabela 02, mostra o comportamento e análise do Ciclo Tabela 2: Análise de Ciclo Componente 1ª Lei Processo Compressor 𝑊𝑐 = 𝑚(ℎ2 − ℎ1) S constante Condensador 𝑄𝐻 = 𝑚(ℎ2 − ℎ3) P constante Válvula de expansão ℎ3 = ℎ4 Δs > 0 Trocador de calor 𝑄𝐿 = 𝑚(ℎ1 − ℎ4) P constante Fonte: elaborada pelo o Autor 5.2. Testes 5.2.1. Testes iniciais. Foram realizados testes preliminares no Comando Automação elétrico do Sistema, tendo como finalidade verificar o acionamento do sistema por contatores e a leitura de sinal do termômetro digital, sem a utilização da resistência elétrica e/ou o sistema de compressão a vapor. Os testes dos componentes foram satisfatórios funcionando conforme programado. Em seguida, foi realizado os testes de funcionamento da Resistência elétrica, Sistema de compressão a vapor, misturador e ciclo trocador de calor por imersão de tubulação de alumínio em água; posteriormente foi realizado o teste de funcionamento completo do sistema. Inicialmente, a temperatura medida pelo sensor do termômetro digital foi maior que a temperatura da água esperando a equalização da temperatura para anotações de medida inicial, após a equalização da temperatura, foi dado o start manual do sistema que ligou o contator de comando da resistência elétrica aquecendo a água até a temperatura programada, em seguida, foi desligado manualmente o sistema de Aquecimento, e acionado o botão liga do contator de comando do sistema de compressão a vapor, dando início ao processo de resfriar a água. Ao acionar o sistema o misturador da água atuou em paralelo com o sistema de contatores de aquecimento e resfriamento. O ciclo trocador de calor por imersão em água, atou em paralelo apenas com o sistema de compressão a vapor e misturador. 5.2.2. Software Cool Pack Foi utilizado o software COOL PACK para geração de Gráfico e cálculo do COP coeficiente de performance (desempenho) do sistema de compressão a vapor. 38 Figura 14: Valores Coletados no sistema de compressão a vapor. Fonte: elaborada pelo o Autor Aplicando os resultados coletados no software Cool Pack onde, mostra que o (COP) Coeficiente de performance, foi de 4,47, que é maior que 1; que justifica que o sistema e compressão a vapor é eficiente. (figura 13) Figura 15: Resultado do coeficiente de performance. Fonte: elaborada pelo o Autor 39 Resultado do Gráfico pressão entalpia no sistema Cool Pack. figura 19 Figura 16: Gráfico de resultado final Fonte: elaborada pelo o Autor 40 5.3. Aquecimento 5.3.1. Aquecimento do Fluido, (Teste 01) Desejando atingir a temperatura máxima de 90°C, o Termômetro digital fez a leitura da temperatura inicial da água, que se encontrava a aproximadamente 28°C e, por acionamento manual do botão Liga, acionou o contator da resistência elétrica sem uso do misturador de Fluido. O aquecimento da água do sistema chegou na temperatura desejada em dezessete minutos. Atingindo a temperatura programada de 90°C. o sistema de aquecimento por resistência elétrica foi desligado manualmente, que mesmo depois de desligado a temperatura variou em subindo a +0,2°C. Figura Figura 17: Resultado de aquecimento d'água para temperatura máxima programada Teste 01 Fonte: elaborada pelo o Autor 41 5.3.2. Aquecimento do fluido, (Teste 02) Desejando atingir a temperatura máxima de 90°C, o Termômetro digital fez a leitura da temperatura inicial da água, que se encontrava a aproximadamente 28°C e, por acionamento manual do botão Liga, acionou o contator da resistência elétrica com uso do misturador. O aquecimento da água do sistema chegou na temperatura desejada em dezessete minutos. Atingindo a temperatura programada de 90°C. o sistema de aquecimento por resistência elétrica foi desligado manualmente, que mesmo depois de desligado a temperatura variou subindo a +0,2°C. Figura 18: Resultado de aquecimento d'água para temperatura máxima programada Teste 02 Fonte: elaborada pelo o Autor 5.4. Resfriamento 5.4.1. Resfriamento do fluido, (Teste 01) Para o teste de resfriamento 01, desejando atingir a temperatura Mínima de 28°C, o Termômetro digital fez a leitura da temperatura Final da água, que se encontrava a aproximadamente 90°C e, por acionamento manual do botão Liga, acionou o contator do sistema de compressão a vapor sem uso do misturador de Fluido e trocador de calor por imersão 42 em água. Passados Trinta minutos o sistema de compressão a vapor não foi capaz de esfriar a água como desejado, chegando à temperatura de 58.7°C. Figura 19: Variação de temperatura de resfriamento 1ª situação. Fonte: elaborada pelo o Autor 5.4.2. Resfriamento do fluido, (Teste 02) Para o teste de resfriamento 02, desejando atingir a temperatura Mínima de 28°C, o Termômetro digital fez a leitura da temperatura Final da água, que se encontrava a aproximadamente 90°C e, por acionamento manual do botão Liga, acionou o contator do sistema de compressão a vapor com uso do misturador de Fluido e o sistema de troca de calor tubo imerso em água com auxílio de bomba d’água. Passados trinta minutos o sistema de compressão a vapor não foi capaz de esfriar a água como desejado, chegando à temperatura de 35,1°C, porém mostrou-se mais eficiente que o experimento 01. 43 Figura 20: Variação de temperatura de resfriamento 2ª situação. Fonte: elaborada pelo o Autor. 5.4.3. Resfriamento do fluido, (Teste 03) Para o teste de resfriamento 03, desejando atingir a temperatura Mínima de 28°C, o Termômetro digital fez a leitura da temperatura Final da água, que se encontrava a aproximadamente 90°C e, por acionamento manual do botão Liga, acionou o contator do sistema de compressão a vapor com uso do misturador de Fluido e o sistema de troca de calor do fluido por tubo imerso em água com auxílio de bomba d’água. Porém, aos 3 e 12 minutos foi adicionado 1 quilo de gelo, (2 quilos no total) ao trocador de calor, passados trinta minutos o sistema de compressão a vapor foi capaz de esfriar a água como desejado, chegando à temperatura de 27,8°C, portanto, o experimento 03 mostrou-se mais eficiente que o experimento 01 e 02, porém não viável, pois, a adição de gelo não o torna um ciclo reverso. 44 Figura 21: Variação de temperatura de resfriamento 3ª situação. Fonte: elaborada pelo o Autor. 5.4.4. Resfriamento do fluido, (Teste 04) Para o teste de resfriamento 04, desejando atingir a temperatura Mínima de 28°C, o Termômetro digital fez a leitura da temperatura Final da água, que se encontrava a aproximadamente 90°C e, por acionamento manual do botão Liga, acionou o contato da bomba d’água do sistema de arrefecimento externo de fluido por torre de resfriamento de cerâmica, foi acionado também o sistema de resfriamento de fluido interno com circulação forçada do fluido através de bomba d’água em tubulação de alumínio imerso em água, e com uso do misturador de Fluido. Aos onze minutos de funcionamento o fluido interno e externo equalizou em 36.6°C, nesse instante foi acionado o sistema de compressão a vapor. Porém, aos treze minutos, os sistemas auxiliares de resfriamento de Fluido interno e externo foram desligados. Passados trinta minutos o sistema de compressão a vapor foi capaz de esfriar a água como desejado, chegando à temperatura de 27.9°C, portanto, o experimento 04 mostrou ser, o mais eficiente dos experimentos para resfriamento dofluido interno, por ser formados por ciclos reversíveis auxiliares e evitando assim desperdícios. 45 Figura 22: Variação de temperatura de resfriamento 4ª situação. Fonte: elaborada pelo o Autor. 46 6. CONCLUSÃO Conclui-se que, em ambos testes, o sistema de aquecimento apresentou um bom resultado de resposta, já que a temperatura do aquecimento ocorreu pelo efeito Joule, partindo da temperatura ambiente 28°C até 90°C programado. O tempo alcançado foi de ± dezessete minutos. Esse tempo é satisfatório, pois, o aumento dessa temperatura com redução de tempo só será possível se aumentarmos a corrente, que irá aumentar a potência e consequentemente o consumo e o custo de energia elétrica. Nos testes de Resfriamento, mostraram grande diferencial de temperatura em função do tempo, no entanto o quarto teste de resfriamento mostrou-se mais eficiente na remoção de calor do Fluido interno do Sistema, por se utilizar ciclos reversíveis auxiliares. O terceiro teste de resfriamento, mesmo tendo redução maior de temperatura necessita de modificação para torna- se um ciclo reversível sem que haja desperdício. E que, o protótipo de banho térmico desenvolvido com materiais recicláveis e reutilizáveis mostrou-se satisfatório e eficiente, porém, só o sistema de compressão a vapor não teria capacidade de resfriamento do fluido para os valores desejados. Neste caso, foram necessárias, intervenções para melhoramento do sistema, com introdução de sistemas auxiliares de Resfriamento de Fluido interno e externo. No entanto, o objetivo geral do projeto foi totalmente atingido, pois, o protótipo é capaz de aquecer o Fluido à temperatura programada em tempo inferior ao programado e resfriar o Fluido à temperatura desejada no tempo programado. Conclui-se também que, em casos de teste com a liga de NI-TI-CU com o banho térmico desenvolvido neste trabalho, o resultado seria satisfatório e ideal, pois as mesmas ligas possuem temperaturas de transformações em faixa de 30° a 80°C. 47 6.1. Sugestões e melhorias para trabalhos futuros A partir do estudo realizado, podem ser listadas as seguintes sugestões para melhorias de trabalhos futuros: Utilização de sistema por compressão a vapor de maior capacidade em Watts e mais compacto. Utilização de Radiador automotivo de troca de calor forçada em série com sistema cíclico tipo shell tube de resfriamento a base de água para retirar calor do Fluido aquecido a temperatura máxima solicitada. Desenvolver um sistema de Arduino para automatizar o controle de temperatura e automatização de comando elétrico do sistema. 48 7. REFERÊNCIAS BENNETT.C.O; MYERES, J. E. Fenômeno de transporte. 2ª. ed. Mcgraw hiil: [s.n.], 2008. BLOG prolab. Prolab, 2020. Disponivel em: <www.prolab.com.br/blog/blog/banho- termostatico-conheca-sua-funcao-e-seus-diferentes-tipos/>. Acesso em: 18 Agosto 2020. CAFÉ, T. Resistência elétrica, 2017. Disponivel em: <www.translatorescafe.com>. CARVALHO, F. P. Termodinâmica. 2ª. ed. Londrina: Editora e distribuição educacional S.A., 2018. DUERIG, T. W.; MELTON, K. N..; D. WAYMAN, C. M. Engineering Aspects of Shape Memory alloys. Butterworth: Heinemann ltd, 1990. GARCIA, A.; SPIM, J. A.; SANTOS, C. A. Ensaios dos materiais. 2ᵃ. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. INCROPERA, F. P. et al. Fundamentos da Transferência de Calor e Massa, 2008. LAB, L. N. lojanetlab.com.br. Loja Net Lab, 2020. Disponivel em: <www.lojanetlab.com.br>. Acesso em: 08 Novembro 2020. 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