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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
BACHAREL EM EDUCAÇÃO FÍSICA
MECANISMOS FISIOLÓGICOS, BIOMOLECULARES E CELULARES RELACIONADOS AO TREINAMENTO DE FORÇA E HIPERTROFIA E POSSÍVEIS BENEFÍCIOS ASSOCIADOS À SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA
Trabalho apresentado ao Curso Educação Física Bacharelado da UNOPAR VIRTUAL - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas de Fisiologia do exercício, Nutrição aplicada a saúde e ao esporte, Tópicos em movimentos humano e Treinamentos de força
 
Professores:.
SUMÁRIO
	1. INTRODUÇÃO......................................................................................................
	3
	2. DESENVOLVIMENTO............................................... .......................................... 
	4
	3. CONSIDERAÇÕES FINAIS.. ...............................................................................
	11
	4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................
	12
INTRODUÇÃO
Neste artigo iremos desenvolver sobre a creatina em alguns aspectos e mecanismos fisiológicos, biomoleculares e celulares, abordando assuntos decorrentes de fisiologia do exercício, nutrição aplicada à saúde e ao esporte, movimento humano, treinamento de força entre outros. Tratando-se se uma pesquisa bibliográfica complementada de desenvolvimento de artigo crítico, na expectativa de sanar as duvidas presentes na sociedade diante do assunto a ser tratado.
DESENVOLVIMENTO
MECANISMOS FISIOLÓGICOS, BIOMOLECULARES E CELULARES RELACIONADOS AO TREINAMENTO DE FORÇA E HIPERTROFIA E POSSÍVEIS BENEFÍCIOS ASSOCIADOS À SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA.
Os mecanismos fisiológicos, biomoleculares e celulares tem relação e ligação direta com os treinamentos, sejam eles para ganho de força ou resistência, hipertrofia ou distrofia, sempre haverá ligação, o que determinará na maior das situações será a alimentação ou suplementação associada ao exercício físico.
A creatina (ácido α-metil guanidino acético) é uma amina de ocorrência natural sintetizada endogenamente pelo fígado, rins e pâncreas, a partir dos aminoácidos glicina e arginina. Que também pode se obter pela alimentação, que se dá através do consumo de carne vermelha e peixes. Encontra-se no corpo humano nas livre de 60% a 70%, e fosforilada de 30% a 40%. O músculo esquelético é responsável pelo armazenamento em uma proporção de 95%, os demais 5% são divididos entre coração, músculos lisos, cérebro e testículos. A creatina fosfato é capaz de agir como um depósito de energia, regulando a concentração de ATP. Desta forma, mantendo-se os nucleotídeos musculares, otimiza-se a performance durante o exercício e seus intervalos. Sabendo que a suplementação de creatina acompanhada de treinamento de força resulta em aumentos de hipertrofia maiores do que aqueles vistos quando da suplementação ou treinamento isoladamente. 
O músculo-esquelético é o principal tecido de transformação e armazenamento de energia, por ser responsável, principalmente, pela geração de força para fins de locomoção e respiração, sendo fundamental para a homeostasia bioenergética de repouso e do exercício, por sua alta capacidade adaptativa frente a estímulos fisiológicos e ambientais, e com variações no tipo de fibra, tamanho e metabolismo, sendo assim um tecido altamente responsivo a mudanças em demandas funcionais. 
A creatina é uma suplementação muito utilizada por muitos atletas e não atletas, na ambição de alcançar o corpo perfeito, ter um excelente resultado no ganho de massa muscular. A creatina tem como potencialidade quando utilizado na quantidade e maneira correta: melhoria da performance nos treinos; acelera a recuperação muscular; fornece energia para as células; colabora para o ganho de massa muscular; combate a fadiga; aumenta as fibras musculares; melhora a capacidade cognitiva e as funções cerebrais; atenua os efeitos do envelhecimento, dentre tantos outros benefícios.
A creatina se torna apenas uma suplementação para o organismo, pois o mesmo já produz de forma limitada, tornando assim este complemento através da ingestão correta super importante para o desenvolvimento das potencialidades já citadas acima, desde que esta seja ingerida, no tempo e determinação completa nesta evolução.
A creatina tem como função aumentar a síntese proteica proporcionando a recuperação após treinos intensos. A creatina potencializa o ganho de massa magra e o aumento da força, o que auxilia para a capacidade de trabalho dos músculos. Pessoas com treinos de força podem combinar a creatina com alguns outros suplementos, como é o caso do whey protein. A creatina também potencializa a capacidade de trabalho do músculo. Os atletas que conseguem absorver o máximo desse suplemento são aqueles que costumam praticar treinos intensos de musculação. Isso porque essa substância se aloja justamente nos músculos que estão sendo exercitados.
Estudos ainda indicam que mesmo na ausência de treinamento de força, a suplementação de creatina poderia ter um efeito benéfico na força muscular, mediado por diversos mecanismos, tais como: I) aumento dos conteúdos intramusculares de fosforilcreatina; II) aumento da velocidade de regeneração de fosforilcreatina durante o exercício; III) melhora na atividade da via glicolítica pelo tamponamento de íons H+; IV) diminuição do tempo de relaxamento no processo contração-relaxamento da musculatura esquelética, em decorrência da melhora na atividade da bomba sarcoendoplasmática de cálcio; e V) aumento da concentração de glicogênio muscular(2,7,25-27). Tarnopolsky et al.
Por muito tempo, creditou-se apenas à retenção hídrica o notório ganho de massa magra e peso corporal decorrentes desse suplemento. Recentemente, contudo, tem sido especulado que mudanças nos conteúdos intracelulares de água possam influenciar a tradução de proteínas contráteis. (GUALANO e et.al. 2010).
Os músculos esqueléticos, como o peitoral, bíceps, quadríceps, e esses mais conhecidos, são constituídos predominantemente por filamentos proteicos de actina e miosina. Como é constituído por proteínas, é por isso que este macronutriente é tão importante para quem quer músculos maiores. (IRIDIUM, 2020). Do ponto de vista fisiológico, na hipertrofia o diâmetro do músculo é aumentado como uma resposta à um estímulo muscular. Possibilitando desempenhar maiores ganhos de massa magra num programa de treinamento de longo prazo devido ao aumento de estímulos musculares. 
A creatina é um suplemento muito usado e ela pode ser tomada antes ou depois dos treinos, desde que seja ingerida na porção correta (o recomendado é ingerir de 3 g a 5 g), e juntamente com alguma refeição, de preferência alimentos fontes de carboidratos e proteínas, pois estimulam a liberação de insulina no pâncreas. A creatina no pré-treino favorece mais a hipertrofia; já no pós-treino, ela passa a ajudar na recuperação do glicogênio muscular. 
Para IRIDIUM, 2020, a Hipertrofia miofibrilar ou tensional gera uma tensão pela grande sobrecarga ocasiona uma grande degradação de proteínas. Ao descansar, ocorrerá o anabolismo muscular, dessa forma, gerando uma síntese proteica que fará o tamanho e, possivelmente, o número de miofibrilas, aumentarem o tamanho do músculo. 
Há vários estudos afirmando que as células satélites (células quiescentes capazes de se diferenciar em fibras adultas) são as responsáveis por doarem seus mionúcleos à fibra muscular, mantendo o domínio nuclear e, assim, possibilitando a continuidade do processo hipertrófico. O núcleo da fibra muscular adulta não é capaz de sofrer mitoses, entretanto, o aumento do número de mionúcleos é necessário para a manutenção do domínio nuclear durante o processo de hipertrofia. 
Sendo assim o treinamento de força combinado à suplementação de creatina é capaz de aumentar a expressão de fatores miogênicos regulatórios (da família MRFs, do inglês myogenic regulatory factors), como MRF4 e miogenina, parcialmente responsáveis pela proliferação e diferenciaçãode células satélites. 
TREINAMENTO DE FORÇA E HIPERTROFIA E A SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA.
	Para qualquer tipo de exercício físico demanda-se uma quantidade de energia especifica para cada qual. Uma das estratégias utilizadas para proporcionar ao organismo maior demanda energética (DE) é a prática de exercício resistido (ER). Ao manipular corretamente as variáveis volume e a intensidade é possível otimizar a DE durante as sessões de ER. A DE no ER é constituída de dois componentes: o aeróbio, vinculado ao consumo de oxigênio, e anaeróbio, relacionado ao acúmulo de lactato. Sendo assim o sistema cardiovascular será muito exigido para a hipertrofia, o sistema é composto pelo coração, vasos sanguíneos e pelo sangue, e este atua com funções de liberação de oxigênio (O2) para os tecidos, a remoção de gás carbônico (CO2), e o transporte de hormônios, glicose O2 e CO2. 
	A hipertrofia esta ligada ao repouso, ou seja o gasto energético durante o período de descanso, o que vai depender da quantidade de massa muscular que o indivíduo possuir, quanto maior a massa muscular maior será a geração e transformação da energia advinda da oxidação dos substratos energéticos na musculatura, lembrando que isso acontece nos momentos em que não se estiver fazendo nenhuma atividade física. Por isso a prática de exercícios resistidos é uma das principais atividades associadas ao desenvolvimento da massa muscular. Embora a musculação seja apenas uma das vias responsáveis pela hipertrofia muscular, é essencial que ela seja desenvolvida de forma correta e atrelada aos outros fatores inerentes ao processo de ganho de massa muscular. 
	Além do bom aporte de nutrientes capazes de suprir as necessidades diárias do indivíduo e a sinalização hormonal, este processo envolve outras vias diretas como a já relatada prática em si. Com isso a sinalização direta ficará comprometida caso vias indiretas como a atividade imune e capacidade epigenética que é responsável pela renovação e síntese de novas proteínas contráteis, que estiverem pouco desenvolvidas. Sendo assim o gerenciamento do nível da atividade dessas vias diretas e indiretas será responsável pela modulação do quanto de massa muscular iremos ganhar e perder. 
	Então para que, o individuo consiga uma hipertrofia, além da pratica de atividades físicas faz-se necessário também uma boa e correta alimentação, porém nem sempre se consegue obter com uma alimentação equilibrada os nutrientes necessários para a produção de energia e ganho de massa muscular, tornando assim fundamental a ingestão de suplementos alimentares, que irão auxiliar na realização da atividade e na obtenção de resultados satisfatórios. Desta forma, a creatina sendo um suplemento de grande conhecimento e excelente obtenção de resultados, tem por função regenerar o ATP (trifosfato de adenosina) no citoplasma celular. O ATP é a principal fonte de energia do organismo e por isso sua presença é essencial para o desempenho físico. Quando há estoque de creatina, o que pode ocorrer por meio do suplemento de creatina, o indivíduo consegue manter o exercício por um período maior de tempo e com maior carga. Isso pode favorecer a hipertrofia muscular. Mas é fundamental ficar atento, porque um dos efeitos da creatina é a retenção hídrica, que pode, muitas vezes, levar à uma falsa ideia de massa muscular. (GUEDES, 2017).
Sabendo que o ganho de força e ganho de massa muscular que são proporcionados devido a ingestão da suplementação de creatina por esta fazer uma maior retenção liquida, proporcionando eficiência da tradução de proteínas tangenciadas à hipertrofia, além da proliferação e ativação de células satélites. Portanto, a creatina, quando suplementada, torna-se mais biodisponível para o organismo. Quando isso acontece, o atleta encontra mais facilidade para treinar sem atingir a fadiga rapidamente potencializando a capacidade de trabalho do músculo. Os atletas que conseguem absorver o máximo desse suplemento são aqueles que costumam praticar treinos intensos de musculação. Isso porque essa substância se aloja justamente nos músculos que estão sendo exercitados. Além disso, esse nutriente colabora para a retenção de glicogênio, molécula que auxilia no combate ao cansaço. 
Segundo Growth, 2019, a creatina pode ser tangenciada ao prolongamento da duração das atividades físicas. Por isso, ela é recomendável quando se trata de ganho e manutenção de massa muscular, a suplementação de creatina, quando associada à prática regular de exercícios físicos, estimula o aumento da massa corporal total e da massa livre de gordura. Proporcionando uma estimulação da proliferação de células satélites, responsáveis pelo aumento das fibras musculares, que, por sua vez, colaboram para a recuperação muscular. 
Isso significa que, após a realização de atividades físicas intensas, os músculos sofrem microlesões, mas, como as fibras são capazes de se adaptar às demandas exigidas, adequam-se à atividade e se fortalecem durante a recuperação, colaborando, inclusive, para o aumento da massa muscular. (GROWTH, 2019).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Ao desenvolver este artigo nos enriquecemos de conteúdos e conhecimento fundamentais para nossa prática como Educadores Físicos que atuam no âmbito das academias, possibilitando-o uma maior abrangência do campo de atuação, podendo assim proporcionar aos nossos alunos uma melhor sequência de atividade acompanhada de suplementação, que possibilitará o alcance de seu objetivo em menor período de tempo e em uma maior qualidade, pois o mesmo estará fazendo a combinação correta para alcançar o seu objetivo, seja ele de hipertrofia ou atrofia, sabendo que ambos faz-se necessário a junção de Atividade física e alimentação balanceada e equilibrada com suplementação.
 
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
CREATINA. In: GROWTH. Disponível em < https://www.gsuplementos.com.br/conteudo/como-tomar/como-tomar-creatina/>. Acesso em 25 de setembro de 2020.
Creatina: Benefícios para seu treino! In: GROWTH. Disponível em < https://www.gsuplementos.com.br/conteudo/creatina-beneficios/>. Acesso em 20 de setembro de 2020.
Entenda os mecanismos da hipertrofia para melhorar seu treino. In: IRIDIUN. Disponível em <https://www.feitodeiridium.com.br/entenda-hipertrofia-melhorar-treinoresultados/#:~:text=Tens%C3%A3o%20mec%C3%A2nica%2C%20estresse%20metab%C3%B3lico%2C%20edema,seus%20ganhos%20de%20massa%20muscular.>. Acesso em 23 de setembro de 2020.
GUALANO, Bruno; et.al. Efeitos da suplementação de creatina sobre força e hipertrofia muscular: atualizações. In: Scielo. Disponível em <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922010000300013>. Acesso em 25 de setembro de 2020.
MATHEUS, Carlos Sanchez. Creatina. Maxlivro: Curitiba, 2020.
PAES, Santiago. Qual a relação entre ganho de massa muscular e gasto energético na musculação? Disponível em < https://www.iespe.com.br/blog/ganho-de-massa-muscularnamusculacao/#:~:text=O%20ganho%20de%20massa%20muscular,ao%20gasto%20energ%C3%A9tico%20em%20repouso.&text=Podemos%20concluir%20que%20quanto%20maior,teor%20de%20musculatura%20esquel%C3%A9tica%20corporal.>. Acesso em 16 de setembro de 2020.
Tarnopolsky MA, Parise G, Yardley NJ, Ballantyne CS, Olatunji S, Phillips SM. Creatine- dextrose and protein-dextrose induce similar strength gains during training. Med Sci Sports Exerc 2001;33:2044-52.