Estágio III Paper

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DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS DO BRASIL
¹Autor: Luciane Pires Pereira e Simião Ferreira Lima
²Tutor Externo: Hanilda Regina Rodrigues dos Santos
Centro Universitário Leonardo Da Vinci- UNIASSELVI
Curso de Licenciatura em Geografia (FLEX0936) - Estágio Curricular Obrigatório III
11/12/2020
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo demonstrar, a prática e os resultados obtidos através do Estágio Curricular Obrigatório III, desenvolvido com base na a área de concentração Geografia da natureza: Gênese e dinâmica, enfatizando o tema Domínios Morfoclimáticos do Brasil. Com intuito de mostrar a importância do ensino geográfico sobre as diversas formações florestais brasileira, e dessa forma com base em alguns conceitos de alguns autores como por exemplo de Aziz Ab`Sáber, foi feito a descrição de algumas características dos seis domínios morfoclimáticos brasileiros, e assim essas pesquisas contribuíram para adquirir conhecimento e poder construir um pensamento mais crítico sobre a prática educacional.
Palavras-chave: Estágio III. Domínios Morfoclimáticos. Geografia.
1 INTRODUÇÃO
 Esse artigo, foi realizado através da descrição das experiências vivenciadas durante o Estágio Curricular Obrigatório III de forma virtual, destinado ao 1º Ano do Ensino Médio em uma escola pública Estadual. A área de concentração foi voltada para a Geografia da natureza: Gênese e dinâmica, enfatizando o tema Domínios morfoclimáticos do Brasil. Sobre ele buscamos mostrar a importância de cada domínio, pois eles representam a interação e a integração do clima, relevo e vegetação que resultam na formação de uma paisagem passível de ser individualizada. Com todas essas informações desenvolvemos o Programa de Extensão: Metodologia e Estratégia de Ensino e de aprendizagem, Projeto de Extensão: Prática pedagógicas na educação básica em tempos de ensino à distância e o Produto Virtual: Trilha Pedagógica.
 Dessa forma podemos analisar o quanto a ciência geográfica é necessária para a aprendizagem dos alunos desde da base escolar ao nível superior, e, até mesmo ao nosso dia a dia, porque ela engloba várias áreas de estudo como economia, social, política, rivalidade entre nações, estuda a população, a renda, os fatores sociais e principalmente os fatores climáticos de todas as regiões, pois tudo está em constante mudanças, e desta forma o professor deve estar preparado para ensinar seus alunos sobre essas eventuais mudanças.
 Nesse paper, você encontrará informações sobre os domínios morfoclimáticos brasileiros, e o quantos eles são importantes na educação geográfica, a vivencia do estágio, ou seja, todas as informações da escola escolhida para a realização do estágio de forma virtual, impressões do estágio e por últimos os anexos que será uma trilha pedagógica.
2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA
 A área de concentração foi voltada para a Geografia da natureza: Gênese e dinâmica, enfatizando o tema Domínios morfoclimáticos do Brasil. Os domínios morfoclimáticos representam a combinação de um conjunto de elementos da natureza- relevo, clima, vegetação o que se inter-relacionam e interagem formando uma unidade paisagística. E dessa forma, necessita ser ensinada, em sala de aula pois é de extrema importância que os alunos conheçam as características das formações florestais brasileiras, diretamente presentes nas organizações, territorial e na formação e transformação das paisagens do seu próprio país. Assim de acordo com educador Paulo Freire não existe ensino sem aprendizagem. Segundo Freire (1996, p.96),
O bom professor é o que consegue, enquanto fala trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas imaginações, suas dúvidas, suas incertezas.
 Dessa forma educar não significa apenas repassar informações ou mostrar um caminho para o aluno que o professor acha que é certo. Educar é fazer com que o aluno compreenda a tomar consciência de si próprio, e dos outros também da sociedade em que vive. É saber respeitar e aceitar os defeitos e qualidades do próximo. Ensinar é aprender cada dia a se envolver ter cumplicidade entre professor e aluno, somente com essa cumplicidade o aluno terá interesse em aprender e compartilhar conhecimento. Cabe ao professor planejar suas aulas e executá-las para que seus alunos criem vínculos entre si e também ao conteúdo passado.
 O Brasil por ser um país de grande extensão territorial, e sua geografia ser marcada por uma grande diversidade. Foi possível dividi-lo em seis grandes domínios morfoclimáticos que serão citados logo em seguida com algumas características com base em conceitos de alguns autores.
 Domínio Equatorial Amazônico é caracterizado como terras baixas florestadas equatoriais, esse domínio abrange extensa área na porção norte do país. A respeito da sua geomorfologia, predominam as depressões norte e sul amazônico (intercaladas por Planaltos residuais), a Depressão da Amazônia Ocidental e as planícies fluviais ao longo do Rio Amazonas e dos seus afluentes. AB`SÁBER 1973 descreve que:
O domínio das terras baixas equatoriais, extensivamente florestadas da Amazônia, estende-se na região equatorial e subequatorial, ocupando uma superfície de mais de 2,5 milhões de km². São planícies de inundação labirínticas e meândricas, tabuleiros de vertentes convexas e morros mamelonares baixos, que aparecem nos relevos cristalinos, juntamente com relevos residuais de pães-de-açúcar, inselbergs no Quaternário (AB`SÁBER, 1973, p. 3).
 Domínio do Cerrado: caracteriza-se por chapadões tropicais interiores com cerrados e florestas-galeria abrange grande parte da porção central do Brasil. Dessa forma EINTEN, 1972 e Pinto, 1994 descrevem que:
A paisagem do cerrado é formada por um tapete descontinuo e esparso de gramíneas, entremeado de ervas, arbustos e arvores. Arbustos e árvores têm troncos tortuosos, casca espessa, folhas coriáceas, duras e revestidas por uma camada de cera ou pelos. As folhas têm cor clara ou acinzentada, são grandes e pontudas, o que facilita o gotejamento e evita a acumulação da água na folha, reduzindo a incidência de infecções por fungos (EINTEN, 1972 apud PINTO, 1994, p. 22).
 Sua riqueza e importância socioambiental vêm sendo evidenciadas nas últimas décadas, ao mesmo tem que se verificou uma rápida ocupação agropecuária.
 Domínio dos Mares de Morros: este domínio é das áreas mamelonares tropical-atlânticas florestais é um tipo de forma arredondada de topos de morros na Serra do mar. Ele se estende-se no norte-Sul, acompanhando a costa atlântica brasileira, desde a Região Nordeste até Santa Catarina. Na Região Sudeste avança em direção a oeste, isso é notadamente no estado de São Paulo. A definição que Ab`Sáber (1973, p. 14) dar sobre mamelonização é “[...] um conjunto de processos fisiográficos, suficientemente capaz de arredondar as vertentes de rochas cristalinas decompostas até o nível de uma ficção geométrica policonvexa [...]”.
 Sua vegetação apresenta é uma mistura de domínio Amazônico e do Cerrado, diversas formações florestais, genericamente denominadas de Mata Atlântica. A diversidade de formações vegetais resulta das condições locais do clima, relevo e tipo de solo.
 Domínio das Caatingas: caracterizado como depressões intermontanas e interplanálticas semiáridas, esse domínio das Caatingas se diferencia nitidamente dos demais pelas baixas pluviosidade (inferiores a 600 mm) e elevadas temperaturas em medias anuais (acima de 26ºC). Além de escassas, as chuvas são irregulares, isto é, concentradas em períodos curtos de tempo, o que acarreta longos períodos de estiagem e a formação de rios intermitentes. De acordo com Ferri (1980, p. 40) que “[...] o período seco varia muito de um lugar para o outro. No Raso da Catarina, na Bahia, há denove a 10 meses secos, e, a sotavento da Borborema, entre os Estados de Pernambuco e Rio Grande do Norte, a estiagem dura 11 meses”.
 Sob essas difíceis condições climáticas predominam o intemperismo físico e, por consequência, a fraca decomposição de rochas, o que resulta em solos pedregosos e com pouca profundidade, de 0 a 3 metros. Em algumas áreas de planícies encontram-se solos arenosos.
 Domínio das Araucárias: também conhecido como domínio dos Planaltos subtropicais com Araucárias ele estende-se pelos planaltos sedimentares-basálticos da parte leste da bacia do Rio Paraná, abrangendo originalmente áreas dos atuais estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Por causa das suas baixas temperaturas, que chegam a ser inferiores a 18ºC de acordo com essas peculiaridades climáticas dão origem às formações vegetais desse domínio, com bosques de araucária ou pinheiro-do-paraná (Araucárias angustifólia), intercalados por campos de gramíneas ou pradarias mistas, com gramíneas e arbustos. Sobre as araucárias Klein (1978, p. 13) enfatiza que “[...] na submata destes pinhais, o pinheiro não apresenta possiblidade de regeneração. Tudo indica que estamos assistindo a uma lenta, mas segura expansão da floresta subtropical em detrimento dos pinhais, que, paulatinamente, vêm perdendo terreno”.
 Sobre isso atualmente restam apenas cerca de 5% da cobertura original das Matas de Araucária, uma vez que foram intensamente exploradas para a produção de madeireira e desmatadas para expansão da agricultura.
 Domínio de Pradarias: este domínio morfoclimático brasileiro, é considerado o menor entre os seis, o domínio das coxilhas subtropicais com pradarias mistas. No Brasil, encontra-se apenas no sudoeste do estado do Rio Grande do Sul, estendendo-se para terras argentinas e uruguaias. Sobre ele também são empregadas as dominações Pampas e Campanha Gaúcha. De acordo com Ab`Sáber 1973, para ele:
O domínio das pradarias mistas do Sudeste do Rio Grande do Sul constitui uma paisagem temperada úmida, que se estende do Rio Grande do Sul para o Uruguai e para a Argentina, compondo o limite das pradarias pampeanas [sic] e, ao mesmo tempo, uma paisagem individualizada (AB`SÁBER, 1973, p. 6).
 Lembrando que entre os seis domínios morfoclimáticos existem as faixas de transições. Nessas faixas são encontradas características de dois ou mais domínios morfoclimáticos. Algumas conhecidas são o Pantanal, o Agreste e a Mata dos Cocais.
 Nesse sentido julgo necessário, o conceito de domínio morfoclimáticos brasileiro ser essencial para o estudo das características naturais na perspectiva geográfica, pois assim permite analisar as formações vegetais de forma integrada com os demais elementos naturais, tais como o relevo, o solo, o clima e os fluxos hidrográficos. Esse enfoque dado aos estudos dessas formações vegetais ampliam as possiblidades de planejamento com vistas à conservação e utilização racional dos recursos naturais.
3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
 Este artigo descreve as experiências vivenciadas durante o Estágio Curricular Obrigatório III de forma virtual do curso de Licenciatura em Geografia. O mesmo foi realizado na escola de rede pública Estadual Centro de Ensino Joaquim Soeiro de Carvalho. 
 Após a escolha da instituição para realizar o estágio virtual foi desenvolvido o processo de construção teórica que foi através de pesquisas bibliográficas sobre a área de concentração voltada para a Geografia da natureza: Gênese e dinâmica, enfatizando o tema Domínios morfoclimáticos do Brasil. Sobre ele foi produzido o projeto de estágio, paper e o projeto de extensão, no qual substitui a prática em sala de aula.
 Este projeto resultou na criação de uma trilha pedagógica sobre os domínios morfoclimáticos brasileiros, assim podemos analisar de forma diferente o estágio, pois ele forneceu uma nova possibilidade de observar o processo educacional como um todo, a abordagem da gestão, a necessidade de novas adaptações pedagógicas para o momento atual de pandemia, como por exemplo mudando o contato físico em sala de aula por um contato virtual, isso não desvaloriza a educação apenas nos ensinar novas formas de buscar e transmitir conhecimento. Pois com a globalização e as novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem em sala de aula, ficar claro que nós como acadêmicos e futuros professores necessitamos está acostumado com essas novas técnicas e métodos educacionais. Assim ficar claro o quanto o ensino geográfico é necessário para o desempenho escolar.
4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS)
 O estágio realizado demonstrou-se um momento bastante rico de aprendizagem, podemos vivenciar uma realidade bem diferente devido ao cenário atual. Dessa forma foi possível enfrentar novos desafios, onde as adversidades encontradas, fizeram com que o plano interdisciplinar mostrasse ainda mais o seu valor, apontando a importância de uma gestão flexível na construção de um novo processo educacional, buscando sempre, ser norteadora e motivadora da pratica escolar. Assim, pode-se ter uma vivência que afirmou o quão importante é o professor manter-se atualizado e informado, capaz e pronto para lidar com vários desafios que sugiram no decorrer do processo de ensino.
 Em relação aos objetivos abordados na fundamentação teórica, pode-se confirmar a importância de trabalhar com conceitos de diversos autores sobre algo que faz parte da paisagem do Brasil, isso traz uma riqueza de detalhes para os alunos, pois saber que estão estudando algo do seu próprio país deve ser gratificante conhecer as diversidades de paisagens e climas de cada região. Sobre os conceitos todos foram sobre os Domínios Morfoclimáticos do Brasil, isso nos permitiu obter informações precisas com base na buscar virtual e testar nossos conhecimentos adquiridos no curso de Geografia, refletindo sobre a prática acadêmica.
 Nesse sentido pode-se concluir que a prática do estágio trouxe contribuições significativas, possibilitou o amadurecimento profissional, além de proporcionar a chance de uma nova perspectiva em torno de diferentes realidades, podemos colocar em prática a étca, a empatia, o respeito e interação com os demais profissionais, mesmo sendo virtualmente isso é gratificante. Dessa forma é de fundamental importância ressaltar que só é possível conhecer, o que é ser um professor, quando o futuro professor vivência a realidade de como é a vida de um profissional da educação.
REFERÊNCIAS
AB´SÁBER, Aziz. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Cultural, 2003.
AB´SÁBER, A. N. A organização natural das paisagens inter e subtropicais brasileiras. Geomorfologia, São Paulo, n. 41, p. 1-39, 1973.
BELTRAME, Ângela da Veiga; VEADO, R, W, Ad-Víncula; Gouvea, Regina Luiza. Biogeografia. Indaial: UNIASSELVI, 2019.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FERRI, M. G. Vegetação brasileira. São Paulo: EDUSP, 1980.
GOETTEMS, Arno Aloísio; JOIA, Antonio Luís. Geografia: leituras e interação, volume 1. 2 edições. São Paulo: Leya, 2016.
KLEIN, R. M. Mapa fitogeográfico de Santa Catarina. Itajaí: Herbário Barbosa Rodrigues, 1978.
MÜLLER, Antônio José (Org.). et al. Metodologia científica. Indaial: Uniasselvi, 2013
PINTO, M. N. (Coord.). Cerrado. 2. Ed. Brasília: Ed. da UNB, 1994.
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/dominios-morfoclimaticos.htm#:~:text=Os%20dom%C3%ADnios%20morfoclim%C3%A1ticos%20representam%20a,paisagem%20pass%C3%ADvel%20de%20ser%20individualizada.&text=Dom%C3%ADnio%20
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/dominios-naturais-brasil.htm
 
 
 
ANEXOS I
ANEXOS II
 
¹Acadêmicos do Curso em Licenciatura em Geografia; E-mail: lucianneluciannepereira@gmail.com e fsimiao18@gmail.com
²Tutor Externo do Curso de Licenciatura em Geografia- Polo Barreirinhas; E-mail:polo.barreirinhas@uniasselvi.com.br