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PRINCÍPIOS DE CIRURGIA @wagner_bucomaxilo PRINCÍPIOS DE CIRURGIA Necessidades básicas para o Sucesso da Cirurgia •Acesso cirúrgico apropriado •Boa iluminação •Campo cirúrgico livre de fluidos •Instrumental de boa adequado e de boa qualidade •Equipe entrosada (auxílio adequado) Manobras Cirúrgicas Fundamentais Canino retido - Indicação ortodôntica de exodontia Assintomático Palpação: discreto abaulamento no fundo de sulco vest. esquerdo Manobras Cirúrgicas Fundamentais Exemplo de cirurgia tecnicamente perfeita DIAGNÓSTICO CIRÚRGICO EXAME CLÍNICO ANAMNESE Identificação Queixa Principal História da Moléstia Atual Interrogatório Sintomatológico Antecedentes Pessoais Antecedente Familiares ../Alucinante!.pps - Avaliação das condições gerais da cavidade oral ⚫ Higiene bucal ⚫ Infecções ⚫ Lesões - Avaliação dentária ⚫ Coroa dentária ⚫ Grau de retenção Inspeção – Palpação – Percussão – Olfação – Sondagem – Punção - Teste Pulpar DIAGNÓSTICO CIRÚRGICO EXAME FÍSICO DIAGNÓSTICO CIRÚRGICO EXAMES IMAGINOLÓGICOS AVALIAR Coroa Raiz Tecidos de suporte Acidentes anatômicos DIAGNÓSTICO CIRÚRGICO EXAMES LABORATORIAIS Hemograma completo Glicemia em jejum Provas da coagulação (TP, TTPA, TS) ECG RX Tórax hemostasia síntese exérese diérese Ato Operatório Manobras Cirúrgicas Fundamentais DIÉRESE ⚫ Grego = dividir ⚫ Manobra cirúrgica que visa dividir os tecidos, abrindo caminho para obter acesso ao objetivo cirúrgico. Consiste em romper (incisão) ou interromper (divulsão) a integridade tecidual para abordar uma região ou órgão. Manobras Cirúrgicas Fundamentais Manobras de Diérese Incisão - rompe Divulsão - interrompe Manobras Cirúrgicas Fundamentais Instrumental Incisão: bisturi Divulsão: tesoura, descoladores Osteotomia: brocas - cinzéis - osteótomo Manobras Cirúrgicas Fundamentais Incisões “ Tão grande quanto necessária e tão pequena quanto possível ” Salomão, J. I. Princípios de Incisão ⚫ Lamina afiada ⚫ Corte firme e contínuo ⚫ Cuidado com estruturas nobres (vasos e nervos) ⚫ Lâmina perpendicular a superfície epitelial ⚫ Planejadas sobre tecido ósseo sadio INCISÃO Bisturi - cabo no 3 Lâminas - 11, 12 e 15 Manobras Cirúrgicas Fundamentais INCISÃO Bisturi - empunhadura “forma de caneta” Manobras Cirúrgicas Fundamentais Qualidade das Incisões Respeito à integridade tecidual • traçado incisional em uma linha única • incisões sem retirar a lâmina dos tecidos • lâminas adequadas Manobras Cirúrgicas Fundamentais INCISÃO Manobras Cirúrgicas Fundamentais Qualidade das Incisões Irrigação sangüínea do retalho • conhecimento da anatomia topográfica regional • base do retalho maior - manutenção da nutrição Manobras Cirúrgicas Fundamentais Retalho ⚫ Conservação da microcirculação sanguínea regional ⚫ Base maior que a porção terminal ⚫ Largura da base maior que o comprimento ⚫ Evitar distensão ou torção ⚫ Papila incluída ou não Adequada visualização do campo operatório • O retalho tem que expor amplamente o campo operatório • Campo operatório livre de fluidos (bom aspirador, hemostasia) • Incisão menor não cicatriza mais rápido Manobras Cirúrgicas Fundamentais Versatilidade na amplitude • O retalho pode ser ampliado sem comprometer a evolução P.O. • Rx pode apresentar distorções (lesões / dentes retidos) Manobras Cirúrgicas Fundamentais Apoio do retalho em tecido ósseo sadio • Ao término do procedimento, o traçado incisional deve apoiar em tecido ósseo sadio. • Imobilidade do retalho reduz risco de deiscência Manobras Cirúrgicas Fundamentais Apoio do retalho em tecido ósseo sadio Manobras Cirúrgicas Fundamentais Errado Certo Apoio do retalho em tecido ósseo sadio Exemplo de caso clínico Manobras Cirúrgicas Fundamentais Tipos de Incisões Manobras Cirúrgicas Fundamentais ➢ Envelope Tipos de Incisões Manobras Cirúrgicas Fundamentais ➢ Envelope Tracionamento de Incisivo central Tipos de Incisões ➢ Neumann Manobras Cirúrgicas Fundamentais ➢ Novak-Peter (Newmann Modificada) Tipos de Incisões ➢Wassmund Manobras Cirúrgicas Fundamentais ➢ Partsch (Semilunar) Tipos de Incisões ➢ Ochinbein Manobras Cirúrgicas Fundamentais ➢ Retilíneas Retilínea Retilínea Retilínea Tipos de Incisões ➢ Triangular Manobras Cirúrgicas Fundamentais Cuidados na confecção das incisões relaxantes Manobras Cirúrgicas Fundamentais Cuidado com as incisões relaxantes na área do nervo mentual Cuidados na confecção das incisões relaxantes Manobras Cirúrgicas Fundamentais As incisões relaxantes não podem ser feitas no meio da papila e nem no centro do dente Tipos de Incisões Manobras Cirúrgicas Fundamentais Caso clínico = Incisão de Ochinbein Manobras Cirúrgicas Fundamentais Divulsão Objetivos ⚫ Separação dos planos teciduais ⚫ Identificação de estruturas nobres ⚫ Preservação de estruturas nobres ⚫ Delimitação de lesões ⚫ Menor trauma aos tecidos ⚫ Facilitação da sutura ⚫ Conforto pós-operatório Eminectomia Divulsão Tesouras rombas Manobras Cirúrgicas Fundamentais Tipos ⚫ Sindesmotomia ⚫ Descolamento mucoperiostal ⚫ Divulsão por planos Manobras Cirúrgicas Fundamentais Divulsão Descoladores Tesouras rombas Manobras Cirúrgicas Fundamentais Divulsão - Descoladores Empunhadura em forma de caneta Empunhadura em forma dígito-palmar sindesmótomo Freer Molt Manobras Cirúrgicas Fundamentais Divulsão Descoladores Divulsão - Sindesmotomia - Desinserção das fibras gengivais que circundam o dente. - Evita dilacerar tecido gengival - Facilita a adaptação dos mordentes do fórceps. Manobras Cirúrgicas Fundamentais Divulsão – Descolamento mucoperiostal Manobras Cirúrgicas Fundamentais Divulsão – Tesouras rombas Tesoura ../APCD%20-%2003.ppt Manobras Cirúrgicas Fundamentais Divulsão – Tesouras rombas Tesoura Manobras Cirúrgicas Fundamentais hemostasia síntese exérese diérese Ato Operatório Exérese - Avulsão Manobra cirúrgica que remove uma porção ou o todo de um órgão Manobras Cirúrgicas Fundamentais Exérese - Avulsão Manobras Cirúrgicas Fundamentais Fórceps Elevadores Manobras Cirúrgicas Fundamentais Ostectomia Instrumento rotatório e brocas cirúrgicas Manobras Cirúrgicas Fundamentais Ostectomia Cinzéis A - Black B - meia cana C - reto unibiselado A B C Osteótomo / Alveolótomo Manobras Cirúrgicas Fundamentais Ostectomia Manobras Cirúrgicas Fundamentais Ostectomia Limas para osso Manobras Cirúrgicas Fundamentais Curetagem Curetagem ➢Processo infeccioso periapical e periodontal ➢Remoção do capuz pericoronário dos inclusos ➢Remoção de fragmentos ósseos (septos inter- radiculares, espículas, esquírulas) ➢Lesões ósseas hemostasia síntese exérese diérese Ato Operatório Manobras Cirúrgicas Fundamentais Processo de Hemostasia ⚫ Primeira fase da coagulação – hemostasia primária > Vaso sangüíneo lesado > vasoconstrição acentuada > plaquetas aderem à superfície danificada e se agregam para formar um tampão hemostático temporário. ⚫ Segunda via da coagulação > Através de duas vias separadas (via intrínseca e extrínseca), envolvendo proteínas plasmáticas circulantes, denominadas fatores de coagulação, completa-se a conversão do fibrinogênio em fibrina. ⚫ Via final comum > A fibrina se liga firmemente às plaquetas agregadas para formar o coágulo definitivo. ⚫ Via fibrinolítica > Finalmente, os mecanismos anticoagulantes são ativados na prevenção da propagação do coágulo e para permitir a dissolução do coágulo, bem como a reparação do vaso danificado. Processo de Hemostasia Processo de Hemostasia Avaliação laboratorial da hemostasia: ⚫ Contagem de plaquetas ⚫ TS ⚫ TP ⚫ TTPA Processo de Hemostasia Avaliação laboratorial da hemostasia: Contagem deplaquetas ⚫ Normal – 100.000 a 400.000 células/mm3 ⚫ Trombocitopenia leve – 50.000 a 100.000 células/mm3 – sangramento PO anormal ⚫ Trombocitopenia grave – abaixo de 50.000 células/mm3 – sangramento PO intenso Processo de Hemostasia Avaliação laboratorial da hemostasia: TS – tempo de sangramento ⚫ Número e função das plaquetas - formação do tampão hemostático temporário. ⚫ Faixa normal – 1 a 5 minutos. ⚫ O tempo é prolongado nos pacientes com anormalidades das plaquetas. Processo de Hemostasia Avaliação laboratorial da hemostasia: TP – tempo de protrombina – (INR ou RNI – índice internacional normalizado) ⚫ Avalia a via extrínseca na formação do coágulo de fibrina. ⚫ TP normal indica níveis normais de fator VII e dos fatores comuns às vias intrínsecas e extrínsecas (V, X, protrombina e fibrinogênio). ⚫ Normal: 11 a 15 segundos. ⚫ Sangramento pós-operatório anormais – até 1,5 vezes o valor normal. ⚫ Prolongamentos adicionais podem resultar em sangramento grave. ⚫ É utilizado para controlar o tratamento anticoagulante por via oral. Processo de Hemostasia Avaliação laboratorial da hemostasia: TTPA – tempo de tromboplastina parcial ativada ⚫ Avalia a via intrínsica na formação do coágulo de fibrina. ⚫ Avalia todos os fatores, exceto o VII ⚫ Normal: 25 a 40 segundos. ⚫ Sangramento pós-operatório anormais – prolongamento de 5 a 10 s ⚫ Prolongamentos adicionais podem resultar em sangramento grave. ⚫ Pode ser utilizado para controlar o tratamento com heparina. Classificação das Hemorragias quanto ao vaso Venosa- tem o fluxo contínuo Arterial-pulsátil com fluxo de sangue lançado a alguma distância Capilar- não se consegue, com facilidade, identificar a origem da fonte sangüínea Manobras Cirúrgicas Fundamentais Hemostasia Temporária: tamponamento com gaze e pinças hemostáticas Definitiva: pinçamento e ligadura dos vasos sangüíneos Manobras Cirúrgicas Fundamentais Hemostasia Tipos • Compressão (ex. gaze) • Pinçagem • Pinçagem + ligadura do vaso por meio de sutura • Termocoagulação • Uso de substâncias químicas (ex. adrenalina, esponja de colágeno) • Medicamentos hemostáticos Manobras Cirúrgicas Fundamentais Hemostasia A compressão com gaze por 5 a 10’ sobre a ferida cirurgica é o primeiro e principal método de controle de hemorragias trans e pós-operatórias. Manobras Cirúrgicas Fundamentais Hemostasia • Etansilato (Dicinone® cp 250mg – 2cp 6/6hrs – 24h antes e no PO) Promove: diminuição do tempo de sangramento e da permeabilidade capilar e melhora a adesividade plaquetária. Por ser desprovido de efeitos colaterais é considerado o hemostático de primeira escolha em odontologia. • Antifibrinolíticos (ácido aminocapróico (Ipsilon® - cp 500mg – 2cp 8/8hrs) e ácido tranexâmico (Transamin® - cp 250mg – 2 cp 8/8hrs) Normalmente é indicado quando ocorre aumento dos tempos de protrombina e tromboplastina parcial, fato que indica o aumento da fibrinólise. • Vitamina K (Kanakion® - 1amp 10mg 12/12hrs) Estimula a síntese dos fatores II, VII, IX, X. Só deve ser usado para pacientes que apresentam falta de bile intestinal, ou que tenha feito uso de antibiótico por tempo prolongado, ou ainda para antagonizar os efeitos do dicumarol (anticoagulante). Manobras Cirúrgicas Fundamentais Medicamentos Hemostáticos ⚫ Os antifibrinolíticos podem ser usados como bochecho. Paciente deve bochechar 10ml da solução durante os 5 minutos que antecedem o procedimento cirúrgico ou periodontal. ⚫ A solução EV também pode ser utilizada em gaze embebida que deve ser colocada sob pressão na área cirúrgica. ⚫ Comprimidos podem também ser macerados e utilizados na forma de pasta (1 comprimido misturado com soro fisiológico ou solução anestésica) e colocados em gaze ou mesmo diretamente sobre a ferida cirúrgica. Manobras Cirúrgicas Fundamentais Hemostáticos ⚫ Higiene oral cuidadosa, com o uso de escova e fio dental; ⚫ Não fumar nem fazer uso de bebidas alcoólicas; ⚫ Não realizar bochechos vigorosos; ⚫ Dar preferência a alimentos frios ou à temperatura ambiente, com consistência líquida ou pastosa pelo menos nas primeiras 48 horas pós-cirúrgicas; ⚫ Fazer uso de gelo extrabucal (bolsa de gelo) no período pós-extração (primeiras 24 horas); ⚫ Fazer repouso relativo nas primeiras 24 horas; ⚫ Não abaixar a cabeça ou deitar completamente; manter-se sentado Pacientes com discrasias sanguíneas ⚫ Manutenção do antifibrinolítico oral por no mínimo 07dias e seu uso tópico. Outras formas de aplicação dos antifibrinolíticos, como enxaguatório bucal pode ser recomendado (10 ml de solução 4 vezes ao dia, com posterior deglutição) ou na forma macerada com compressão local. Manobras Cirúrgicas Fundamentais Hemostasia no Pós-operatório hemostasia síntese exérese diérese Ato Operatório Manobras Cirúrgicas Fundamentais Manobras Cirúrgicas Fundamentais Síntese Manobra cirúrgica que visa • coaptação das bordas de uma ferida cirúrgica • restituir a anatomia • restituir a função • acelerar a cicatrização • hemostasia porta- agulhas fios de sutura pinças com dente tesouras Manobras Cirúrgicas Fundamentais Instrumental de Sutura Manobras Cirúrgicas Fundamentais Instrumental Porta-agulhas Mayo Hegar Sutura Manobras Cirúrgicas Fundamentais Síntese Princípios básicos: • Prender a agulha no meio ou 2/3 • Estabilizar o retalho com uma pinça • Sempre iniciar pela borda livre e não pela fixa • Não apertar demasiadamente o nó (vascularização) • Os nós devem ser colocados lateralmente ao traço da incisão • Não devemos usar força e sim habilidade Manobras Cirúrgicas Fundamentais Tipos de Sutura Pontos separados • Simples ( Coaptação ) • Em “X” (manutenção do coágulo) • Em “U” horizontal ( Sustentação ) • Donati ( Sustentação + Coaptação ) Contínua • Simples • Ancorada Pontos separados Tipo simples Manobras Cirúrgicas Fundamentais Tipos de Sutura – X Pontos separados Tipo Donati Sutura contínua simples Sutura contínua festonada Manobras Cirúrgicas Fundamentais Agulhas Agulha traumática Agulha atraumática Manobras Cirúrgicas Fundamentais Agulhas Manobras Cirúrgicas Fundamentais Agulhas Agulha 3/8 Agulha 1/2 Agulha 5/8 Curvatura da agulha Manobras Cirúrgicas Fundamentais Agulhas Tamanho das agulhas (mm) 2/3 Manobras Cirúrgicas Fundamentais Agulhas Posição ideal de apreensão pelo porta-agulha Manobras Cirúrgicas Fundamentais Fios de Sutura Absorvíveis - Origem Animal – “Categute” - Ácido Poliglicólico – “Vicryl”, “Dexon” Não Absorvíveis Orgânicos - Origem Animal - Seda - Origem Vegetal - Algodão Manobras Cirúrgicas Fundamentais Fios de Sutura Não Absorvíveis Náilon - Poliester Sintético – “Mersilene” - Polipropilene – “Prolene” Metálicos - Aço Inox Manobras Cirúrgicas Fundamentais Fios de Sutura Diâmetro do fio Comprimento Tipo de agulha (cortante) Tamanho aproximado e forma da agulha O material (seda preta trançada) Manobras Cirúrgicas Fundamentais Técnicas de uso do Porta-Agulha 1 2 3 Transfixação da agulha no tecido Manobras Cirúrgicas Fundamentais Técnica de Sutura Manobras Cirúrgicas Fundamentais Técnica de Sutura Manobras Cirúrgicas Fundamentais Técnica de Sutura Manobras Cirúrgicas Fundamentais Técnica de Sutura ../APCD%20-%2004.ppt Manobras Cirúrgicas Fundamentais Técnica de Sutura Tensão excessiva (evaginação das bordas da ferida) PÓS OPERATÓRIO • Instruções explicadas oralmente e por escrito • Telefone para contato com o Cirurgião • Linguagem clara e simples Remoção do Fio ⚫ Anti-sepsia ⚫ Tracionamento ⚫ Corte junto ao nó ⚫ Remoção Posição de trabalho ../Alucinante!.pps www.wagnerbucomaxilo.com.br @wagner_bucomaxilo http://www.wagnerbucomaxilo.com.br/
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