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Cinética anticórpica

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Imunologia - Edgar 02/10 ATD2
Cinética anticórpica: 
- Cinética anticórpica: como o anticorpo surge e 
desaparece após o estímulo antigênico, a velocidade 
e o tempo em que isso ocorre. 
Experimento: 
- Inocula-se no ratinho um determinado antígeno, 
numa determinada concentração e numa 
determinada via de inoculação —> ratinho 
sensibilizado (sistema imunológico do ratinho 
respondeu ao antígeno) 
- Todo dia tira-se sangue do ratinho e observa a 
presença de anticorpo produzido especificamente 
após a entrada do antígeno. 
- Gráfico não se inicia do zero, pois o ratinho possui 
anticorpos naturais (linfócitos B1 ou através dos 
plasmócitos de vida longa da medula óssea). 
- Momento zero: já existe uma concentração de 
anticorpos, são eles os anticorpos naturais. 
• Os próximos anticorpos produzidos serão contra o 
antígeno inoculado pelo ratinho. 
- Momento LAG: fase inicial após inoculação do 
antígeno, onde a concentração anticórpica não 
muda. O tempo dessa fase LAG vai permanecer vai 
depender totalmente do antígeno. 
• Depende das propriedades do antígeno, podendo 
essa fase LAG ser curta ou longa. 
• Curta, quando rapidamente surge anticorpos 
contra o antígeno inoculado, ou longa, quando 
demora para produzir anticorpos contra o antígeno 
inoculado. 
• Tempo para o sistema imune reconhecer o 
antígeno e começar a produzir Ac. 
- Momento LOG: intensa produção de anticorpos, de 
ascendência rápida. Expressão logarítmica, aumenta 
rapidamente a concentração de anticorpos. 
• Ocorre pois ainda há antígeno presente no ratinho, 
em alta concentração. 
- Platô: se estabelece durante um tempo, com alta 
concentração anticórpica específica. Nessa fase a 
quantidade de anticorpos produzidos está sendo 
igual a quantidade de anticorpos eliminados (vida 
média curta). 
• Ainda há presença de antígeno. 
- Declínio: desaparecimento gradual/ descendente dos 
anticorpos específicos. 
• Quantidade de Ac eliminados é maior que a 
quantidade de Ac produzidos. 
• O antígeno desaparece, por isso não há mais 
produção de anticorpos, há apenas a eliminação 
dos anticorpos já formados. 
Propriedades do antígeno: 
✓ Ratinho deve reconhecer o antígeno como no self. 
✓ O sistema imunológico pode não responder ao 
antígeno, mesmo ele sendo no self, tendo uma 
tolerância ao antígeno. Ocorre em situações 
como: concentrações muito baixas inoculadas 
diariamente (hospedeiro vai aceitando o Ag e 
incorporando-o como próprio - desensibilização) ou 
com dose muito alta do antígeno uma única vez, 
dessa forma, o organismo não tem capacidade de 
responder a esse estímulo tão forte. 
• Tolerância ocorre quando o macrófago não 
expressa o B7. 
• Portanto, para ocorrer esse experimento, deve-se 
trabalhar em concentrações moderadas do 
antígeno, capaz de estimular o sistema imune. 
✓ Peso molecular (PM): imunogenicidade do Ag 
diretamente relacionada com sua complexidade. 
• PM > 100mil daltons = imunogênico. 
• PM < 10mil daltons = baixa imunogenicidade. 
• Exceção à regra: diabético usa insulina de suíno 
(PM=5.808 - molécula complexa mas de baixo 
PM), a maioria deles recebe a insulina sem 
qualquer problema, por ser uma molécula de baixo 
PM. Porém, existem indivíduos que geram uma 
Catarina Alipio XXIIB Página 1
Imunologia - Edgar 02/10 ATD2
reação alérgica contra essa insulina suína, e 
passam a receber insulina humana. 
✓ Propriedade química do antígeno: 
• Proteínas: são os melhores antígneos, de acordo 
com a estrutura espacial em que a proteína se 
encontra. 
- Pois o linfócito T só é ativado na presença de 
aminoácidos (peptídeos). 
- Parte de uma proteína de baixa 
imunogenicidade e complexidade (estrutura 
primária) para uma proteína de alta 
imunogenicidade e complexidade 9estrutura 
quaternária). 
- Fio de sutura (nylon), formado por proteínas de 
estrutura primária (baixa imunogenicidade), 
passando inertes no nosso sistema imune. 
- Fio de CatGut, formado por proteínas mais 
complexas, gerando uma resposta imune local, 
levando ao desaparecimento do fio. 
• Polissacarídeos (açúcares): sozinho não tem 
competência de ativar o linfócito T. 
- Só ativam linfócito B (são seletivos). 
- De moderada a baixa complexidade. 
- Quanto mais cadeias laterais ele tiver, mais 
complexo ele será. 
- O açúcar por si só, não deve ser usado como 
antígeno vacinal. 
• Lipídeos: não são considerados imungênicos, 
independente do seu peso molecular, pois são 
moléculas muito simples. 
- Podem se comportar como haptenos. 
• Ácidos nucléicos (RNA e DNA): também não são 
imunogênicos, pois são moléculas muito simples, 
lineares… 
➡ Como essas substâncias se apresentam para nós: 
em agregados. 
- Glicoproteínas: fração proteíca interage com 
linfócito T e fração glicogênico interage com o 
linfócito B. 
- Lipoproteínas. 
- Lipopolissacarídes: são de baixa 
imunogenicidade (ex: LPS das bactérias gram -). 
- Nucleoproteínas. 
➡ Lúpus eritematoso sistêmico (LES): organismo 
passa a produzir anticorpos para vários órgãos do 
corpo. 
- Corpo passa a produzir auto-anticorpos anti-
DNA (autoimune). 
- Cromossomo humano possui as estomas 
(proteínas) —> DNA como núcleoproteina. 
- Forma sistêmica, pois todos os órgãos tem o 
DNA. 
➡ Super-antígeno: é aquele antígeno que não há 
necessidade da apresentação do linfócito T por 
uma APC. 
- Ativa o linfócito T diretamente, na ausência de 
uma APC e de especificidade. 
- Diretamente relacionado à algumas toxinas de 
micro-organismos: toxina do choque séptico, do 
HIV, Streptococos pyogenes… 
- Super-antígeno capaz de ativar o sistema imune 
de forma anárquica e induzir um processo 
inflamatório sistêmico grave. 
✓ Propriedade física do antígeno: 
• Sólido: bactéria, vírus, fungos… 
• Solúvel: veneno de cobra, toxinas bacterianas… 
‣ Dentro do aspecto de complexidade, a partícula 
sólida é mais complexa que a partícula solúvel, 
sendo o primeiro mais imunogênico que o 
segundo. 
• Produção de uma vacina de antígeno solúvel: 
- Ex: toxina bacteriana (não pode ser usada 
diretamente no indivíduo, pois provocará 
doença). 
- Deve-se então tirar a a virulência da toxina, 
para que ela não produza doença, mas continue 
ativando o sistema imune. 
• Precisa transformar a toxina em um toxóide 
(toxina que perdeu a virulência mas manteve 
sua imunogenicidade). 
- Desnatura-se a proteína por uma ação 
química (fenol) ou física (aquecimento), 
formando uma proteína linear com maior 
exposição dos epítopos. 
- Quando desnaturada, a proteína não 
consegue se ligar aos receptores da 
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Imunologia - Edgar 02/10 ATD2
membrana, perdendo sua capacidade de 
toxina. 
- Mantém os determinantes antigênicos. 
➡ Vacina tríplice bacteriana (difteria, tétano e 
coqueluche). 
- Pegaram a bactéria (Bordatella pertussis), 
que é sólida, e adsorveram na sua parede o 
toxóide tetânico e o toxóide diftérico. 
- Quando inoculado no humano, o 
macrófago fagocita-o e apresenta ao 
linfócito parte da bactéria e os toxóides 
tetânico e diftérico. 
- Transformou-se os antígenos solúveis em 
um antígeno particular, como se eles 
fizessem parte da bactéria. 
- Como aumentar a capacidade de 
imunogenicidade de um antígeno? E melhorar a 
resposta imunológico contra ele. 
• Associar uma proteína (toxóide tetânico, 
muito comum) ao antígeno polissacarídeo, 
aumentando sua imunogenicidade. 
Adjuvantes: 
- Substância que aumenta a imunogenicidade da 
vacina. 
- Adjuvante de Freund (usado em ratinhos, de forma 
experimental) —> mistura o antígeno a um óleo 
mineral. 
• Incompleto: emulsão em óleo do Ag. 
• Completo: adiciona-se micobacterium inativado. 
- Pois é um elemento altamente imunogênico. 
• Utilizados na veterinária e não recomendado para 
uso em humanos (reações adversas). 
• Novos compostos: Montanide ISA720 e MF59 
(óleos metabolizantes). 
- Funções: dos adjuvantes vacinais (principal: hidroxi 
de alumínio - molécula tipo uma “rede”, fazendo a 
funçãoo óleo do adjuvante de Freund, além de ser 
um composto irritante). 
• Óleo: por ser de baixa difusibilidade, ele retém o 
antígeno no local da inoculação. 
- Mycobacterium, elemento irritativo, indutor de 
inflamação, permitindo o afluxo de células 
(APCs) para o local da inoculação. 
• Intensa migração de células APC para que 
essas induzam a ativação do linfócito T. 
• Com isso, ele aumenta a estabilidade do antígeno, 
evitando a degradação do antígeno no tecido. 
• Induzem a quimiotaxia para o local de inoculação, 
aumentando o contato do antígeno com o agente 
infeccioso. 
• Fazem a ativação seletiva de células do sistema 
imune. 
Via de inoculação da vacina: 
- Intramuscular (IM): o Ag cai principalmente na 
corrente sanguínea, estimulando o baço, e se cair na 
corrente linfática, estimulando os linfonodos. 
- Intradérmica (ID): cai diretamente nos vasos 
linfáticos, estimulando os linfonodos. 
- Subcutânea (SC): cai diretamente nos vasos 
linfáticos, estimulando os linfonodos. 
- Oral (VO) - “gotinha”: estimula o tecido G.A.L.T. 
Sensibilidade ao teste: 
- Como saber se o ratinho começou a produzir Ac 
específico para o Ag inoculado? Via testes 
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sorológicos, de tal forma que consiga captar a 
presença do anticorpo. 
- Depende da sensibilidade do teste. 
- Quanto maior a sensibilidade do teste, maior a 
capacidade dele de observar elementos em baixas 
concentrações. 
- Falso-negativo: quando a sensibilidade do teste não é 
boa. 
- No nosso experimento: quanto maior a sensibilidade 
do teste, menor a fase LAG. E quanto menor a 
sensibilidade do teste, maior será a fase LAG, pois 
deverá esperar aumentar a concentração de Ac para 
que o teste reconheça. 
Respostas do sistema imune: 
- Resposta primária: presença da fase LAG, LOG, 
platô (curto) e declínio (curto e lento). 
• Principalmente anticorpos da classe IgM. 
• Pode encontrar IgG em pequenas concentrações. 
- Após a resposta primária do ratinho, inocula-se uma 
2ª vez o mesmo antígeno no mesmo ratinho —> 
resposta secundária. 
- Resposta secundária: a fase LAG é curta ou até 
mesmo nula. A quantidade de anticorpos produzidos 
na fase LOG, é muito maior que na resposta 
primária. O período de platô é mais longo e 
consequentemente, o declínio é lento. 
• Maiores concentrações de IgG. 
• Pode ainda encontrar IgM em baixas 
concentrações, pois ainda pode haver linfócitos B 
naipe que não foram estimulados. 
- Essas diferenças ocorrem devido há existência de 
uma memória imunológica adquirida pelo ratinho 
após a 1ª exposição. 
Memória imunológica: 
- Na resposta primária, produziu-se quantidades 
suficientes de anticorpos para eliminar o antígeno. 
Porém também ocorre, pelos linfócitos B, no centro 
germinativo, a produção de células de memória 
(IgG). 
- Na resposta secundária, as células de memória se 
transformam em plasmócitos (para produzir Ac 
específicos para combate) e fazem a produção de 
mais células de memória. 
- Na vacina…: 
• Vacina induz a resposta primária no indivíduo, 
com produção de células de memória e 
imunização do indivíduo. 
• Quando o indivíduo entra em contato realmente 
com a doença natural, ele desenvolverá a resposta 
secundária, pois já terá as células de memória. 
• Objetivo da vacina —> gerar memória 
imunológica. 
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Imunologia - Edgar 02/10 ATD2
- Especificidade vacinal: 
• Inoculação de vacina com antígeno A: gera uma 
resposta primária inicial, com formação de células 
de memória. 
• Inoculação de vacina com antígno A+B: indivíduo 
desenvolverá uma resposta secundária ao antígeno 
A, porém uma resposta primária ao antígeno B. 
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