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Sistemas Adesivos

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Sistemas Adesivos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O adesivo mantém a interface resina e dentina fechada. 
É o adesivo que segura a contração de polimerização da 
resina. 
BREVE HISTÓRICO 
1960 – Buonocore reporta o condicionamento ácido de 
esmalte. 
1970-1980 – Fusayama introduz o condicionamento 
ácido total de dentina e esmalte. 
1980-1990 – Nakabayashi descreve a infiltração de 
resina no colágeno da dentina para formar a camada 
híbrida. 
2000-2010 – Desenvolvimento de sistemas adesivos 
autocondicionantes e autoadesivos. 
COMPOSIÇÃO DOS SUBSTRATOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esmalte 
 95% matéria inorgânica, 2% água, 1% matéria 
orgânica 
 Alta densidade e dureza 
 Alto módulo de elasticidade 
 Baixa resistência à tração 
Dentina 
 70% matéria inorgânica, 20% matéria 
orgânica, 10% água 
 Dentina intertubular (entre os túbulos 
dentinários) 
 Dentina peritubular (circundam os túbulos 
dentinários) 
 Prolongamentos odontoblásticos 
PROPRIEDADES DA ADESÃO 
ADESÃO 
Força que mantém juntas duas substâncias ou 
substratos com diferentes composições desde que 
estejam em íntimo contato. 
Interação mecânica, devido ao entrelaçamento através 
de irregularidades e penetração dos monômeros. 
 Irregularidades 
 Capacidade dos monômeros penetrar nas 
rugosidades 
 Escape do ar presente nos poros à medida que 
o material penetra 
 Capacidade de polimerização 
FATORES QUE INFUENCIAM NA ADESÃO 
MOLHAMENTO 
Íntimo contato do material com a superfície a espalhar-
se sobre ela, penetrando por capilaridade. 
A tensão superficial dos líquidos tende que esses 
fiquem na forma esférica (capilaridade). 
↑ tensão superficial ↓ molhamento 
Ângulo de contato é a relação da energia de superfície 
com a tensão superficial. 
↓ ângulo de contato ↑ molhamento 
VISCOSIDADE 
O ângulo de contato é diretamente proporcional à 
viscosidade. 
Se há alta viscosidade, há dificuldade de recobrir a 
superfície do sólido, e mais chance de aprisionar ar 
impedindo o adesivo de escoar em profundidade. 
RUGOSIDADE SUPERFICIAL 
Amplia o potencial para a adesão. 
Há mais sítios retentivos. 
COMPOSIÇÃO DOS SISTEMAS ADESIVOS 
MONÔMEROS 
São moléculas que possuem um grupo polimerizável, 
ou seja, um grupo que vai se unir a outro monômero 
para formar um polímero. 
 Monômeros de ligação cruzada 
 Monômeros funcionais 
 Monômeros hidrofílicos 
Compatibilidade com a umidade da estrutura 
dentária. 
Quanto mais monômero hidrofílico, maior a sorção 
de água, e maior a degradação do adesivo. 
 Monômeros hidrofóbicos 
Compatibilidade com o material restaurador. 
Maior resistência mecânica e estabilidade. 
Quanto mais monômero hidrofóbico, menor a 
sorção de água, e menor a degradação do adesivo. 
Porém, esses monômeros não infiltram bem na 
dentina. 
SOLVENTES 
A sua principal função é diminuir a viscosidade, 
deixando o adesivo mais fluido, dessa forma, 
melhorando a infiltração na dentina condicionada. 
Além disso, o solvente também é responsável pela 
mistura de polímeros, partículas hidrofílicas e 
hidrofóbicas, formando uma solução única. 
Os principais solventes são: etanol, água e acetona. 
Se todo o solvente for removido, as fibrilas colágenas 
não vão se separar, causando o colabamento. 
INICIADORES, CO-INICIADORES E 
ACELERADORES 
Além da dificuldade de infiltrar o adesivo hidrofóbico 
na dentina hidrofílica, outro desafio é polimerizar o 
adesivo em um ambiente cheio de água, por isso, é tão 
importante usar iniciadores, co-iniciadores e 
aceleradores. 
O iniciador mais utilizado é a canforoquinona. 
Os co-iniciadores são as aminas terciárias. Elas ajudam 
o iniciador a polimerizar. Nos adesivos 
autocondicionantes há aminas hidrofóbicas e 
hidrofílicas. 
Como aceleradores temos o sal de iodônio, que acelera 
a polimerização e diminui o efeito inibidor dos 
solventes. 
Canforoquinona > amina terciária > radicais livres > 
monômeros > polímeros. 
PARTÍCULAS DE CARGA 
As partículas de carga melhoram as propriedades 
mecânicas, porém elas não podem infiltrar na região 
condicionada, ou seja, não fazem parte da camada 
híbrida. 
Podem estar presentes em diferentes tamanhos e 
percentagens. 
Uma desvantagem é que essas partículas sofrem 
degradação com o tempo. 
CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS ADESIVOS 
Adesivos Convencionais 
Todos aqueles que empregam o passo operatório de 
condicionamento ácido da superfície de esmalte ou 
dentina, separadamente dos outros passos clínicos. 
Adesivos Autocondicionantes 
Todos aqueles que não empregam o passo operatório 
de condicionamento ácido separadamente dos outros 
passos operatórios. 
ADESIVOS CONVENCIONAIS 
 
CONDICIONAMENTO ÁCIDO DA SUPERFÍCIE 
Promove retenção à restauração, e causa união 
interfacial hermética na interface das restaurações. 
O material utilizado é o gel de ácido fosfórico a 37%. 
Funções: preparar o substrato para adesão; limpar a 
superfície, removendo o smear layer; aumento da 
aderência do substrato; microporosidades. 
Esmalte 
 Altera o contorno superficial 
 Remove 10 µm de cristais de hidroxiapatita 
 Aumenta a ES livre 
 Esmalte poroso 
 Aumenta a área superficial 
 30 seg 
 Aparência opaca da superfície 
Dentina 
 Condicionamento mais sensível à técnica 
 Smear Layer 
 Remove a hidroxiapatita 7-8 micrômetros 
 Expõe as fibras colágenas 
 Presença de água para manter a conformação 
das fibras colágenas 
 15 seg 
PRIMERS 
 Mantém a rede de colágeno expandida 
 Remoção do excesso de água: solventes 
 Hidrofílico 
 Monômeros resinosos hidrofílicos (grupos 
funcionais – fosfato, ácido carboxílico, álcool 
ou éster) 
 HEMA – hidroxietilmetacrilato 
 pH variável dependentes dos grupos 
funcionais 
BOND 
 Preenche os espaços interfibrilares, dando 
origem à camada híbrida 
 Retenção micromecânica após polimerização 
 Hidrofóbico 
 Dimetacrilatos hidrofóbicos: Bis-GMA, 
TEGDMA, UDMA e HEMA 
APLICAÇÃO CLÍNICA 
TÉCNICA DE ADESÃO À DENTINA ÚMIDA 
Antes do condicionamento ácido, há pouca ligação de 
hidrogênio entre os colágenos. Após a aplicação do 
ácido, ocorre a desmineralização do substrato. Em 
seguida, o local é lavado e esses espaços vão ser 
preenchidos por água. Nesse momento, a dentina deve 
ser deixada úmida. O primer, que contém o solvente, 
serve justamente para manter as fibras colágenas com 
o correto espaçamento, nem muito separadas e nem 
muito unidas, permitindo assim a adequada 
penetração do adesivo. 
Limitações 
 Deixa água residual – substrato hidrolítico 
para proteases endógenas que degradará essa 
interface 
 Separação de fases – prejudicando a adesão 
(monômeros insolúveis em água – micelas) 
 Colágeno sem impregnação de monômeros – 
degradação 
 Evitar separação de fases: HEMA (30%-50%) – 
eliminar a água residual 
Excesso de água no substrato dentinário – OVERWET 
A água funciona como uma barreira física, impedindo a 
penetração do adesivo. A diluição e emulsão dos 
componentes do adesivo causa a separação de fases 
(micelas). Os monômeros hidrofílicos/hidrofóbicos não 
se unem, ou seja, a água não permite que os 
monômeros hidrofóbicos do bond se unam a ela. 
Falta de água no substrato dentinário – OVERDRY 
Nesse caso, ocorre o colabamento das fibras colágenas, 
pois uma certa quantidade de água é necessária para 
manter as fibras espaçadas, e permitir a penetração do 
bond. 
REMOÇÃO DO EXCESSO DE ÁGUA 
Utiliza-se filtro de papel absorvente para o controle da 
umidade dentinária. Não se deve usar bolinha de 
algodão úmida. 
PASSO A PASSO 
3 PASSOS 
 
 
1. Condicionamento ácido: 30 seg em esmalte e 
15 seg em dentina 
2. Lavar por 1 min 
3. Mantém a dentina úmida (papel absorvente) 
4. Primer por 20 seg 
5. Jato de ar 3-5 seg 
6. Bond por 10 seg 
7. Fotopolimerizador por 20 seg 
 
2 PASSOS 
 
 
1. Condicionamento ácido: 30 seg em esmalte e 
15 seg em dentina 
2. Lavar por 1 min 
3. Mantém a dentina úmida (papel absorvente)4. Primer + adesivo em dupla camada 
5. Jato de ar 3-5 seg para cada camada 
6. Fotopolimerizador por 20 seg 
RESUMO DOS COMPONENTES 
 
INTEGRANTES 
DOS SISTEMAS 
ADESIVOS 
SUBSTRATO DE 
ATUAÇÃO 
FUNÇÃO 
PRINCIPAL 
 
ÁCIDO 
 
Esmalte/dentina 
Torna o substrato 
dentário apto a 
receber o adesivo 
 
 
PRIMER 
 
 
Dentina 
Prepara a dentina 
com monômeros 
hidrofílicos a fim 
de melhorar a 
penetração 
adesiva 
ADESIVO Esmalte/dentina Une o material 
restaurador ao 
dente 
 
ADESIVOS AUTOCONDICIONANTES 
 
Fracos/Moderados: têm o pH = 2, e dissolvem a 
superfície de dentina apenas parcialmente, o que 
deixa a hidroxiapatita disponível incorporada à 
camada híbrida. 
Fortes: têm pH baixo (<1) e apresentam mecanismo 
de adesão semelhante ao dos adesivos convencionais. 
ADESÃO MICROMECÂNICA 
É o principal mecanismo usado pelos adesivos 
convencionais e autocondicionantes. Consiste no 
condicionamento ácido, que remove a hidroxiapatita e 
cria microporosidades no esmalte e na dentina. Faz-se 
a hibridização, que é a infiltração do bond nas 
microporosidades. 
UNIÃO QUÍMICA 
Além da adesão micromecânica, os adesivos 
autocondicionantes possuem esse segundo mecanismo 
de união. O monômero ácido tem afinidade com o 
cálcio, e liga-se com o cálcio da dentina e do esmalte. 
MONÔMEROS DE LIGAÇÃO CRUZADA 
São compostos por um grupo polimerizável, uma 
cadeia espaçadora e outro grupo polimerizável. Este 
monômero vai se polimerizar de um lado e do outro. 
São mais hidrofóbicos, ou seja, são mais compatíveis 
com a resina composta e menos com a dentina e com 
umidade. O mais utilizado é o dimetacrilato. 
MONÔMEROS FUNCIONAIS 
São compostos por um grupo polimerizável, uma 
cadeia espaçadora e um grupo funcional. Esse grupo 
funcional não vai se polimerizar, mas funcionará como 
uma segunda função, por exemplo: ácido carboxílico 
que vai conferir uma ação ácida; radical brometo que 
vai conferir um potencial antibacteriano (clearfill 
protect bond); hidroxila que vai conferir ao monômero 
uma característica diluente. 
PASSO A PASSO 
2 PASSOS 
 
 
 
1. Após o preparo, seca-se bem 
2. Aplica-se o primer ácido por 20 seg com vigor 
3. Jato de ar 3-5 seg 
4. Bond por 10 seg 
5. Fotopolimerizador por 20 seg 
1 PASSO (all in one) 
 
 
 
1. Após o preparo, seca-se bem 
2. Aplica-se o adesivo por 20 seg com vigor 
3. Jato de ar 3-5 seg 
4. Fotopolimerizador 20 seg 
Universal 
 
 
 Pode ser usado em qualquer superfície 
 Não requer primer 
 Utilizado em situações que exigem a agilidade 
do procedimento 
CONDICIONAMENTO ÁCIDO SELETIVO 
Os adesivos autocondicionantes são bons para dentina, 
e os convencionais são muito bons para o esmalte. O 
que os pesquisadores fizeram foi aplicar o ácido 
fosfórico apenas no esmalte, e não aplicar na dentina, 
e posteriormente, aplicar o adesivo autocondicionante 
em todo o preparo. 
1. Coloca-se uma pequena bolinha de algodão 
seco na dentina 
2. Aplica-se o ácido fosfórico no esmalte por 15 
seg 
3. Lava e seca 
4. Remove-se a bolinha de algodão 
5. Adesivo por 20 seg 
6. Jato de ar 3-5 seg 
7. Fotopolimerizador por 20 seg 
QUAL O GRANDE PROBLEMA DOS 
ADESIVOS CONVENCIONAIS? 
O ácido fosfórico condiciona cerca de 8 micrômetros, e 
penetra na dentina e forma uma camada híbrida de 5 
micrômetros. Ficando cerca de 1 a 3 micrômetros de 
dentina condicionada, porém não infiltrada com o 
adesivo. 
O primer ácido penetra 2 micrômetros na dentina, e 
forma uma camada híbrida de 1,9 micrômetros. 
Ficando cerca de 0,1 micrômetros de dentina 
condicionada, porém não infiltrada com o adesivo. 
INDICAÇÃO DOS AUTOCONDICIONANTES 
 LCNC 
 Menor tempo clínico 
 Fácil aplicação 
 Condicionamento e infiltração simultânea 
 Região de colágeno exposto menor 
 Menor sensibilidade 
 Cavidades profundas 
O QUE AINDA PRECISAMOS EVOLUIR NA 
ADESÃO? 
A degradação das interfaces adesivas ainda é um 
problema muito significativo, que leva a substituição de 
um grande número de restaurações. 
O elo mais fraco nas restaurações em resina composta 
hoje é certamente a união com a dentina, por conta da 
sua umidade. 
METALOPROTEINASES (MMPS) 
São as principais enzimas responsáveis pela degradação 
dos componentes da matriz extracelular da dentina. A 
dentina contém uma variedade de enzimas que podem 
interferir na adesão de materiais restauradores. 
A ativação das MMPs (presentes na dentina ou na 
saliva) envolvida na degradação das fibrilas de colágeno 
expostas pela incompleta infiltração de adesivo explica 
a progressiva diminuição da camada híbrida. 
INSUCESSO 
- Falha na união entre dente e restauração 
- Manchamento marginal 
- Aplicação incorreta do protocolo clínico 
COMO POSSO MELHORAR CLINICAMENTE A 
PERFORMANCE DOS ADESIVOS? 
Nos convencionais, aumentando o tempo de 
fotopolimerização de 20 segundos para 40 segundos. 
Nos autocondicionantes, realizando a aplicação ativa 
com o uso de microbrush rígido.

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