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A Competência Essencial da Corporação REPENSANDO A CORPORAÇÃO ¢Antigamente, corporação diversificada podia fixar suas unidades de negócios em mercados particulares de produtos-fim. As mudanças nas fronteiras de mercado fizeram com que os alvos se tornassem enganadores e móveis e a captura temporária. ¢Poucas empresas conseguiram inventar novos mercados ¢A gerência tem como tarefa criar novos produtos de que os clientes necessitam, mas não imaginam. As raízes da vantagem competitiva ¢A curto prazo: a competitividade de uma empresa deriva de seus atributos de preço/desempenho em produtos existentes. ¢A longo prazo: a competitividade deriva de uma capacidade de formar, a custos menores e com mais velocidade que os concorrentes, as competências essenciais que propiciam produtos que não podem ser antecipados. Competências Essenciais ¢Definição - São o aprendizado coletivo na organização, especialmente, como coordenar as diversas habilidades de produção e integrar as múltiplas correntes de tecnologias. ¢Exemplo: Sony – miniaturizar seus produtos ¢CE => Miniaturização ¢Deve garantir que tecnólogos, engenheiros e profissionais de marketing tenham um entendimento das necessidades dos clientes e das possibilidades tecnológicas. ¢¢CEs também são comunicação, o envolvimento e o profundo comprometimento em trabalhar através de fronteiras organizacionais. ¢CEs não diminuem com o uso ¢CEs se desenvolvem à medida em que são aplicadas e compartilhadas. ¢CEs são o aglutinador que interliga negócios existentes. ¢CEs são o motor para o desenvolvimento de novos negócios. ¢Exemplo 1: 3M (post-it, fita magnética, filme fotográfico, as fitas sensíveis a pressão, revestimentos abrasivos, etc.) => São um conjunto de poucas CEs compartilhadas. ¢Exemplo 2: GE vendeu a maior parte de seus negócios na área de bens eletrônicos de consumo para Thomson. Empresas concorrentes líderes em competência aproveitaram: Black&Decker(pequenos motores elétricos) e Thomson (queria formar competência em micro-eletrônica). ¢Como não pensar em competência. 1) Empresas pararam de se imaginar como amontoados de negócios fazendo produtos 2) A batalha para formar CEs é invisível para as pessoas que não estejam deliberadamente procurando por elas, diferentemente da batalha pelo domínio global da marca. 3) Cultivar CEs não significa gastar mais que os rivais em P&D. Ex.: 1983 Canon passou a Xerox em participação de mercado. Gasto com P&D em reprografia era uma pequena fração do gasto da Xerox. 4) Também não significa compartilhar custos entre unidades produtivas. Identificando competências essenciais – e perdendo-as ¢Há três testes para identificar competências essenciais nas empresas. ¢1) A CE provê acesso potencial a uma ampla variedade de mercados ¢Ex.: CE em sistemas de monitores de vídeo permite uma empresa acessar negócios como calculadoras, aparelhos de TV miniaturizados, monitores para computadores laptop, e painéis para automóveis. ¢CASIO no mercado de TV portátil. ¢2) CE deve ser uma contribuição significativa para os benefícios percebidos dos clientes do produto final ¢Ex.: Habilidade da Honda de produzir motores. ¢3) CE deve ser de difícil imitação para os concorrentes ¢Ex.: JVC nos primórdios dos anos 60 buscou o desenvolvimento de CES em fitas de vídeo e passou nos três testes. RCA ao desenvolver um sistema com prato giratório e agulha para gravação de vídeo não passou nos testes. ¢Empresas que julgam a competitividade em termos de preço-desempenho de produtos finais acabam minando as competências essenciais. ¢Ex.: Chrysler via motores e conjuntos de força simplesmente como um componente a mais. Honda não cedeu responsabilidade de fabricação e de realização de projetos. ¢É possível uma empresa criar uma linha de produtos competitiva, mas ser lenta para desenvolver competências essenciais; ¢Outra maneira de perder é deixar passar a oportunidade para estabelecer competências que estejam em evolução com negócios existentes. ¢Exemplo: ¢Anos 70 e 80, empresas americanas e europeias como GE, Motorola, GTE, Thorn e GEC optaram por sair do negócio de TV a cores. Entediam que o mercado estava maduro Não estava ao ponto de serem exauridas todas as possibilidades de exploração do mercado. HDTV ¢Duas lições: ¢1) O custo de perder uma competência essencial pode somente ser parcialmente calculado antecipadamente ¢2) Uma vez que elas são formadas, uma empresa que deixou de investir em formação de competência essencial, dificilmente entrará num mercado que esteja surgindo. ¢Exemplo: Motorola (indústria de semicondutores) deixou passar a participação na geração de chips DRAM de 256k => precisou de auxílio técnico dos japoneses. Das Competências Essenciais a Produtos Essenciais ¢Definição: Produtos Essenciais são a conexão tangível entre competências essenciais e produtos finais. A materialização física de uma ou mais competências essenciais. ¢Os Produtos Essenciais são os componentes ou subunidades que realmente contribuem para o valor dos produtos finais. ¢Diferença entre marca e participação no mercado de produtos finais ¢Ex.: Canon => 84% da participação de fabricação de motores para impressoras a laser de mesa, mas pequena participação da marca no negócio. ¢Para criar ou defender a liderança no LP, a corporação será vencedora em cada um dos níveis (competência essencial, produto essencial e produto final). ¢1) No nível da competência essencial, o objetivo é instituir uma liderança mundial em projetos e desenvolvimento de uma classe particular de funcionalidade do produto ¢2) Para sustentar a liderança em suas áreas escolhidas de competência essencial, as empresas procuram maximizar sua participação mundial de fabricação de produtos essenciais. ¢3) Fabricação de produtos essenciais para uma ampla gama de clientes dá margem a receitas e feedback do mercado ¢Exemplo: JVC na década de 70 fornecia VCRs com empresas líderes do segmento como Thomson, Thorn e Telefunken. Conseguiu aumentar o faturamento e ultrapassar posteriormente Philips e Sony ¢4) Posição dominante em produtos essenciais permite à empresa dar forma à evolução de aplicações e mercados de produtos finais. ¢Exemplo: Produtos essenciais como unidades de dados e laser, relacionados com os CDs de áudio, permitiram à Sony e à Philips => evolução do negócio de periféricos de computadores relativamente ao armazenamento de dados em mídia ótica 5) Produtos essenciais bem focalizados podem levar a economias de escala e de escopo. Tirania das Unidades Estratégicas de Negócios ¢Novos termos do embate competitivo não podem ser entendidos usando-se ferramentas analíticas para tratar de corporações diversificadas de décadas atrás. ¢Competição se dava em âmbito doméstico => GE X Westinghouse, GM X Ford. ¢São três planos diferentes nos quais as batalhas pela liderança global são travadas: ¢A) Competência Essencial ¢B) Produtos Essenciais ¢C) Produtos Finais ¢1) Se uma empresa estiver ganhando a corrida para formar CEs, ela quase que certamente irá ultrapassar seus rivais em desenvolvimento de negócios. ¢2) Se um empresa estiver ganhando a corrida para capturar a participação de fabricação em âmbito mundial em produtos essenciais, ela certamente irá ultrapassar seus rivais em melhorar qualificações de produto e na relação preço/desempenho ¢Subinvestimento para desenvolver competências essenciais e produtos essenciais. ¢Quando a organização é concebida como uma multiplicidade de SBUs, nenhum único negócio pode se considerar responsável por manter uma posição viável em produtos essenciais nem poder justificar o investimento requerido para gerar uma liderança mundial em alguma competência essencial. ¢Algumas empresas começaram a desenvolver novas formas organizacionais que permitissem desenvolver produtos essenciais para clientes internos e externos. ¢Recursos Aprisionados ¢À medida que uma unidade estratégica evolui, ela frequentemente desenvolve competências únicas. ¢As pessoas que desenvolvem essas competências são vistasunicamente como propriedade do negócio. ¢Gerentes de unidades de negócios acabam não “compartilhando” portadores de competências para outras unidades. ¢Ex.: Empresas japonesas detinham estoque menor de pessoas e tecnologias e conseguiam movê-las com muita rapidez de um negócio para o outro. ¢Quando as competências se tornam aprisionadas, as pessoas que as detêm não são designadas para as oportunidades mais desafiadoras e suas habilidades começam a atrofiar. ¢Inovação Vinculada Se as competências essenciais não são reconhecidas, as unidades estratégicas de negócios individuais buscarão aquelas oportunidades de inovação que estiverem mais à mão, como extensões marginais de linha de produto ou expansões geográficas Desenvolvendo a arquitetura estratégica ¢A arquitetura estratégica é um roteiro do futuro que identifica as competências essenciais que devem ser formadas e seus constituintes tecnológicos. ¢A arquitetura provê uma lógica para a diversificação do produto e do mercado e mais do que isso. ¢Exemplo: Honda sabia que estava explorando o que ela conhecia de motocicletas – como fazer motores de alta rotação, funcionamento estável e com baixo peso – quando entrou no mercado de automóveis. ¢Para Prahalad, “É a consistência na alocação de recursos e o desenvolvimento de uma infra-estrutura administrativamente apropriada a essa alocação que injeta vida em uma arquitetura estratégica e cria uma cultura gerencial, um trabalho em equipe, uma capacidade de mudar e uma vontade de compartilhar recursos, para proteger habilidades proprietárias e para pensar a longo prazo. Redispondo-se para explorar competências. ¢Alta gerência deve garantir que as Unidades Estratégicas de Negócios faça solicitações por competências essenciais assim como faz por capital. ¢Sendo assim, assim que a alta gerência tenha identificado as competências internas, ela deve solicitar a identificação de projetos e pessoas intimamente ligadas a elas. ¢Exemplo: Elementos da CE da Canon estão espalhados por todos os negócios (câmeras, copiadoras e equipamentos litográficos de semicondutores, etc.) Quando identificou oportunidades na área de impressoras digitais a laser, deu ao gerentes da SBU o direito de procurar em outras SBUs para tirar delas o necessário para assumir tal tarefa.
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