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TCC CORRIGIDO

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i 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE MATERIAIS 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIFICULDADES ENFRENTADAS POR PEQUENAS EMPRESAS NA OBTENÇÃO 
DE MATERIAIS PROVENIENTES DO VIDRO TEMPERADO 
 
 
 
 
 
 
 
Nadine Pereira da Luz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pelotas, RS, Brasil 
2018 
 
 
 
 
ii 
 
 
 
NADINE PEREIRA DA LUZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO DAS DIFICULDADES NO PROCESSAMENTO DE VIDRO 
TEMPERADO EM PEQUENAS EMPRESAS 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
Apresentado ao Curso de 
Engenharia de Materiais da Universidade 
Federal de Pelotas 
Desenvolvido sob a orientação da 
Professora Fabiula Danielli Bastos de Souza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pelotas, RS 
2018 
iii 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Aos meus pais pela confiança que depositaram em mim, agradeço por 
nunca duvidarem da minha capacidade. 
A minha irmã que sempre esteve ao meu lado durante a realização desse 
sonho. 
Aos meus amigos e colegas que me acompanharam nesta jornada e que 
viveram comigo esta jornada. 
A minha orientadora Fabiula Danielli Bastos de Souza, cujo auxilio foi 
fundamental para a realização deste trabalho. 
Aos participantes da banca avaliadora Amanda Oliveira e Neftali Carreno. 
Esta vitória também é de vocês. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
iv 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder entusiasmo”. 
(Winston Churchill) 
 
v 
 
 
 
 
Sumário 
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 2 
2. OBJETIVO ........................................................................................................... 4 
3. Revisão Bibliográfica ............................................................................................ 5 
3.1. História do vidro (Barros, 2010)...................................................................... 5 
3.2. Composição ................................................................................................... 6 
3.2.1. Sílica vítrea .............................................................................................. 7 
3.2.2. Silicatos alcalinos .................................................................................... 7 
3.2.3. Sodo-Cálcicos; ......................................................................................... 8 
3.2.4. Vidro ao chumbo ...................................................................................... 8 
4. Têmpera ............................................................................................................... 9 
4.1. Têmpera ......................................................................................................... 9 
4.2. Manuseio do vidro temperado ...................................................................... 10 
4.3. Cuidados do processo .................................................................................. 10 
4.4. Processo de Têmpera .................................................................................. 11 
4.5. Processamento dentro da empresa ............................................................. 15 
5. MEIO AMBIENte ................................................................................................ 19 
5.1. Resíduos sólidos no Brasil ........................................................................... 19 
5.2. Reciclagem................................................................................................... 21 
5.3. Sustentabilidade ........................................................................................... 22 
5.4. Reciclagem de vidro ..................................................................................... 23 
5.5. Benefícios da reciclagem de vidro ................................................................ 24 
5.6. Processo de reciclagem do vidro ................................................................. 25 
6. ESTUDO DE CASO ........................................................................................... 25 
6.1. Histórico da Empresa CIA DO ALUMÌNIO ................................................... 25 
6.2. Etapas do Processo do vidro temperado dentro da empresa ...................... 26 
6.3. Dados Coletados .......................................................................................... 28 
6.4. Análise dos Dados ....................................................................................... 29 
7. Discussão de Alternativas .................................................................................. 31 
8. Considerações finais .......................................................................................... 33 
9. Bibliografia ......................................................................................................... 34 
 
vi 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1 Janela externa com vidro temperado ............................................................ 2 
Figura 2 Box para banheiro em vidro temperado ........................................................ 3 
Figura 3 ilustração do processo de fabricação de vidro Float .................................... 7 
Figura 4 Vidro Float quebrado ..................................................................................... 9 
Figura 5 Vidro float após a quebra ............................................................................ 16 
Figura 6 Fragmentos de vidro temperado após a quebra.......................................... 18 
Figura 7 Destinação de resíduos sólidos urbanos no Brasil ...................................... 24 
Figura 8 Fluxograma do processo de recebimento do vidro temperado ................... 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
vii 
 
 
 
 
 
Tabelas 
Tabela 1 Relação de espessura e número minimo de fragmentos ........................... 15 
Tabela 2 Disposição final de resíduos sólidos na região sul em Ton/Dia .................. 20 
 
viii 
 
 
 
RESUMO 
 
Este trabalho de conclusão de curso apresenta o estudo de caso das 
dificuldades acometidas pelas pequenas empresas na utilização e processamento 
de vidro temperado diretamente em seus produtos como recortes e acabamentos. 
O vidro temperado é altamente utilizado em esquadrias e na construção 
civil e seu uso acarreta algumas dificuldades de manuseio e manufatura por meio de 
empresas de pequeno porte devido ao acumulo de tensão resultante do processo de 
têmpera. 
 
Palavras-chave: Vidro, Vidro temperado, Esquadrias.
1 
 
 
 
ABSTRACT 
 
This bachelor conclusion paper presents the case study of the difficulties faced by 
small companies when using and processing tempered glass directly in their products 
as cutouts and finishes. 
The tempered glass is highly used in frames and openings and its use entails 
some difficulties of handling and manufacturing by small companies due to their 
residual stress related to the quenching process. 
Keywords: Glass, Tempered glass, frames. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
Atualmente a busca por produtos funcionais, resistentes e esteticamente 
atraentes vem aumentando conforme as necessidades do consumidor final, em 
especial se tratando de esquadrias, a procura por materiais adequados às 
necessidades do consumidor é muito alta. A cada dia que passa o senso de estética 
muda seguindo as tendências de mercado e os produtores precisam adequar-se a 
essa realidade. 
 Visando qualidade, aceitação estética e durabilidade, o vidro se deu 
como principal escolha para a utilização onde se é necessário um material 
translúcido e impermeável, largamente utilizado em aberturas e esquadriasdesde o 
inicio dos tempos. O vidro é um dos materiais mais antigos feito pelo homem e vem 
sendo utilizado desde o inicio dos primeiros registros históricos (Oswando Luiz 
Alves, 2001). 
 O vidro como um material translúcido em sua maioria, tem a vantagem 
estética se comparado a outros materiais o que faz com que este material seja 
altamente utilizado na indústria de esquadrias e aberturas além de possibilitar um 
acabamento altamente estético, sendo vantajoso quando se tem por fim a passagem 
de luz. O vidro por ser translúcido é largamente utilizado em esquadrias como 
janelas externas, portas externas, e box de banheiro, como mostrado nas figuras 1 e 
2. 
 
Figura 1 Janela externa com vidro temperado 
Fonte:www.vidracariaeesquadrias.com.br/preco-janela-de-vidro-temperado-tatui (acesso: 10 de 
setembro de 2017) 
 
3 
 
 
 
 
Figura 2 Box para banheiro em vidro temperado 
Fonte:http://www.inovabetimvidracaria.com.br/box-para-banheiro-em-juatuba-lo-horizonte ( Acesso:10 
de setembro 2018) 
 
 Com a utilização do vidro de forma tão direta ao público, alguns 
propriedades físicas do vidro foram alteradas por meio de tratamentos para a 
melhora de algumas características desse material, com amplo destaque a aquelas 
relacionadas à segurança. 
 O vidro em sua forma mais simples apresenta como característica 
principal a fragilidade e sua quebra pode oferecer riscos à integridade física do 
consumidor. Para que o risco seja amenizado é necessário que o vidro passe pelo 
processo de têmpera, deixando-o mais resistente a quebra devido à sua modificação 
estrutural. Desta forma sua quebra torna-se menos nociva ao consumidor. Por outro 
lado, a maior resistência do vidro temperado devido à modificação estrutural acarreta 
maior dificuldade de processamento. (Barros, 2010) 
O trabalho de conclusão de curso tem como principal finalidade 
apresentar um estudo de caso que contabiliza as dificuldades de processamento 
vivenciadas por algumas empresas na utilização e manuseio de vidros temperados. 
4 
 
 
 
2. OBJETIVO 
Este trabalho tem como finalidade levantar as dificuldades na utilização 
do vidro temperado em empresas de pequeno porte, a pesquisa foi realizada em 
uma empresa no interior do Rio Grande do Sul, onde o segmento da indústria de 
esquadrias vem tomando grande proporção devido a demanda do estado, com isso 
a utilização do vidro temperado vem sendo muito empregada, com este estudo 
podemos observar as dificuldades e discutir possíveis melhorias a serem feitas 
dentro da realidade das empresas de pequeno porte. 
Neste estudo serão abordadas a estrutura, principais utilizações na 
indústria de esquadrias, vantagens e desvantagens, e questões ambientais do 
material em questão. 
 Este estudo trará também uma relação de consumo, cuidados com 
estoque e perdas pelo manuseio deste material. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
3.1. História do vidro (Barros, 2010) 
 Segundo os fenícios, após o retorno de uma viagem ao Egito, ocorreu 
uma parada em Sidom, cidade localizada no Líbano. Ao chegar às Margens do Rio 
Belus pousaram os sacos contendo trona que carregavam em suas costas. Trona é 
um carbonato de sódio natural muito utilizado para o tratamento de lã. No intuito de 
cozinhar seu alimento acenderam uma fogueira e utilizaram a trona para servir de 
apoio ao cozimento dos alimentos, ao deixar o fogo em contato com a trona pela 
manhã perceberam algumas formações brilhantes e transparentes que se 
assemelhavam a pedras preciosas. 
 Os fenícios sem entenderem o que havia ocorrido pensaram ser algo 
sobrenatural. Porém, um sábio chamado Zilu percebeu que os montes de trona 
haviam sido substituídos pelas formações transparentes, decidindo então acender 
novamente o fogo. Logo percebeu que um líquido viscoso começou a correr pelo 
contato entre as chamas e os montes de trona. Com sua faca Zilu tocou o líquido 
viscoso que se solidificou, formando-se assim o vidro. 
 De acordo com o historiador Plinio que viveu entre 23 á 79 d.C., foram 
encontradas pinturas em cavernas mostrando que por volta de 4000 a.C. o vidro já 
seria utilizado pelos homens das cavernas em pontas de lanças flechas e facas, a 
forma de vidro empregada era uma espécie de vidro natural chamado de obsidianas. 
 Já os egípcios utilizavam formas de vidros artificiais por volta de 
12.000 a.C. em formato de esfera e em 7.000 a.C. em forma de um amuleto verde 
e após isso com confecção na pequenos vasos de vidro primitivos. 
 O vidro até a época citada eram confeccionados e moldados em cima 
de montes de areia, o resultado era pedaços grandes e foscos com acabamento 
primitivo. 
 O vidro transparente foi descoberto pelos árabes que o vendiam para a 
Europa e fundou-se um monopólio imponente pela sua alta procura pela indústria 
bélica, até que no ano de 1612 foi publicado o livro “Laerte Vetraria” o que divulgou a 
técnicas de produção do vidro e difundiu-se o consumo do vidro em todo o mundo. 
 Ao longo dos anos, o vidro sofreu alterações e foi utilizado para 
diferentes fins. Em 1500 a.C. o vidro era utilizado unicamente como adorno, os 
6 
 
 
 
vasos eram feitos a partir de filetes de massa de vidro fundido enrolados em um 
molde de cerâmica o que tornava o processo caro e trabalhoso. 
 Por volta de 300 a.C. foi descoberta a técnica do sopro, que consiste 
em soprar através de canos uma massa de vidro fundido para que o ar entre pela 
massa, assim, dando forma ao material. Essa técnica revolucionou o modo de 
fabricação de peças de vidro e é uma técnica usada até hoje. 
 Na idade média, como era comum a população não ser alfabetizada, o 
vidro era utilizado para contar histórias através dos vitrais. Estes eram feitos pela 
técnica de sopro sobre superfícies planas, resultando em placas lisas de vidro. 
Alguns vitrais contavam histórias sobre o processo do vidro que era passado por 
gerações. 
 Em 1200 d.C foi descoberto um tipo de vidro que era altamente 
transparente e teve o nome de cristallo pela sua semelhança ao cristal. 
 Na era cristã foram produzidos lentes, espelhos e prismas ópticos. 
Com o passar do tempo, a preocupação com a qualidade do vidro foi aumentando o 
que provocou um estudo maior a respeito de composição e processamento. 
 A partir do vidro mais translucido foi possível a utilização do mesmo 
em vários inventos modernos como o binóculo, telescópio e vidrarias que 
proporcionaram uma melhora no estudo da química. (Apostila de vidros, 2010). 
3.2. Composição 
Os vidros são um grupo familiar de cerâmicas, os recipientes, as lentes e 
a fibra de vidro representam aplicações típicas do vidro. Vidros são silicatos não 
cristalinos que possuem outros óxidos notadamente, CaO, Na²O, K²O e Al²Õ³, os 
quais influenciam as propriedades. Um vidro de Cal de soda típico consiste em 
aproximadamente 70% de p SiO² e o resto é uma mistura de Na²O e CaO. 
Possivelmente a característica mais típicas deste material é a 
transparência e a facilidade de processamento. (Callister, 2012) 
 O vidro é um material utilizado em vários segmentos da indústria e por 
isso atualmente é possível encontrar diversas composições adequadas às 
necessidades do consumidor. Alguns aditivos são capazes de modificar as 
propriedades do material, e alguns estudos o classificam de acordo com sua 
composição. 
7 
 
 
 
 O vidro comum, também chamado de float pode ser composto de 
sílica, potássio, alumina, sódio, magnésio e cálcio. Esses compostos são misturados 
e aquecidos com o auxilio de um forno até que essa mistura torne-se uma massa 
fundida com temperatura controlada de até 1600ºC, a massa passa por uma piscina 
de estanho tomando a forma de lâminas de vidro. A lâmina de vidro é então resfriada 
de maneira controlada para que não haja choque, o que afetaria a estrutura do 
produto, por fim esta lâmina é inspecionada e cortada em chapas que são 
empilhadas,como é ilustrado na figura 3. (Manual técnico do vidro plano – Abrividro, 
2017) 
 
Figura 3: ilustração do processo de fabricação de vidro Float -Abividro 
Fonte: Manual técnico do vidro plano para edificações- Abividro 
 
 A partir deste processo de fabricação são obtidas chapas de vidro com 
espessura variando de 2mm até 25mm, e em tonalidades incolor, verde, bronze e 
cinza. A partir deste processo é possível obter diferentes tipos de vidro, variando a 
sua composição, alguns exemplos serão explicados a seguir. 
3.2.1. Sílica vítrea 
 Sílica vítrea é um tipo de vidro altamente puro e com o coeficiente de 
expansão térmica muito baixo usado em fibras óticas e vidros sujeitos a grande 
variação térmica como vidro de janelas de veículos espaciais, uma mistura de sílica 
e cristais de quartzo são aquecidas acima do ponto de fusão da sílica (em trono de 
1725ºC) por sua natureza de rede tridimensional o processo de fusão é muito lento, 
o resultado é um vidro tão viscoso que qualquer bolha obtida no processo não é 
capaz de ser eliminada sozinha após o banho. (Akerman, 2000) 
3.2.2. Silicatos alcalinos 
 Para diminuir a viscosidade da sílica vítrea foi necessário adicionar um 
modificador de rede. Os óxidos alcalinos servem como modificador de rede para que 
se “amoleça” essa estrutura através da geração de oxigênios não-pontantes 
8 
 
 
 
 Os óxidos alcalinos são incorporados à mistura do vidro em uma 
temperatura abaixo da temperatura de fusão da sílica. Após o resfriamento é 
formado um vidro com menor resistência química e, dependendo da quantidade de 
silicato, o vidro torna-se solúvel em água, tendo assim utilidade na indústria de 
produtos de limpeza e películas protetoras. (Akerman, 2000) 
3.2.3. Sodo-Cálcicos; 
 Pensando em diminuir a solubilidade dos vidros silicatos alcalinos são 
adicionados fluxos estabilizantes ao invés de modificadores de rede. Os fluxos 
estabilizantes mais utilizados são o òxido de cálcio e o óxido de magnésio. 
 A composição desse vidro sodo-cálcico obedece uma margem estreita 
de proporção (8-12% de óxido de cálcio e 12-17% de óxido alcalino) pois, se 
aumentar a quantidade de cálcio, o vidro tende a cristalizar no processo de 
fabricação, e se o teor de óxido alcalino for muito elevado o vidro terá baixa 
durabilidade química. (Akerman, 2000) 
3.2.4. Vidro ao chumbo 
 O chumbo pode ser usado na fabricação do vidro como um formador 
de rede. Vidros alcalinos ao chumbo possuem uma longa faixa de trabalho e por isso 
tem sido utilizado para peças refinadas ou artísticas. 
 O chumbo aumenta o brilho do vidro através do aumento de refração 
de luz, o que o torna mais brilhante, tornando-se assim o cristal. 
 Devido ao fluxo do óxido de chumbo não diminuir a resistividade 
elétrica esse vidro pode ser utilizado como funil de tubo de televisão em cores. 
(Akerman, 2000). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
4. TÊMPERA 
4.1. Têmpera 
 O vidro é um material muito versátil e seu uso foi sendo aprimorado 
com o passar dos anos. A medida em que este material foi sendo aplicado em 
diferentes produtos percebeu-se a necessidade de adequar este material a novos 
fins. O vidro sem um controle de processamento tem suas propriedades baixas 
quanto ao assunto de resistência física o que o impedia de ser aplicado em 
diferentes formas. 
 O vidro float também conhecido como vidro comum tem como 
característica ser transparente, de superfície lisa e com dureza considerável. Porém, 
o vidro float é quebradiço, com baixa resistência mecânica e sua quebra resulta em 
pedaços afiados que resulta em risco para o consumidor final, como ilustrado na 
figura 4. (Vidros, 2017) 
 
 
Figura 4 Vidro float quebrado 
Fonte:(segurancadotrabalho2009.blogspot.com/2009/06/fique-atento-vidro-quebrado.html) (acesso: 
17 de setembro 2018) 
 Na construção civil um dos vidros que possui maior utilização é o vidro 
temperado devido suas propriedades mecânicas e de quebra que proporciona 
10 
 
 
 
segurança para o consumidor final, o vidro temperado é considerado um vidro de 
segurança, pois após o seu processo de tempera suas propriedades mecânicas 
aumentam significativamente e sua quebra forma pedaços uniformes com arestas 
mais polidas e menos afiadas, isso é possível a partir da modificação da estrutura do 
vidro através da manipulação da temperatura. 
 O vidro temperado é altamente utilizado na indústria em janelas, box 
para banheiro e aberturas em geral, a propriedade estética que o vidro temperado 
apresente é de grande interesse nesse tipo de indústria, a busca por um material 
translucido, com alta resistência mecânica e seguro para o consumidor final é muito 
grande e isso torna a indústria cada vez mais competitivas neste segmento. O vidro 
laminado requer um cuidado especial em sua montagem, apesar de suas 
propriedades mecânicas serem altamente vantajosas para eu uso o seu manuseio 
se torna delicado e sendo facilmente levado a falhas, durante a instalação deste 
material é muito importante seguir corretamente todos os passos com cuidado, caso 
o contrario não é possível à realização de cortes, lixamentos ou ajustes. (Vidros, 
2017) 
4.2. Manuseio do vidro temperado 
 O vidro temperado é um material muito utilizado na indústria por 
possuir maior resistência mecânica, térmica e maior segurança quando comparado 
ao vidro comum, pois, quando ocorre a quebra o material, o que promove mais 
segurança para o consumidor, evitando lesões e cortes no caso de algum acidente 
com o produto final. No entanto, o manuseio desde material pelas empresas deve 
passar por um cuidado rigoroso para que se evite o defeito do mesmo. 
4.3. Cuidados do processo 
 Antes de sua instalação, o vidro temperado deve passar por uma 
inspeção logo após o tratamento de tempera, pois, qualquer defeito de 
processamento pode ser fatal para a integridade da peça. Caso alguma micro bolha 
seja formada no interior do material, este apresentará tensões residuais, o que 
proporciona a quebra do material. A lâmina de vidro float antes mesmo de ser 
submetida ao processo de manipulação térmica para que se torne a lâmina de vidro 
11 
 
 
 
temperado, deve ser dimensionada de acordo com as especificações para cada 
produto, e o processo de corte da peça deve ser feito após o tratamento. Pequenas 
empresas de esquadrias não possuem fornos, por isso não há capacidade para este 
tipo de processo dentro de suas instalações, o que dificulta ainda mais o processo, 
pois os vidros devem ser dimensionados previamente antes da compra das lâminas. 
Qualquer erro de dimensionamento pode colocar em risco toda a peça, o que causa 
prejuízo para as empresas e várias lâminas mal dimensionadas estocadas e sem 
uso. 
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) o 
manuseio das peças de vidro temperado deve obedecer aos seguintes critérios; 
 As chapas de vidro devem ser manuseadas sem permitir a 
ocorrência de injurias mecânica em suas superfícies ou bordas; 
 As chapas de vidro devem ser transportadas ou armazenadas 
com inclinação de 6% a 8% em relação ao plano vertical; 
 As chapas armazenadas ou transportadas devem ser 
intercaladas com materiais que protejam suas superfícies; 
 As chapas de vidro temperado devem ser armazenadas em 
locais livre de contaminação química e poeira para que se evite o surgimento 
de condensações ou contatos físicos que podem danifica-la; 
 As chapas devem ser identificadas com suas dimensões bem 
como conter símbolos convencionais de manuseio, proteção contra umidade 
e choque mecânico. (NBR 14698) 
4.4. Processo de Têmpera 
 O processo de têmpera consiste no aumento de tensão do material de 
forma controlada, se colocada à parte externa do vidro em alta compressão obtemos 
as partes internas do material em tração, este processo proporciona ao vidro maior 
resistência mecânica. 
 Como rachaduras são impossibilitadas de se originarem no interior dovidro, este pode ser mantido sobre tração e seu exterior sobre compressão, logo, 
resistirão muito mais a impactos e abrasões. 
12 
 
 
 
 Existem vários métodos pelos quais a superfície do vidro pode ser 
colocada sobre compressão: 
 Têmpera térmica. 
 Pela cristalização da superfície do vidro. 
 Revestindo a superfície vítrea com material de menos 
expansão. 
A têmpera térmica consiste no aquecimento do vidro até seu posto de 
amolecimento, e logo em seguida no resfriamento rápido até a temperatura 
ambiente. As camadas superficiais atingem a temperatura ambiente e 
imediatamente param de contrair, assim o interior do material ainda quente sente a 
restrição exercida pelas camadas exteriores, o que faz com que as camadas 
internas fiquem sobre tensão e exercendo grande compressão nas camadas 
externas. (Maia, 2003) 
 O resfriamento usualmente tem a velocidade de 40 segundo por 
milímetro de espessura e o processo de têmpera térmica pode ser por técnica 
vertical ou horizontal como explicado no decorrer deste trabalho. 
 A têmpera química pode ocorrer por várias maneiras, em um caso o 
coeficiente de expansão térmica é reduzido por uma combinação de uma troca 
iônica e cristalização superficial. 
 A temperatura do processo está ligada a grandeza da tensão 
introduzida. 
 Pela cristalização de superficie os vidros com alto teor de sódio são 
imersos em um banho de um sal de lítio, fundido a uma temperatura suficiente para 
o lítio alcalino se difundir e aliviar qualquer tensão introduzida pelo fluxo viscoso. 
Posteriormente um tratamento térmico faz cristalizar na superfície eucriptita de baixo 
coeficiente de expansão, causando uma tensão compressiva. (Maia, 2003) 
 
13 
 
 
 
 No processo de revestimento, o vidro é revestido por uma camada de 
uma expansão térmica mais baixa que o vidro matriz, assim quando ocorrer a 
expansão do vidro, a camada com a capacidade de expansão térmica menor irá 
aumentar a compressão da camada externa do vidro. (Maia, 2003) 
Na indústria o processo de têmpera é feito respeitando as normas da 
Associação Brasileira de Normas técnicas (NBR 14698), respeitando limites de 
dimensões e ensaios tanto de resistência mecânica, térmica e de propriedades 
ópticas. 
 Segundo as normas da ABNT o vidro precisa passar por normas que o 
regulamenta para que possa ser fabricado e utilizado na indústria, entre os ensaios e 
normas obrigatórios estão; 
 Anisotropia (efeitos de polarização): característica ótica do vidro 
temperado inerente ao processo de têmpera. 
 Fragmentação do vidro temperado: tipo característico de quebra 
de chapa de vidro provocada pelo desequilíbrio das tensões, originando 
pequenos fragmentos. 
 Identificação: marcação indelével efetuada junto à borda do 
vidro com o objetivo de identificar fabricante e/ou características da chapa de 
vidro. 
 Linha branca: linha de aparelhos eletrodomésticos de maior 
porte como fogões, geladeiras, secadoras etc. 
 Marcas de pinça: depressões pontuais na chapa de vidro 
resultante do processo vertical de tempera localizada próximo as bordas. 
 Vidro de segurança: cujo processo de fabricação reduz os 
riscos de ferimentos após a quebra. 
 defeitos: bolhas, corpos estranhos, manchas, defeitos lineares, 
fios de cabelo, riscos ou arranhões e defeitos pontuais. 
 Os ensaios devem obedecer a alguns requisitos em relação à 
quantidade e dimensão de corpos de prova. As deformações causadas pelo 
processo de têmpera vertical em decorrência das pinças devem respeitar o máximo 
14 
 
 
 
de 20mm a partir da borda, esta deformação pode causar uma deformação do efeito 
ótico de até 100 mm, o máximo permitido pela norma. 
 O vidro temperado é o resultado de um tratamento térmico em uma 
lâmina de vidro float., O processo de fabricação do vidro float foi explicado 
anteriormente. 
 A chapa de vidro float passa pela etapa de corte geralmente 
motorizado com dimensões especificas pré-determinadas pelo fabricante, de acordo 
com as encomendas (as lâminas de vidro temperado podem resultar em vários 
tamanhos e formatos diferentes). As lâminas são separadas manualmente e 
colocadas individualmente em maquinas polidoras para que se acertem as bordas e 
para eliminar pontas cortantes. As chapas são transferidas para uma segunda 
unidade de corte para que sejam feitas marcações e furos, conforme especificações 
do fabricante. 
 As chapas finalmente cortadas, lixadas e com suas demais marcações 
passam por um processo de limpeza que pode ser manual ou mecanizado. Em 
seguida todas as lâminas são posicionadas verticalmente em uma esteira para que 
sejam inseridas ao forno aquecido com temperatura de 700ºC, o que fornece ao 
vidro uma coloração avermelhada e com maior viscosidade. Após esse processo de 
aquecimento, as chapas são levadas a outra esteira de sopro para que sejam 
esfriadas a temperatura ambiente, sendo que esse processo é considerado como 
um processo de resfriamento brusco. Logo após o esfriamento, as chapas recebem 
identificação, e são armazenadas conforme a norma NBR 14698. 
 O processo de têmpera também pode ser de forma vertical, tendo 
algumas diferenças em seu processo. As chapas são presas com auxilio de pinças 
próximo às bordas em posição vertical, são aquecidas em forno da mesma maneira, 
porém o resfriamento é feito a uma distancia considerável dos sopradores à 
temperatura ambiente, o que faz com que os vidros de dimensões diferentes 
resfriem com velocidades diferentes o que está diretamente relacionado com a 
fragmentação do material. A fragmentação do vidro é basicamente a quantidade de 
fragmentos em que o material se separa após a quebra, segue o exemplo da tabela 
abaixo. (setglass, 2014) 
15 
 
 
 
Normas de fragmentação segundo a NBR 14698 
Tabela 1 Relação de espessura e número minimo de fragmentos 
 
Fonte: (abravidro.org.br/punoticias/qual-o-desempenho-correto-da-fragmentacao-do-temperado/) 
(acesso: 15 de outubro 2018) 
 
4.5. Processamento dentro da empresa 
 Dentro do segmento empresarial o vidro temperado é vastamente 
utilizado principalmente no ramo de esquadrias, este tipo de indústria trabalha 
diretamente com o consumidor final com a venda de produtos como janelas, portas, 
portões e box de banheiro. 
 A indústria de esquadrias vem ganhando grande notoriedade devido a 
tamanha demanda do consumidor, o que torna o ramo muito competitivo e assim, 
várias empresas pequenas e familiares são construídas o que aumenta a 
competitividade. 
 No segmento de esquadrias existem vários obstáculos que afetam a 
parte financeira das mesmas, uma delas é o desperdício de peças e materiais não 
utilizados e descartados, este tipo de problema se torna complexo para as 
empresas, pois, não só o desperdício de dinheiro com as peças não utilizadas e 
“encalhadas” nos deposito, mas também a falta de espaço e condições de 
armazenagens para que o material não sofra injurias de contaminações e sujeira o 
que pode trazer ainda mais prejuízos com a possível perda das peças. 
 O desperdício de material também causa um impacto ambiental, pois, 
a empresa é diretamente responsável pelo descarte desse material que devem 
16 
 
 
 
obedecer a lei Lei n.º 12.305/2010 que regulamenta o descarte de resíduos sólidos 
não radioativos. 
 O uso do vidro temperado possui propriedades mecânicas e óticas 
ideais para o uso em janelas, portas e box de banheiro, pois, possui maior 
resistência mecânica, é translucido e é um vidro de segurança, ou seja, ele possui 
maior segurança em relação ao vidro comum após a quebra. 
 O vidro comum também chamado de vidro float no momento de sua 
quebra provoca estilhaços de tamanhos distintos, com arestas afiadas e partes 
pontiagudas o que pode provocar escoriações e cortes em caso de acidentes, 
mesmo sendo um material translucido e impermeável possui vários riscos para a 
utilização em produtos que sejam sujeitos a pressão, esforços mecânicos evariação 
térmica em função do clima. (ecycle.com.br -2018) 
 
Figura 5 Vidro float após a quebra 
Fonte:www.dreamstime.com/stock-photos-shards-shattered-glass-image25348023 (acesso: 18 
setembro 2018) 
 
17 
 
 
 
 Buscando as propriedades necessárias para uso em aberturas e 
esquadria foi utilizado o vidro temperado, este material com as mesmas propriedade 
óticas e impermeáveis que o vidro comum, porém com maior resistência mecânica e 
térmica o que faz o vidro temperado o material mais adequado para a utilização em 
aberturas e esquadrias que por sua vez estão sujeitas a intemperismos climáticos e 
esforços mecânicos e impactos. 
 As vantagens da utilização do vidro temperado em esquadrias se dão 
principalmente por ser um material seguro em caso de acidentes, quando ocorre a 
quebra do vidro temperado ao contrario do vidro comum, sua quebra se da por 
completo não restando pontas afiadas presas ao produto o que impede que ocorram 
lesões e cortes indesejados. (Akerman, 2000) 
 O vidro que passa pelo processo de têmpera recebe uma alteração na 
tensão interna a expandindo e comprimindo a face externa por causa da 
manipulação térmica, com velocidade de resfriamento considerada brusca o material 
sofre um acumulo de tensões o que faz com que quando ocorra a quebra o vidro 
divida-se em pedaços pequenos e com arestas polidas e não cortantes, a velocidade 
de resfriamento esta relacionado na quantidade de divisões destes cristais 
(Akerman, 2000). 
 
18 
 
 
 
 
Figura 6 Fragmentos de vidro temperado após a quebra 
Fonte: viminas.com.br/blog/vidro-temperado-quebra (acesso: 18 de setembro 2018) 
 Este material possui grandes vantagens para a sua utilização neste 
segmento da indústria, porém, as fabricas que fazem a utilização deste material 
enfrenta um grande desafio no momento de seu manuseio e sua instalação nas 
esquadrias, um dos principais problemas é causado por sua conformação que 
impede que o vidro temperado seja cortado e furado após a têmpera, isso pode 
causar quebras e prejuízos com este material se não for manuseado por um 
profissional capacitado. 
 Empresas de esquadria e aberturas compram o material de empresas 
especializadas, pois, o processo de têmpera do vidro necessita equipamentos como 
fornos e cilindros de secagem o que poderia encarecer ainda mais o produto final, 
com gasto de equipamentos e energia. 
 As dimensões do material precisam ser previamente fornecidas para 
que ocorra o corte das laminas de vidro anteriormente ao processo de tempera, isto 
torna o processo de fabricação das esquadrias mais lento o que para o consumidor 
final acaba sendo desconfortável. (Akerman, 2000). 
19 
 
 
 
5. MEIO AMBIENTE 
5.1. Resíduos sólidos no Brasil 
A quantidade de resíduo sólido urbano gerado no Brasil no ano de 2017 é 
de 78,4 milhões de toneladas no ano, cerca de 1% a do que o registrado no ano de 
2016. O montante coletado em 2017 foi de 71,6 milhões de toneladas, registrando 
um índice de 91,2%, o que mostra que 6,9 milhões de toneladas não foram objeto de 
coleta, ou seja, tiveram um destino final inapropriado. 
 Segundo o Panorama Abrelpe o destino dos resíduos sólidos urbanos 
coletados não obtiveram melhores resultados, quando comparados ao ano de 2016, 
59,1% dos resíduos sólidos urbanos coletados dispostos em aterros sanitários. 
 O restante, 40,9% dos resíduos coletados, foi despejado em locais 
inadequados por 3.352 municípios brasileiros, totalizando 29 milhões de toneladas 
de resíduos em lixões ou aterros controlados, os quais não possuem o conjunto de 
sistemas e medidas necessárias para a proteção do meio ambiente. (Panorama dos 
resíduos sólidos no Brasil, 2017) 
 Na região sul foram gerados 22,429 toneladas/dia de resíduos sólidos 
urbanos, dos quais 95,1% foram coletas. 
 Dos resíduos coletados na região 29,8% foram encaminhados para 
aterros controlados e lixões. 
 Os 1.191 municípios da região sul que possuem a coleta seletiva, 
aplicaram em 2017 uma média de R$8,20 por pessoa na coleta de resíduos sólidos 
urbanos e demais serviços de limpeza urbana. O mercado de serviços de limpeza 
urbana movimentou quase R$3,3 bilhões, registrando aumento de cerca de 3,6% em 
relação a 2016. (Panorama dos resíduos sólidos no Brasil, 2017) 
 
 
 
20 
 
 
 
Tabela: Disposição final de resíduos sólidos urbanos na região sul em 
Ton/Dia 
Tabela 2 Disposição final de resíduos sólidos na região sul em Ton/Dia 
 
Fonte: (Panorama dos resíduos sólidos no Brasil, 2017) Acesso: 02 de Dezembro 2018) 
Atualmente no Brasil a Lei 12305 a chamada, lei politica nacional dos 
resíduos sólidos fomenta as normas a serem seguidas quanto ao destino dos 
rejeitos, resíduos orgânicos e resíduos sólidos. 
 Segundo a Lei 12305 resíduos sólidos é material, substância, objeto 
ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, cuja 
destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder nos 
estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos 
cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede publica de esgotos 
ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente 
inviável em face da melhor tecnologia disponível. (Brasil, 2010) 
 A mesma lei também classifica rejeito como resíduos sólidos que, 
depois de esgotadas todas as suas possibilidades de tratamento e recuperação por 
processos tecnológicos e tecnicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade 
que não a disposição final ambiental adequada. 
 Consta no Art 9º da Lei 12305 a seguinte ordem de prioridade para o 
gerenciamento de resíduos sólidos. Não geração, redução, reutilização, reciclagem, 
tratamento de resíduos sólidos e disposição final ambiental adequada de rejeitos. 
21 
 
 
 
5.2. Reciclagem 
As demandas em relação aos recursos naturais do planeta estão 
aumentando a cada dia, além disso, os níveis de poluição estão cada vez maiores. 
As decisões tomadas na engenharia de materiais tem impacto sobre o consumo de 
matérias primas e de energia, sobre a contaminação da água e da atmosfera, sobre 
a saúde humana, a mudança global do clima e a capacidade de o consumidor 
descartar ou reciclar os produtos consumidos. A qualidade de vida para gerações 
atuais e futuras dependerá, de como essas questões são abordadas pela 
comunidade mundial de engenharia. (Callister, 2012) 
 Segundo a Associação Nacional de vidraçarias (www.anavidro.com.br, 
2018), o mercado ainda não possui um comercio amplo destinado às cacos ou 
sobras de vidro da indústria. Segundo Vânia Feliz, gerente administrativa da 
empresa New Temper, a melhor opção para o destino destes cacos é a reciclagem. 
 No Brasil, existem várias empresas destinadas à reciclagem de vidro 
como a Divinal Vidros, New Temper, BrazilGlass e Pestana Vidros. 
 A vantagem na contratação destas empresas se da pela reutilização 
deste material, o que é importante para a economia dos bens naturais e energia 
gasta pela indústria de vidro (ZARAMELLA, 2016) 
 A reciclagem inicia-se na coleta e separação do material, em seguida é 
feita a limpeza e moagem do material, este material é aquecido em fornos á 
temperatura acima de 1000ºC, logo após passa pelo resfriamento e, por fim, torna-
se uma chapa lisa de vidro. 
 A importância da reciclagem do vidro é bem significativa, pois o vidro é 
um material que demora cerca de cinco mil anos para se decompor. Portanto, a 
reciclagem diminui consideravelmente o volume de vidro sem uso. (ECYCLE, 2017). 
 O vidro temperado, em resumo, é um vidro float que passou por um 
processo de manipulação térmica chamada de tempera, isso faz com que seja 
possível a reciclagem deste material sem grandes problemas. 
22 
 
 
 
 Entretanto, o vidro reciclado não é recomendado para a utilização 
como matéria prima pois, segundo ao site de reciclagem eCycle, alguns estudos 
comprovam a alteração da viscosidade dovidro após o seu processo de reciclagem. 
5.3. Sustentabilidade 
 Para tratar sobre sustentabilidade, é necessário nos aprofundar nas 
três dimensões do desenvolvimento sustentável, economia, social e ambiental. 
 O chamado tripé da sustentabilidade tem grande importância no 
momento em que vamos tratar de sustentabilidade. Os três pilares que tratam de 
aspectos econômicos, aspectos sociais e ambiental, devem interagir para que se 
satisfaça o conceito de sustentabilidade. 
 Estes conceitos devem ser aplicados de forma macro como, no pais ou 
planeta, como micro, dentro de casa ou uma pequena vila agraria. 
 Social trata de capital humano de um empreendimento ou sociedade. 
Esta perna do tripé, como nos outros itens, é importante pensar a longo, médio e 
curto prazo. A princípio todas as práticas econômicas tem impacto ambiental 
negativo. Neste aspecto a empresa ou a sociedade deve pensar formas de amenizar 
ou compensar o que não poder ser amenizado. Uma empresa que usa madeira 
como matéria prima deve pensar em um modo de diminuir o impacto ambiental da 
sua atividade, como o plantio de espécies nativas na região. 
 Na economia são analisados os temas ligados a produção, distribuição 
e consumo de bens e serviços e deve se levar em conta os outros dois aspectos. 
(lassu laboratoria de sustentabilidade USP, 2018) 
 Na economia o engenheiro de materiais pode minimizar custos de um 
produto, levando em consideração os materiais utilizados, o projeto do componente 
e os processos de fabricação. (Callister, 2012) 
 
23 
 
 
 
5.4. Reciclagem de vidro 
 O material cerâmico mais consumido pelo público em geral é o vidro, 
geralmente na forma de recipientes. O vidro é um material relativamente inerte e não 
se decompõe em condições naturais no meio ambiente, ou seja, não é um matéria 
biodegradável. Aterros e incineradores possuem uma quantidade considerável de 
sucata de vidro. Não há estímulo econômico para a reciclagem do vidro, pois, sua 
matéria prima (areia, soda cáustica e calcário) são baratas e amplamente 
disponíveis. Além disso, os chamados “cacos” de vidro necessitam de uma 
separação por cor, composição e por tipo, o que demanda muito tempo e mão de 
obra. A sucata de vidro tem o valor de mercado muito baixo, o que diminui sua 
reciclabilidade. As vantagens da utilização do vidro reciclado incluem taxas de 
produção maiores e mais rápidas e redução na emissão de poluentes. (Callister, 
2012) 
 A reciclagem sempre foi destaque na indústria vidreira e com novos 
investimentos sendo feitos acabou se popularizando ainda mais nestes últimos anos. 
As vantagens de se reciclar o vidro são incontestáveis, tanto no setor ambiental 
como econômico, o vidro é 100% reciclável, ou seja, com um quilo de vidro se faz 
um quilo de vidro reciclado sem emissão de CO² para o meio ambiente. (ABIVIDRO, 
2010) 
 A reciclagem do vidro pode se dar de três maneiras: 
 Manual: processo de beneficiamento do vidro sem a 
utilização de maquinas, o vidro sem avarias é coletado separado por 
cor e separado de impurezas. 
 Semi-automatizado: neste processo utiliza-se um método 
mais mecanizado, o vidro é separado, triturado e passa por lavagens 
mais completas. 
 Automatizado: a diferença deste processo para o semi-
automatizado é a isenção de interferência humana deste processo, o 
processo de beneficiamento é feito por maquinas do inicio ao fim 
(ABIVIDRO, 2010). 
24 
 
 
 
5.5. Benefícios da reciclagem de vidro 
 A reciclagem de vidro no Brasil é uma forma muito lucrativa de lidar 
com resíduos sólidos mesmo que a prática da reciclagem ainda seja vista como uma 
atividade de subsistência. 
 A instalação de usinas de reciclagem e postos de coleta no Brasil 
agrega na economia produzindo emprego para a população em sua maioria sem 
necessidade de nenhum conhecimento técnico especifico. 
 Além da reutilização total do material, a reciclagem do vidro 
proporciona a diminuição de resíduos descartados na natureza e diminuição de 
emissão de CO² na sua fabricação quando comparado ao processo de fabricação d 
vidro a partir de sua matéria prima. (ABIVIDRO, 2010) 
Atualmente muito pouco do resíduo reciclável no Brasil recebe destino 
adequado, a Figura 7 mostra em números essas informações. 
 
Figura 7 Destinação de resíduos sólidos urbanos no Brasil 
 
Fonte: Abividro, 2010 (Acesso:dezembro 2018) 
 
25 
 
 
 
5.6. Processo de reciclagem do vidro 
 Entende-se como reciclagem o processo do derretimento dos 
chamados cacos de vidro para a fabricação de novos produtos. As garrafas de vidro 
têm aproximadamente 60% de vidro reciclado em sua composição. 
 O vidro é separado por cor e seu preço de mercado varia com sua 
composição, a separação é feita em postos de coleta e cooperativas, o vidro 
separado passa por esteiras que utilizam sensores de luz que identificam corpos 
estranhos e com o auxilio de mecanismos de ar comprimido estes corpos estranhos 
são descartados de forma que o material fique 100% puro. (Cadernos de Educação 
Ambiental , 2013) 
 Após a separação o vidro é triturado até o tamanho de 15mm, 
separado novamente por peso e por opacidade com o auxilio de sensores óticos, 
separação de materiais metálicos através da utilização de sensores magnéticos e 
por fim o derretimento do vidro para a fabricação de novos produtos. (Cadernos de 
Educação Ambiental , 2013) 
 
6. ESTUDO DE CASO 
 Durante o período de estágio em que tive a oportunidade de conviver 
diretamente com a empresa Cia do Alumínio, pude constatar as principais 
particularidades no processo de utilização de lâminas de vidro temperado para a 
fabricação de vidro temperado. 
 
6.1. Histórico da Empresa CIA DO ALUMÌNIO 
 A empresa Vanderlei Machado Da Rosa Esquadrias-ME mais 
conhecida pelo nome fantasia Cia Do Alumínio está localizada na Rua Crispim 
Duarte Gomes, 429 na cidade de Piratini no interior do estado do Rio Grande do Sul, 
é uma empresa familiar. 
26 
 
 
 
 Fundada no ano de 2000, se deu início em apenas uma garagem 
localizada na rua Decio Cipriano D’avila no município de Piratini, fundada pelos 
irmãos Vanderlei Machado da Rosa, Joacir Machado da Rosa e Mirele Machado da 
Rosa iniciaram sua empresa no segmento de esquadrias em alumínio. 
 Sua qualidade proporcionou um crescimento passível de atravessar 
fronteiras do município e se tornar fornecedor de esquadrias em alumínio em várias 
cidades do estado como Pelotas, São Lourenço e Canguçu, apenas com dois anos 
de empresa já ouve a expansão do espaço até então limitação para atender a sua 
demanda. 
 Atualmente a empresa tem como sua principal função a confecção de 
esquadrias em vidro tempera e box para banheiro, possui 5 funcionários entre 
fábrica e loja de esquadrias (http://eufaleipiratinirs.blogspot.com, 2015) 
 
6.2. Etapas do Processo do vidro temperado dentro da empresa 
O trabalho que a empresa realiza com o vidro temperado inicia-se pela 
demanda de mercado, ou seja, a empresa recebe encomendas de esquadrias, 
aberturas e box de banheiro. Após o cálculo das dimensões da peça, é feito a 
encomenda das lâminas de vidro temperado para o fornecedor. 
 A partir do momento em que as lâminas chegam à empresa, elas 
obedecem a seguinte ordem de processo. 
27 
 
 
 
 
Figura 8 Fluxograma do processo de recebimento de vidro temperado 
 O recebimento do das lâminas de vidro é o momento em que o vidro é 
inspecionado, caso o material não corresponda com as exigências previamente 
acordadas com o fornecedor, este carregamento deve ser devolvido de volta ao 
fornecedor para que se corrija o carregamento. 
 Após o vidro ser devidamente inspecionado e conferido pelos 
funcionários da empresa, deve se retirar do caminhão com cuidado, lâmina por 
lâmina. As lâminas são armazenadas em cavaletes intercaladas por pedaços de 
papelão ou panos, com o cuidado de não deixar resíduos de pó entre as lâminas 
para não causar avarias. 
 No processode fabricação das esquadrias, os perfis de alumínio são 
cortados e arrebitados respeitando as dimensões previamente estabelecidas, para 
que as lâminas de vidro temperado sejam colocadas nas esquadrias, as “borrachas” 
devem estar adequadamente encaixadas. As lâminas são encaixadas com cuidado 
e as laminas de vedação são lubrificadas e encaixadas de modo que o vidro fique 
perfeitamente encaixado e sem folgas. 
Com o produto final pronto, ele deve ser lavado para a retirada de poeira 
e marcas no vidro. A peça é separada e identificada para a entrega. Para o 
transporte da peça para o consumidor, a mesma deve ser carregada 
28 
 
 
 
individualmente, presa ao caminhão e com o auxilio de um cobertor, o funcionário da 
empresa protege a peça. 
 Na hora da montagem o processo é semelhante ao recebimento das 
lâminas, a peça em si é analisada na frente do cliente antes de ser montada. 
Enquanto ocorre a montagem é necessário um cuidado especial com as lâminas de 
vidro. Antes de manipular qualquer parte que contenha o vidro, deve-se ter a certeza 
que a superfície está totalmente limpa. 
 
6.3. Dados Coletados 
 Os dados a seguir se mostram úteis para analisar o cenário atual de 
pequenas empresas neste segmento, através de uma entrevista com o Sr Vanderlei 
Machado da Rosa, coletamos os seguintes dados a partir de uma entrevista com o 
Sr Vanderlei Machado, proprietário da empresa CIA DO ALUMÌNIO, foram coletados 
alguns dados importantes, os quais podem descrever o cenário atual de empresas 
do segmento de esquadrias: 
De acordo com o proprietário da empresa, a relação da empresa de 
esquadrias com as empresas fornecedoras de vidro temperado são claras e 
objetivas na maioria das vezes, ocorrendo casos isolados de divergência de 
informações, o que pode afetar o recebimento do pedido. 
Os principais problemas notados pelo proprietário da empresa são em sua 
maioria, a divergência de medidas por parte dos fornecedores, o que não é 
frequente, porém, quando acontece causa um grande transtorno. 
Em média, a compra mensal de vidro temperado pela empresa é cerca de 
50m², porém, a compra está diretamente relacionada a demanda. 
A quantidade de vidro temperado que é contabilizado como perda pela 
empresa fica entre 3% a 10%, o que para uma empresa de pequeno porte é uma 
quantidade considerável. 
Segundo o proprietário da empresa, quando ocorre perda de material, 
novas esquadrias são projetadas para que se adequem às dimensões da lâmina de 
29 
 
 
 
vidro para que esta possa ser comercializada. Do contrário, o material é estocado 
dentro da própria empresa sem nenhum tipo de utilidade. 
O vidro temperado como um material frágil é armazenado da seguinte 
maneira na empresa: o vidro chega em formato de lâminas, que são armazenadas 
em cavaletes de madeira para que as lâminas fiquem em pé, e entre as lâminas são 
colocados pedaços de pano para que o atrito não cause nenhuma perda. 
 
6.4. Análise dos Dados 
 Empresa de pequeno porte tem como característica quase em sua 
maioria a gestão de forma familiar e com sistema simples de organização de gastos 
e entrada e saída de materiais, o que foi possível analisar durante o tempo de 
convivência com a empresa citada de perceber que o controle da compra de 
materiais segue diretamente a demanda de produção, a falta de comunicação dentro 
de uma das fornecedoras deste material muitas vezes se mostra falha o que faz o 
recebimento dos materiais não serem satisfatórios o que acarreta ainda mais 
prejuízo para a empresa. 
 O estoque dos materiais também é um fator importante para o setor de 
compras e setor financeiro da empresa, pois caso os materiais não sejam 
devidamente armazenados e catalogados ocorre o risco da perda de material por 
avaria ou até mesmo compra de materiais desnecessários. De acordo com o cenário 
observado no item anterior, para uma empresa de pequeno porte do ramo de 
esquadrias, um total de perda de 3 a 10% representa uma perda considerável, que 
reflete no preço do produto final. 
 Analisando o cenário de uma empresa pequena no segmento de 
esquadrias, pode-se deduzir que as empresas que possuem fluxo considerável de 
entrada e saída de vidro temperado, possuem dificuldades em condicionar o vidro 
fora de especificações previas a novo uso dentro da empresa. 
30 
 
 
 
 Problemas como falta de capacitação de pessoal, dificuldades de 
processo e problemas de comunicação entre empresa e fornecedores da matéria 
prima foram observados durante este estudo de caso. 
 Durante a experiência junto à empresa, percebeu-se a dificuldade na 
armazenagem dos chamados “cacos”, nome dado as lâminas de vidro que não 
tinham utilidade e ocupavam muito espaço dentro das instalações da empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
 
7. DISCUSSÃO DE ALTERNATIVAS 
 Durante o estudo foi possível perceber que uma das maiores 
dificuldades com a utilização de vidro temperado pelas indústrias é a dificuldade de 
dimensão após o processo de tempera deste material, sendo impossível o corte do 
mesmo, dificilmente será possível adequar o material a peça da esquadria caso as 
dimensões não forem previamente estabelecidas. Pensando nisso, possíveis 
soluções que possam amenizar estes problemas seriam: 
 A comunicação entre as empresas deste tipo de material 
deve ser clara e objetiva, a necessidade do dimensionamento da peça 
previamente necessita que todos os instrumentos de ambas as fabricas 
estejam devidamente calibrados para que não se tenha nenhum tipo de 
erro de dimensionamento, claramente respeitando as margem de 2 mm 
devido ao processo de tempera. Existe também a importância no 
treinamento de funcionários para que se tenha o conhecimento tanto 
da importância de dimensão da peça como o manuseio dos 
instrumentos de medida. 
 Devido a dificuldade de corte, as empresas poderiam 
analisar a possibilidade de aquisição de pequenos fornos para que 
possa de realizar um retorno de tempera (cozimento) na placa de vidro 
para que se evite descarte da peça, claro que deve ser analisado o 
custo de energia e de maquinário para que se possa fazer uma relação 
de economia a médio e longo prazo para que seja vantajoso para a 
empresa. 
 Uma dificuldade que pude constatar no processo do 
vidro, durante minha experiência de estágio é a armazenagem das 
lâminas de vidro, EPIs como luvas, óculos de proteção e botas são 
extremamente necessários. As lâminas de vidro são escorregadias e 
sem o uso de luvas adequadas, podem ocorrer acidentes. As botas 
evitam impactos em caso de queda e os óculos, impedem que os 
“cacos” possam ferir os funcionários. Nem sempre os funcionários 
usam o equipamento adequado mesmo sendo alertados pelo chefe 
frequentemente. 
32 
 
 
 
 Durante o processo de produção das esquadrias, 
qualquer contaminação ou sujeira pode comprometer as lâminas de 
vidro, deve-se ter cuidado ao manipular a lâmina. As lâminas não 
podem ser forçadas no encaixe. 
 Durante o processo de instalação de um box de 
banheiro, por exemplo, se o local não estiver devidamente limpo após 
as perfurações, e alguns grãos de areia ou impureza estiverem na 
banda de rodagem, o vidro se estilhaçara por completo. A necessidade 
da limpeza do local antes e após a instalação é necessária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
 
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Durante este estudo podemos levantar as dificuldades existentes no 
segmento de esquadrias e aberturas com a utilização de vidro temperado. 
As vantagens na utilização do vidro temperado em relação ao vidro float é 
visível neste estudo tanto em sua resistência mecânica como a segurança oferecida 
para o consumidor final. 
 Podemos avaliar que as principais dificuldades são principalmente com 
a capacitação dos funcionários de ambos os segmentos, tanto para a empresa de 
esquadrias com o manuseio, armazenamento e montagens das peças como, dosfuncionários da empresa que produzem e processam o vidro temperado, pois, no 
processo de encomenda de produto devem ser feitas todas as medidas previamente 
anterior ao processo de têmpera para que se cumpram as dimensões exigidas pela 
empresa respeitando as margens defendidas pela legislação. 
Como foi citado pelo Sr Vanderlei chefe de produção da empresa em que 
ocorreu o estudo de caso, em algumas situações as medidas encomendadas por ele 
não são atendidas com precisão o que pode provocar transtornos e a 
impossibilidade de troca de placas se torna um grande prejuízo para a empresa. 
A Falta de atenção e a falta de destino tanto para placas “encalhadas” 
quanto para cacos também se torna prejuízo não só financeiro quanto para o espaço 
físico da empresa quanto para o meio ambiente devido ao descarte de cacos. 
Algumas alternativas foram apresentadas neste estudo, porém, deve-se 
avaliar tanto o lucro em longo prazo, disponibilidade de espaço físico da empresa o 
que pode tornar inviável determinadas alternativas, mesmo que em longo prazo seja 
vantajoso, estudos econômicos para determinar o futuro do segmento para que as 
oscilações na economia não afetem bruscamente o futuro da empresa. 
 
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