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Seleção de Materiais Seleção de componentes para pernas de mesa, uma evolução Ricardo Brandao 148107 Fábio Augusto de Almeida Passos 148395 A tradução do problema em questão pode ser resumida na imagem a seguir: Considerando que a carga de flambagem é um requisito para o sucesso estrutural dos pés. Assim, podemos realizar a montagem das funções objetivos para a minimização da massa e a maximização da esbelteza: A perna é uma coluna delgada de densidade p e módulo E, com comprimento L e carga máxima que ela deve suportar no projeto sendo F. Sabendo que o raio r da perna é uma variável livre temos a seguinte expressão para minimização da massa: , a qual é sujeita a uma restrição de suportar uma carga P sem sofrer flambagem. Assim, pela equação da carga elástica de flambagem temos: , resolvendo para a variável livre: Dessa maneira chegamos ao índice de mérito para a minimização da massa, invertendo a propriedade do material: Da mesma maneira, para maximização da esbelteza, teremos: Invertendo a equação da carga elástica de flambagem: A perna mais fina será feita do material que tem o maior valor do índice de mérito a seguir: Com tais índices de mérito pode-se analisar o seguinte diagrama de Ashby para seleção dos materiais: Agora, teremos de considerar a eminencia de objetivos conflitantes para o projeto de seleção. Para abordagem desse problema com multiobjetivos utiliza-se a construção de um gráfico de permuta como o a seguir, considerando ainda M1 como sendo p/E^1/2 e M2 como sendo 1/E e eles sendo dispostos no eixo vertical e horizontal, respectivamente: No gráfico em questão, materiais que se apresentam próximos a superfície de permuta são aqueles que devem ser considerados para o objetivo em questão, dependendo da premissa, leve, mas espesso e fino, mas pesado. Outro ponto a ser avaliado é a também eminencia da possibilidade da construção dos pés tubulares para a mesa. Para isso deve-se avaliar o raio r e a espessura t da parede, embora não é viável fazê-los com r/t demasiadamente grande pelo fato de eles sofrerem flambagem local. Para isso é relacionado a área da seção transversal A e o momento de inércia I de um tubo de parede fina: e, Assim: Permitindo assim a representação de linhas da constante r no quadrante A-I do diagrama de quatro quadrantes: Sendo esse gráfico utilizado para selecionar o melhor material quando limitado pela rigidez à flexão, podendo agora minimizar a massa ou o raio do tubo, fato esse que nos leva a questionar, pernas grossas e leves ou finas e pesadas. Associando isso com a carga de flambagem, pode-se ter: Utilizando 50 kg como uma massa válida para que cada perna suporte temos a seguinte equação para a carga de flambagem: , sendo assim: Agora pode-se associar esse limite, selecionando a propriedade requerida, como por exemplo: Para a perna mais leve tem-se o material GFRP, porém resultando em uma perna grossa com aproximadamente 15mm de raio. O interessante é que no mesmo diagrama pode-se repetir o procedimento até mesmo para outros materiais. Assim, podemos chegar a seguinte conclusão, levando em consideração todas as abordagens: Pernas feitas de espruce ou abeto são potencialmente mais leves do que as feitas de qualquer outro material. Compósitos oferecem pernas que são quase tão leves e muito mais finas, porém não oferecem a mais finas de todas. O aço pode-se tornar atraente devido a seus altos módulos. Porém ligas leves permitem pernas mais leves do que o aço, porém não mais finas. No geral, para essa seleção os compósitos oferecem o melhor compromisso, tendo peso baixo e esbelteza atraente, respeitando os limites para carga de flambagem e também respeitando o processo de minimização de massa. Assim, fazendo uma lista de materiais para confecção dos pés de mesa sendo o seu grau de eficiência aumentando da esquerda para direita temos: Material Ligas de aço Ligas de alumínio Madeiras Compósitos SAE 8620 6063 Espruce CFRP SAE 8640 6051 Abeto GFRP
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