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Procedimentos Investigatórios - Inquérito Policial e outros

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@queroser_mpe 
Procedimentos investigatórios 
 
Inquérito Policial 
 Peça principal de investigação preliminar. 
 Procedimento administrativo, inquisitorial e 
sigiloso. Não se submete aos p. da ampla defesa 
e contraditório. 
 Destinado a colheita de elementos de informação 
acerca da materialidade e autoria do delito. Em 
regra, não são colhidas provas no IP (exceções: 
art. 155 CPP). 
 Súmula Vinculante 14. 
 Valor probatório é relativo. 
 Presidido pela Autoridade Policial. 
 O IP é indisponível: a autoridade policial não 
pode arquivar o IP, por conta própria. Pode 
apenas sugerir o arquivamento ao MP. 
 Autoridade policial não pode indeferir as 
diligências requisitadas pelo membro do MP e 
magistrado. 
 Crimes de AP pública incondicionada: IP deve ser 
instaurado ex officio. 
 Crimes de APP condicionada à representação e 
AP privada: IP instaurado após a requisição do 
Ministro de Justiça ou requerimento do ofendido 
ou representante legal. 
 requerimento indeferido: recurso 
inominado para o chefe de polícia. 
Obs.: Não impede que dirija o 
requerimento ao MP. 
 VPI: Verificação de procedência de informações. 
Procedimento simplificado e prévio ao IP. 
Diligências relativamente simples. Não se 
admitem medidas invasivas. 
 Justiça Militar do Estado  Polícia Militar preside 
o IPM. 
 Justiça Militar da União  Exército, Marinha ou 
Aeronáutica. 
 Justiça Federal e Eleitoral  em regra, PF. 
 Justiça Comum Estadual  em regra, PC. 
 Competência de cada delegacia é determinada a 
partir do local onde se consumou a infração 
penal. Obs.: possível subdivisão por natureza da 
infração. 
 IP presidido por autoridade sem atribuição  
mera irregularidade. 
 Discricionariedade regrada da Autoridade Policial 
 não é obrigada a adotar todas as diligências 
previstas nos artigos 6º e 7º. 
 O interrogatório no IP pode ser feito sem a 
presença do advogado, mas caso o investigado 
queira ser acompanhado, sua presença será 
obrigatória. 
 O IP é dispensável, desde que o titular da ação 
possua substrato mínimo necessário para o 
oferecimento da peça acusatória. 
 Caso o IP sirva de base para a acusação, ele deve 
acompanhá-la. 
 Regra geral do CPP: IP de réu preso termina em 
10 dias (improrrogável). IP de réu solto termina 
em 30 dias (prorrogável). 
 Indiciamento: Delegado atribui a autoria de um 
crime a uma pessoa determinada. Esse ato deve 
ser feito de forma vinculada. O termo final para 
indiciar é o oferecimento de denúncia ou queixa. 
 Indiciamento após o recebimento da denúncia: 
jurisprudência entende que é constrangimento 
ilegal. 
 Na Lei de Drogas exige-se que o Delegado faça 
uma valoração quanto ao fato, expondo, sua 
opinião para a classificação realizada. 
 Investigados com foro por prerrogativa de 
função  investigação é supervisionada pelo 
poder judiciário. Para haver a abertura de IP 
contra pessoas com foro no STF deve haver 
prévia autorização do tribunal. 
 Eventuais vícios no IP não contaminam o 
processo penal, em regra. 
 Notitia criminis: 
o de cognição imediata (espontânea): AP 
toma conhecimento do fato por meio 
de suas atividades rotineiras. 
o de cognição mediata (provocada): AP 
toma conhecimento da infração por 
meio de expediente escrito. 
@queroser_mpe 
o de cognição coercitiva: apresentação 
do indivíduo preso em flagrante. 
o inqualificada: denúncia anônima. 
Subtipo da de cognição imediata. 
Denúncia apócrifa. 
o Delatio criminis: comunicação feita por 
particular. 
 Delação premiada: STF decidiu que o delegado 
pode propor o acordo sem a presença do MP, 
devendo ele apenas se manifestar, sem que isso 
possa impedir a homologação do acordo pelo 
juiz. 
 TCO: apuração de fato e autoria nos Juizados 
Especiais Criminais. 
 O delegado não possui a inamovibilidade: a 
remoção se dará por ato fundamentado, por 
interesse do serviço. 
 Arquivamento do IP: artigo 28 do pacote 
anticrime está suspenso. 
 Com o novo regramento: deixará de haver 
qualquer controle judicial sobre a promoção de 
arquivamento apresentada pelo órgão 
ministerial. Doravante, o controle sobre tal 
decisão ficará restrito ao Ministério Público. 
 O que está vigente hoje: membro do MP se dirige 
ao juiz com o pedido de arquivamento do IP. 
Magistrado poderia 1) concordar e arquivar; 2) 
discordar e enviar o IP ao PGJ. Caso o PGJ 
designasse outro membro do MP para o caso, 
este estaria obrigado a oferecer a denúncia. 
 Nos crimes de competência originária de 
tribunais superiores, o arquivamento pode 
ocorrer de ofício, independentemente de 
requerimento. 
 Forma coisa julgada no arquivamento de: 
o atipicidade do fato; e 
o reconhecimento de causa extintiva 
da punibilidade. 
 Arquivamento originário: apresentado 
diretamente pelo PGR ou PGJ, nas ações que lhes 
são originárias, restando como única alternativa 
ao Tribunal a homologação. 
 Doutrina e jurisprudência entendem que não é 
admitido o arquivamento implícito ou tácito. 
 O desarquivamento é possível desde que haja 
novas provas e que não tenha sido operada a 
extinção de punibilidade do Estado. 
 ANPP: acordo celebrado entre o MP e o 
investigado, assistido por seu defensor. A 
finalidade é evitar o oferecimento da ação penal. 
Possui natureza formal, devendo ser concretizado 
por escrito e subscrito pelas partes. 
Após a celebração deve ser encaminhado ao 
judiciário para homologação. 
 
Instrumentos análogos ao IP 
 CPI: Não são dotadas de poderes gerais de 
investigação. Só podem investigar fatos precisos 
e determinados, mesmo que relacionados a 
particulares, porém desde que sejam de interesse 
público. Os fatos podem ser de qualquer 
natureza. 
 COAF: produção de informações de inteligência 
financeira. STF reputou válido o 
compartilhamento das informações produzidas 
pelo COAF acerca de atividades envolvendo 
crimes de lavagem de capitais, terrorismo e de 
interesse macroeconômico. Não precisa de 
prévia autorização jurisdicional. 
 Termo Circunstanciado de Ocorrência: relevância 
em crimes de menor potencial ofensivo. 
 PIC: conduzido por membro do MP. Função 
excepcional em casos de abuso de autoridade, 
prática de delito por policiais, crimes contra a 
Administração Pública, inércia dos organismos 
policiais, ou procrastinação indevida no 
desempenho de investigação penal, situações 
que exemplificativamente justificariam a 
intervenção subsidiária do órgão ministerial. 
Prazo de conclusão é de 90 dias, admitidas 
prorrogações. 
 Inquérito Civil: atribuição do MP. a) possibilitar a 
obtenção de dados e elementos visando instruir 
eventual ação civil pública; b) evitar o 
ajuizamento de demandas sem qualquer 
embasamento fático e/ou jurídico.

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