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HST DA PSICOLOGIA- AV1 - Estácio

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::PSICOLOGIAS::
O termo “psi” é muito confundido pelas pessoas quando relacionam este termo às profissões: psiquiatra, psicólogo e psicanalista.
PSIQUIATRA: 
· É um profissional da medicina que opta em se especializar em psiquiatria. 
· Abrange estudos em neurologia, psicofarmacologia
· Tem o objetivo de tratar as doenças mentais.
· É apto para transcrever remédios.
PSICOLOGIA:
· O psicólogo tem formação superior em psicologia
· Ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos, razão) e o comportamento humano.
· No decorrer do curso, a teoria é complementada por estágios supervisionados que habilitam o psicólogo a realizar psicodiagnóstico, psicoterapia, orientação...
· Pode atuar no campo da psicologia clínica, escolar, social, do trabalho... 
· O psicólogo pode optar por gestalt-terapia, a psicanálise, a terapia cognitivo-comportamental, etc. 
PSICANÁLISE:
· Método terapêutico criado pelo médico austríaco Sigmund Freud
· Consiste na interpretação dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginárias de uma pessoa, baseado nas associações livres e na transferência.
· É um campo clínico e de investigação teórica da psicologia que se propõe à investigação de processos mentais que são quase inacessíveis por qualquer outro modo. 
· É um método de tratamento psicoterapêutico.
EM RESUMO: a psicologia se detém no estudo do comportamento humano. É ela quem diagnostica a personalidade do indivíduo, através da observação dos fenômenos psíquicos e do comportamento. A psicologia serve como base de sustentação para a psiquiatria que cuida dos fatos psíquicos e da doença mentais propriamente ditos, examinados anteriormente pela psicologia que diagnostica as respostas diante dos estímulos que necessitam de tratamento. Já a psicanálise é um dos métodos psicoterapêuticos desenvolvidos pela psicologia, e que analisa o psiquismo no âmbito do inconsciente procurando as profundezas obscuras do desconhecido. 
O termo parapsicologia, ligado ao vocábulo paranormal, não se refere a um conceito ou a uma disciplina da Psicologia; trata-se de um campo de estudo não reconhecido pela comunidade científica.
::PSICOLOGIA CIENTÍFICA::
CIÊNCIA X SENSO COMUM
· A ciência compõe-se de um conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade (objeto de estudo), expresso através de uma linguagem precisa e rigorosa. Esses conhecimentos devem ser obtidos de maneira programada, sistemática e controlada, para que se permita a verificação de sua validade. Assim, podemos apontar o objeto dos diversos ramos da ciência e saber exatamente como determinado conteúdo foi construído, possibilitando a reprodução da experiência. O saber pode assim ser transmitido, verificado, utilizado e desenvolvido. 
· O senso comum, por outro lado, é um tipo de conhecimento precário, leigo, repassado de um indivíduo para outro sem maiores explicações ou aprofundamento, como se faz em ciência.
· Objeto específico, linguagem rigorosa, métodos e técnicas específicas, processo cumulativo do conhecimento, objetividade fazem da ciência uma forma de conhecimento que supera em muito o conhecimento espontâneo do senso comum. Esse conjunto de características é o que permite que denominemos científico a um conjunto de conhecimentos.
O PSICÓLOGO NÃO ADIVINHA NADA
· psicólogo dispõe de um conjunto de técnicas e de conhecimentos que lhe possibilitam compreender o que o outro diz, integrando tudo isso em um quadro de análise que busca descobrir as razões dos atos, dos pensamentos, dos desejos, das emoções. 
· Poderíamos dizer, de uma forma talvez um pouco exagerada, que as pessoas sabem muito sobre si mesmas; no entanto, o psicólogo possui instrumentos adequados para auxiliar o indivíduo a compreender, organizar e aplicar esse saber, permitindo a sua transformação e a mudança da sua ação sobre o meio.
A PSICOLOGIA AJUDA AS PESSOAS A SE CONHECEREM MELHOR
· A Psicologia, como ciência humana, permitiu-nos ter um conhecimento abrangente sobre o homem. Sabemos mais sobre suas emoções, seus sentimentos, seus comportamentos; Apesar do grande desenvolvimento alcançado pela Psicologia, ainda há muito o que pesquisar sobre o psiquismo humano e, tentar conhecê-lo melhor, é sempre uma forma de tentar conhecer-se melhor.
 O PSICÓLOGO É DIFERENTE DE UM BOM AMIGO
· A intervenção do psicólogo é intencional, planejada e feita com a utilização de conhecimentos específicos do campo da Ciência. Portanto, difere do amigo que não planeja sua intervenção, não usa conhecimentos específicos, nem pretende diagnosticar ou intervir em algum aspecto percebido como crucial. 
· Mesmo quando os psicólogos não atuam para curar, mas para promover a saúde já existente, eles o fazem a partir de um planejamento e da perspectiva da Ciência. 
::ORIGENS DA PSICOLOGIA ::
· O termo psicologia vem do grego psyché, que significa alma (parte imaterial do ser humano), e de logos, que significa razão (conhecimento, estudo). 
· = letra grega Psi, símbolo da psicologia.
· Etimologicamente falando, significa “estudo da alma”, ou seja, estudo dos fenômenos imateriais do ser humano: pensamento, emoções, sensação, percepção, sentimentos, desejos, necessidades. 
Historiografia
· Refere-se ao estudo dos métodos de produção do conhecimento histórico.
Teorias no estudo da História
· Teoria personalista (realizações e contribuições de indivíduos que afetaram significativamente os processos de mudança, alterando o curso da história);
· Teoria naturalista (a época modela a pessoa e determina as ações dos sujeitos históricos). 
História da Psicologia
· A história da construção da psicologia está ligada, em cada momento histórico, às exigências de conhecimento da humanidade e à insaciável necessidade do homem de compreender a si mesmo.
A PSICOLOGIA ENTRE OS GREGOS
· É entre os filósofos gregos que surge a primeira tentativa de sistematizar a psicologia.
Filósofos pré-socráticos: 
· Explicação do mundo pela explicação mitológica (mito é uma representação coletiva, transmitida através de várias gerações e não se prende à lógica racional, nem busca oferecer comprovações de suas afirmações). 
Sócrates (469-399 AC): 
· psicologia cresce e ganha consistência;
· limite que separa o homem dos demais animais;
· principal característica do homem = razão;
· razão permite aos homens sobrepor-se aos instintos.
Platão (427-347 AC):
· alma fica na cabeça;
· medula liga o corpo à alma;
· alma e corpo são separados (se corpo morre, alma ocupa outro corpo) ; 
· Teoria da imortalidade da alma.
Aristóteles (384-322 AC):
· alma e corpo não são dissociados;
· psiché é o princípio ativo da vida;
· todo ser vivo tem alma (alma vegetativa: função de alimentação e reprodução; ou sensitiva: função de percepção e movimento);
· só o homem tem alma racional, além das duas outras (função pensante);
· escreveu o 1º tratado em psicologia, que estuda as diferenças entre razão, percepção e sensação.
 A PSICOLOGIA NO IMPÉRIO ROMANO E NA IDADE MÉDIA
· Cristianismo: Fortalece-se com a dominação romana.
· De força religiosa força política dominante
· Igreja: monopólio do saber e do estudo do psiquismo
A PSICOLOGIA NA IDADE MÉDIA
Dois filósofos representam esse período:
Santo Agostinho (354-430 DC) 
· cisão entre alma e corpo (Platão);
· alma: sede da razão e prova da manifestação divina no homem;
· alma é imortal por ser elemento de ligação entre o homem e Deus.
São Tomás de Aquino (1225-1274 DC) 
· distinção entre essência e existência (Aristóteles);
· o homem, na sua essência, busca a perfeição através de sua existência (busca de Deus).
A PSICOLOGIA NO RENASCIMENTO (1500 DC)
· Renascença (nova forma de organização econômica e social (descoberta de novas terras, transição para o capitalismo);
Processo de valorização do homem:
· Dante (1300): Divina Comédia;
· Da Vinci (1475): Anunciação;
· Boticelli (1484): Nascimento de Vênus;
· Michelangelo (1501): Davi;
· Maquiavel (1513): O Príncipe.
Avanço das ciências:
· Copérnico (1543): Terra não é o centro do universo;
· Galileu (1610): estudo da queda doscorpos, gravidade;
· René Descartes (1596-1659): postula a separação entre mente-corpo (dessacralização do corpo) e inicia o estudo do corpo humano.
A PSICOLOGIA CIENTÍFICA
A psicologia se “liberta” da filosofia e ganha status de ciência a partir do séc. XIX, onde ocorre:
· Definição do objeto de estudo (o comportamento, a vida psíquica, a consciência);
· Formulação de métodos de estudo deste objeto;
· Formulação das primeiras teorias psicológicas: Funcionalismo; Estruturalismo; e Associacionismo. 
· Funcionalismo: funcionamento da consciência humana (“o que fazem os homens” e “por que o fazem”);
· Estruturalismo: através do introspeccionismo, procura estudar os estados elementares da consciência como estruturas do SNC;
· Associacionismo: Thorndike formulou a Lei do Efeito – todo o comportamento de um organismo vivo tende a se repetir, se nós o recompensarmos assim que ele o emitir. Essa teoria serviu de base para o surgimento do behaviorismo. 
::Contribuições do Iluminismo e do Romantismo para o Surgimento da Psicologia enquanto Ciência::
A CRISE DA MODERNIDADE E DA SUBJETIVIDADE MODERNA EM ALGUMAS DE SUAS EXPRESSÕES FILOSÓFICAS
· Métodos para se chegar à verdade indubitável: empirismo de Francis Bacon ou racionalismo de Descartes; 
· O Iluminismo promoveu Uma Crítica Aos métodos anteriores. O iluminismo foi um movimento filosófico que marcou o século XVIII. 
ILUMINISMO
Era do Iluminismo (ou simplesmente Iluminismo ou Era da Razão) foi um movimento cultural de elite de intelectuais do século XVIII na Europa, que procurou mobilizar o poder da razão, a fim de reformar a sociedade e o conhecimento prévio. Promoveu o intercâmbio intelectual e foi contra a intolerância e os abusos da Igreja e do Estado. 
O início da era do Iluminismo, segundo boa parte dos acadêmicos, deu-se entre o final do século XVII e o início do século XVIII como marco de referência, aproveitando a já consolidada denominação Século das Luzes . O término do período é, por sua vez, habitualmente assinalado em coincidência com o início das Guerras Napoleônicas (1804-1815). 
O Iluminismo é, para sintetizar, uma atitude geral de pensamento e de ação. Os iluministas admitiam que os seres humanos estão em condição de tornar este mundo um mundo melhor mediante introspecção, livre exercício das capacidades humanas e do engajamento político-social. Immanuel Kant, um dos mais conhecidos expoentes do pensamento iluminista, num texto escrito precisamente como resposta à questão O que é o Iluminismo?, descreveu-o. 
· Entre o final do século XVII e a primeira metade do século XVIII, a principal influência sobre a filosofia do iluminismo proveio das concepções mecanicistas da natureza que haviam surgido na sequência da chamada revolução científica do século XVII. 
· Alguns reinantes da época, muitas vezes apoiaram e fomentaram figuras do Iluminismo e até mesmo tentaram aplicar as suas idéias de governo. As ideias iluministas influenciaram acontecimentos marcantes, tais como a Revolução Francesa e a Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão; a Constituição Polaco-Lituana de 3 de maio de 1791; a Independência Americana e das várias colônias americanas, inclusive a brasileira.
· O Iluminismo floresceu até cerca de 1800, após o qual a ênfase na razão deu lugar ao ênfase do romantismo.
Principais iluministas
· O Iluminismo foi despertado pelos filósofos Baruch Spinoza (1632-1677), John Locke (1632-1704), Pierre Bayle (1647-1706) e pelo matemático Isaac Newton (1643-1727). Mas um dos iluministas mais influentes foi o filósofo prussiano Immanuel Kant  (1724 – 1804).
Segundo Kant, o iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutelagem que estes mesmos se impuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da própria razão, independentemente da direção de outrem. É-se culpado da própria tutelagem quando esta resulta não de uma deficiência do entendimento mas da falta de resolução e coragem para se fazer uso do entendimento independentemente da direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem para fazer uso da tua própria razão! - esse é o lema do Iluminismo".
Conforme Kant...
· a meta de todo o esforço ético era a conquista da autonomia do sujeito.
· Kant reintroduz o conceito de fenômeno para a compreensão do conhecimento do mundo. Só é possível conhecer algo que se revela para mim.
· Aquilo que é em si (que independe dos sujeitos para existir) não é possível ser estudado ou conhecido.
· Introdução às idéias fenomenológicas. 
Romantismo
· Nasceu no final do século XVIII como uma crítica ao Iluminismo (à vertente racionalista do iluminismo).
· A idéia cartesiana de que o ser humano é um ser essencialmente racional é contraposta à idéia de que o ser humano é um sujeito passional e sensível.
· O propósito inicial do romantismo foi evidenciar a potência dos impulsos e forças da natureza sendo essa potência superior àquela da consciência.
· Crítica à modernidade e uma nostalgia a um certo estado anterior perdido.
· A razão foi, então, destronada.
· O desconhecido e “profundo” aparecem como características do ser humano, bem como, a solidão.
· Nas artes, essa característica pode ser contemplada na pintura do inglês Turner, por exemplo. 
Importância de Nietzsche para o romantismo
· Ele aponta o sujeito do modernismo como uma invenção humana. A crença em algo fixo e estável seria uma necessidade humana, na tentativa de crer que tem controle sobre o devir.
· Nietzsche denuncia o caráter ilusório e não necessário de todo o fazer humano.
Sistema mercantil e individualização
· Quando todas as relações entre os homens se dão por meio de compra e venda de produtos elaborados por produtores particulares, universaliza-se a experiência de que os interesses de cada produtor são para ele mais importantes do que os interesses da sociedade como um todo.
· Essa é uma das importantes marcas da constituição da experiência da subjetividade privatizada.
· Mercado de trabalho e seus efeitos na subjetividade humana.
Precondições para o nascimento de uma psicologia científica
1. A experiência da subjetividade privatizada, em que nós nos reconhecemos como livres, diferentes, capazes de experimentar sentimentos, ter desejos e pensar independentemente dos demais membros da sociedade é uma precondição para que se formulem projetos de uma psicologia científica;
2. A outra precondição é que não somos tão livres e tão diferentes quanto imaginávamos.
3. A suspeita de que a liberdade e a singularidade dos indivíduos são ilusórias, que emerge com o declínio das crenças liberais e românticas, abre espaço, finalmente, para os projetos de previsão e controle científico do comportamento individual.
::A PSICOLOGIA NA HISTÓRIA MODERNA:: 
A Psicologia como ciência independente
· A partir da segunda metade do século XIX surgiram os primeiros projetos de uma psicologia como ciência independente;
· A figura do psicólogo passa a existir formalmente a partir de então;
· Processo de criar uma nova ciência requer: objeto próprio e métodos adequados ao estudo desses objetos;
· Os temas da psicologia estavam dispersos entre especulações filosóficas, ciências físicas e biológicas e ciências sociais: crise para a psicologia.
· “O principal empecilho para a psicologia seria seu objeto: a psique entendida como mente, não se apresenta como um objeto observável, não se enquadrando, por isso, nas exigências do positivismo.” (Augusto Comte em Figueiredo & Santi, 1999, p.15).
· Situação da psicologia é delicada, pois deseja um reconhecimento como ciência e ao mesmo tempo o reconhecimento de uma competência específica do psicólogo...
A EXPERIÊNCIA DA SUBJETIVIDADE PRIVATIZADA
· Condições para se conhecer cientificamente o “psicológico”:
· Uma experiência clara de subjetividade privatizada e;
· A experiência da crise dessa subjetividade. 
· Subjetividade privatizada: construção histórica que nasceu sob certas condições. É o que nos faz acreditar que o que sentimos é único e individual (solidão, alegria, liberdade...). 
Condiçõeshistóricas do nascimento do pensamento psicológico e da subjetividade privatizada.
· As grande mudanças históricas aparecem em importantes momentos de crise;
· Nesses momentos de crise, as artes e a literatura revelam a existência de homens mais solitários e indecisos do que em épocas nas quais dominam as velhas tradições;
· Perda de referências e surgimento de novas possibilidades de pensamento obrigam o ser humano a construir referências internas: a subjetividade privatizada!
· Ser humano percebe que tem autonomia para tomar suas próprias decisões e é responsável por elas!
· Nas artes há o surgimento das tragédias, da poesia lírica. As artes plásticas experimentam a experiência da subjetividade privatizada com as obras marcando a singularidade de cada artista.
· Surgimento de novos pensamentos religiosos.
· Ao longo dos séculos as experiências da subjetividade privatizada foram se tornando cada vez mais determinantes da consciência que os homens têm sua própria existência.
· Imagem que se tem do homem atual é marcada pela liberdade e pelas implicações dessa subjetividade privatizada.
A noção de subjetividade na Modernidade
· A noção de subjetividade privada data aproximadamente dos últimos três séculos: da passagem do Renascimento para a Idade Moderna.
· Renascimento: o contato com a diversidade das coisas, dos homens e das culturas impôs novos modos de ser. 
· Antropocentrismo.
· O mundo passou a ser considerado cada vez menos como sagrado e mais como objeto de uso – movido por forças mecânicas – a serviço dos homens.
A modernidade
· A modernidade encontra em Descartes um marco para o pensamento moderno...
· Valorização e confiança no ser humano.
· Os personagens literários contribuíram significativamente para a construção de uma “interioridade” dos leitores rica e profunda: Hamlet, Dom Quixote, Da Vinci...
· A história da vida privada de Philippe Ariès! Indicação de leitura.
· O surgimento da imprensa: a difusão da leitura silenciosa.
· A retomada do ceticismo: o questionamento e a dúvida como marca desse pensamento. 
· Reação empirista e reação racionalista: procuravam na experiência subjetiva bases mais seguras para as crenças e ações humanas.
· Descartes buscou estabelecer condições para que se obtivesse um conhecimento seguro da verdade. (Obra central: O discurso do método).
· A dúvida foi o instrumento central de Descartes – apenas as ideias claras e distintas poderiam ser consideradas verdadeiras e servir de base para as filosofias e ciências: “penso, logo existo!”
· O homem moderno não busca a verdade num além ... em algo transcendente: a verdade agora significa adquirir uma representação correta do mundo.
· Essa representação é interna, ou seja, a verdade reside no homem, dá-se para ele. O sujeito do conhecimento (o “eu”) é tornado agora um elemento transcendente, fora do mundo, pura representação sem desejo ou corpo, e por isso supostamente capaz de produzir um conhecimento objetivo do mundo.
::O NASCIMENTO DA PSICOLOGIA COMO “CIÊNCIA”::
Mais sobre as precondições do nascimento da psicologia como ciência 
O que acontecia entre os cientistas e filósofos no século XIX:
· Contradição no âmbito das práticas científicas acerca da posição do sujeito do conhecimento.
· Por um lado os cientistas sentiam-se no domínio do conhecimento e com poder e direito de lidar com os fenômenos naturais a fim de conhecê-los, desvendá-los, dominá-los, manipulá-los em experimentos controlados. 
· A ciência moderna baseia-se na premissa de que o ser humano é o senhor que tem o direito e o poder de colocar a natureza a seu serviço.
· Por outro lado, os experimentos científicos requerem que os cientistas sejam capazes de objetividade e de produzir objetividade. Em outras palavras: que os cientistas deixem de lado seus preconceitos, seus sentimentos, seus desejos a fim de obterem o conhecimento “verdadeiro”.
PROJETOS DA PSICOLOGIA CIENTÍFICA COMO CIÊNCIA INDEPENDENTE
· WUNDT (1832-1920).
· Para Wundt, a psicologia era uma ciência intermediária entre as ciências da natureza e as ciências da cultura.
· O objeto da psicologia para Wundt era a experiência imediata dos sujeitos, embora ele não esteja primordialmente interessado nas diferenças individuais entre esses sujeitos.
· “Experiência imediata (subjetiva) é a experiência tal como o sujeito vive antes de se pôr a pensar sobre ela, antes de comunicá-la, antes de conhecê-la.” 
· Wundt não se reduz à descrição dessa experiência imediata:
· a) utilizando o método experimental, ele pretende pesquisar os processos elementares da vida mental que são aqueles processos mais fortemente determinados pelas condições físicas do ambiente e pelas condições fisiológicas dos organismos.
· b) por meio da análise dos fenômenos culturais – como a linguagem, os sistemas religiosos, os mitos. 
WUNDT (1832-1920)
Wilhelm Maximilian Wundt ( 1832 – 1920) foi um médico, filósofo e psicólogo alemão, considerado um dos fundadores da moderna psicologia experimental junto com Ernst Heinrich Weber (1795-1878) e Gustav Theodor Fechner (1801-1889).
Entre as contribuições que o fazem merecedor desse reconhecimento histórico, estão a criação do primeiro laboratório de psicologia no Instituto Experimental de Psicologia da Universidade de Leipzig (Lipsia), na Alemanha, em 1879, e a publicação de Principles of Physiological Psychology (Princípios de Psicologia Fisiológica) em 1873, onde afirmava textualmente que seu propósito, com o livro, era o de demarcar um novo domínio da ciência.
· Para Wundt, o método experimental é o adequado à investigação dos processos básicos como a sensação e associação, mas somente a observação deve ser usada para compreender os processos mentais superiores. Esta por sua vez,deve ser realizada através do estudo dos produtos ou artefatos culturais da vida social: arte, linguagem, hábitos culturais, ética, etc. 
· Segundo Wundt, a mente executa uma síntese química mental que se processa através da associação e que se realiza de três formas: pela fusão, onde os elementos combinados aparecem sempre juntos, como é o caso da nota musical; Pela assimilação, que é também uma combinação de elementos em que nem todos estão presentes do consciente. Quando se vê uma casa por exemplo, podem não estar presentes na consciência, as figuras que compõem aquela casa (triângulo, retângulo, quadrado). Como na fusão, essa combinação gera um produto novo que não é o resultado da simples soma dos elementos; A terceira forma é chamada complicação, em que se reúnem elementos de diferentes modalidades e sentidos: a noção do sabor e da temperatura. É possível que o autor tenha considerado as proposições de Aristóteles sobre: contingência, semelhança e contraste.
::A PSICOLOGIA PRÉ-CIENTÍFICA (AS PSEUDOPSICOLOGIAS):: 
Empirismo
· Embora os recursos da mídia fossem bem mais limitados, as pessoas ainda assim eram expostas à psicologia através de livros, de histórias e propagandas em jornais e cartazes como, por exemplo: “Irmã Helen, Quiromante”.
· As pessoas queriam a ajuda que acreditavam vir do conhecimento e talentos especiais que pudessem auxiliá-las a identificar seus pontos fortes e melhorar suas deficiências, ou ajudá-las a acertar nas suas decisões futuras.
Psicologias Pseudocientíficas
· Frenologia (do grego phrēn, "mente"; e logos, "lógica ou estudo") é uma teoria que reivindica ser capaz de determinar o caráter, características da personalidade, e grau de criminalidade pela forma da cabeça (lendo "caroços ou protuberâncias"). Desenvolvido pelo médico alemão Franz Joseph Gall, por volta de 1800, e muito popular no século XIX, está agora desacreditada e classificada como uma pseudociência. Seus princípios eram que o cérebro é o órgão da mente, e essa mente tem um jogo de diferentes faculdades mentais, e cada sentido em particular tem sua representação em uma parte diferente do órgão ou cérebro. Estas áreas seriam proporcionais a cada indivíduo, dadas as propensões e importância da faculdade mental e personalidade, e o osso sobrejacente do crânio refletiria estas diferenças.
· A Frenologia,que foca a personalidade e o caráter, é diferente da craniometria, que é o estudo do tamanho do crânio, peso e forma; e da Fisionomia, que é o estudo das características faciais. No entanto, estes campos de estudo têm tentado reivindicar a suposta capacidade de predizer características ou inteligência. 
· Enquanto no passado alguns princípios da Frenologia foram estabelecidos, atualmente a premissa básica de uma personalidade poder ser determinada em grande parte pelo formato do crânio é considerada como falsa.
· Outra psicologia pseudocientífica foi a Fisiognomia, ou Fisiognomonia, ou Caracterologia, onde se fazia a avaliação do caráter da pessoa, de seu intelecto e suas habilidades, com base nos seus traços fisionômicos. Segundo essa teoria, os traços da face podem auxiliar em um diagnóstico preciso e ainda indicar um tratamento correto em qualquer área médica, estética, nutricional ou psicológica, e a sua técnica consiste em uma avaliação completa do indivíduo. Baseada em um trabalho de um teólogo suíço, Johann Lavater (1741-1801), essa avaliação enfatizava os olhos, o nariz, o queixo e a testa como os principais indicadores de senso de humor, simpatia, moralidade, entre outras características. 
· Infelizmente, tanto a fisiognomonia quanto a frenologia foram usadas para “validar” estereótipos étnicos e raciais. 
· Mesmerismo, também chamado de 'magnetismo animal (notadamente nos séculos XVIII e XIX) é o estado ou o resultado de alguém, obtido ao ser mesmerizado (ou magnetizado). Franz Anton Mesmer (1734 – 1815), foi um médico suábio, nascido em Iznang, Alemanha, que em 1775, descobriu que conseguia aliviar sintomas clínicos e psicológicos, passando ímãs sobre o corpo de seus pacientes. Segundo Mesmer, havia alteração dos sintomas devido a um estado particular de vibração (ou tom de movimento, em suas palavras) do fluido corporal.
· "Nem a luz, nem o fogo, nem a eletricidade, nem o magnetismo, e nem o som são substâncias, mas sim efeitos do movimento nas diversas séries do fluido universal", definiu Mesmer.
· Nos anos de 1780, tornou-se famoso no círculo parisiense, e sua arte de cura disseminou-se entre outros praticantes das “artes médicas”. Isso causou controvérsias no círculo científico de medicina de Paris, se ndo investigado por uma comissão de intelectuais presidida por Benjamin Franklin, a pedido do rei Luís XVI. Em uma derradeira tentativa, propôs à Faculdade de Medicina de Paris, em 1780, um teste comparativo de seu método com a medicina tradicional. Em 18 de setembro, houve uma Assembléia Geral e, após uma leitura e um discurso, d´Eslon, seu discípulo, foi excluído do quadro dos médicos e as proposições de Mesmer foram rejeitadas com desdém e animosidade, concluindo que suas “curas” não passavam de imaginação e auto-sugestão dos pacientes. 
· Em 1799, publicou Memória de F. A. Mesmer, doutor em medicina, sobre suas descobertas, considerada a sua principal obra, contendo o modelo teórico da terapia do magnetismo animal, sonambulismo provocado (antecessor da hipnose) e lucidez sonambúlica.
· O Espiritualismo, o Movimento do Novo Pensamento, a Ciência Cristã e a cura pela mente, se desenvolveram na segunda metade do século XIX.
· O Espiritualismo é uma doutrina filosófica que admite a existência de Deus, de forças universais e da alma, com a visão de que existem milhares de coisas abstratas. É o contrário de materialismo, que só admite a existência da matéria.
· Afirma a existência de uma alma imortal no homem, isto é, de um princípio substancial distinto da matéria e do corpo, razão absoluta de ser da vida e do pensamento. Em sentido mais amplo, doutrina que, além da tese referida, reconhece a existência de Deus, a imortalidade da alma e da existência de valores espirituais ou morais que são o fim específico da atividade racional do homem. 
· Atualmente, é comum adotar-se a data de 31 de março de 1848, início do fenômeno das Irmãs Fox (ainda que anos mais tarde tenham confessado a fraude e, posteriormente, desmentido a confissão), como marco inicial das modernas manifestações mediúnicas, quando se inicia uma fase de manifestações mais ostensivas[3] e freqüentes do que jamais ocorrera, particularmente nos Estados Unidos e na Europa, o que levou muitos pesquisadores a se debruçarem sobre tais fenômenos.
· Entre esses pesquisadores destacou-se o professor Hippolyte Léon Denizard Rivail, que mais tarde, sob o pseudônimo de Allan Kardec, com base em uma série de relatos psicografados, publicou O Livro dos Espíritos.
· O espiritualismo não estava alinhado com qualquer religião em especial, embora parecesse ter cunho religiosos por causa de sua crença na vida após a morte.
· A cura pela mente tinha ligações diretas com o mesmerismo e espalhou-se sob diversas formas por toda a América do Norte, em meados do século XIX.
· O criador dessa corrente foi Phineas Parkhurst Quimby (1802-1866), que praticou o mesmerismo por uma década antes de formular sua própria teoria. Quimby acreditava que muitas doenças tinham causas inteiramente mentais e outras doenças eram exacerbadas por condições da mente. Ele dizia que os médicos causavam danos a seus pacientes, induzindo pensamentos negativos que impediam ou adiavam a recuperação. 
· Segundo Quimby, “para eliminar definitivamente a doença, seria necessário conhecer sua causa, ou seja, o erro que a teria originado. A explicação seria a cura”. Ou seja, a cura dependia dos poderes mentais do indivíduo, e não das práticas médicas. Uma vez aprendido o “pensamento correto”, as pessoas poderiam curar-se. 
Willian James (1842-1910)
· Entre os estudiosos da “cura pela mente”, estava o psicólogo e filósofo, formado em Medicina em Harvard, Willian James. Uma compilação de palestras de James sobre “Teologia Natural” resultou no livro Variedades da Experiência Religiosa, publicado em 1902. Essa obra se ocupava de uma discussão sobre o lugar ocupado pelo sentimento religioso, frente ao crescente materialismo científico de sua época. O interesse de James não estava em religiões organizadas ou instituições, mas nos sentimentos e atos que cada um experienciava em sua relação com o que considerava divino. 
· Para James, a experiência religiosa poderia levar a um estado de satisfação e contentamento, além de promover uma perspectiva mais alegre e otimista do mundo e do futuro. Por essa razão, considerou que o sentimento religioso pode ser útil, sendo mais uma dimensão da experiência humana. Embora reconheça que a utilidade da religião não a torna verdadeira, James começou a desenvolver nessa obra o sentido de verdade utilitária que seria exposto em mais detalhes em Pragmatismo. A experiência religiosa ou mística seria verdadeira enquanto ferramenta útil para determinados fins. Assim, o autor defende que a religião é um fenômeno real, no sentido que seu simbolismo evoca sentimentos e ações concretas, que não deveriam ser ignorados pela ciência.
· James estudou medicina, fisiologia e biologia, tendo como um de seus principais interesses o estudo científico da mente humana em um tempo em que a psicologia estava se constituindo como ciência. A familiaridade de James com o trabalho de figuras como Hermann Helmholtz na Alemanha e Pierre Janet na França facilitou sua introdução de cursos de psicologia científica em Harvard. Ele lecionou sua primeira disciplina em Psicologia Experimental em Harvard no ano acadêmico de 1875-1876.
· Em um estudo empírico por Haggbloom et al., usando critérios como o número de citações, James foi considerado o 14° mais célebre psicólogo do século XX.

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