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COGNITIVISMO CONSCIÊNCIA COMO PONTO DE PARTIDA DA INVESTIGAÇÃO PSICOLÓGICA MENTE e CONSCIÊNCIA x COMPORTAMENTO/INCONSCIENTE REVOLUÇÃO CIENTÍFICA Teoria da informação, cibernética, linguística, neurociências. Visão pós-moderna de ciência. COGNITIVISMO / PSICOLOGIA COGNITIVA Movimento Doutrinário -->“Metateoria” que defende que através de observações empíricas podemos inferir constructos teóricos inobserváveis. Área de pesquisa: Ciência Cognitiva -->Estudo do processamento humano de informações (memória, linguagem, percepção, pensamento, inteligência). Psicologia Cognitiva Precursores do Cognitivismo na Psicologia: Estruturalismo - introspecção para estudar a consciência – tentativa mal sucedida cientificamente. Hermann Ebbinghaus– primeiro estudo experimental válido de processos superiores de pensamento: memória. Psicologia da Gestalt– A percepção “requer conhecimento prévio e obedece a leis internas muito básicas, sendo acima de tudo, uma atividade ativa e interpretativa de captação de tonalidades, as gestalts”. (Castañon, 2007) Jean Piaget · Teoria Epistemologia Genética é a mais conhecida concepção construtivista da formação da inteligência; · Como o indivíduo, desde o seu nascimento, constrói o conhecimento. · O indivíduo deve atuar como sujeito de seu conhecimento. · O desenvolvimento cognitivo se organiza em uma série de estágios. · §Influências antecedentes vindas da Psicologia Norte-americana · Edward Tolman– “Behaviorista intensional” Conceito de variável interveniente – o que ocorria dentro do organismo não observável diretamente, mas inferível pelas alterações que provocavam no comportamento manifesto. Experimento com ratos em labirinto – descoberta da presença de um “mapa cognitivo” Psicologia Cognitiva e o Contexto de seu Surgimento · Recusa sistemática da Psicologia de antes dos anos 60 em utilizar o método científico para investigar os fenômenos legitimamente psicológicos. · Avanços científicos. · Surgimento da corrente filosófica conhecida como Racionalismo Crítico – Karl Popper RACIONALISMO CRÍTICO – Karl Popper Método hipotético-dedutivo · É impossível estudar com o modelo experimental positivista, indutivamente um objeto não observável diretamente. · Só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro · Todo homem é mortal (premissa maior) João é homem (premissa menor) Logo, João é mortal (conclusão) · Suposição inicial e, por aproximações sucessivas, chega à conclusão se o suposto era verdadeiro ou não. Construção de conjecturas (hipóteses) que devem ser submetidas a testes e ao confronto com os fatos, para verificar quais são as hipóteses que persistem como válidas resistindo às tentativas de falseamento, sem o que seriam refutadas. É um método de tentativas e eliminação de erros, que não leva à certeza, pois o conhecimento absolutamente certo e demonstrável não é alcançado. Cognitivismo e Realismo “Uma vez que a Psicologia Cognitiva pressupõe que os modelos para os quais ela está construindo modelos ideais ou as estruturas que ela está procurando descrever têm existência real na mente de outros sujeitos, ela pressupõe o realismo. As representações, os processos e - as cognições – existem na mente de sujeitos que fazem parte de um mundo real e objetivo. E embora as teorias que temos delas, os modelos, sejam somente construções nossas que se aproximam da realidade, elas são construídas em interação com o real”. O que é cognição? Objeto de estudo da Psicologia cognitiva “Atividade cognitiva humana deve ser descrita em termos de símbolos, esquemas, imagens, idéias e outras formas de representação mental”. Psicologia cognitiva e Epistemologia INATISTA E CONSTRUTUTIVISTA “(É consenso hoje que o cognitivismo como movimento é tanto inatista, em relação à existência de algumas potencialidades inatas que só aguardam maturação biológica e oportunidade contextual para emergência da estrutura), quanto construtivista, visto que considera que é a partir dessa estruturação mental prévia que organizamos o material dos sentidos e criamos estruturas mais elaboradas toda vez que a anterior não é suficiente para integrar coerentemente os dados”. Ambientalismo empirista “Para o empirismo, que defende aquilo a que o construtivismo se refere geralmente como objetivismo, a origem do conhecimento estaria na realidade externa”. (Castañon, 2007) Inatismo racionalista “Para o Racionalismo, o conhecimento é inato e sua evolução seria apenas atualização de estruturas pré-formadas”. 3ª alternativa a este problema milenar: CONSTRUTIVISMO “É o sujeito que, ativo e a partir da ação, constrói suas representações de mundo interagindo com o objeto do conhecimento”. Cognitivismo e Construtivismo Verbo construir (struere) = organizar, dar estrutura. · O sujeito constrói suas representações de mundo, e não recebe passivamente impressões causadas pelos objetos. · Existem formas e categorias, a priori, inatas e uma função ativa e criativa da razão. · “O sujeito para o construtivismo é proativo, é foco de atividade do universo, e não um aglomerado de células que recebe passivamente estímulos do ambiente, sendo motivadas por estes”. · “(...) somos ativos quando interpretamos a experiência para assimilá-la aos nossos esquemas e teorias, e somos ativos quando mudamos nossos esquemas e teorias de forma a acomodarem-se à realidade (...) O mundo vai moldando nossos esquemas quando os desmente, exigindo uma nova acomodação”. · “Nosso conhecimento pode ser em parte, ou na maior parte, construído; contudo, isto implica potencial genético para tal, afinal de contas outras espécies não conseguem estruturas nem próximas da sofisticação humana”. CRENÇAS DISTORCIDAS SOBRE A TC 1. “O tempo de tratamento é pré-determinado e as sessões terapêuticas são estruturadas” 2. “Trata-se de uma abordagem baseada fundamentalmente em técnicas” 3. “Baseia-se apenas no aqui e agora, desconsiderando a história passada do indivíduo...” 4. “É indicada especialmente para determinados transtornos psiquiátricos” 5. “Produz resultados limitados a um único problema específico” 6. “Desconsidera os sentimentos e as emoções...” 7. “Trata apenas os sintomas, deixando de lado suas causas” TEORIA COGNITIVA DA PERSONALIDADE AARON T. BECK “Revolução Cognitiva na Psicologia” – impacto no desenvolvimento da teoria / psicoterapia cognitiva de Beck Evolução inicial do Modelo Cognitivo e Terapia Cognitiva da Depressão Depression (Beck, 1967) Cognitive Therapy and Emotional Disorders (Beck, 1976) “As origens remotas das minhas formulações referentes à Terapia Cognitiva da depressão não estão completamente claras para mim no presente. Tanto quando recordo, as primeiras manifestações surgiram em meu empreendimento, iniciado em 1956, para validar algumas preocupações psicanalíticas sobre a depressão”. (Beck, 1979) Investigações projetadas para suprir dados convincentes Desejo de localizar a configuração psicológica precisa da depressão para desenvolver uma forma de psicoterapia breve voltada específicamente para o alívio desta psicopatologia focal Descobertas iniciais de Beck com estudos empíricos sobre a depressão – buscar apoio à crença nos fatores psicodinâmicos específicos da depressão: hostilidade retrofletida (“Eu preciso sofrer”) Experiências posteriores: achados inesperados que pareceram contradizer esta hipótese de “hostilidade retrofletida” ou “necessidade de sofrer” “Os achados de pesquisa anômalos conduziram então à conclusão de que os pacientes deprimidos não têm uma necessidade de sofrer. As manipulações experimentais indicaram que os pacientes deprimidos tendiam mais do que os não deprimidos a evitar comportamentos evocadores de rejeição ou desaprovação em favor de respostas evocando aceitação e aprovação dos outros.” Observações sobre pacientes deprimidos que reagiam adversamente a intervenções terapêuticas embasadas na hipótese de “hostilidade retrofletida”. Base do estudo original de Beck: Observação dos sonhos “masoquistas” Busca de uma variedadede explicações alternativas para os temas persistentes ou freqüentes nos quais o sonhador deprimido aparecia como um perdedor Foco do estudo: Descrições dos pacientes de si mesmo, de suas experiências Adoção consistente de um construto negativo de si mesmo e de suas experiências de vida – imagens em seus sonhos – distorção da realidade Pesquisas sistemáticas adicionais validaram a noção de que o paciente deprimido distorcia sistematicamente suas experiências de uma forma negativa Tríade cognitiva da depressão expressada em ampla gama de distorções cognitivas negativas. Desenvolvimento de técnicas para corrigir as distorções através da aplicação da lógica e de regras de evidência, a fim de ajustar o processamento de informação à realidade Estudos adicionais sobre como o paciente deprimido avalia o seu desempenho e faz predições sobre seu desempenho futuro – exposição graduada Uso de experimentos reais para testar crenças errôneas exageradamente negativas – testar hipóteses em uma situação de vida real PSICOTERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL Década 70 - REVOLUÇÃO COGNITIVA na Psicologia e na Psicologia Clínica Fatores históricos que atuaram na época para possibilitar o desenvolvimento da TCC e tornar a Terapia Cognitiva uma necessidade lógica: 1. Final da década de 60 estava ficando claro que uma abordagem não mediacional não seria suficientemente ampla para explicar todo o comportamento humano APRENDIZAGEM VICÁRIA – Bandura “Outro sinal de insatisfação com os modelos comportamentais foi a tentativa de ampliar esses modelos para incorporar os comportamentos incobertos” (Homme, 1965) 2. A própria natureza dos problemas, como o pensamento obsessivo, tornou as intervenções não cognitivas irrelevantes 3. Alguns conceitos mediacionais estavam sendo desenvolvidos, pesquisados e estabelecidos na Psicologia experimental 4. Desenvolvimento e identificação de diversos teóricos e terapeutas: Beck, Cautela, Ellis, Mahoney, Thoresen e Meichenbaum “Cognitive Therapy and Research” em 1977 (Michael Mahoney) – fórum para estimular e comunicar pesquisas e teorias sobre o papel dos processos cognitivos na adaptação e ajuste humano. “Cognition and Behavior Modification” (Michael): deu início à revolução cognitiva na psicologia clínica. “Somente uma porcentagem muito pequena dos comportamentos de uma pessoa pode ser observada em público. Nossas vidas são compostas predominantemente de respostas privadas a ambientes privados(...). Estava claro que qualquer abordagem clínica que não levasse esses “eventos privados” a sério estaria perdendo uma oportunidade importante de entender e mudar comportamentos mal-adaptativos. (Ingram e Siegle, 2001) 5. Publicação de estudos que consideraram os tratamentos cognitivo-comportamentais tão ou mais efetivos que as abordagens estritamente comportamentais Terapia Cognitiva: 1. A Cognição afeta o comportamento 2. A Cognição pode ser monitorada e alterada 3. A mudança comportamental desejada pode ser efetuada por meio da mudança cognitiva A TCC é um híbrido de estratégias comportamentais e processos cognitivos, com o objetivo de levar à mudança comportamental e cognitiva COGNIÇÕESAFETOCOMPORTAMENTO Diversidade de princípios e procedimentos (diferentes orientações teóricas) · “A T.C. se fundamenta na racionalidade teórica subjacente de que o afeto e o comportamento de um indivíduo são em grande parte determinados pelo modo como ele estrutura o mundo”. · “As cognições (“eventos” verbais ou pictórios no fluxo de consciência) baseiam-se em atitudes ou pressuposições (esquemas) desenvolvidos a partir de experiências anteriores”. · “O terapeuta cognitivo ajuda o paciente a pensar e agir de forma mais realística e adaptativa em relação aos seus problemas psicológicos e, deste modo, reduz os sintomas”. (Beck, 1967) Terapeuta continuamente ativo – interage deliberadamente com o paciente, com o seu (do paciente) engajamento e colaboração. Paciente colabora na formulação do plano terapêutico · Relevância das recordações da infância – esclarecimento das observações atuais (compreensão sobre a origem da formação das crenças disfuncionais) · Objetivo fundamental: Investigar pensamentos e sentimentos do paciente durante e entre as sessões de terapia Investigação empírica dos P.A´s, inferências, conclusões e pressuposições do paciente · Diferença com a Terapia Comportamental: Maior ênfase sobre as experiências internas (mentais), como pensamentos, sentimentos, devaneios, pressupostos, atitudes · Terapeuta formula as idéias e crenças disfuncionais do paciente sobre si mesmo, suas experiências e seu futuro em hipóteses para passar a testar a realidade destas hipóteses de forma sistemática Pressuposições gerais sobre as quais a TC se baseia: (Beck, 1967) 1. A percepção e a experiência em geral são processos ativos que envolvem tanto a inspeção quanto a introspecção. 2. O modo como uma pessoa avalia uma situação geralmente fica evidente em suas cognições (pensamentos e imagens visuais). 3. Estas cognições constituem o “fluxo de consciência” ou campo fenomenal da pessoa, que reflete a configuração de si próprio, do seu mundo, do seu passado e do seu futuro. 4. Alterações no conteúdo das estruturas cognitivas subjacentes da pessoa afetam seu estado afetivo e padrão comportamental. 5. Através da terapia um paciente pode tornar-se ciente de suas distorções cognitivas. 6. A correção destes construtos disfuncionais falhos pode conduzir a uma melhora clínica. Modelos Cognitivos: Perspectiva histórica · Origens filosóficas da Terapia Cognitiva – filósofos estóicos (Zenão de Citium (séc 4 a.C.), Crisipo, Sêneca, Cícero, Epíteto e Marco Aurélio. · “Os homens são perturbados não pelas coisas, mas pelas opiniões que extraem delas”. (Epíteto) · O controle dos mais intensos sentimentos pode ser obtido através da mudança de nossas idéias. · Alfred Adler – Compreensão do paciente dentro do arcabouço de suas próprias experiências conscientes. · “Nós não sofremos o choque das nossas experiências – o assim chamado trauma – mas nós extraímos delas o que serve aos nossos propósitos. Nós somos auto-determinadospelo sentido que damos às nossas experiências; e, provavelmente, há sempre um pequeno erro envolvido quando tomamos determinadas experiências como base da nossa vida futura. Os significados não são determinados por situações, mas nós determinamos a nós mesmos através dos significados que damos às situações”. (Adler, 1931) · Influência da abordagem fenomenológica – Kant, Heidegger e Husserl Ênfase filosófica sobre a experiência subjetiva consciente · Influência de Psicólogos do Desenvolvimento Piaget · Obra de Albert Ellis (1957) – Terapia Racional Emotiva – Grande impulso ao desenvolvimento da Terapia Cognitivo-comportamental ( Consequências emocionais (C ) ) ( Evento ambiental ativador (A) ) ( Crença irracional Interveniente ( Belief ) (B) ) Desenvolvimento do Modelo Cognitivo da Depressão de Beck · Evoluiu a partir de observações clínicas sistemáticas e de testagem experimental · Modelo Cognitivo postula 3 conceitos específicos para explicar o substrato psicológico da Depressão: 1) Tríade Cognitiva 2) Esquemas 3) Erros Cognitivos · Conceito de TRÍADE COGNITIVA – 3 padrões cognitivos maiores que induzem o paciente a considerar a si mesmo, seu futuro e suas experiências de uma forma idiossincrásica VISÃO NEGATIVA DE SI MESMO: (defeituoso, inadequado, doente, carente, etc) VISÃO NEGATIVA DE MUNDO: (mundo fazendo exigências exorbitantes sobre si mesmo e apresentando obstáculos insuperáveis para atingir suas metas de vida) VISÃO NEGATIVA DE MUNDO: (projeções a longo prazo – dificuldades, frustrações e privações incessantes) · Conceito de Esquemas – padrão de cognições estáveis que conceituaas situações “Quando uma pessoa se defronta com uma circunstância específica, um esquema relacionado à circunstância é ativado. O esquema é a base para moldar os dados em cognições. Um esquema, portanto, constitui a base para extrair, diferenciar e codificar os estímulos que confrontam o indivíduo. Ele categoriza e avalia suas experiências através de uma matriz de esquemas”. (Beck, 1967) · Conceito de Erros Cognitivos – erros sistemáticos do pensamento, processamento falho das informações DISTORÇÕES COGNITIVAS ROTULAÇÃO DAS DISTORÇÕES COGNITIVAS: CATASTROFIZAÇÃO: Se eu perder o controle será meu fim... Não conseguirei suportar esta situação... RACIOCÍNIO EMOCIONAL: Sinto que sou um fracasso... Sinto que estou tenho um enfarto... PENSAMENTO DICOTÔMICO ABSOLUTISTA Tudo que planejo dá errado... Se não conseguir tirar 10 não valerá a pena o esforço... ABSTRAÇÃO SELETIVA As pessoas em geral não gostam de mim... A avaliação que recebi foi negativa... LEITURA MENTAL: Ele me acha gorda... Sei que me acham inoportuna... HIPERGENERALIZAÇÃO: Sempre estrago tudo... Não tenho sorte na vida... ADIVINHAÇÃO: Não passarei no concurso... Meu plano não dará certo... ROTULAÇÃO: Sou incompetente... Ele é uma pessoa ruim... DESQUALIFICAÇÃO DO POSITIVO: Tirei boa nota, mas também a prova foi fácil... Ele só me elogiou por que tem pena de mim... PERSONALIZAÇÃO: O namoro não deu certo por culpa minha... Ela estava chateada, devo ter deito algo errado... IMPERATIVOS: Tenho que ter controle... Devo ser perfeito... VITIMIZAÇÃO: Faço tudo pelos outros e não me reconhecem... Não sei mais o que faço para agradar... Não entendem o que eu sinto... QUESTIONALIZAÇÃO:Se eu não tivesse dito aquilo, não estaria nessa situação agora... Se eu fosse magra, as coisas seriam diferentes... Níveis de Cognição Crenças Centrais “Eu não sou uma pessoa atraente” Crenças Intermediárias Regra: “Eu deveria ser capaz de enfrentar todos os meus problemas sem comer doces” Atitude: “Ser gorda é o fracasso total” Suposições: “Como aparência é fundamental, ninguém gosta de mim” “Se eu emagrecer todos os meus problemas irão se resolver” “Se eu for magra, as pessoas me respeitarão”. CRENÇAS CENTRAIS (Beck, J., 1997) É uma idéia, não necessariamente uma verdade Estão enraizadas nos eventos da infância e pode ou não ter sido verdadeira no momento em que o paciente imediatamente veio a acreditar nela Se pode, com convicção, acreditar nisso, até mesmo “sentir” Continua a ser mantida através da operação dos seus esquemas, nos quais a paciente prontamente as reconhece em forma de dados que a apóiam enquanto ignora ou reduz dados em contrário. Paciente e terapeuta podem usar uma variedade de estratégias ao longo do tempo para mudar essa idéia,de modo que a paciente possa ver a si mesma de uma forma mais realista. CATEGORIAS DE CRENÇAS CENTRAIS DESAMPARO DESVALOR DESAMOR Eu sou desamparado. Eu sou inadequado. Eu não sou capaz de ser amado. Eu sou impotente. Eu sou ineficiente Eu sou indesejável. Eu estou fora de controle Eu sou incompetente. Eu não sou atraente. Eu sou fraco. Eu sou um fracasso. Ninguém me quer. Eu sou vulnerável. Eu sou desrespeitado. Ninguém liga para mim Eu sou carente. Eu estou sem saída. Eu sou desrespeitado. Eu não sou bom suficiente. Eu sou mau. Eu sou rejeitado. CRENÇAS CENTRAIS Crença antiga Nova crença central Eu não sou (completamente) querida Eu sou geralmente uma pessoa querida Eu sou má. Eu sou uma pessoa digna com características positivas negativas. Eu sou impotente. Eu tenho controle sobre muitas coisas. Eu não sou perfeita. Eu sou normal, tanto com pontos fortes como com pontos fracos. CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS ATITUDE: É insuportável ser rejeitada;; REGRA Eu devo sempre agradar os outros. SUPOSIÇÕES: (positiva) Se agrado, sou amada. (negativa) Se eu não agradar o tempo todo, não consigo ser amada. Identificação das Crenças Intermediárias (Beck, J., 1997) · Reconhecimento de quando uma crença foi expressa como um pensamento automático T: O que passou pela sua cabeça quando você recebeu o teste corrigido? P: Que eu deveria ter ido melhor. Eu não sei fazer nada direito. Eu sou muito incapaz. (crença central). · Organizando a primeira parte de uma suposição T: Então, você teve o pensamento”Eu terei que ficar acordada a noite toda trabalhando”. P: Sim. T: E se você não trabalhar tão arduamente quanto você pode em um trabalho ou em um projeto... P: Então, eu não dei o melhor de mim. Eu fracassei. T: Isso soa familiar a respeito do que nós conversamos antes na terapia? É assim que você vê geralmente os seus esforços, que, se você não trabalha tão duro quanto você é capaz, então você fracassou? P: Sim, eu acho que sim. T: Você pode dar-me mais alguns exemplos para que eu possa ver o quanto está difundida essa crença? Obtendo diretamente uma regra ou atitude T: Então, é bastante importante para você sair-se realmente bem no seu trabalho voluntário? P: Sim... T: Você lembra que nós conversamos sobre esse tipo de coisa antes: ter que fazer as coisas muito bem? Você tem uma regra em relação a isso? P: Oh... Eu não havia realmente pensado sobre isso... E acho que eu tenho que fazer o que quer que faça realmente bem. Usando a técnica da flecha descendente (Burns, 1980) 1. Identifica-se o pensamento automático chave 2. Questiona-se o sentido dessa cognição... SIGNIFICADO DO PENSAMENTO CRENÇA INTERMEDIÁRIA CRENÇA CENTRAL Seta descendente “Nunca conseguirei dar conta de cuidar dos meus filhos e do meu trabalho ao mesmo tempo” (PA) “Eu deveria conseguir fazer isso por mim mesma” (Regra) “É vergonhoso pedir ajuda” (Atitude) “Se eu pedir ajuda as pessoas me acharão uma fraca” (Suposição) Uma pessoa fraca é uma fracassada (Crença Central)