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Soluções Acessíveis: experiências inclusivas no IFRS, de Andréa Poletto Sonza, Bruna Poletto Salton e Jair Adriano Strapazzon (Org.), está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial- SemDerivações 4.0 Internacional http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/ http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/ Soluções Acessíveis Experiências Inclusivas no IFRS Organizadores: Andréa Poletto Sonza Bruna Poletto Salton Jair Adriano Strapazzon Bento Gonçalves – RS 2014 2 © 2014 Andréa Poletto Sonza, Bruna Poletto Salton, Jair Adriano Strapazzon Presidência da República Federativa do Brasil Ministério da Educação Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul Pró-Reitoria de Extensão Organizadores: Andréa Poletto Sonza, Bruna Poletto Salton, Jair Adriano Strapazzon Revisão Geral: Rita Accorsi Apoio Técnico: Getúlio Jorge Stefanello Júnior, Lael Nervis, Anderson Dall Agnol, Juliana Meneguzzo Capa: Alexandra Ungaratto e Diego Cechin Sisnandes Tiragem: 500 Dados da Catalogação na Publicação S691 Soluções acessíveis: experiências inclusivas no IFRS / organização de Andréa Poletto Sonza, Bruna Poletto Salton, Jair Adriano Strapazzon Porto Alegre: Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas (CORAG), 2014. 268 p.: il. ISBN: 978-85-7770-268-8 1. Acessibilidade. 2. Inclusão. 3. Arquitetura. 4. Tecnologia Assistiva. 5. Educação. I. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – IFRS. II. Sonza, Andréa Poletto. III. Salton, Bruna Poletto. VI. Strapazzon, Jair Adriano. V. t. CDU 376:72-056.26 Catalogação elaborada pela Biblioteca da Secretaria da Administração e dos Recursos Humanos/SARH. Bibliotecária responsável: Adriana Arruda Flores, CRB10-1285. Responsável pelos dados técnicos: Maria Helena Bueno Gargioni APRESENTAÇÃO O livro “Soluções Acessíveis” apresenta o trabalho coletivo desenvolvido nos NAPNEs (Núcleos de Atendimento às Pessoas com Necessidades Especiais) e no Projeto de Acessibilidade Virtual do IFRS, enfatizando, como o próprio título diz, soluções e exemplos de produtos e serviços de Tecnologia Assistiva, além de materiais didático- pedagógicos e espaços físicos e virtuais acessíveis, que podem determinar o sucesso da inclusão escolar e sociodigital de Pessoas com Deficiência (PcD). Os artigos estão agrupados em blocos de forma a facilitar a leitura, compreensão e utilização por parte do leitor. Na primeira parte do livro encontraremos artigos contemplando a acessibilidade física e virtual, apresentando métodos e ferramentas de avaliação tanto no ambiente físico do IFRS como nos espaços virtuais. O principal objetivo é apresentar ao leitor caminhos e metodologias para se chegar a espaços com um bom nível de acessibilidade em todos os sentidos. A segunda parte refere-se à produção de materiais didático-pedagógicos, de fácil fabricação e manuseio, para utilização por profissionais da educação envolvidos no desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem de PcD ou com dificuldades de aprendizagem. Na sequência, é abordada a utilização/aplicação de produtos de Tecnologia Assistiva que tiveram resultados positivos no desenvolvimento cognitivo, social e digital, apresentando casos de sucesso em diferentes câmpus do IFRS. Por último, são apresentados três artigos com um “passo-a-passo” da construção de produtos de Tecnologia Assistiva de baixo custo, muitas vezes essenciais para que pessoas com limitações físico-motoras possam interagir nos espaços digitais com autonomia e independência. A inclusão das pessoas com deficiência, em seus diversos aspectos, é de fundamental importância para o crescimento individual, e consequentemente, social de nosso país. O livro “Soluções Acessíveis” é apenas um esboço do que pode ser feito, retratando a realidade do IFRS. A dedicação e carinho de todas as pessoas envolvidas na produção dessa obra objetiva, aquém de soluções, a reflexão e engajamento de toda a sociedade na busca da equidade e justiça social há tanto tempo estudada, buscada e esperada. Boa leitura! SUMÁRIO Checklist de Averiguação da Acessibilidade no IFRS ____________________________________________ 5 Avaliação Manual de Acessibilidade no Projeto de Acessibilidade Virtual do IFRS ___________________ 33 Criação de Documentos Digitais Acessíveis __________________________________________________ 49 Dedução de Área das Figuras Geométricas Planas – Uma Forma Inclusiva _________________________ 70 Material Tátil-visual para o Ensino de Física _________________________________________________ 89 Paralisia Cerebral – Comunicação Alternativa ______________________________________________ 101 Educação de Surdos ___________________________________________________________________ 116 Em Busca de Soluções Acessíveis para a Comunidade da Restinga, Porto Alegre, RS ________________ 129 Inclusão Educacional, Informacional e Profissional da Pessoa com Deficiência no IFRS: o case AC _____ 140 Descobertas de um Aluno com Deficiência Visual e suas Primeiras Experiências com o Computador ___ 159 O Papel do Psicopedagogo na Educação Inclusiva e o Uso das TICs ______________________________ 171 Tutorial para Conversão de Arquivos para o Formato Daisy ___________________________________ 185 ACALM – Assistente de Comunicação Alternativa e Aumentativa Móvel _________________________ 194 Produção de um Acionador Capacitivo de Baixo Custo ________________________________________ 203 Produção de uma Colmeia de Teclado de Baixo Custo ________________________________________ 224 Desenvolvimento de Tecnologia Social Assistiva de Baixo Custo ________________________________ 241 Checklist de Averiguação da Acessibilidade no IFRS Ana Sara Castaman 1 Andréa Poletto Sonza 2 Ivair Nilton Pigozzo 3 Jair Adriano Strapazzon 4 Luiza Ludwig Loder 5 Milene Gehling Liska 6 Vinícius Lousada 7 Resumo Este artigo tem como objetivo compartilhar com a comunidade acadêmica e com a sociedade em geral o Checklist de averiguação da acessibilidade dos câmpus que compõem o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – IFRS. O documento, elaborado pelo Grupo de Trabalho da Reitoria do IFRS, teve seu início em 2012, foi aprimorado em 2013 e atualmente está sendo aplicado nos câmpus da instituição. O estudo que culminou com esse objeto baseou-se em vasta e diversa bibliografia sobre o tema, como normas técnicas, monografias acadêmicas, formulários e demais roteiros de vistoria elaborados por outros órgãos públicos. O roteiro, em formato de Checklist, busca ser um ponto de partida para identificar as condições de acessibilidade dos câmpus que constituem o IFRS, tendo em vista fornecer à gestão subsídios para uma perspectiva de qualidade do ensino que seja inclusiva. Palavras-chave: Educação Profissional e Tecnológica; Acessibilidade; Pessoas com Deficiência e/ ou Mobilidade Reduzida. Introdução Este trabalho tem a finalidade de apresentar a construção de um documento de rápida e fácil aplicação, intitulado de checklist, que contempla os mais variados aspectos que devem ser analisados em edificações existentes, novas e antigas. Visa verificar a acessibilidade dos câmpus do IFRS, demanda apresentada pelo Comitê de Ensino (COEN)8 tendo em vista a promoção da acessibilidade no IFRS e seu impacto na avaliação dos CursosSuperiores. A questão da acessibilidade física, urbana e rural, em especial em escolas públicas, constitui-se uma das atuais prioridades das políticas governamentais, tanto que se tornou um item na planilha de avaliação do Ministério da Educação para credenciamento de escolas, autorização de novos cursos e reconhecimento destes. O desafio da equipe que implementou/adaptou o referido checklist, e que agora está aplicando 1 Psicóloga e Docente do IFRS – Câmpus Sertão [ana.castaman@sertao.ifrs.edu.br] 2 Assessora de Ações Inclusivas – Pró-Reitoria de Extensão do IFRS [andrea.sonza@ifrs.edu.br] 3 Técnico em Assuntos Educacionais - Pró-Reitoria de Ensino do IFRS [ivair.pigozzo@ifrs.edu.br] 4 Técnico em Assuntos Educacionais - Pró-Reitoria de Extensão do IFRS [jair.strapazzon@ifrs.edu.br] 5 Arquiteta e Urbanista da Coordenadoria de Projetos e Obras do IFRS – Câmpus Porto Alegre [luiza.loder@poa.ifrs.edu.br] 6 Arquiteta e Urbanista da Coordenadoria de Projetos e Obras do IFRS – Câmpus Porto Alegre [milene.liska@poa.ifrs.edu.br] 7 Pró-reitor Adjunto de Ensino do IFRS [vinicius.lousada@ifrs.edu.br] 8 O Comitê de Ensino consiste em órgão colegiado, consultivo e propositivo que tem a finalidade de colaborar com a Pró-Reitoria de Ensino para o desenvolvimento das políticas e ações do IFRS na área de ensino, conforme o artigo 2º de seu regimento (IFRS, 2010). 6 o mesmo nos câmpus, constituiu-se em, ao formar um grupo de trabalho, elaborar um checklist verificativo de condições de acessibilidade, de modo claro, objetivo, de fácil preenchimento e que, de fato, contemplasse todos os requisitos fundamentais para uma instituição de ensino acessível; tudo isso em num único documento. Para essa tarefa, levada a termo em algumas reuniões durante o ano e em trocas feitas por e-mail, foram utilizados como referência outros roteiros de verificação de acessibilidade internas e de demais órgãos e instituições públicas como o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul – CREA-RS, Promotorias de Justiça, cartilhas da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, decretos, leis e normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, referências no tema. A partir da aplicação desse checklist e conclusões, pautando posteriores reformas de adequação, pretende-se atingir a meta de tornar os câmpus do IFRS referências no que tange à questão de acessibilidade, para que venham a constituir uma instituição de Educação Profissional e Tecnológica para todos e todas. Entende-se como instituição de Educação Profissional e Tecnológica para todos e todas aquela que, desde o seu Projeto Pedagógico Institucional às práticas materializadas em seu âmbito, propugna uma educação inclusiva orientada pelos princípios do respeito à diferença, da igualdade de oportunidades e de condições de acesso, inclusão e permanência da garantia da educação pública, gratuita e de qualidade para todos, da defesa da interculturalidade, da integração com a comunidade escolar (IFRS, 2011), da laicidade e da formação humana na perspectiva da politecnia9. Nesse cenário, o artigo aqui apresentado divide-se em três partes, sendo a primeira intitulada “O contexto de elaboração do Checklist”, que apresenta como se constituiu o Grupo de Trabalho e como este se organizou para confeccionar o documento de verificação da acessibilidade; a segunda, “Acessibilidade como conceito e sua aplicação” aborda o conceito de acessibilidade e a possibilidade da autonomia e segurança no acesso para pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida; e, por fim, a terceira parte discute o objetivo geral e a metodologia de trabalho. 1. O contexto de elaboração do Checklist No contexto das ações governamentais brasileiras que visam à inclusão de pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida em todos os espaços públicos, o Ministério da Educação (MEC) tem tido especial atenção para a acessibilidade nas edificações de todas as escolas públicas federais, tanto as novas como as já existentes. Essa política fica explícita na Portaria 1.679, do MEC (BRASIL, 1999), que destaca a exigência de requisitos de acessibilidade para pessoas com deficiência na autorização, reconhecimento, pontuação de cursos, além de credenciamento de instituições. Para garantir tais condições de acesso e permanência de todos no Ensino Superior, a legislação vigente se baseia no Decreto 5.296 (BRASIL, 2004), o qual regulamenta a Lei 10.098/2000, que estabelece normas gerais e 9 A educação, na perspectiva da politecnia, pretende se constituir numa superação da educação para a profissionalização dos educandos estribada na lógica do mercado – hoje formadora de capital humano polivalente para o trabalho alienado diante das novas configurações tecnológicas. Assim, numa formação politécnica o educando se apropria dos fundamentos da técnica, de sua epistemologia e prática, num viés multilateral e, desse modo, pode estar habilitado para o trabalho não-alienado e, portanto, em condições de desenvolver modalidades diversas de trabalho em diferentes ângulos com conhecimento de causa, superando a clássica rotina de executor de tarefas. 7 critérios básicos para a promoção de acessibilidade das pessoas com deficiência e/ou com mobilidade reduzida, entre outras providências. Desse modo, verificou-se ser necessária a averiguação das condições de acessibilidade nos câmpus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – IFRS. A minuta do Grupo de Trabalho da Pró-Reitoria de Ensino referente ao tema “Acessibilidade” demonstra isso no trecho do documento: [...] Na reunião do Comitê de Ensino de 17 e 18 de julho do corrente foi apresentado por alguns membros a demanda por adequação dos câmpus do IFRS em relação à acessibilidade requerida na avaliação dos cursos superiores e para a qualidade dos processos educativos das pessoas com deficiência. Desse modo, o encaminhamento definido pela PROEN junto aos diretores de ensino dos câmpus foi constituir um Grupo de Trabalho que subsidiasse a PROEN produzindo um instrumento para verificação da acessibilidade dos câmpus, conforme a legislação vigente, que resultará em um relatório das condições de acessibilidade do IFRS para essa pró-reitoria e para as direções dos câmpus (IFRS, 2012). O referido Grupo de Trabalho é composto por servidores federais que possuem conhecimento em diversas áreas que abrangem a acessibilidade, sendo componentes do grupo Ana Sara Castaman (Psicóloga e Docente - Câmpus Sertão), Andréa Poletto Sonza (Assessora de Ações Inclusivas – PROEX), Ivair Nilton Pigozzo (Técnico em Assuntos Educacionais - PROEN), Luiza Loder (Arquiteta e Urbanista - Câmpus Porto Alegre), Milene Gehling Liska (Arquiteta e Urbanista - Câmpus Porto Alegre), Vinícius Lousada (Pró-reitor Adjunto de Ensino). Na minuta do Grupo de Trabalho de Acessibilidade, cita-se que em 17 de Janeiro de 2012, o secretário da SETEC/MEC, Sr. Eliezer Moreira Pacheco, solicitou a todos os dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica, por meio do ofício Circular nº 05/2012/CGMA/DEPEPT/SETEC/MEC, o acompanhamento dos projetos arquitetônicos e execução de obras junto aos câmpus na observação das normas de acessibilidade por parte das equipes dos NAPNEs (Núcleos de Atendimento às Pessoas com Necessidades Especiais) dos Institutos Federais, sendo coerente com o documento “Referenciais de Educação Inclusiva para a Educação Profissional e Tecnológica”, elaborado no Seminário Nacional dos NAPNEs ocorrido em Brasília no período de 22 a 24 de novembro de 2011 (IFRS, 2012). A construção desse Grupo de Trabalho vem ao encontro do Projeto Pedagógico Institucional do IFRS: [...] que estabelece como diretriz uma política de acessibilidade em sintoniacom as diretrizes legais que estabelecem o direito das pessoas com necessidades especiais à igualdade de condições de acesso e permanência, com atendimento especial, além de estar de acordo com os princípios da ação inclusiva do IFRS, tais como: o respeito à diferença; a igualdade de oportunidades e de condições de acesso, inclusão e permanência; a garantia da educação pública, gratuita e de qualidade para todos; a defesa da interculturalidade; a integração com a comunidade escolar (IFRS, 2011). 2. Acessibilidade como conceito e sua aplicação Para que se compreenda o conceito de acessibilidade é importante conhecer o contexto histórico em que essa surge e os demais desdobramentos do conceito, criando 8 novas legislações federais. De acordo com a Lei 10.098 (BRASIL, 2000), que estabelece as normas gerais e os critérios básicos para a promoção da Acessibilidade às pessoas com deficiência, a palavra Acessibilidade é definida por: Possibilidade e a condição de utilizar, com segurança e autonomia, os edifícios, o espaço, o mobiliário e os equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida (BRASIL, 2000). Mazzoni (2001), em complemento, contextualiza historicamente a acessibilidade: [...] no início dos anos 60, quando surge, na área da arquitetura, tanto nos EUA quanto na Europa, o conceito de projetos livres de barreiras, focado principalmente na deficiência física, em particular nos problemas de circulação que afetam as pessoas usuárias de cadeira de rodas. Nos anos 90, a disseminação do uso da rede internet trouxe novas possibilidades e expectativas em [...] tecnologia assistiva (MAZZONI, 2001, p.30). No espaço físico, mais especificamente, apresenta-se o conceito de projetos livres de barreiras que evolui para o conceito atual do desenho para todos ou Desenho Universal, cuja intenção é a do pensamento de projetar e construir visando a utilização dos ambientes por todos. Quanto às normas de acessibilidade, o Brasil dispõe de uma variação delas, em destaque estão a NBR 9050 (BRASIL, 2004), que dispõe de normas quanto a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, e a NBR 15599 (BRASIL, 2008) que trata da Acessibilidade em comunicação na prestação de serviços. A Norma Brasileira NBR 9050 (BRASIL, 2004) define acessibilidade como “a possibilidade de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos”. E ainda diferencia os espaços com as seguintes definições: ACESSÍVEL, sendo o espaço ou mobiliário que possa ser alcançado, acionado, utilizado por qualquer pessoa; ADAPTÁVEL, o espaço ou mobiliário cujas características podem ser alteradas a fim de torná-lo acessível; ADAPTADO, sendo o espaço ou mobiliário em que as características originais foram alteradas visando tornarem-se acessíveis, e ADEQUADO, o espaço ou mobília que teve suas características originalmente planejadas para serem acessíveis. Nesse cenário, a situação ideal é a de um espaço ADEQUADO e ACESSÍVEL. Mas, na arquitetura, isso só é possível no caso de edificações novas. Portanto, nessa averiguação a meta do Grupo de Trabalho é apontar alternativas visando uma das duas situações: espaços ACESSÍVEIS (câmpus novos) e espaços ADEQUADOS (câmpus existentes). 3. Objetivo geral do trabalho e metodologia adotada Esse trabalho tem o intuito de: servir de base para que os novos câmpus sejam projetados acessíveis, sem necessidade de adaptações posteriores para se adequar ao desenho universal e apresentar os principais apontamentos que se constituem barreiras de acesso para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida nos câmpus existentes. Como metodologia utilizada, estão sendo realizadas visitas aos doze câmpus do IFRS em equipe de no mínimo duas pessoas do GT-Acessibilidade. O objetivo é executar a 9 coleta de dados in loco, conhecimento e levantamento métrico e fotográfico das áreas físicas destes, além de elaborar, ao final de cada visita, um relatório com informações e observações gerais que acompanharão o checklist preenchido. Esse relatório visa mencionar os problemas encontrados e apontar soluções possíveis, tecnicamente, aos diretores de câmpus, para que estes possam dar andamento no processo de melhorias e adaptação do espaço, para torná-lo o mais acessível possível, ou seja, ADEQUADO ou ACESSÍVEL. Em termos de cronograma de estudo, tem-se a intenção de fazer as visitas, elaborar relatórios, discussão e fechamento do trabalho em doze meses, sendo, em média, estipulada uma visita de câmpus por mês. Ao final, o Grupo de Trabalho (GT) irá produzir um documento único com todos os levantamentos, conclusões e indicativos de melhoria por câmpus para que, por meio desse documento, seja possível unificar, padronizar e gerar unidade entre os câmpus no que se refere a adaptações dos espaços físicos para atender a todos e todas. O GT tem a expectativa de que esse documento gerado seja um instrumento fundamental para a transformação do IFRS numa instituição de ensino referência em termos de acessibilidade universal. 3.1 Checklist a ser aplicado nos câmpus do IFRS O checklist de acessibilidade física que segue (Tabela 1) toma como base principal o Roteiro de Vistoria do CREA-RS (2004). A partir desse checklist foram feitas alterações de acordo com a realidade dos câmpus e reitoria do IFRS. Além disso, foram incluídos outros itens que são apontamentos relacionados à acessibilidade à informação, mobiliários, equipamentos, bem como a disponibilização de recursos de Tecnologia Assistiva nas dependências dos câmpus. 10 Tabela 1 - Checklist de Acessibilidade a ser aplicado no IFRS CHECKLIST ACESSIBILIDADE IFRS Calçadas (Item 6.1 e 6.10 da NBR9050/04) Descrição Sim Não Parcialmente Não se aplica Observações 01. Tem largura mínima de 120cm (circulação de uma pessoa em pé e outra em uma cadeira de rodas)? 02. No caso de faixa gramada junto ao meio fio, a faixa pavimentada tem largura mínima de 150cm? 03. O Revestimento no piso é antiderrapante? 04. O Revestimento do piso é contínuo, sem ressaltos ou depressões? 05. O Revestimento no piso tem superfície regular, firme e estável, sem provocar trepidações? 06. A Inclinação transversal do piso é de no máximo 3%? 07. A calçada possui inclinação longitudinal de até 5%? 08. Se a calçada possui inclinação longitudinal maior que 5%, esta inclinação é menor que 12,5%? 09. A calçada tem inclinação contínua? 10. Se existirem degraus em qualquer das inclinações, assinale a opção não. 11. Os degraus têm espelhos com altura máxima de 18cm e piso mínimo de 28cm? 12. Se existirem obstáculos como caixas de coleta, lixeiras, telefones públicos e outros, estes obstáculos estão fora do espaço de passagem de pedestres? 13. Obstáculos aéreos, como marquises, placas, toldos, e vegetação, estão localizados a uma altura superior a 210cm? 14. A acomodação do acesso de veículos é feita exclusivamente dentro do imóvel, de forma a não criar degraus ou desníveis abruptos na calçada? 15. No alinhamento entre a calçada e o lote particular, o portão de garagem ou portão de acesso à área privativa, abre para o interior do lote? 16. Junto ao portão da garagem ou ao portão de acesso à área privativa há sinalizador que emite luz e som para alertar os pedestres quando os carros entram e saem? 17. O semáforo, se existir, em frente à escola possui sinalizador sonoro? 18. O semáforo, se existir, em frente à escola possui uma luz com cronômetro de abertura de sinal? Anotações e Observações I. Largura de faixa da calçada:II. No caso de estreitamento da calçada, informe a largura mínima pavimentada: III. Inclinação transversal da calçada: IV. Inclinação longitudinal da calçada: 11 V. No caso de degraus, informe as dimensões do(s) degrau(s) isolado(s): VI. No caso de obstáculos, identifique-o(s): Rebaixamento de Calçada (Item 6.10.11 da NBR9050/04) Descrição Sim Não Parcialmente Não se aplica Observações 01. Nas calçadas em locais com faixa destinada á travessia de via pública por pedestres, há rebaixamento do meio-fio e rampa sobre a calçada? 02. Há faixa de circulação plana livre e contínua na calçada em frente à rampa? 03. A faixa de circulação na calçada em frente à rampa tem, no mínimo, 80cm de largura? 04. A rampa possui largura mínima de 120cm? 05. As bordas laterais da rampa são afuniladas e rampadas, não existindo degraus entre os pisos da rampa e da calçada, ou há obstáculos laterais como jardins ou guarda-corpos? 06. As bordas laterais da rampa têm 50cm de largura na sua maior dimensão? 07. Há continuidade entre o piso da rampa e da via pública, sem interrupção por degraus? 08. O piso da rampa é revestido com material antiderrapante? 09. Há faixa de sinalização tátil de alerta com textura e cor diferenciada no piso da rampa com largura entre 25cm e 50cm? Coletores (Itens 6.1 e 6.10 da NBR9050/04) Descrição Sim Não Parcialmente Não se aplica Observações 01. Nas grades e ralos, o espaço máximo entre barras é de 1,50cm? 02. As grelhas são embutidas no piso, sem alterar o nivelamento deste? 03. Em caso de grelhas salientes, a altura máxima do ressalto é 1,5cm? 04. As grelhas estão dispostas transversalmente à direção do movimento? Anotações e Observações I. Dimensão do espaço entre as barras das grelhas: II. Altura das grades em relação ao piso, se for saliente: Circulação Externa (Itens 4.3.1, 5.9.1, 6.6 e 6.10.4 da NBR9050/04) Descrição Sim Não Parcialmente Não se aplica Observações 01. Nas grades e ralos, o espaço máximo entre barras é de 1,50cm? 12 02. Os pisos são antiderrapantes sob quaisquer condições? 03. Os espaços de circulação externa têm uma faixa livre com largura mínima de 120cm para circulação de uma pessoa em pé e outra em uma cadeira de rodas? 04. A inclinação transversal máxima do piso da circulação é de 3%? 05. O piso é plano, com desnível máximo de 0,5cm? 06. Onde há desníveis entre 0,5cm e 1,5cm, há rampa com inclinação máxima de 50%? 07. Onde há degraus, maiores que 1,5cm, e escadas, há rampa ou equipamento eletromecânico vencendo o mesmo desnível? 08. As zonas de circulação estão livres de obstáculos como caixas de coletas, lixeira, floreiras, telefones públicos, extintores de incêndio e outros? 09. Placas de sinalização e outros elementos suspensos que tenham sua projeção sobre a faixa de circulação estão a uma altura mínima de 210cm em relação ao piso? 10. Há piso tátil sob o mobiliário suspenso? Circulação Interna (Item 6.9 da NBR9050/04) Descrição Sim Não Parcialmente Não se aplica Observações 01. Se a extensão do corredor é de 4,00m, a sua largura mínima é de 0,90m? 02. Se a extensão do corredor é de 4,00m até 10,00m, a sua largura mínima é de 1,20m? 03. Os espaços de circulação externa têm uma faixa livre com largura mínima de 120cm para circulação de uma pessoa em pé e outra em uma cadeira de rodas? 04. A inclinação transversal máxima do piso da circulação é de 3%? 05.O piso dos corredores e passagens é revestido com material não escorregadio? Portas Descrição Sim Não Parcialmente Não se aplica Observações 01. As portas têm vão livre mínimo de 80cm? 02. As portas de duas ou mais folhas possuem pelo menos uma das folhas com vão livre de 80cm? 03. As portas estão dispostas de madeira a permitir sua completa abertura? 04. As maçanetas são do tipo alavanca? 13 05. As maçanetas possuem altura entre 90cm e 110cm? 06. As portas podem ser abertas com um único movimento? 07. Há uma largura mínima de 150cm em frente à porta (lado da abertura)? 08. Há alguma largura mínima de 120cm em frente à porta (lado contrário à abertura)? 09. Há espaço lateral à porta (lado da abertura) de no mínimo 60cm? 10. No caso de locais de hospedagem ou de saúde, há puxador horizontal com comprimento igual a metade da largura da porta? 11. O desnível máximo nas soleiras das portas é de 0,5cm de altura? 12. No caso de portas de vidro, essas possuem uma marcação contrastante? Anotações e Observações I. Largura da porta: II. Tipo de maçaneta ou puxador: III. Altura do desnível na soleira: Refeitório e Cantina Descrição Sim Não Parcialmente Não se aplica Observações 01. O refeitório está localizado em rota acessível? 02. As áreas de circulação principais do refeitório têm largura mínima de 1,20m? 03. A circulação entre lugares das mesas do refeitório tem largura mínima de 90cm? 04. As mesas para refeições possuem altura da superfície entre 75cm e 85cm? 05. 5% das mesas, ou no mínimo 1, possuem altura entre 75 e 85cm? 06. 5% das mesas, ou no mínimo 1, possui recuo nos pés de no mínimo 50cm (aceitável 30cm) ou nos cantos, de modo que não interfiram no uso por pessoas em cadeira de rodas? 07. As mesas permitem aproximação frontal da cadeira de rodas, com uma altura mínima livre de 73cm embaixo da superfície de refeição? 08. Mesas ou superfícies para refeições possuem profundidade livre para aproximação frontal de no mínimo 50cm? 09. Há um módulo de referência de 80cm x 120cm para aproximação frontal da mesa? 10. As mesas são apropriadas ao uso de pessoas em cadeira de rodas? 11. Os balcões de atendimento possuem altura da superfície de no máximo 90cm? 12. Os balcões de atendimento possuem largura mínima 90cm (aceitável 80cm)? 14 13. Os balcões de atendimento permitem aproximação frontal da cadeira de rodas, com uma altura livre mínima de 73cm embaixo da superfície de trabalho? 14. Os balcões de atendimento possuem profundidade livre de aproximação de no mínimo 30cm? 15. Há módulos de referência de 80cm x 120cm para aproximação frontal ao balcão? 16. Os guichês para entrega de bandejas e pagamento (caixa) possuem altura máxima de 75 a 85cm em relação ao piso? Anotações e Observações I. Tipo de mobiliário: II. Altura da superfície de trabalho: mesa, balcão e guichê: III. Altura livre embaixo do balcão ou superfície de trabalho: IV. Profundidade livre sob a superfície de trabalho: mesa, balcão e guichê: Mobiliário e Layout - Salas de Aula e Laboratórios de Ensino Descrição Sim Não Parcialmente Não se aplica Observações 01. O laboratório está localizado em rota acessível? 02. As áreas de circulação principais do laboratório têm largura mínima de 1,20m? 03. A circulação entre lugares das mesas do laboratório tem largura mínima de 90cm? 04. As mesas dos laboratórios possuem altura de superfície de trabalho entre 75cm e 85cm? 05. As mesas dos laboratórios permitem aproximação frontal da cadeira de rodas, com altura livre mínima de 73cm embaixo da superfície de trabalho? 06. Mesas ou superfícies dos laboratórios para trabalho possuem profundidade livre para aproximação frontal de no mínimo 50cm? 07. Há um módulo de referência de 80x120cm para aproximação frontal das mesas dos laboratórios? 08. As mesas dos laboratórios sãoapropriadas para uso de pessoas em cadeira de rodas? 09. As salas de aula estão localizadas em rota acessível? 10. As áreas de circulação principal das salas de aula têm largura mínima de 1,20m? 11. A circulação entre os lugares das mesas das salas de aula têm largura mínima de 90cm? 12. As mesas das salas de aula possuem altura da superfície de trabalho entre 75 e 85cm? 13. As mesas das salas de aula permitem aproximação frontal da cadeira de rodas, com uma altura livre mínima de 73cm embaixo da superfície de trabalho? 14. Mesas ou superfícies das salas de aula para trabalho possuem profundidade livre para aproximação frontal de no mínimo 50cm? 15 15. Há um módulo de referência de 80cm x 120cm para aproximação frontal das mesas das salas de aula? 16. As mesas das salas de aula são apropriadas para o uso de pessoas em cadeira de rodas? Anotações e Observações I. Tipo de mobiliário: II. Altura da superfície de trabalho: mesa, balcão e guichê: III. Altura livre embaixo do balcão ou superfície de trabalho: IV. Profundidade livre sob a superfície de trabalho: mesa, balcão e guichê: Bibliotecas Descrição Sim Não Parcialmente Não se aplica Observações 01. A biblioteca está localizada em rota acessível? 02. As áreas de circulação principais da biblioteca têm largura mínima de 1,20m? 03. A circulação entre o mobiliário da biblioteca tem largura mínima de 90cm? 04. As mesas de estudo da biblioteca possuem altura de superfície de trabalho entre 75cm e 85cm? 05. As mesas de estudo da biblioteca permitem aproximação frontal da cadeira de rodas, com altura livre mínima de 73cm embaixo da superfície de trabalho? 06. Mesas ou superfícies para estudo possuem profundidade livre para aproximação frontal de no mínimo 50cm? 07. Há um módulo de referência de 80x120cm para aproximação frontal da mesa? 08. As mesas dos laboratórios são apropriadas para uso de pessoas em cadeira de rodas? 09. 5% das mesas, ou no mínimo 1, possui altura mínima entre 75 e 80cm, com vão livre de no mínimo 73cm do piso? 10. Os balcões de atendimento possuem altura de superfície de trabalho de no mínimo 90cm? 11. Os balcões de atendimento permitem aproximação frontal da cadeira de rodas, com uma altura livre mínima de 73cm embaixo da superfície de trabalho? 12. Os balcões de atendimento possuem profundidade livre de aproximação de no mínimo 30cm? 13. Há módulos de referência de 80x120cm para aproximação frontal ao balcão? 14. O guichê possui altura máxima de 105cm em relação ao piso? 15. As estantes e expositores dos itens do acervo estão dispostos a 90 graus em relação às janelas? 16. Existe área de aproximação junto às prateleiras de livros com largura de 80cm e comprimento de 1,20m (MR)? 16 17. Entre as estantes e entre os expositores dos itens do acervo há espaço mínimo necessário para passagem de um adulto e uma cadeira de rodas, conforme Módulo de Referência (MR) da NBR 9050 da ABNT? 18. Os computadores dos terminais de consulta possuem acessibilidade? 19. A biblioteca possui em seu acervo obras digitalizadas, em Braille ou em formato sonoro? 20. As normas da biblioteca são disponibilizadas em diferentes formatos (Braille, ampliado, digital, outros)? Bebedouro (Item 9.1 da NBR9050/04) Descrição Sim Não Parcialmente Não se aplica Observações 01. Se há bebedouro, pelo menos 1(um) deles possui altura máxima de 90cm? 02. Há uma altura livre inferior de no mínimo 73cm do piso? 03.Há um módulo de referência (80cm x 120cm) para aproximação frontal ao bebedouro? 04. Os bebedouros do tipo garrafão e filtros estão posicionados na altura entre 80cm e 120cm do piso? Anotações e Observações I. Altura da bica do bebedouro: II. Altura livre sob o bebedouro: Circulação Vertical - Elevadores (Item 6.1.7.1,6.8.2 e 6.9.2.1 NBR 9050/04 c/c NBR 13994/00) Descrição Sim Não Parcialmente Não se aplica Observações 01. A porta do elevador tem vão mínimo de 80cm? 02. O tempo de permanência da porta aberta está entre 5s e 15s? 03. O elevador tem dimensão mínima de cabine de 110cm por 140cm? 04. O revestimento do piso da cabine tem superfície dura e antiderrapante, permitindo uma fácil manobra da cadeira de rodas? 05. O piso da cabine tem cor contrastante com a do piso do pavimento? 06. Os botões de chamada externos têm dimensão mínima de 19mm, excluindo-se a aba? 07. Os botões de chamada externos e do painel de comando são providos de indicação visual para indicar cada chamada registrada que se extingue quando atendida? 08. Os comandos de emergência estão agrupados na parte inferior do painel de comando da cabine? 09. A altura do último botão no painel de comando está a uma altura máxima de 137cm, medida a partir do piso da cabine, com tolerância para mais ou para menos de 2,5cm? 17 10. A altura do primeiro botão no painel de comando está a uma altura mínima de 89cm, medida a partir do piso da cabine, com tolerância de 2,5cm? 11. Existe Marcação Braile de identificação do pavimento, colocada imediatamente abaixo da designação do pavimento? 12. Existe identificação do pavimento em ambos os lados dos batentes das portas em todos os pavimentos? 13. A dimensão mínima das letras e números das marcações dos comandos é de 1,6cm? 14. Os números das indicações do pavimento onde se encontra o elevador tem altura mínima 15. Há um corrimão fixado nos painéis laterais e de fundos de cabine? 16. Se há corrimão, a parte superior deste está a uma altura entre 89 e 90cm do piso acabado e com espaço livre entre o painel da cabine e corrimão de 4cm? 17. A cabine tem iluminação elétrica com no mínimo duas lâmpadas? 18. Os capachos embutidos no piso são nivelados com saliência menor que 0,5cm de altura? 19. Se há elevadores existentes, eles poderão sofrer alterações tecnicamente previstas na NBR 13.994/00? 20. Elevador que atenda as exigências da NBR 13.994/00 está identificado com o Símbolo Internacional de Acesso? Anotações e Observações I. Dimensão da cabine: II. Largura da Porta: III. Painel de comando interno: a) Diâmetro dos botões do comando interno: b) Altura do primeiro e do último botão de comando interno: c) Altura das letras dos comandos: d) Se há Braille ao lado dos comandos: e) Se há número em alto-relevo ao lado dos comandos: IV. Piso da cabine: V. Se há corrimãos na cabine: VI. Dimensão perpendicular do espaço em frente ao elevador: 18 Plataforma Elevatória (Item 6.8.3 e 6.8.4 da NBR9050/04) Descrição Sim Não Parcialmente Não se aplica Observações 01. Existe plataforma elevatória? 02. Se a plataforma é vertical e de percurso aberto o desnível a ser vencido em edificações de uso público ou coletivo é de até 2,00m? 03. Se a plataforma é vertical e de percurso fechado, o desnível a ser vencido em edificações de uso público ou coletivo é de até 9m? 04. A plataforma possui dispositivo de comunicação para solicitação de auxílio nos equipamentos e nos pavimentos atendidos para utilização assistida? 05. A plataforma possui dispositivo de comunicação para solicitação de auxílio nos equipamentos e nos equipamentos e nos pavimentos atendidos para a utilização assistida? 06. Se a plataforma é de percurso inclinado, há parada programada nos patamares ou pelo menos a cada 3,20m de desnível? 07.O assento é escamoteável para uso de pessoa com mobilidade reduzida? 08. Há sinalização tátil e visual informando a obrigatoriedade de acompanhamento por pessoal habilitado durante sua utilização na área de espera? 09. Existe sinalização visual demarcando a área para espera de embarque e limite da projeção de embarque e limite da projeção de percurso do equipamento em funcionamento? Anotações e Observações I. Dimensão da cabine da plataforma: Escada (Item 6.8.3 e 6.8.4 da NBR9050/04) Descrição Sim Não Parcialmente Não se aplica Observações 01. Há rampa ou elevador vencendo o mesmo desnível da escada? 02. A escada tem largura mínima de 120cm? 03. A dimensão do piso (profundidade), do degrau é maior que 28cm e menor que 32cm? 04. A dimensão do espelho do degrau é maior que 16cm e menor que 18cm? 05. As dimensões dos espelhos e pisos são constantes em toda a escada, excetuando-se as escadas fixas com lanços curvos ou mistos? 06. O primeiro e o último degrau de um lanço de escada estão distantes da área de circulação em pelo menos 30cm? 07. A inclinação transversal máxima da escada é de 1%? 08. O piso dos degraus da escada é revestido com material antiderrapante e estável? 09. O piso dos degraus da escada é reforçado com faixas antiderrapantes com cor contrastante ao piso 19 (para pessoas com baixa visão)? 10. Há no início e no final de cada segmento de escada, um patamar de no mínimo 120cm de comprimento, na direção do movimento? 11. Há patamares em qualquer mudança de direção de escada? 12. Há corrimão em ambos os lados da escada? 13. Há guarda-corpo ou paredes em ambos os lados? 14. Se tratar de escada ou degraus fixos em rotas acessíveis, está associada à rampa ou ao equipamento de transporte vertical? 15. A escada atende a NBR 9077/01 - Saídas de Emergência em Edifícios? Anotações e Observações I. Largura da escada: II. Dimensões dos degraus: III. Piso da escada: tipo e cor: IV. Se há corrimão em ambos os lados da escada: V. Se há guarda-corpo em ambos os lados da escada: Rampas (Item 6.5 da NBR9050/04) Descrição Sim Não Parcialmente Não se aplica Observações 01. A largura mínima da rampa é de 120cm? 02. O piso da rampa e dos patamares é revestido com material antiderrapante? 03. A inclinação da rampa esta em conformidade com a tabela de dimensionamento de rampas no anexo? 04. A inclinação transversal máxima é de 2% em rampa interna ou 3% em rampa externa? 05. As laterais da rampa são protegidas por paredes, guarda-corpos ou ressaltos no piso de no mínimo 5 cm (guia de balizamento) em ambos os lados? 06. Há, no início e ao final de cada segmento de rampa, um patamar de no mínimo 120cm de comprimento, na direção do movimento? 07. Há corrimão em ambos os lados da rampa? 08. Há guarda-corpo ou paredes em ambos os lados? Anotações e Observações I. Comprimento da rampa: 20 II. Largura da rampa: III. Inclinação da rampa: IV. Desnível: V. Dimensão dos patamares: Dimensionamento de Rampas conforme NBR 9050/2004 ABNT Dimensionamento de Rampas para casos excepcionais conforme NBR 9050/2004 ABNT Corrimão e Guarda-Corpo (Item 6.7 da NBR9050/04) Descrição Sim Não Parcialmente Não se aplica Observações 01. Há corrimão de ambos os lados da escada ou rampa? 02. Os corrimãos são feitos de material resistente? 03. Os corrimãos são construídos em materiais rígidos firmemente fixados às paredes ou barras de suporte e oferecem condições de segurança na utilização? 04. Os corrimãos são de seção circular entre 3,0cm e 4,5cm de diâmetro? 05. Há um espaço livre de no mínimo 4cm entre a parede e o corrimão? 06. Se a projeção dos corrimãos incidir dentro da largura da rampa, esta é a máxima de 10cm de cada lado? 21 07. Os corrimãos tem prolongamento horizontal de no mínimo 30cm nos dois níveis servidos pela escada ou rampa? 08. As extremidades do corrimão tem acabamento recuado? 09. As extremidades do corrimão tem desenho contínuo, são fixadas ou justapostas nas paredes? 10. Os corrimãos tem continuidade, sem interrupção nos patamares intermediários? 11. A altura do corrimão da escada é de 92cm do piso medidos na sua geratriz superior? 12. O corrimão da rampa está instalado a duas alturas: 92 e 70cm do piso, medido da geratriz superior? 13. Se a escada ou rampa possui largura superior a 240cm, há corrimão intermediário? 14. Os corrimãos intermediários somente são interrompidos, quando o comprimento do patamar é superior a 1,40m? 15. Se a escada ou rampa não tiverem paredes laterais, há guarda-corpo de 105cm de altura associado ao corrimão? 16. O corrimão da escada ou rampa atende a NBR9077? Anotações e Observações I. Altura do corrimão: II. Seção ou diâmetro do corrimão: III. Altura do guarda-corpo: Sanitários e Vestiários (Item 7 da NBR9050/04) Descrição Sim Não Parcialmente Não se aplica Observações 01. O sanitário ou vestiário está localizado em lugar acessível? 02. O sanitário ou vestiário está localizado próximo à circulação principal? 03. Os sanitários ou vestiários acessíveis estão próximos ou integrados às demais instalações sanitárias? 04. Os boxes para bacia sanitária têm dimensões mínimas 150cm x 170cm? 05. Há área livre de 80cm de largura por 120cm de comprimento para transferência lateral, perpendicular e diagonal ao vaso sanitário? 06. O sanitário ou vestiário está localizado em lugar acessível? 07. Se o box para bacia sanitária possui dimensões de 150cm x 150cm, há porta com largura mínima de 100 cm? 08. A bacia sanitária está a uma altura entre 43cm e 45cm do piso, medido a partir da borda superior sem assento? 22 09. Se há plataforma para compor a altura da bacia sanitária, a projeção horizontal da plataforma ultrapassa no máximo 5cm o contorno da base da bacia? 10. No caso de bacia com caixa acoplada há barra na parede do fundo de forma a evitar que a caixa seja usada como apoio? 11. Caso haja barra, a distância mínima entre a face inferior e a tampa da caixa acoplada é de 15cm? 12. As barras de apoio da bacia sanitária têm comprimento mínimo de 80cm? 13. As barras possuem seção circular com diâmetro entre 3,0cm e 4,5cm? 14. A barra lateral à bacia está posicionada de modo a avançar 50cm da extremidade frontal da bacia sanitária? 15. A distância entre o eixo do vaso e a face da barra lateral é de 40cm? 16. A porta do sanitário ou do boxe para a bacia sanitária tem vão livre mínimo de 80cm? 17. A porta do sanitário ou do boxe para bacia sanitária tem barra horizontal para facilitar seu fechamento? 18. A porta do sanitário ou do boxe para bacia sanitária está disposta de maneira a permitir sua completa abertura? 19. A maçaneta ou trinco da porta do sanitário ou do boxe para bacia sanitária é do tipo alavanca? 20. Os lavatórios são sem coluna? 21. O lavatório está fixado a uma altura entre 78cm e 80cm em relação ao piso? 22. Há uma altura livre de 73cm sob o lavatório? 23. Há uma área livre de aproximação do lavatório com dimensões de 120cm x 80cm frontal ao lavatório? 24. Há barras de apoio instaladas junto ao lavatório, na altura do mesmo? 25. As torneiras do lavatório são de alavanca, monocomandoou acionadas por células fotoelétricas? 26. O piso dos sanitários é antiderrapante? 27.Os assessórios do sanitário estão localizados a uma altura entre 50cm e 120cm em relação ao piso? 28. A forma de abertura da porta e a distribuição de aparelhos nos banheiros e lavabos permitem a utilização por um usuário em cadeira de rodas? 29. Há um Símbolo Internacional de Acesso afixado na porta do sanitário? Anotações e Observações I. Dimensão da cabine sanitária: II. Dimensão da área com lavatório, se separada do vaso: III. Espaço livre lateral ao vaso: 23 IV. Espaço livre frontal ao lavatório: V. Largura das portas: VI. altura do vaso e lavatório: VII. Dimensão e altura das barras: VIII. Altura dos acessórios: a) Papeleira: b) Toalheiro: c) Ducha higiênica: d) Saboneteira: e) Torneira: IX. Tipo de piso: Cinemas, Teatros, Auditórios e Similares (Item 8.2.1 da NBR 9050/04) Descrição Sim Não Parcialmente Não se aplica Observações 01. Há uma área mínima equivalente a um círculo de 150cm de diâmetro para uma rotação de 360º de uma cadeira de rodas sem deslocamento? 02. Para a transposição de obstáculos isolados (portas ou outros obstáculos fixos com extensão de no máximo 40cm), existe uma largura livre mínima de 80cm? 03. A largura para circulação de uma cadeira de rodas é de no mínimo 90cm? 04. Há uma largura mínima de 120cm para a circulação de uma pessoa em pé e outra numa cadeira de rodas? 05. Os locais destinados às pessoas em cadeiras de rodas atendem à tabela abaixo? 06. Os espaços para cadeiras de rodas têm 80cm de largura e 120cm de comprimento? 07. Os espaços para cadeiras de rodas são planos? 08. Há uma faixa de no mínimo 30cm para circulação localizada na frente do espaço para cadeira de rodas, atrás ou em ambas as posições? 09. Os espaços para cadeira de rodas estão distribuídos pelo recinto? 10. Os espaços para pessoas em cadeira de rodas permitem que estes possam sentar-se próximo a seus acompanhantes? 11. Os espaços para cadeira de rodas estão localizados em uma rota acessível, vinculada a uma rota de fuga? 24 12 Há uma rota acessível interligando os espaços PCR* ao palco e aos bastidores? Anotações e Observações I. Dimensão do espaço para cadeira de rodas e sua localização: II. Largura da circulação de acesso: III. Largura da circulação à frente e atrás do espaço: Espaços para PCR* (pessoa em cadeira de rodas) e Assentos para PMR* (pessoa com mobilidade reduzida) e PO* (pessoa obesa) Capacidade total de assentos Espaços para PCR Assento para PMR Assento para PO Até 25 1 1 1 De 26 a 50 2 1 1 De 51 a 100 3 1 1 De 101 a 200 4 1 1 De 201 a 500 2% do total 1% 1% De 501 a 1000 10 espaços, + 1% do que exceder 500 1% 1% Acima de 1000 15 espaços, + 0,1% do que exceder 1000 10 assentos + 0,1 % do que exceder 1000 10 assentos + 0,1 % do que exceder 1000 Estacionamento (Item 6.12 da NBR 9050/04) Descrição Sim Não Parcialmente Não se aplica Observações 01. Há vagas de garagem ou estacionamento reservadas para veículos utilizados por pessoas com deficiência (PcD), localizadas próximo aos acessos de circulação de pedestres? 02. Há vagas de garagem ou estacionamento reservadas para veículos utilizados por idosos, respeitando o mínimo de 5% do total de vagas (Lei 10.741/03) localizadas próximo ao acesso de circulação de pedestres? 03. Há vagas de garagem ou estacionamento reservadas para veículos utilizados por gestantes, na mesma proporção das vagas para PCR e PMR (tabela abaixo), localizadas próximo aos acessos de circulação de pedestres? 04. Há sinalização nestas vagas, por meio de faixa de 1,20m de largura pintada no piso, em amarelo, lateral à vaga? 25 05. As vagas reservadas são demarcadas com linha contínua na cor branca sobre o pavimento? 06. Nas áreas externas ou internas da edificação, destinadas a garagem e a estacionamentos, as vagas reservadas para veículos utilizados por pessoas com deficiência na mobilidade são devidamente sinalizadas? 07. As vagas reservadas têm o Símbolo Internacional de acesso pintado no piso? 08. As vagas reservadas são identificadas com placa vertical, com o Símbolo Internacional de Acesso e com identificação escrita relativa à condição de reserva da vaga e do público-alvo? 09. Há rebaixamento do meio-fio e rampa na calçada para ligar a vaga à calçada ou passeio? 10. O caminho a ser percorrido pela pessoa com deficiência na mobilidade é livre e sem obstáculos? Anotações e Observações I. Dimensão da vaga: II. Largura da faixa lateral: III. Características da sinalização: Nº de vagas em estacionamento para Pessoas com Deficiência (PcD), Gestante e Idoso Geral (Lei 10.098/00, NBR 9077/93) Descrição Sim Não Parcialmente Não se aplica Observações 01. O percurso que une a edificação à via pública, às edificações e aos serviços anexos de uso comum e aos edifícios vizinhos é acessível? 02. Pelo menos um dos acessos ao interior da edificação está livre de barreiras arquitetônicas e de obstáculos que impeçam ou dificultem a acessibilidade? 03. A circulação é acessível desde a rua até o saguão onde se localiza o elevador? 04. Se não há elevador ou outro equipamento eletromecânico acessível, há rampas ligando os pavimentos? 05. Há rampa em qualquer caso onde ocorra um desnível maior que 1,5cm e menor que 48cm, já que 26 são proibidos lances de escadas com menos de três degraus? 06. Pelo menos um dos itinerários que comuniquem horizontal e verticalmente todas as dependências e serviços do edifício, entre si e o exterior, cumpre os requisitos legais de acessibilidade? 07. As dependências em que ocorre maior fluxo de pessoas estão situadas no andar térreo? 08. Há pelo menos um banheiro acessível, com seus equipamentos e acessórios distribuídos de maneira que possa ser utilizado por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida? 09. Na entrada dos prédios públicos totalmente adaptados às exigências desta lei, está fixado o símbolo internacional de acessibilidade? 10. Os locais de espetáculos, conferências, aulas e outros de natureza similar dispõem de espaços reservados para cadeira de rodas, de acordo com a ABNT, de modo que facilite as condições de acesso, circulação e comunicação? 11. Se existe legislação municipal referente à acessibilidade, a edificação cumpre as determinações desta legislação? 12. Existe projeto de Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndio (PPCI) para o câmpus? 13. O Plano de Prevenção Contra Incêndios (PPCI) do câmpus está de acordo com o estabelecido na NBR 9050/2004? 14. Os extintores de incêndio são instalados com suporte de piso? 15. Os extintores de incêndio estão sinalizados com piso podotátil de alerta na sua projeção, afastados do obstáculo no mínimo 60cm, conforme NBR 9050/2004? 16. Há sistema de alarme de incêndio, pelo menos nos ambientes de maior acúmulo de pessoas que emita som e também luz (para alertar os surdos)? 17. Existe mapa tátil de localização das edificações no câmpus, que indique onde a pessoa está e como chegar às demais dependências? 18. Nos locais onde há lixeiras, essas possuem aberturas em duas alturas ou em uma altura até 1,20m, que possibilitem o uso por PcD? 19. Nos locais destinados à prática esportiva (quadras, ginásios, etc.), o piso é antiderrapante e com poucas cores,porém contrastantes? Anotações e Observações I. Qual percurso à via pública é acessível: II. Qual acesso à edificação é acessível: III. Qual itinerário horizontal e vertical que liga todas as dependências é acessível: IV. Qual banheiro (localização) é acessível: 27 Checklist de Tecnologia Assistiva O laboratório/sala de aula/NAPNE/biblioteca dispõe de recursos de Tecnologia Assistiva como: Para deficientes visuais: Para deficientes auditivos/surdos: ( ) Equipamentos de entrada e saída (síntese de voz, Braille, speech recognition) ( ) Software Rybená ( ) Softwares leitores de tela.Qual(is)? ( ) Software ProDeaf ( ) Interface especializada para cegos (Dosvox) ( ) Software Hand Talk ( ) Ampliadores de tela? Qual(is) ( ) Software Viável ( ) Impressora Braille ( ) Sinais Luminosos ( ) Linha Braille ( ) Dicionário de Libras Eletrônico ( ) Teclados modificados ou alternativos ( ) Dicionário de Libras Impresso ( ) Thermoform ( ) Tradutor-intérprete de Libras ( ) Reglete/punção ( ) Outro (descrever) ( ) Máquina perkins ( ) Sorobã Para surdocegos: ( ) Lupa eletrônica ( ) Linha Braille ( ) Lupa manual ( ) Outro (descrever) ( ) Lentes de aumento ( ) Sistema de TV com aumento para leitura de documentos, publicações, etc. Para pessoas com limitação ou ausência na fala ( ) Outro (descrever) ( ) Software de comunicação alternativa ( ) Equipamento para comunicação alternativa, como vocalizadores ( ) Pranchetas de comunicação alternativa com símbolos PCS ou Bliss ( ) Outro (descrever) Para limitados-motores ( ) Acionadores ( ) Teclados especiais ( ) Mouses especiais ( ) Colmeia 28 ( ) Pulseiras de pesos ( ) Teclado virtual ( ) Mouse virtual ( ) Sistema de reconhecimento de voz ( ) Adaptações para cadeira de rodas ou outro sistema de sentar (almofadas especiais, assentos e encostos anatômicos); posicionadores e contentores ( ) Cadeira de rodas manuais e/ou motorizadas ( ) Bases móveis ( ) Andadores ( ) Scooters de 3 rodas ( ) Outro (descrever) Serviços Há no câmpus servidores capacitados para auxiliar Pessoas com Necessidades Especiais? ( ) Sim Quantos? _______Em qual (is) setor(es)?___________________________________ ( ) Não Há no câmpus servidores que saibam a LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais? ( ) Sim Quantos? _______Em qual (is) setor(es)?___________________________________ ( ) Não Há no câmpus servidores capacitados no uso de Tecnologia Assistiva ( ) Sim Quantos? _______Em qual (is) setor(es)?___________________________________ ( ) Não O website do câmpus está de acordo com as Recomendações Nacionais de Acessibilidade Virtual (e-MAG 3.0)? ( ) Sim ( ) Não 29 3.2 Aplicação do Checklist Para aplicar o checklist da Tabela 1 foi feito um cronograma, no qual seriam aplicados um a dois checklists por mês, dependendo do tamanho do câmpus. O trabalho, já iniciado, tem previsão de encerramento para agosto de 2014. Para executar essa ação sempre participam, no mínimo, dois membros do GT Acessibilidade IFRS, sendo uma arquiteta e uma pessoa com expertise na área da acessibilidade e/ou Tecnologia Assistiva. Além disso, o coordenador do NAPNE (Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Especiais) de cada câmpus acompanha os trabalhos. Como os câmpus, de um modo geral, possuem mais do que um prédio (bloco), o checklist da Tabela 1 está sendo aplicado por blocos (ex: Bloco A, Bloco B, Bloco C, Biblioteca, Infraestrutura, Ginásio...). Para ilustrar, na sequência é apresentado um excerto de um dos itens dos pontos de verificação, aplicado em um dos câmpus do IFRS, no Bloco A: Tabela 2 - Parte do Checklist preenchido - referente à aplicação em um dos câmpus do IFRS Acesso Principal Câmpus - Calçadas (C1,C2 e C3) - (Item 6.1 e 6.10 da NBR9050/04) Descrição Sim Não Parcial Não se aplica Observações Gerais 01. Tem largura mínima de 120cm (circulação de uma pessoa em pé e outra em uma cadeira de rodas)? x Nas calçadas externas não há piso podotátil e existem pedras em desnível uma com a outra. Não há rebaixamento de meio-fio da calçada C1 para a faixa de pedestres. Na transição do espaço interno para o externo, não há mais a presença de calçada que conduza o pedestre. Sugestão: As calçadas de pedestres deveriam ser mais largas para permitir a circulação de uma pessoa em pé e outra em cadeira de rodas simultaneamente 02. No caso de faixa gramada junto ao meio fio, a faixa pavimentada tem largura mínima de 150cm? x 03. O Revestimento no piso é antiderrapante? x 04. O Revestimento do piso é contínuo, sem ressaltos ou depressões? x 05. O Revestimento no piso tem superfície regular, firme e estável, sem provocar trepidações? x 06. A Inclinação transversal do piso é de no máximo 3%? x 07. A calçada possui inclinação longitudinal de até 5%? x 08. Se a calçada possui inclinação longitudinal maior que 5%, esta inclinação é menor que 12,5%? x 09. A calçada tem inclinação contínua? x 10. Se existirem degraus em qualquer das inclinações, assinale a opção não x 11. Os degraus têm espelhos com altura máxima de 18cm e piso mínimo de 28cm? x 12. Se existirem obstáculos como caixas de coleta, lixeiras, telefones públicos e outros, esses obstáculos estão fora do espaço de passagem de pedestres? x 13. Obstáculos aéreos, como marquises, placas, toldos, e vegetação, estão localizados a uma altura superior a 210cm? x 14. A acomodação do acesso de veículos é feita exclusivamente dentro do imóvel, de forma a não criar degraus ou desníveis abruptos na calçada? x 30 15. No alinhamento entre a calçada e o lote particular, o portão de garagem ou portão de acesso à área privativa, abre para o interior do lote? x 16. Junto ao portão da garagem ou ao portão de acesso à área privativa há sinalizador que emite luz e som para alertar os pedestres quando os carros entram e saem? x 17. O semáforo, se existir, em frente à escola possui sinalizador sonoro? x 18. O semáforo, se existir, em frente à escola possui uma luz com cronômetro de abertura de sinal? x Anotações e Observações I. Largura de faixa da calçada: C1: 3,12m, C2: 1,20m,C3: 1,20m (1,15m em frente ao banco). II. No caso de estreitamento da calçada, informe a largura mínima pavimentada: C1: 1,93m, C2: 1,14m,C3: 1,15m. III. Inclinação transversal da calçada: C1: i= 4,80%, C2: i= 12,5% e C3: i= 6,66%, sendo o máximo permitido i= 3%. IV. Inclinação longitudinal da calçada: i= 0% em C1, C2 e C3. V. No caso de degraus, informe as dimensões do(s) degrau(s) isolado(s): Não há. VI. No caso de obstáculos, identifique-o(s): C1: não há-calçada larga, C2 e C3: bancos, trecho do portão deslizante junto à guarita e coletores. Ao aplicar o checklist nos câmpus, percebe-se a importância da equipe multidisciplinar, onde cada membro envolvido coloca em prática sua experiência com a Acessibilidade, seja ela física, virtual/comunicacional... Cabe destacar que ao apontar os itens não conformes, são apresentadas também sugestões para solucionar os obstáculos/barreiras que impedem ou dificultam pessoas com deficiência de ir e vir nas dependências do Instituto com autonomia. Para exemplificar, na Tabela 2, uma sugestão de quebra de barreira arquitetônica é apresentada na coluna “Observações Gerais”. 31 Considerações Finais Ao tratar de acessibilidade, nos últimos anos houve inúmeras iniciativas como leis, planos de ação e programas com o objetivo de melhorara qualidade de vida e eliminar as barreiras arquitetônicas das pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida. O Grupo de Trabalho Acessibilidade do IFRS, em consonância com as políticas inclusivas governamentais, constituiu o documento Checklist, buscando contemplar os requisitos essenciais para uma instituição de ensino acessível. Seu principal foco centra-se em oferecer subsídios com vistas a facilitar a adequação dos espaços e edificações existentes, para que se promova a acessibilidade no Instituto, além de servir de exemplo para outras instituições. O instrumento apresentado traz pontos de verificação relacionados às calçadas, coletores, circulação externa e interna, portas, superfícies para refeições ou trabalho e balcões, bebedouro, circulação vertical (elevadores, plataforma elevatória, escadas, rampas), rebaixamento de calçadas, corrimão e guarda-corpo, sanitários e vestiários, auditórios e similares, estacionamento, além do Checklist de Tecnologia Assistiva. A equipe do GT de Acessibilidade do IFRS além de apresentar os pontos onde há obstáculos para a acessibilidade, vem apontando caminhos para possíveis soluções e, quando isso na é possível por completo, oferece alternativas para minimizar ao máximo as barreiras arquitetônicas. A partir da aplicação desse instrumento e de posteriores reformas de adequação, os câmpus e a reitoria do IFRS poderão tornar-se referência de uma Instituição de Educação Profissional, Científica e Tecnológica adequada e acessível. Entende-se que esse seja o caminho rumo à construção de uma instituição onde todos têm garantido o seu direito de ir e vir com autonomia e de acesso à informação, independente de situação ou necessidade específica que apresente. Por fim, como trabalhadores da educação fundados numa esperança, que se enraíza no inacabamento do ser humano (FREIRE, 2007) e das instituições, compreende-se que os dados e relatórios de análise gerados pela aplicação desse instrumento podem e devem contribuir de modo que o IFRS avance no sentido da oferta de uma educação pública, gratuita e de qualidade que seja efetivamente inclusiva, superando paulatinamente o paradigma de inclusão precária (MARTINS, 2002) que historicamente marcou a Educação Profissional mediante políticas públicas de caráter elitistas e, portanto, excludentes. Referências BRASIL. Ministério da Educação. Portaria n. 1.679, de 2 de dezembro de 1999. Dispõe sobre os requisitos de acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência, para instruir os processos de autorização e de reconhecimento de cursos, e de credenciamento de instituições. [Brasília, DF, 1999.]. Disponível em <http://www.cedipod.org.br/edu1679.htm>. Acesso em: 18 Abr. 2013. ______. Lei n. 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 20 dez. 2000. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10098.htm>. Acesso em: 17 abr. 2013. ______. Decreto 5.296, de 2004. Regulamenta as Leis 10.098/00 e 10.048/00. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm> Acesso em: 31 out. 2013. 32 ______. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. 97 p. ______. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15599: acessibilidade em comunicação na prestação de serviços. Rio de Janeiro: ABNT, 2008 39 p. CREA-RS. Roteiro de Vistoria: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Porto Alegre, 2004. FREIRE. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2007. IFRS. Projeto Pedagógico Institucional. IFRS: Bento Gonçalves. 2011. ______. Regimento do comitê de ensino. IFRS: Bento Gonçalves, 2010. ______. Minuta do GT de Acessibilidade. IFRS: Bento Gonçalves, 2012. 71 p. MARTINS, José de Souza. A sociedade vista do abismo: novos estudos sobre exclusão, pobreza e classes sociais. Petrópolis: Vozes, 2002. MAZZONI, Alberto Angel et al. Aspectos que interferem na construção da acessibilidade em bibliotecas universitárias. Ci. Inf., Ago 2001, vol.30, no.2, p.29-34. PORTO ALEGRE. Prefeitura Municipal. Secretaria Especial de Acessibilidade e Inclusão - SEACIS. Cartilha Porto Alegre acessível para todos - conquista consciente com responsabilidade. 2007, 10 p. Avaliação Manual de Acessibilidade no Projeto de Acessibilidade Virtual do IFRS Anderson Dall Agnol 1 Everaldo Carniel 2 Lael Nervis 3 Resumo A acessibilidade em sites da administração pública passou a ser obrigatória, no Brasil, a partir do decreto nº 5.296 de 2004. Logo, para que os ambientes virtuais sejam locais realmente acessíveis, é necessário que esses espaços sejam construídos de acordo com normativas de acessibilidade e, além disso, é indispensável a realização do processo de avaliação manual da mesma. Esse artigo tem por finalidade, apresentar os métodos e ferramentas de avaliação manual de acessibilidade, empregados no Projeto de Acessibilidade Virtual do IFRS – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul. A partir desse objetivo, procura-se demonstrar a importância da avaliação manual e como esse processo contribui para a construção de espaços virtuais que estejam ao alcance de todos. Palavras-chave: Avaliação Manual, Acessibilidade, Projeto de Acessibilidade Virtual. Introdução Atualmente, surgem novas formas de comunicação, transmissão e disseminação de informações, notícias e dados. Uma das mais impactantes e importantes descobertas para a transformação mundial foi a internet, que ocasionou a eliminação de fronteiras geográficas, alterando o cenário global. Além disso, a web passou a oferecer um elevado número de produtos, serviços e informações, de um modo ágil, dinâmico e seguro. Os Padrões de Desenvolvimento Web, as diretrizes de acessibilidade e a legislação originaram uma forte preocupação em criar, não apenas softwares ou equipamentos diferenciados, mas também, ambientes virtuais que proporcionem às pessoas com deficiência acesso e aproveitamento total das informações, produtos, serviços e oportunidades disponíveis na web. A partir desta busca por espaços virtuais acessíveis, originou-se uma nova forma de acessibilidade, denominada “Acessibilidade Virtual”. Acessibilidade, conforme Decreto nº 5.296 de 2 de dezembro de 2004, pressupõe fornecer condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida. Logo, a partir desse decreto, passa a ser obrigatória a acessibilidade em sites e portais da administração pública brasileira. 1 Assistente em Administração da Pró-Reitoria de Extensão do IFRS, bolsista do Projeto de Acessibilidade Virtual do IFRS. [anderson.dallagnol@ifrs.edu.br] 2 Assistente em Administração do NAPNE (Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Especiais) do IFRS – Câmpus Bento Gonçalves, Professor pesquisador do Projeto de Acessibilidade Virtual do IFRS. [everaldo.carniel@bento.ifrs.edu.br] 3 Técnico de Tecnologia da Informação da Pró-Reitoria de Extensão do IFRS, bolsista do Projeto de Acessibilidade Virtual do IFRS, graduando do curso superior de Análise e Desenvolvimento de Sistemas no IFRS. [lael.nervis@ifrs.edu.br] 34 A acessibilidade em ambientes e espaços virtuais torna-se efetiva na realidade quando,segundo o e-MAG 3.0 (DGE 2011), os desenvolvedores ou responsáveis pelos sites, primeiramente, seguem os Padrões de Desenvolvimento Web, respeitam as diretrizes de acessibilidade e, por conseguinte, realizam avaliações manuais de acessibilidade. Logo, esse artigo tem por finalidade abordar aspectos relevantes à avaliação manual de acessibilidade e como a mesma é realizada no Projeto de Acessibilidade Virtual do IFRS, procurando demonstrar como esse processo é relevante para a criação e manutenção de ambientes virtuais que estejam ao alcance de todos. 1 Avaliação Manual de Acessibilidade Os sites necessitam ser acessíveis aos usuários, ou seja, devem permitir o acesso do conteúdo ao maior número possível de usuários, independente de deficiências, limitações físicas, meios reduzidos ou agentes de usuário4 utilizados. Conforme o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br, 2010), para que os ambientes sejam universais, os mesmos devem estar disponíveis para todas as pessoas, independentemente dos equipamentos e softwares que utilizem, principalmente da cultura em que inserem, da localização geográfica, das habilidades físicas ou mentais, das condições socioeconômicas ou de instrução. Logo, perante esse preceito, para garantir a acessibilidade são utilizados métodos de avaliação manual de acessibilidade. O processo de avaliação manual de acessibilidade, assim como a própria acessibilidade web, caracteriza-se como tema relativamente novo que passou a ser impulsionado fortemente pela quebra de antigos paradigmas relacionados às pessoas com deficiência, que há pouco tempo atrás eram consideradas incapazes e, muitas vezes, eram restritas de informação. Os Padrões Web, as diretrizes de acessibilidade, a legislação e, principalmente, os usuários com deficiência desmistificam a ideia relacionada apenas à acessibilidade voltada aos meios físicos e arquitetônicos, mas também a busca pelo acesso igualitário e interativo às informações e ambientes de conhecimento e aprendizagem, de modo a construir espaços virtuais de convivência e saber colaborativo. Os espaços virtuais precisam ser pensados dentro dos preceitos da cultura inclusiva e das questões legais relativas à acessibilidade, para cumprir o propósito de ser um lugar destinado a todos. Ao ser disponibilizado para pessoas com deficiência visual, por exemplo, o conteúdo precisa estar em mídia acessível, como som e texto, em ambientes igualmente acessíveis, enfim, todos os elementos textuais e não textuais devem ser disponibilizados no ambiente de forma que todos tenham acesso. É importante salientar que, com isso, vivencia-se um novo momento de expansão do conhecimento humano, passando do conteúdo impresso para a web, do ambiente sólido e palpável, para o líquido, isto é, mais abrangente e flexível. Neste sentido, de acordo com Silva (2012, p.246), “antes o conhecimento era suportado em livros, cd, objetos tangíveis. Agora a informação se encontra digitalizada, não é tangível“. Desta forma, com esta migração do conhecimento de um mundo real, palpável, para as plataformas virtuais disponibilizadas através da internet, estas devem garantir o pleno acesso a todos, independente de quais sejam as limitações humanas ou dispositivos de navegação utilizados, sob pena de, se isso não ocorrer, acontecer monopolizações do conhecimento. 4 Segundo o e-MAG 3.0 (DGE, 2011), os agentes de usuários são definidos como qualquer sistema de acesso a informação utilizados pelos usuários, sejam eles, navegadores, leitores de tela, dispositivos móveis (celulares, tablets, etc.) entre outros. 35 Eis então que a inclusão virtual ganha força, pois esta deve garantir a acessibilidade, a facilidade de acesso do conhecimento disponibilizado na web, a todos. Em meio a tantos conceitos emergentes e teorias em construção, o que parece ser consenso, ao menos, entre todos que discutem a acessibilidade virtual, é que ela somente se completa se há a participação de usuários reais nos processos de avaliação, ou seja, no processo de análise de um ambiente quanto a sua acessibilidade é imprescindível que haja a avaliação manual de acessibilidade web, e que esta seja realizada por pessoas que tenham alguma limitação física, sensorial ou cognitiva, com uso de recursos de Tecnologia Assistiva e, também, em conjunto com desenvolvedores web com conhecimento das recomendações de acessibilidade web, para que a avaliação de acessibilidade de um ambiente virtual possa, então, ter credibilidade (WAI, 2010). 1.1 Padrões Web e Recomendações de Acessibilidade A acessibilidade web não se constitui apenas por meios conceituais, mas apresenta um conjunto de iniciativas que visam sua real implantação, proporcionando a efetividade e maior abrangência de conceitos. Para que a implementação dessas definições seja realmente possível, existem documentos e instituições que normatizam e disponibilizam recomendações e práticas para o desenvolvimento de ambientes web acessíveis, de modo a permitir o alcance e acesso de conteúdo ao maior número possível de usuários. Em âmbito internacional, tem-se o W3C (World Wide Web Consortium), e a nível nacional, emprega-se o e-MAG 3.0 (Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico), que é o documento oficial que institui e norteia a acessibilidade em sites do governo brasileiro. O W3C é um consórcio internacional que conta com a participação de diversas organizações. Desde sua fundação, em outubro de 1994, o W3C publica padrões internacionais de desenvolvimento para a web. Esse conjunto de recomendações tem por finalidade padronizar as tecnologias e conteúdo web, adotando melhores práticas para o desenvolvimento de páginas na internet (W3C, 2011). O W3C também busca a acessibilidade na web e, em fevereiro de 1997, o consórcio lançou a WAI - Iniciativa para Acessibilidade na Web (Web Accessibility Initiative). O WAI abrange os documentos do WCAG (acrônimo para Web Content Accessibility Guidelines) e outros documentos relevantes para proporcionar a acessibilidade na web. O WCAG é voltado para desenvolvedores de páginas e ferramentas para a web, e corresponde ao conjunto de diretrizes de acessibilidade para o desenvolvimento do conteúdo web. Considera-se conteúdo web: informações em páginas, aplicativos, textos, imagens, formas, sons e outros componentes. Logo, os documentos do WCAG oferecem recomendações que orientam a desenvolver o conteúdo web de maneira acessível para as pessoas com deficiência ou com quaisquer limitações, sejam elas de ordem física ou devido aos meios reduzidos. Disponíveis para consulta, os documentos WCAG 1.0, lançado em maio de 1999, e também sua versão mais atual, o WCAG 2.0, lançado em dezembro de 2008, são encontrados no site do WCAG (WAI, 2011). No cenário nacional, perante o decreto nº 5.296 publicado em 02 de dezembro de 2004, conforme já mencionado, a construção de sites e portais do governo brasileiro acessíveis passou a ser uma exigência, para o uso de pessoas com deficiência, ou com diferentes limitações, garantindo o máximo possível do acesso aos conteúdos disponíveis. Para o cumprimento de suas exigências, o governo brasileiro, em parceria com outras instituições, elaborou o e-MAG (Modelo de Acessibilidade do Governo Eletrônico). O e- MAG, consiste em um conjunto de recomendações a serem consideradas para a adoção da 36 acessibilidade em sites e portais do governo brasileiro de forma padronizada e de fácil implementação (DGE, 2011). A primeira versão do e-MAG foi a 2.0, elaborada pelo Departamento do Governo Eletrônico em parceria com a ONG Acessibilidade Brasil. Essa versão dividia-se em dois documentos, o primeiro voltado aos desenvolvedores de páginas (cartilha técnica), e a segunda direcionada aos cidadãos brasileiros, apresentando o modelo de acessibilidade de forma simples
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