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LIVRO 1 DE GEOGRAFIA 6 ANO

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Prévia do material em texto

1
caderno
ano
6
Ensino 
Fundamental
GEOGRAFIA
PROFESSOR
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Geografia
J. William Vesentini
Vânia Vlach
O espaço e suas 
representações
 Ponto de partida, 3
Capítulo 1 • Paisagens do mundo, 4
1. Paisagem, 5
2. Transformações da paisagem, 7
3. Paisagem e desigualdade social, 12
Capítulo 2 • Lugar e território, 22
1. Lugar, 23
2. Território, 28
Capítulo 3 • Orientação, 37
1. Como se orientar no espaço, 38
2. Direções cardeais, 42
Capítulo 4 • Localização, 51
1. Como se localizar com precisão, 52
2. Sistema de posicionamento global, 58
Capítulo 5 • Representações da Terra, 66
1. Mapas, 67
2. Elementos do mapa, 71
3. Tipos de mapa, 76
 Ponto de chegada, 87
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Neste módulo você estudará o espaço geográfico, isto é, o 
espaço que a sociedade ocupa, utiliza e transforma. Identificará 
os elementos e os aspectos das paisagens, que são resultantes 
das relações entre os seres humanos e a natureza e entre os 
próprios seres humanos. 
Você compreenderá ainda o que significa se orientar e se localizar 
no espaço geográfico. Conhecerá quais são os elementos que 
compõem um mapa, além de diferenciá-los de outras 
representações da Terra. 
 Ponto de partida
Com a orientação do professor, converse com os colegas sobre as 
seguintes questões:
1. Por que o ser humano transforma a natureza? Como isso é feito?
2. Para você, o que é uma paisagem?
3. Imagine que você acabou de chegar a uma nova cidade. Você 
acredita que consultar um mapa pode ajudá-lo a se orientar e a se 
deslocar nesse espaço urbano? Por quê?
4. O que é um mapa?
MÓDULO
O espaço e suas 
representações Brasil
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Paisagens do 
mundo1
 Cap’tulo
Em sua vida, frequentemente, você se depara com diferentes paisagens: do cam-
po e da cidade, de lugares conhecidos e desconhecidos, próximos e distantes. São es-
sas paisagens diversificadas que estudará neste capítulo.
Garoto observa a paisagem de Nova York (Estados Unidos). Foto de 2012.
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Para começar, observe a foto e converse com seus colegas.
 1. A foto acima mostra uma paisagem. Descrevam-na. 
 2. Que elementos vocês observam na paisagem de Nova York? 
 3. Vocês já viram uma paisagem parecida com essa? Onde?
 4. Na opinião de vocês, existem maneiras diferentes de olhar uma mesma paisagem? Por quê? Respostas pessoais.
Incentive os alunos a observar atentamente a paisagem mostrada 
nesta página. Peça que comentem as semelhanças e as diferenças 
existentes entre ela e algumas paisagens do município onde moram. 
Destaque os elementos naturais e os culturais da paisagem 
apresentada e reforce que as paisagens são modificadas pelo trabalho 
humano e pela ação da própria natureza. Pergunte aos alunos se eles já 
viram paisagens semelhantes. Em caso positivo, solicite que relatem 
onde e quando.
4
 Objetivos:
• Conceituar paisagem.
• Reconhecer os elementos da 
paisagem.
• Comparar diferentes 
paisagens.
• Conceituar natureza.
• Identificar as relações entre 
tempo e paisagem.
Paisagem, lugar e território
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1 Paisagem
Nos arredores de sua moradia ou de sua escola existem diferentes paisagens. 
Ruas, avenidas, praças, casas, prŽdios, lojas, automóveis, ™nibus, barcos, montanhas e 
rios são alguns dos elementos que podem fazer parte delas. 
Observe novamente a foto da p‡gina ao lado. Nela, h‡ um garoto contemplando 
uma paisagem, isto Ž, observando um conjunto de elementos que sua visão alcança. 
Podemos dizer que paisagem Ž tudo aquilo que se v•. ƒ, portanto, a parte visível 
do espaço. Assim, as paisagens fazem parte do espaço geográfico, que Ž o espaço 
onde vivem os seres humanos, ou seja, a superfície terrestre.
ƒ comum relacionar a palavra paisagem a um lugar bonito ou natural. No entanto, 
a paisagem Ž o resultado de todas as interações sociais e naturais que ali ocorrem em 
um determinado momento. Dependendo do uso e da ocupação que se faz do espaço, 
as paisagens podem ser urbanas ou rurais, saud‡veis ou poluídas, por exemplo.
Elementos da paisagem
Quando voc• viaja, quando v• uma revista ou um ‡lbum de fotografias, navega na 
internet ou assiste a um filme, pode conhecer paisagens distantes de onde voc• vive.
A paisagem mostrada na foto abaixo Ž um exemplo disso. Nela Ž possível distin-
guir v‡rios elementos.
H‡ elementos naturais, como ‡rvores e outras plantas. H‡ tambŽm v‡rios elemen-
tos que não são naturais, mas construídos pelos seres humanos, como a praça, os pos-
tes de iluminação e a igreja. H‡, ainda, pessoas ocupando esse espaço.
Assim, são considerados elementos naturais tudo aquilo que existe independen-
temente da ação humana, como: 
• vegetação;
• solo;
• nuvens;
• montanhas;
• rios;
• lagos;
• oceanos;
• praias;
• animais, vegetais e 
microrganismos.
J‡ os elementos culturais foram criados pelos seres humanos, como: 
• edifícios;
• poluição;
• ruas e avenidas;
• veículos.
Na maioria das vezes os elementos naturais e culturais se misturam de tal forma 
que se torna difícil distingui-los. A maior parte das ‡rvores que existem em uma pra-
ça ou em um jardim, por exemplo, foi selecionada e plantada pelos seres humanos. 
Não são elementos que surgiram espontaneamente ali. AlŽm disso, muitas dessas 
plantas são produzidas em laboratórios pelo cruzamento de espŽcimes diferentes, 
que resultaram em novas variedades, não encontradas na natureza. Alguns rios lo-
calizados em grandes cidades, mesmo que j‡ existissem muito antes da ocupação 
humana, tiveram seu curso modificado ou foram canalizados, de modo que desapa-
receram da paisagem urbana, ficando ocultos sob o asfalto de ruas e avenidas.
Praça em Melaka (Malásia). Foto de 2014.
Donny Gevie/Shutterstock/Glow Images
5Paisagem, lugar e território
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Mineral: elemento ou composto químico 
encontrado na natureza. Tem origem 
inorgânica, ou seja, não se originou de 
seres vivos, e, em geral, é sólido. Apenas a 
água e o mercúrio são encontrados em 
estado líquido.
Mineração 
de carvão.
Hematita ou 
minério de 
ferro.
Carvão mineral.
Fundição de aço 
em indústria 
siderúrgica.
Parafusos 
de aço inox.
cbpix/Shutterstock/Glow Images
Antonio S/Shuttersto
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Natureza e ação humana
Natureza é o conjunto de todos os elementos que não são artificiais, isto é, que 
não foram construídos ou produzidos pela ação humana. Dessa forma, considera-se 
natureza todo o Universo, incluindo as estrelas, os planetas e as galáxias. 
A natureza com a qual o ser humano se relaciona mais diretamente é aquela que 
o rodeia, ou seja, aquela existente na superfície terrestre – o ar, a água, o solo, as rochas, 
a fauna, a flora, etc. 
Tudo o que existe é parte da natureza ou provém dela. Ou seja, os materiais que 
os seres humanos utilizam para construir ruas, edifícios e veículos, como cimento, cal, 
parafusos e tábuas, têm origem na natureza. É o que chamamos de matéria-prima.
Mas esses materiais não são encontrados prontos na natureza. Todos eles pas-
saram por algum processo de transformação, resultado do trabalho humano. As tá-
buas, por exemplo, são feitas de madeira e foram produzidas a partir das árvores. 
O papel, utilizado na confecção de livros e cadernos, também é proveniente de árvores 
que passaram por processos industriais. 
Já os parafusos e pregos de aço originaram-se de minerais extraídos do subsoloda Terra, que precisaram ser bastante modificados para chegar ao formato final. Para 
se obter o aço, são utilizados minérios de ferro e de carbono, principalmente.
 Para praticar:
 + Ação (atividades 1 e 2, p. 15)
Paisagem, lugar e território6
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2 Transformações da paisagem
Outro aspecto importante da leitura das paisagens é a passagem do tempo. A fo-
tografia é uma maneira indireta de ler e comparar as paisagens de hoje com as do 
passado. Ela pode nos mostrar lugares onde nunca estivemos e em épocas passadas, 
quando ainda não havíamos nascido.
Existe o tempo da natureza, chamado de tempo geológico, e o tempo dos 
seres humanos, o tempo histórico. Assim, numa mesma paisagem, existem ele-
mentos que foram produzidos pela natureza há milhões de anos, como o relevo 
terrestre, e elementos que foram construídos pelo ser humano, em diferentes 
épocas da História.
Por isso, pode-se dizer que a paisagem é o resultado de uma construção histó-
rica, pois contém tanto elementos criados há muitos anos como outros mais recentes.
Relevo: conjunto das formas da superfície 
terrestre. São exemplos de unidades do 
relevo as montanhas, os planaltos, as 
planícies e as depressões.
 Texto e ação 
 1. Faça, mentalmente, o caminho da sua casa para a escola e responda às questões.
 a ) Existem elementos naturais nas paisagens que você observa pelo caminho? Quais?
Resposta pessoal. O aluno deve mencionar o relevo (presença de montanhas, por exemplo), a presença ou não de rios e de áreas verdes, entre outros 
elementos.
 b ) Você acha que esses elementos já foram modificados pelos seres humanos? Como?
Resposta pessoal. É desejável que o aluno perceba, por exemplo, se os rios foram canalizados, se as áreas verdes fazem parte de uma floresta ou se 
foram plantadas, isto é, construídas pelo trabalho humano, etc.
 2. Qual é a diferença entre natureza e paisagem? 
Natureza é o conjunto de todos os elementos que não são artificiais, isto é, que não foram construídos ou produzidos pela ação humana. Dessa forma, 
considera-se natureza todo o Universo, incluindo as estrelas, os planetas e as galáxias. Todavia, a natureza com a qual o ser humano se relaciona mais 
diretamente é aquela que o rodeia. Trata-se da natureza existente na superfície terrestre — o ar, a água, o solo, as rochas, a fauna, a flora, etc. Já paisagem é 
tudo aquilo que se vê. É a parte visível do espaço geográfico, que é o espaço onde vivem os seres humanos, ou seja, a superfície terrestre.
 3. Pode-se dizer que tudo o que existe vem da natureza? Por quê?
Resposta pessoal. Espera-se que o aluno perceba que no fundo tudo o que existe veio da natureza, inclusive nosso próprio corpo, os materiais que serviram 
para a construção de prédios ou de pontes, dos carros e dos aviões, etc. 
 
 Para construir:
 Texto e ação (abaixo)
 Para aprimorar:
 De olho na imagem (p. 16 a 19)
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Centro histórico de Belém (PA), em foto de 2014. A paisagem mostrada na foto acima apresenta construções antigas e modernas. 
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É importante lembrar que, embora existam exceções, os elementos naturais são 
bem mais antigos do que os culturais. O tempo geológico pode ser contado em milha-
res, milhões ou até bilhões de anos, ao passo que o tempo histórico é contado em anos, 
décadas ou séculos. As mudanças históricas, de forma geral, são bem mais recentes 
do que as mudanças geológicas. 
As paisagens são dinâmicas, ou seja, passam por transformações. A vegetação 
original, por exemplo, pode ser alterada pela ocupação humana; antigas construções 
são substituídas por outras mais modernas; morros são aplainados; rios são canaliza-
dos. Terremotos destroem bairros inteiros; as chuvas provocam cheias nos rios. Isso 
quer dizer que, com o tempo, as paisagens mudam naturalmente ou são transforma-
das pela ação humana. 
Antiga ponte Sete de Setembro, atual ponte da Boa Vista, em Recife (PE), em 1885 e em 2013.
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As fotos da página anterior mostram paisagens de um mesmo local em épocas 
diferentes. 
Abaixo há uma foto que mostra uma paisagem em que predominam elementos 
naturais e outra em que predominam elementos culturais. É possível, portanto, identi-
ficar em que época se originaram os elementos que as compõem.
Praia do Canto em Tibau do Sul (RN). Foto de 2013.
Bairro comercial em Tóquio (Japão). Foto de 2013. 
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 Texto e ação 
 1. Como é contado o tempo geológico? E o tempo histórico?
O tempo geológico é contado em milhares ou milhões de anos, e o tempo histórico é contado em séculos ou até em décadas. Lembre os alunos de que as 
mudanças históricas de forma geral ocorrem bem mais rapidamente que as mudanças geológicas.
 Para construir:
 Texto e ação (abaixo)
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Geolink 1
A•‹o da natureza e paisagem
As paisagens são dinâmicas. Elas sofrem transformações em consequência do trabalho humano e dos fenômenos da natu-
reza, como as mudanças climáticas, os vendavais, as chuvas, os terremotos e os tsunamis. 
Em 1o de abril de 2014 ocorreu um forte terremoto no norte do Chile (país da América do Sul), provocando grandes alterações 
na paisagem, especialmente nas cidades de Arica, Iquique e Antofagasta. Por ser uma região costeira, foi lançado um alerta de 
tsunami, provocando deslocamento da população para regiões mais elevadas. No entanto, o fenômeno não ocorreu. Centenas de 
pessoas ficaram desabrigadas e enfrentaram enormes filas para conseguir comprar mantimentos.
EPICENTRO
Magnitude: 8,2 graus
Hora local: 23h43
Hora de Brasília: 22h43
BRASIL
URUGUAIURUGUAIURUGUAIURUGUAI
ARGENTINATINA
CHILE
Santiago
BOLêVIA
PERU
OCEANO
ATLÂNTICO
Trópico de Capricórnio
60° O
OCEANO
PACÍFICO
N
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0 650 1300 km
Chile: epicentro do terremoto (1o abr. 2014)
Adaptado de: UOL Notícias. Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/
afp/2014/04/03/terremoto-de-78-graus-abala-norte-do-chile-e-provoca-alerta-de-
tsunami.htm#fotoNav=73>. Acesso em: 9 dez. 2014.
Tsunami: onda gigante provocada 
por um terremoto no solo oceânico.
 Para aprimorar:
 Geolink 1 (abaixo)
 2. Compare as fotos da ponte da Boa Vista em Recife (Pernambuco) e resolva as atividades.
 a ) Aproximadamente quanto tempo se passou entre a 1a e a 2a foto? 
 Mais de um século (128 anos).
 b ) Cite dois elementos que permaneceram e dois que mudaram na paisagem. 
Resposta pessoal. Mas o rio permaneceu e a ponte também, mesmo tendo sido renovada; a cidade cresceu bastante, e podem ser vistos inúmeros 
prédios elevados que não existiam, etc.
 c ) Na sua opinião, o que causou essas transformações?
Resposta pessoal. Mas foi o progresso econômico e o crescimento populacional da cidade.
 3. Por que se pode dizer que a paisagem é o resultado de uma construção histórica?
Ao observar as fotos, os alunos têm a possibilidade de refletir sobre a historicidade dos espaços geográficos e perceber que a “paisagem é o velho no novo e 
o novo no velho”, numa abordagem que permite compreender a vida coletiva da qual fazem parte e os espaços cotidianos.
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Rachaduras causadas pelo terremoto de 1o de abril de 2014 em Iquique (Chile).
 Responda ˆs quest›es.
 1. Com o passardo tempo, todas as paisagens se transformam ou são modificadas. Quais são os agentes que podem modi-
ficar as paisagens? 
As paisagens podem ser transformadas por agentes humanos Ñ quando a a•ão humana modifica elementos da paisagem para atender ˆs suas 
necessidades Ñ e por agentes naturais Ñ como os fen™menos clim‡ticos (tuf›es, secas, etc.) e geológicos (terremotos, erup•›es vulc‰nicas, etc.). 
 2. As modifica•›es causadas pela a•ão humana são mais r‡pidas e mais intensas do que as causadas pela natureza? Explique.
As modifica•›es causadas pela a•ão humana são mais concentradas em determinadas ‡reas e são provocadas com uma velocidade maior do que a 
a•ão da natureza. PorŽm, as interfer•ncias naturais, embora levem mais tempo, geram enormes transforma•›es ambientais e em n’vel global, ou seja, 
agem sobre todo o planeta.
 3. O terremoto de 1o de abril de 2014 que ocorreu no Chile provocou a morte de seis pessoas. O terremoto que ocorreu no 
Japão em 2011, apesar de ter magnitude similar ˆ do Chile, matou milhares de pessoas. Fa•a uma pesquisa para descobrir 
por que isso ocorreu.
Oriente os alunos a pesquisar em sites confi‡veis da internet como foi o terremoto de 2011 no Japão e por que ele matou muito mais pessoas que o 
terremoto de mesma magnitude no Chile. Eles deverão perceber que o Japão Ž bem mais povoado que o Chile, e o terremoto atingiu ‡reas com grandes
 popula•›es.
 
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3 Paisagem e desigualdade social
As desigualdades sociais podem ser vistas na paisagem, já que ocorrem no es-
paço geográfico, ou seja, no espaço em que os seres humanos se relacionam entre si. 
Assim, ao observar uma paisagem, é possível perceber como se comporta a socieda-
de humana que ocupa aquele espaço. Por exemplo, numa cidade pode-se notar bair-
ros com residências luxuosas, habitado por famílias de alta renda, extensas favelas ou 
bairros inteiros com moradias precárias, onde muitas vezes várias famílias de baixa 
renda ocupam um espaço reduzido.
As diferentes formas de 
ocupar o espaço e os 
diferentes modos de vida 
refletem as desigualdades 
entre ricos e pobres. A foto 
ao lado mostra um bairro 
pobre de Manaus 
(Amazonas), em 2013; a foto 
abaixo apresenta a vista 
aérea de um bairro rico do 
mesmo município, em 2014.
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 Para praticar:
 + Ação (atividades 3 e 4, p. 16)
 Para aprimorar:
 Conexões (p. 19 a 21)
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 Texto e a•‹o 
 1. Lembre-se dos vários lugares por onde você costuma passar para resolver as atividades.
 a ) Você percebe, em algum desses lugares, elementos que demonstrem desigualdades sociais? Explique.
A observação das paisagens estimula a reflexão sobre as desigualdades sociais, um dos aspectos que mais contribuem para a pobreza no Brasil. 
Destaque que a má distribuição de renda e as desigualdades de oportunidades de acesso à cultura e à educação são os elementos que favorecem seu 
surgimento.
 b ) Descreva a paisagem desse lugar citando o maior número de elementos que você pode observar.
Resposta pessoal.
 2. Observe as imagens da página anterior e responda às questões.
 a ) O que mais chama sua atenção nessas paisagens?
Resposta pessoal.
 b ) Há alguma paisagem parecida com essas no município onde você mora?
Resposta pessoal. Incentive os alunos a observar as imagens e comparar com as paisagens do município onde moram. Esta é uma oportunidade para 
trabalhar a ideia de que a paisagem nem sempre é “bonita” e relacionada a belezas naturais, pois, dependendo do uso e da ocupação que se faz do 
espaço, as paisagens podem ser degradadas, sujas, etc. 
Geolink 2
Desigualdades no espaço urbano
O último recenseamento geral do Brasil, realizado pelo Ins-
tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, mostrou 
que 11,5 milhões de brasileiros vivem em “aglomerados subnor-
mais”, popularmente conhecidos como favelas, invasões, grotas, 
baixadas, comunidades, ressacas, mocambos ou palafitas, con-
forme a região. O pesquisador do IBGE Maurício Gonçalves e Silva 
lembrou que, embora as desigualdades entre moradores de fave-
las e de outras áreas urbanas do Brasil não sejam novidade, a 
dimensão dessas discrepâncias sociais e educacionais foi dada 
pela primeira vez. Somente 1,6% dos moradores de favelas tem 
diploma universitário no Brasil, em comparação com os 14,7% da 
população residente de outras áreas das cidades. “Não é que todos 
devam ter nível superior, mas ver que na mesma parte da cidade 
pessoas que convivem no mesmo ambiente, às vezes na mesma 
rua, têm níveis de escolaridade tão diferentes mostra dois mundos 
em um mesmo espaço”, comentou o pesquisador. Ele deu como 
exemplo os bairros da Glória e de Copacabana, na zona sul do Rio 
de Janeiro, onde cerca de 50% dos moradores de favelas não ti-
nham instrução, enquanto entre os moradores de outras áreas 
do bairro 50% tinham nível superior completo. 
A pesquisa mostra ainda que a geladeira e a televisão são 
bens praticamente universalizados em todos os tipos de moradia. 
Também não foi verificada diferença na posse de motocicleta. As 
desigualdades maiores foram registradas em relação à posse de 
máquina de lavar, computador e acesso à internet. Menos da me-
tade dos moradores em aglomerados subnormais (41,4%) tinha 
 Para construir:
 Texto e ação (abaixo)
 Para aprimorar:
 Geolink 2 (abaixo)
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máquina de lavar, ante 66,7% dos moradores nas demais áreas; 
27,8% tinham computador, em comparação com 55,6% da popu-
lação das outras áreas e 20,2% tinham computador com acesso à 
internet, contra 48% das demais áreas.
Ao comparar o tempo de deslocamento para o trabalho 
gasto por moradores de favelas com o de outras partes da 
cidade, a pesquisa revelou alguma variação entre um grupo 
e outro. Enquanto 19,7% dos trabalhadores brasileiros que 
moravam em aglomerados subnormais demoravam mais de 
uma hora por dia no deslocamento para o trabalho, esse per-
centual para quem morava em outras áreas da cidade era 
19%. No Rio de Janeiro, 21,9% dos moradores de favelas leva-
vam mais de uma hora por dia para chegar ao trabalho, en-
quanto nas outras áreas da cidade essa proporção era 26,3%. 
Em Salvador, a diferença era 21,8% para os moradores de 
habitações irregulares e 22,12% para as regulares. Em São 
Paulo, 37% da população residente em aglomerados subnor-
mais levavam mais de uma hora para chegar ao local de tra-
balho, em contraste com 30% dos moradores das demais 
áreas da cidade. No caso do Rio e de Salvador, o pesquisador 
ressaltou que a topografia dessas cidades colaborou para que 
as pessoas ocupassem áreas centrais também como estra-
tégia para economizar tempo e dinheiro no percurso 
casa-trabalho. 
Em relação aos rendimentos, 31,6% dos moradores dos 
aglomerados subnormais tinham rendimento domiciliar por 
pessoa até meio salário mínimo, ante 13,8% nas outras áreas 
urbanas. Apenas 0,9% dos moradores de comunidades carentes 
tinham rendimento domiciliar por pessoa de mais de cinco sa-
lários mínimos, ante 11,2% nas demais áreas da cidade. Quase 
28% dos trabalhadores moradores dessas comunidades não 
tinham carteira assinada em relação às outras áreas da cidade 
(20,5%). 
Adaptado de: AGæNCIA Brasil. Disponível em: 
<http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2013-11-06/
so-16-dos-moradores-de-domicilios-irregulares-tinha-
diploma-universitario-em-2010>. Acesso em: 9 dez. 2014. 
 Agora, resolva as atividades.
 1. O que são moradias subnormais?
São moradias prec‡rias, muitas vezes construídas em ‡reas de risco (morros, baixadas alag‡veis, v‡rzea de rios,etc.) ou em terrenos que foram ocupados 
irregularmente. Elas são popularmente conhecidas como favelas, invasões, grotas, baixadas, comunidades, ressacas, mocambos ou palafitas, conforme a 
região do país.
 2. Por que as aglomerações subnormais são construídas nas encostas de morros, em terrenos baldios, nas margens de rios, 
embaixo de pontes ou viadutos? 
Porque são ‡reas deixadas de lado pelo poder pœblico ou pelas construtoras na medida em que oferecem riscos de desabamentos ou de inundações. 
No caso dos terrenos baldios, porque eles não estão sendo utilizados e normalmente ficam próximos ou dentro de ‡reas povoadas, onde os moradores 
dessas aglomerações poderão arrumar algum tipo de trabalho. 
 3. Quais são as principais diferenças socioecon™micas entre os moradores de favelas e os demais habitantes da mesma 
cidade?
O nível mŽdio de rendimento, menor entre os moradores de favelas, alŽm de menor acesso a artigos domŽsticos, como m‡quina de lavar e forno de 
micro-ondas, computador e acesso ˆ internet.
 
Paisagem, lugar e território14
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Atividades finais
+ Ação 
 1. Uma das frases abaixo não está de acordo com o que você aprendeu sobre paisagem. Identifique onde está o erro e reescreva 
a frase com a informação correta.
 a ) As mudanças da paisagem acompanham as transformações da sociedade.
 b ) O estudo das paisagens revela o modo como se relacionam os seres humanos que ali vivem.
 c ) Somente a ação humana é responsável pelas mudanças na paisagem.
 d ) As paisagens são formadas por elementos naturais e por elementos culturais.
A frase reescrita pelo aluno deverá se aproximar do seguinte: “Além da ação humana, os fenômenos naturais, como vento, chuva, etc., também são responsáveis 
pelas transformações das paisagens”.
 2. Escolha uma paisagem da sua escola para observar.
 a ) Faça uma lista dos elementos naturais e outra dos elementos culturais da paisagem.
 b ) Selecione os elementos da paisagem escolhida que mais chamaram sua atenção.
 c ) Imagine uma história que vai se passar daqui a alguns anos nessa paisagem e responda às questões: 
• Quem seriam os personagens da história? 
• Que elementos da paisagem atual seriam mais transformados? Como?
• Que elementos da paisagem atual você acredita que permaneceriam como estão? Por quê?
X
a) e b) Reforce o conceito de natural e de cultural. Natural é aquilo que é produzido pela natureza, enquanto cultural é o que se origina das criações 
humanas. Porém, muitas vezes o natural e o cultural misturam-se de tal forma que se torna difícil distingui-los.
Dê tempo para que os alunos exponham suas listas. Se preferir, peça a eles que desenhem a paisagem escolhida. O desenho é uma importante habilidade 
a ser desenvolvida durante o Ensino Fundamental e constitui uma linguagem que apresenta estreita relação com a cartografia.
Certifique-se de que os alunos compreendem que as paisagens são dinâmicas, pois, à medida que as necessidades e o conhecimento de cada 
sociedade mudam com o passar do tempo, paisagens diferentes são construídas e transformadas. Cite alguns exemplos de mudanças na paisagem: 
quando casas ou prédios são derrubados e outros são construídos; quando uma área de floresta é desmatada; quando ocorre uma colheita numa área 
cultivada, por exemplo, com cana-de-açúcar; quando rios são canalizados; quando viadutos, pontes, rodovias são construídos, etc.
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 3. No município onde você mora certamente existem desigualdades sociais. Como essas desigualdades são vistas nas paisagens? 
 a ) Pesquise imagens em jornais, revistas ou na internet que revelem as desigualdades sociais do município onde você mora. 
Leve-as para a sala de aula na data combinada com o professor. 
 b ) Em pequenos grupos, a classe deverá fazer as seguintes atividades.
¥ Com a orientação do professor, organizem o material pesquisado e confeccionem cartazes.
¥ Criem um título para identificar o tema do trabalho.
 c ) Com base no material produzido pelo grupo, respondam às questões.
¥ Que imagens mais chamaram a atenção de vocês?
¥ O que poderia ser feito para reduzir as desigualdades sociais no município onde vocês moram?
 4. Pequenos textos nas laterais das páginas explicam o significado de algumas palavras, formando um glossário.
 a ) Escolha uma das palavras explicadas neste capítulo e escreva o seu significado.
 b ) Faça um desenho, uma foto ou uma colagem com recortes de jornais e revistas para ilustrar o significado da palavra que você 
escolheu.
Promova uma reflexão sobre as desigualdades sociais no Brasil a 
partir das paisagens próximas da realidade do aluno.
a) e b) A ilustração de um termo do glossário é uma forma criativa e interessante de o aluno trabalhar com as palavras desconhecidas que aparecem no 
texto. 
Verifique se as ilustrações estão de acordo com o significado da palavra escolhida pelos alunos. Você pode sugerir, também, que eles ilustrem outras 
palavras do glossário que fazem parte deste capítulo.
De olho na imagem 
 1. A fotografia é uma maneira indireta de observar as paisagens. Revejam as fotos das paisagens que ilustram o capítulo e 
respondam.
¥ Na opinião de vocês, em qual das paisagens houve maior interferência humana? Por quê?
 2. As paisagens diferem umas das outras. Observem as fotos, leiam as legendas e façam o que se pede.
Resposta pessoal do aluno. Observe as imagens escolhidas, pergunte aos alunos por que eles escolheram esta ou aquela imagem 
e analise os argumentos usados para fundamentar essas escolhas. 
Ilha de Itamaracá (PE). Foto de 2013.Salvador (BA). Foto de 2014.
Sergio Pedreira/Pulsar Imagens Rita Barreto/Acervo da fotógrafa
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 a ) Escolham apenas uma das fotos e escrevam um pequeno texto sobre os elementos que mais chamaram a atenç‹o de voc•s.
Resposta pessoal do aluno. Verifique se o texto produzido est‡ de acordo com os elementos da paisagem escolhida.
 b ) No estado onde voc•s vivem, h‡ alguma paisagem semelhante ˆs das fotos da p‡gina anterior? Expliquem.
Resposta pessoal do aluno. Ajude os alunos a estabelecer semelhanças e diferenças entre as paisagens das fotos e as paisagens do estado onde moram. 
 
 3. Os seres humanos transformam a natureza por meio do trabalho, a fim de satisfazer suas necessidades.
¥ Observem a sequ•ncia de fotos a seguir. Relacionem as cenas mostradas ao conteœdo estudado no cap’tulo.
Resposta pessoal. Verificar se a resposta Ž coerente e se o aluno entendeu que os seres humanos, especialmente a sociedade moderna, modificam a 
natureza por meio do seu trabalho, em especial o trabalho coletivo ou social.
Extração de madeira.
F‡brica de beneficiamento 
de madeira.
Loja de m—veis de madeira.
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 4. Para ler uma paisagem é preciso observar seus elementos. Uma maneira de facilitar a leitura de uma paisagem representada em 
uma foto é separá-la em planos. Isso permite fazer uma análise mais detalhada dela. 
 a ) Observem na imagem abaixo os três planos da paisagem identificados com as letras A, B e C.
 b ) Resolvam as atividades.
¥ Elaborem uma lista dos elementos naturais e uma lista dos elementos culturais de cada plano da paisagem.
¥ Como os elementos da paisagem estão distribuídos nos planos A, B e C?
¥ Que cores predominam em cada um dos planos?
¥ Essas cores podem mudar? Em que situação?
¥ Que atividades humanas ocorrem nessa paisagem?
No primeiro plano, vista da praça da República; ao fundo, prédios do bairro Reduto em Belém (PA). Foto de 2014.
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Chame a atenção dos alunos para as linhas tracejadas demarcando o primeiro, o segundo e o terceiro planos da paisagem fotografada. Ajude-os a observar os elementos 
naturais e culturais de cada plano da imagem. Pergunte se no município onde moram há alguma paisagem semelhante à da foto. 
A atividade é um passo importante para o aluno refletir sobre o modo de vida das pessoas e como elas, por meio do trabalho, constroem as paisagens do lugar onde vivem. 
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Conex›es
¥ Vocês imaginam como as pessoas vivem nesse lugar? Como se divertem? Expliquem.
¥ Vocês percebem algum vestígio do passado? Que elementos demonstram isso?
A atividade se fundamenta na ideia de que as paisagens expressam as marcas da história de 
uma sociedade e por isso elas contêm tempos distintos: o passado e o presente.
 1. A paisagem é o resultado de uma construção histórica ao longo do tempo. Leia o 
texto a seguir.
O Rio de ontem e de hoje
[...] Percorrer as ruas do Centro, depois de anos em que não pisava por lá, dava certo 
prazer à dona Irene. Prazer que ela não confessava a si mesma. Parava diante de vitrinas, 
sim senhor, como isso mudou. [...] Ali era uma livraria. Mais adiante, cadê a confeitaria que tinha aquele sorvete de pistache super-
delicioso? Nada de confeitaria. Somente bancos, financeiras, agências de loteria esportiva. Dona Irene sentia leve saudade da década 
de 1960. Era outro Rio. Mas devemos conhecer o Rio de hoje, e ela ia aproveitando o percurso na direção do ônibus para ver, assustar, 
sentir, apesar da multidão, do bolo de gente, do barulho [...].
Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. O medo e o relógio. 
Em: Mo•a deitada na grama. Rio de Janeiro: Record, 1987. p. 24.
 a ) O narrador faz uma descrição da paisagem. Que elementos do espaço ele cita?
Bancos, financeiras e agências de loteria esportiva.
 b ) Quais foram as transformações que a paisagem do Rio de Janeiro sofreu, segundo dona Irene? O que mudou? Cite trechos 
do texto que justifiquem sua resposta.
“Cadê a confeitaria que tinha aquele sorvete de pistache superdelicioso? Nada de confeitaria. Somente bancos, financeiras, agências de loteria 
esportiva.”
 c ) Na sua opinião, por que essas transformações ocorreram?
Resposta pessoal. Recorde com os alunos que as necessidades e os conhecimentos de cada sociedade mudam com o tempo e assim paisagens são 
transformadas e paisagens são construídas.
 d ) Você já teve a experiência de retornar a um lugar que conhecia e sentir que está diferente? Conte como foi.
Resposta pessoal, que vai depender da criatividade e capacidade de expressão do aluno.
 Ciências Humanas e suas Tecnologias
 Ciências da Natureza e suas Tecnologias
 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
 Matemática e suas Tecnologias
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 2. Observe a paisagem ao redor da sua casa e anote seus principais elementos no quadro abaixo. Ap—s essa an‡lise, convide 
uma pessoa que mora com voc• a descrever a mesma paisagem e anote seu relato no quadro seguinte. Ao final, escreva as 
diferen•as e semelhan•as entre as an‡lises, classificando-as como elementos naturais ou culturais. 
Respostas 
pessoais.
Comparação das análises
Elementos naturais Elementos culturais
Análise 1 
Análise 2
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 3. Liste nos quadros abaixo cinco grandes problemas que você encontrou ao analisar a paisagem do seu bairro ou cidade. Em 
seguida, liste possíveis soluções e o impacto que elas teriam nas paisagens. Respostas pessoais.
Problemas Possíveis soluções
Como a paisagem ficaria?
Problemas Possíveis soluções
Como a paisagem ficaria?
Problemas Possíveis soluções
Como a paisagem ficaria?
Problemas Possíveis soluções
Como a paisagem ficaria?
Problemas Possíveis soluções
Como a paisagem ficaria?
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2
 Capítulo
Lugar e 
território
Neste cap’tulo, voc• conhecer‡ o significado de lugar e de territ—rio para a Geo-
grafia. Compreender‡ que existem v‡rias escalas do espaço geogr‡fico, onde n—s, 
seres humanos, habitamos e nos relacionamos. 
Imagem de satŽlite da Terra, 2014.
seres humanos, habitamos e nos relacionamos. 
Imagem de satŽlite da Terra, 2014.
Para começar, observe a imagem de satŽlite. Depois, responda ˆs quest›es. 
 1. O que voc• v• na imagem acima?
 2. Por que não Ž poss’vel ver a fronteira dos pa’ses?
 3. Na sua opinião, qual Ž a diferença entre uma imagem de satŽlite e um mapa?
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Aproveite as quest›es propostas para 
incentivar a participação dos alunos na aula. 
Se poss’vel, formule outras novas quest›es 
de acordo com o interesse dos alunos. Lembre 
que esse Ž um momento para conhecer as 
hip—teses deles sobre os con teœdos que 
serão tratados no cap’tulo.
1. Resposta pessoal. Mas Ž uma foto do 
planeta Terra, com a AmŽrica do Sul em 
primeiro plano.
2. Porque as fronteiras não existem na natureza, 
mas apenas nas convenç›es humanas. Quando 
vis’veis, elas são pequenas demais para serem 
vistas do espaço. 
3. Resposta pessoal. Espera-se que o aluno 
perceba que a imagem de satŽlite Ž mais ou 
menos como uma fotografia, um instant‰neo 
de uma parte do globo terrestre visto de cima, 
do espaço onde se localiza o satŽlite. O mapa, 
ao contr‡rio, Ž uma elaboração 
cuidadosamente feita pelos especialistas 
(cart—grafos), que atentam para a escala, os 
detalhes que querem mostrar (por exemplo, 
indœstrias, agricultura, cidades e vilas, etc.). 
Na imagem não h‡ legenda e Ž necess‡rio 
olhar cuidadosamente para encontrar algum 
aspecto da região, ao passo que no mapa os 
detalhes que o cart—grafo quis mostrar j‡ 
estão sistematizados. 
22
 Objetivos:
• Conhecer lugar, espa•o 
geogr‡fico e territ—rio.
• Identificar os v‡rios n’veis 
ou dimens›es do espa•o 
geogr‡fico.
Paisagem, lugar e territ—rio
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1 Lugar
No dia a dia, é comum falar sobre o lugar que você ocupa em uma fila ou na sala 
de aula ou o lugar onde estão guardadas as suas roupas. Essa é a noção mais comum 
de lugar, como uma posição qualquer no espaço. 
Mas quando se trata de Geografia, lugar significa um local repleto de afetividade, 
uma localização familiar. São exemplos as ruas, praças, casas, prédios, árvores, morros, 
rios que conhecemos bem, com os quais estamos acostumados. 
Um local pode ter significado para uma pessoa e não ter para outra. Imagine a 
seguinte situação: o local onde você aprendeu a andar de bicicleta pode ser um lugar 
importante para você, mas para seu vizinho pode não ter significado algum!
Assim, o lugar pode conter elementos naturais ou culturais com os quais convi-
vemos. É onde vivemos ou estudamos, onde exercemos nossa vida social, ou seja, as 
relações com amigos, colegas, parentes, vizinhos, conhecidos, etc.
Afetividade: disposição para receber 
experiências sentimentais.
 Texto e ação 
 1. Cite dois lugares importantes para você. Explique sua escolha.
Resposta pessoal.
 2. Que elementos compõem o espaço geográfico?
Elementos naturais (rios, matas, relevo, solos) e culturais (edificações, indústrias, moradias, campos de cultivo, estradas).
 3. Como podemos definir paisagem e lugar?
Resposta pessoal, mas espera-se que o aluno perceba que lugar implica a identificação, a afetividade; e paisagem implica o olhar, a observação.
 
 4. Escreva três exemplos de escalas geográficas.
Resposta pessoal. O aluno poderá citar 1 : 100 000, 1 : 500, 1 : 1 200 000, etc. Poderá também citar de forma gráfica em vez da numérica.
 
 Para construir:
 Texto e ação (abaixo)
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Indígenas e suas terras no Brasil 
O Recenseamento geral do Brasil de 2010 mostrou que existiam 817 963 pessoas que se declaravam ind’genas no pa’s. Esse 
nœmero aumentou, pois no Censo de 2000 eram pouco mais de 734 mil indiv’duos. 
Do total de 2010, cerca de 315 mil residiam em ‡reas urbanas e o restante, por volta de 502 mil, na zona rural. A unidade da 
federa•‹o com maior nœmero de ind’genas Ž o Amazonas, com 169 mil, seguido pelo Mato Grosso do Sul, com 73,3 mil. A maior 
propor•‹o de ind’genas na popula•‹o encontra-se em Roraima, contando cerca de 11% da popula•‹o total, seguido pelo Amazonas, 
com 4,8%.
Um conceito importante Ž o de terras ind’genas, estabelecido pela Constitui•‹o de 1988, que reconheceu que os ind’genas 
s‹o os ocupantes originais da terra e, por isso, possuem direitos anteriores ao de qualquer outro habitante do nosso pa’s. 
A Constitui•‹o estabelece que as terras ind’genas s‹o bens da Uni‹o Ð isto Ž, do Estado brasileiro Ð, sendo reconhecidos aos 
ind’genas a posse permanente e o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. Contudo, grande 
parte das terras ind’genas no Brasil sofre invas›es de mineradores, pescadores, ca•adores, posseiros e madeireiros. 
Constitui•‹o: lei 
principal que regula 
a organização 
política de um país.
Aldeia Guarani Mbya em Salto do Jacu’ (RS). Foto de 2014.
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Soberania: autoridade suprema.
Essas terras s‹o atravessadas por estradas, ferrovias, linhas de transmiss‹o de eletricidade 
ou pela constru•‹o de usinas hidrelŽtricas. 
Apesar de constitu’rem territ—rios de dom’nio das comunidades ind’genas, essas 
terras s‹o subordinadas ̂ s leis do Estado brasileiro, ou seja, s‹o parte do territ—rio nacional 
e sujeitas ˆ sua soberania.
 Para aprimorar:
 Geolink (abaixo)
 De olho na imagem (p. 33)
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 Responda às questões. 
 1. O número de indígenas no Brasil cresceu ou diminuiu? Para responder, compare os dados dos dois últimos censos, o de 2000 
e o de 2010. Na sua opinião, por que isso ocorreu?
O número de indígenas cresceu. 
Resposta pessoal. Se possível, peça aos alunos que façam um levantamento de qual era a população indígena décadas atrás e qual é essa população 
hoje, onde elas estão localizadas ou concentradas, etc. Você poderá indicar para os alunos os seguintes sites: <www.funai.gov.br> e <www.ibge.gov.br>.
 2. O que são terras indígenas?
São áreas dentro do território nacional que foram reconhecidas pela Constituição do Brasil como indígenas, e os diferentes povos indígenas são os ocupantes 
originais dessas terras e com direito à posse permanente e o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes.
 3. Quais são as ameaças que as terras indígenas sofrem no Brasil?
Elas sofrem invasões de mineradores, pescadores, caçadores, posseiros e madeireiros. São atravessadas por estradas, ferrovias, linhas de transmissão 
de eletricidade ou pela construção de usinas hidrelétricas.
 4. As terras indígenas, apesar de serem territórios de domínio das comunidades indígenas, são subordinadas à soberania do 
Brasil? Por quê?
A Constituição do Brasil estabelece que as terras indígenas são bens da União – isto é, do Estado brasileiro. Isso quer dizer que, apesar de constituírem 
territórios sob o domínio das comunidades indígenas, essas terras são subordinadas às leis do Estado brasileiro, ou seja, são partes do território nacional 
e sujeitas à sua soberania. O professor pode discutir com os alunos o porquê desse entendimento, especulando que, se o Estado brasileiro não tivesse 
soberania sobre essas terras (como tem sobre qualquer propriedade particular, qualquer fazenda ou sítio, etc.), os indígenas poderiam declarar 
independência, poderiam eventualmente vender essas terras para algum outro país, etc.
 
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Lugar e paisagem
Pode-se considerar o lugar como uma parte do espaço geográfico compreendi-
da Òde dentroÓ, ou seja, como o espaço com o qual nos identificamos afetivamente, 
onde vivemos nossas experiências pessoais. 
Já a paisagem pode ser considerada uma parte do espaço geográfico que analisamos 
Òde foraÓ, de maneira objetiva, como observadores. 
O lugar é sempre a morada de uma comunidade humana; a paisagem nem sem-
pre: existem no mundo paisagens polares, como as da Antártida, ou montanhosas, 
como as do monte Everest. Assim, todo lugar pode ser visto e descrito por um obser-
vador como uma paisagem; e quase toda paisagem pode ser o lugar de alguém, de 
alguma comunidade humana. 
Em s’ntese, o conceito de paisagem parte da observação, da visão, enquanto o 
conceito de lugar parte da vivência, da identificação.
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Agricultoras peruanas almoçam próximas ao 
cultivo de batatas nos Andes. Foto de 2013.
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Parque Nacional de Sagarmatha, no Nepal. Foto de 2014.
Escala do espaço geogr‡fico
As chamadas escalas geográficas podem ser entendidas como diversos níveis 
ou dimensões do espaço geográfico. A superf’cie terrestre, por exemplo, tem uma 
dimensão enorme, uma dimensão global ou planetária. Ela pode ser dividida em 
continentes e ilhas, ocupados por povos que formam pa’ses, que, por sua vez, podem 
ser divididos em regi›es, estados e munic’pios. Os munic’pios podem ser divididos 
em distritos e bairros. 
Continente: grande massa de terras que 
fica acima do n’vel do mar. ƒ dividido em 
territ—rios nacionais, isto é, em espaços 
delimitados por fronteiras. A exceção é a 
Antártida, pois não é dividida em pa’ses e 
não possui população nativa. 
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As imagens de satélite são de 2013 e as fotos são de 2014.
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As duas escalas geogr‡ficas extremas s‹o: a dimens‹o global e a local. A escala 
local Ž a escala do lugar, que voc• j‡ viu. Entre elas existem muitas outras, como a 
continental, que compreende todos os países de um continente, a escala nacional em 
que o país est‡ compreendido, e a regional. N—s, por exemplo, vivemos no Brasil, que 
se situa na AmŽrica do Sul, que Ž uma parte do continente americano. Observe a figu-
ra a seguir. Ela ilustra as principais escalas ou dimens›es do espa•o geogr‡fico. 
Paisagem, lugar e território 27
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2 Territ—rio
O mapa-mœndi representa a superf’cie terrestre dividida em países ou Estados 
nacionais. Existem atualmente mais de duzentos pa’ses na superf’cie terrestre.
O que separa um espaço nacional de outro, como o Brasil da Argentina ou o Ca-
nad‡ dos Estados Unidos, Ž a fronteira. Somente os pa’ses que ocupam sozinhos uma 
ilha ou arquipŽlago, como a Austr‡lia ou o Japão, Ž que não possuem fronteiras terres-
tres com outros pa’ses; os limites, nesses casos, são mar’timos. O espaço ocupado 
por um pa’s Ž chamado de território nacional. 
Assim, territ—rio nacional Ž um espaço delimitado por fronteiras, no qual um Es-
tadoexerce a sua soberania, ou seja, o poder supremo, acima de todos os demais 
poderes, como empresas, igrejas, fam’lias e outras instituiç›es. 
O termo territ—rio tambŽm pode ser aplicado a outros espaços onde existem li-
mites ou fronteiras, ainda que não sejam oficiais, e um sujeito que o controla. São exem-
plos os territ—rios ind’genas, que voc• j‡ viu, os territ—rios de povos sem Estado, como 
os bascos e os palestinos, entre outros. 
O espaço geográfico é a superfície do nosso 
planeta, a Terra, que se encontra dividida em 
países ou Estados nacionais.
COSTA 
DO
MARFIM
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LIBÉRIA CAMARÕES
GUINÉ EQUATORIAL
SÃO TOMÉ 
E PRÍNCIPE
CONGO
GABÃO
BURKINA
FASSO
GUINÉ
NIGÉRIA
GUINÉ-BISSAU
GÂMBIA
SERRA LEOA
MARROCOS
SAARA
OCIDENTAL
ARGÉLIA
MAURITÂNIA
MALI
NÍGER
CABO VERDE
SENEGAL
Is. Can‡rias (ESP)
ANTÍGUA E
BARBUDA
DOMINICA
BARBADOS
GRANADA
TRINIDAD
E TOBAGO
SÃO VICENTE
E GRANADINAS
SANTA
LÚCIA
SÃO CRISTÓVÃO
E NÉVIS
Porto Rico (EUA)
LIECHTENSTEIN
BÓSNIA-HERZEGOVINA
MONTENEGRO
KOSOVO
1.
2.
3.
4.
SUÉCIA
NORUEGA
FINLÂNDIA
ESTÔNIA
LITUÂNIA
BELARUS
(RUS)
UCRÂNIA
ROMÊNIA
HUNGRIA
ESLOVÊNIA
CROÁCIA SÉRVIA
MOLDÁVIA
ALBÂNIA
MACEDÔNIA
ÁUSTRIA
1
BULGÁRIA
GRÉCIA
MALTA
ESPANHA
FRANÇA
REINO
UNIDOIRLANDA
PAÍSES
BAIXOS
PORTUGAL
3ITÁLIA
POLÔNIA
REP. TCHECA
ESLOVÁQUIA
ALEMANHA
LUXEMBURGO
DINAMARCA
LETÔNIA
2
SUÍÇA
4
BÉLGICA
Mapa-múndi: político
0¼
OCEANO
PACêFICO
AR
MÉXICO
CANADÁ
ESTADOS UNIDOS
BAHAMAS
CUBA
HAITI
JAMAICA
REP. DOMI
BELIZE
HONDURAS
NICARÁGUA
VENEZUEL
EQUADOR
SAMOA
OCIDENTAL
TONGA
PERU
BOLÍVI
P
CHILE
Alasca
(EUA)
Is. Hava’
 (EUA)
GUATEMALA
EL SALVADOR
COSTA RICA
PANAMÁ
COLÔMBIA
N
S
LO
0 1300 2600 km
 Para praticar:
 + Ação (atividades 1 a 6, p. 30 a 33)
 Para aprimorar:
 Conex›es (p. 35 e 36)
Paisagem, lugar e território28
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Adaptado de: IBGE. Atlas geográfico 
escolar. 6. ed. Rio de Janeiro, 2012. p. 32.
0¼
OCEANO
PACêFICO
OCEANO
ATLåNTICO
OCEANO
êNDICO
OCEANO GLACIAL ANTçRTICO
OCEANO GLACIAL çRTICO
ARGENTINA
Ilhas Falkland
(Malvinas)
(RUN)
BAHAMAS
HAITI
REP. DOMINICANA
URAS
UA
VENEZUELA
GUIANA
SURINAME
BRASIL
PERU
BOLêVIA
PARAGUAI
CHILE
URUGUAI
Guiana 
Francesa 
(FRA)
ANTçRTIDA
RòSSIA
MONGîLIA
QUIRGUISTÌO
TADJIQUISTÌO
COREIA
DO NORTE
CHINA COREIA
DO SUL
JAPÌO
KIRIBATI
NAURU
MARSHALL
PALAU
SALOMÌO
VANUATU
FIJI
TUVALU
SRI
LANKA MALçSIA
BRUNEI
CINGAPURA
PAPUA-
-NOVA
GUINƒ
TIMOR-LESTE
NOVA
ZELåNDIA
AUSTRçLIA
NEPAL BUTÌO
BANGLADESH
TAIWAN
êNDIA
MIANMAR
LAOS
TAILåNDIA
VIETNÌ
FILIPINAS
CAMBOJA
Nova
Caled™nia
(FRA)
CASAQUISTÌO
UZBEQUISTÌO
AZERBAIJÌO
TURCOMENISTÌO
AFEGANISTÌO
PAQUISTÌO
OMÌ
ERITREIA IæMEN
DJIBUTI
CATAR
EM. çR.
UNIDOS
BAHREIN
REP.
CENTRO-
-AFRICANA
ETIîPIA
UGANDA
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QUæNIA
REP. DEM.
DO CONGO
RUANDA
BURUNDI
SEYCHELLESTANZåNIA
ANGOLA COMORES
ZåMBIA
MALAUê
MO‚AMBIQUE
ZIMBçBUENAMêBIA MADAGASCAR
MAURêCIO
I. Reuni‹o 
(FRA) 
BOTSUANA
SUAZILåNDIA
LESOTO
REP. DA
çFRICA
DO SUL
GEîRGIA
ARMæNIA
TUNêSIA SêRIA
IRAQUE IRÌ
JORDåNIA
SAUDITA
CHADE
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ISRAEL
ARçBIA
KUWAIT
EGITO
LêBIA
SUDÌO
SUDÌO
DO
 SUL
Arq. dos A•ores
(POR)
ISLåNDIA
Svalbard 
(NOR) 
 
Ilhas Nova Zembla
Ilhas Terra do Norte Ilhas da Nova SibŽriaTerras de Francisco JosŽ (RUS)
TURQUIA
Groenl‰ndia
(DIN)
Tr—pico de Capric—rnio
Equador
C’rculo Polar çrtico
C’rculo Polar Ant‡rtico
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Tr—pico de C‰ncer
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 Texto e ação 
 1. Quantos Estados nacionais existem na superf’cie terrestre?
Cerca de 200. Na verdade são 196 em 2015, segundo a Organização das Naç›es Unidas (ONU), mas sempre podem surgir novos.
 2. O que Ž territ—rio nacional?
Territ—rio nacional Ž um espaço delimitado por fronteiras, no qual um Estado exerce a sua soberania, o seu poder supremo, acima dos demais poderes, como 
empresas, fam’lias e outras instituiç›es.
 3. Observe o mapa-mœndi presente nessa dupla de p‡ginas. Faça uma lista dos pa’ses da AmŽrica do Sul que fazem fronteira com o Brasil.
Argentina, Paraguai, Uruguai, Bol’via, Venezuela, Peru, Suriname, Guiana Francesa (que pertence ˆ França), Guiana e Col™mbia.
 4. Cite tr•s pa’ses que não fazem fronteira terrestre com nenhum outro pa’s.
Resposta pessoal. O aluno poder‡ citar a Austr‡lia, Nova Zel‰ndia, Isl‰ndia, Japão e algum outro pa’s cujo territ—rio seja uma ilha.
 Para construir:
 Texto e ação (abaixo)
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+ Ação 
 1. A superfície terrestre está dividida em continentes e ilhas que, por sua vez, são ocupados por povos que formam países.
 a ) Qual continente não é dividido em países ou Estados nacionais? 
O continente da superfície terrestre que não é dividido em países ou nações é a Antártida.
 b ) A quem pertence esse continente?
A Antártida não pertence a um povo específico, mas à humanidade.
 2. O mapa-múndi político representa os países do mundo. Examine novamente o mapa das páginas 28 e 29. Depois, resolva o que 
se pede.
 a ) O que mais chamou sua atenção na distribuição dos países pelo mundo?
 b ) Escolha no mapa um país de seu interesse e faça uma pesquisa para descobrir as seguintes informações sobre ele. 
• Nome do país
• Continente a que pertence
• Capital
• Língua oficial
• Moeda
• Número de habitantes
• Principais cidades
• Localidades turísticas
• Cultura popular (festas, comidas, danças, lendas, músi-
cas típicas, etc.)
 c ) Desenhe a bandeira do país pesquisado para ilustrar seu trabalho.
O objetivo da atividade é propiciar a familiarização dos alunos com 
o mapa-múndi, importante instrumento nos estudos de 
Geografia, a fim de que conheçam os países do globo.
Reforce que atualmente existem quase duzentos países 
distribuídos pela superfície terrestre. Garanta que sejam 
pesquisados países de todos os continentes. Verifique a 
justificativa quanto à escolha dos países por parte dos alunos.
Para conhecer as bandeiras dos países, sugerimos o site: 
<www.sogeografia.com.br/Bandeiras>.
Atividades finais
30 Paisagem, lugar e territ—rio
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 3. Leia o texto a seguir e faça o que se pede.
O lugar é a base da reprodução da vida e pode ser analisado pela tríade: habitante, identidade e lugar. A cidade, por exemplo, 
produz-se e revela-se no plano da vida e do indivíduo. Este plano é aquele do local. É o espaço passível de ser sentido, pensado, apro-
priado e vivido através do corpo. 
Como o ser humano percebe o mundo? 
É através de seu corpo e seus sentidos [visão, audição, tato, gustação e olfato] que ele constrói e se apropria do espaço e do mundo. 
O lugar é a porção do espaço apropriável para a vida. É o bairro, a praça, a rua. Nesse sentido poderíamos afirmar que não seria 
jamais a cidade de uma forma geral, a menos que seja a pequena vila ou cidade vivida, conhecida e reconhecida em todos os cantos. 
As lojas são mais do que pontos de troca de mercadorias, são também pontos de encontro. É evidente que é possível encontrar isso 
no bairro, que é o plano do vivido.
Adaptado de: CARLOS, Ana Fani A. O lugar do/no mundo. 
São Paulo: FFLCH-USP, 2007. p. 14. 
 a ) Como os seres humanos percebem o mundo?
Os seres humanos percebem o mundo por meio do corpo e seus sentidos (visão, audição, tato, paladar e olfato).
 b ) O que é lugar?
O lugar é a porção do espaço apropriável para a vida.
 c ) Cite três exemplos de lugares.
É o bairro, a praça, a rua, e nesse sentido poderíamos afirmar que não seria jamais a metrópole, ou mesmo a cidade de uma forma geral, a menos que seja 
a pequena vila ou cidade vivida, conhecida e reconhecida em todos os cantos.
 d ) No município onde você mora, onde se localizam as principais lojas? Elas são ponto de encontro das pessoas?
Resposta pessoal.
 4. Uma das frases abaixo não está de acordo com o que você aprendeusobre espaço geográfico. Identifique onde está o erro e 
reescreva a frase com a informação correta.
 a ) A sociedade habita o espaço geográfico.
 b ) A escala geográfica pode ser compreendida como nível ou dimensão do espaço geográfico.
 c ) O espaço geográfico faz parte de um espaço mais amplo: o Universo.
 d ) Pode-se dizer que a escala global compreende apenas a moradia, o bairro e o município.
 e ) As dimensões do espaço geográfico são ocupadas e organizadas de formas diferentes.
 
 5. As paisagens podem revelar as desigualdades sociais. Segundo os dados do IBGE de 2010, o Maranhão foi o estado brasileiro 
com maior índice de extrema pobreza, com 22,5% da sua população total. Santa Catarina, por outro lado, foi o estado com menor 
proporção de pobres, com apenas 1,0% de sua população total. Observe o mapa da próxima página e resolva o que se pede.
A frase d é incorreta, pois a escala global compreende toda a superfície terrestre e a escala local é que 
compreende apenas a moradia, o bairro e o município. 
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Brasil: extrema pobreza (2010)
Equador
0°
Trópico de Capricórnio
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
60° O
% de extremamente pobres
De 0 a 1,97
De 1,98 a 6,38
De 6,39 a 12,31
De 12,32 a 15,89
De 15,90 a 100,00
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0 325 650 km
AMAZONAS
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GERAIS
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DISTRITO
FEDERAL
MATO GROSSO
DO SUL
SÌO PAULO
PARANç
SANTA
CATARINA
RIO GRANDE
DO SUL
RIO DE JANEIRO
ESPêRITO SANTO
ACRE
RONDïNIA
MATO GROSSO
Adaptado de: PROGRAMA da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Atlas do Desenvolvimento 
Humano no Brasil. Disponível em: <www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/mapa/>. Acesso em: 11 dez. 2014.
 a ) De acordo com o governo federal, ser extremamente pobre no Brasil significa viver com menos de 70 reais por mês ou 
2,33 reais por dia. O que é possível comprar com esse valor?
Resposta pessoal, que vai depender do custo de vida do município onde o aluno vive.
 b ) Escreva o nome de três unidades da federação com maior índice de pobreza extrema e três com o menor índice.
O aluno poderá citar, no primeiro caso, Maranhão, Alagoas e Piauí, e, no segundo caso, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, Distrito Federal (que 
não é um estado, mas é uma das unidades da federação).
 c ) Qual é a situação da unidade da federação onde você vive? 
Resposta pessoal, que vai depender de onde o aluno vive.
Paisagem, lugar e territ—rio32
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De olho na imagem 
 1. O espa•o urbano e o rural s‹o formas diferentes de organiza•‹o do espa•o geogr‡fico. Muitas pessoas expressam sua opini‹o 
sobre o campo ou a cidade por meio de mœsicas, desenhos, pinturas e tiras. Leiam as tiras a seguir e resolvam as atividades.
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 6. No dia 30 de junho de 2011, o Conselho Indigenista Mission‡rio (Cimi) divulgou o relat—rio Viol•ncia Contra os Povos Ind’genas 
no Brasil, 2010. Leia algumas denœncias registradas no documento e fa•a o que se pede.
No ano passado, 92 crianças indígenas morreram por falta de cuidados médicos ou condições adequadas de saúde da mãe na 
hora do parto; 60 indígenas foram assassinados e outros 152 ameaçados de morte. Foram registrados 33 casos de invasões posses-
sórias e exploração ilegal de recursos naturais disponíveis em terras indígenas.
Mais uma vez, e pelo terceiro ano consecutivo, o número de assassinatos registrado chega a 60. A maioria ocorreu no Mato 
Grosso do Sul, com 34 casos, o que representa 56% do total. No estado, onde vive a segunda maior população indígena do país (mais 
de 53 mil pessoas), os direitos constitucionais desses povos são mais do que ignorados.
Adaptado de: CONFERæNCIA Nacional dos Bispos do Brasil. Dispon’vel em: <www.cnbb.org.br/site/imprensa/noticias/
6939-relatorio-aponta-numeros-da-violencia-contra-indigenas>. Acesso em: 11 dez. 2014.
 a ) Segundo as denœncias acima, os territ—rios ind’genas est‹o sendo respeitados? Explique.
 b ) Qual Ž a rela•‹o entre as denœncias registradas no relat—rio do Cimi e o texto da p‡gina 24?
a) e b) Ajude os alunos a relacionar o relat—rio do Cimi e o Geolink, a fim de que eles compreendam a quest‹o dos direitos dos ind’genas 
no Brasil, tema marcante quando o assunto Ž cidadania. 
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 a ) Na opinião de vocês, o que alguns moradores da cidade esperam encontrar no campo?
 b ) Se vocês moram na cidade, o que achariam de passar as férias no campo? Expliquem.
 c ) Se vocês moram no campo, o que achariam de passar as férias na cidade? Expliquem.
 2. Em 1983, foi lançada a primeira coleção de selos brasileiros com o tema Antártida. A partir de então, outras edições de selos 
foram produzidas para homenagear o continente gelado. Observem os selos a seguir.
a), b) e c) Respostas pessoais. Destaque os elementos que distinguem a paisagem rural da urbana, como as plantações, as fazendas, os currais, os silos. A distribuição 
espacial dos elementos, os tipos de construção, os meios de transporte empregados, as atividades econômicas desenvolvidas, tudo isso diferencia esses espaços. 
Os alunos podem destacar e comparar as características do modo de vida próprio do campo com o da cidade. Enfatize as atividades econômicas predominantes 
em cada espaço, como a agricultura e a pecuária no campo (mais ligadas ao ritmo da natureza) e o comércio e os serviços na cidade.
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 a ) O que os elementos representados nos selos revelam sobre a Antártida?
 b ) Pesquisem outros selos com o tema Antártida e compartilhem suas pesquisas com os colegas da classe.
Nesta atividade, trabalhamos com selos postais como recurso pedagógico, pois consideramos que são fontes de conhecimento capazes de contribuir para o 
ensino de todas as disciplinas e disseminar a cultura, propagar a história, rememorar fatos marcantes dos povos, informar sobre as riquezas naturais e as 
conquistas científicas e tecnológicas. Além de contribuir para o enriquecimento das aulas, o estudo geográfico 
representado nos selos favorece a valorização da cultura em suas variadas formas e a ampliação dos conheci-
mentos do lugar onde se vive e de outros lugares do 
mundo.
A proposta, neste momento, é despertar a curio-
sidade para os detalhes do fascinante mundo dos 
selos e, por meio deles, estudar alguns temas 
interessantes, como a Antártida, por exemplo. 
Paisagem, lugar e territ—rio34
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 Ci•ncias Humanas e suas Tecnologias
 Ci•ncias da Natureza e suas Tecnologias
 Linguagens, C—digos e suas Tecnologias
 Matem‡tica e suas Tecnologias
 1. Leia a letra da can•‹o a seguir e responda ˆs quest›es propostas.
Ora bolas
Oi, oi, oi... olha aquela bola
A bola pula bem no pŽ, no pŽ do menino
Quem Ž esse menino? Esse menino Ž meu vizinho!
Onde ele mora? Mora l‡ naquela casa!
Onde est‡ a casa? A casa t‡ na rua!
Onde est‡ a rua? T‡ dentro da cidade!
Onde est‡ a cidade? Do lado da floresta!
Onde Ž a floresta? A floresta Ž no Brasil!
Onde est‡ o Brasil? T‡ na AmŽrica do Sul, continente americano, cercado de oceano das terras mais distantes de todo o planeta
E como Ž o planeta? O planeta Ž uma bola que rebola l‡ no cŽu.
TATIT, Paulo; DERDYK, Edith. Ora bolas. Can•›es de brincar. 
Palavra Cantada/Eldorado, 1996. Faixa 14.
 a ) Que dimens›es do espa•o s‹o mencionadas na letra da can•‹o?
O poema retrata escalas ou dimens›es do espa•o geogr‡fico: sala, casa, rua, bairro, cidade, estado, pa’s, continente. Cita tambŽm o planeta, um dos 
elementos doespa•o astron™mico. O espa•o geogr‡fico faz parte do espa•o astron™mico.
 b ) O que h‡ em comum entre a letra da can•‹o e o infogr‡fico da p‡gina 27? 
O infogr‡fico da p‡gina 27 mostra as principais escalas ou dimens›es do espa•o geogr‡fico abordadas no poema.
 2. Em grupos e com a orienta•‹o do professor, pesquisem a hist—ria da cidade Ð ou do bairro, no caso de uma cidade grande 
Ð onde voc•s vivem. 
¥ A pesquisa poder‡ ser feita pela internet em sites da prefeitura, da subprefeitura, do IBGE ou outro —rg‹o oficial. Voc•s 
podem tambŽm realizar entrevistas com moradores antigos do bairro. Para isso, busquem informa•›es sobre os seguin-
tes temas:
¥ Como a cidade ou o bairro se originou.
¥ O que mudou nela ou nele atŽ os dias de hoje.
¥ Pesquisem tambŽm fotografias antigas e atuais que mostrem as paisagens da localidade. Fa•am com elas um mural na 
sala de aula. Oriente os alunos na pesquisa, se poss’vel com a colabora•‹o do professor de Hist—ria. Ajude a confeccionar o mural e, se julgar 
conveniente e tiver tempo, fa•a uma roda para discutir os resultados da pesquisa e o conteœdo do mural.
Conex›es
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 3. Agora leia o poema e fa•a as atividades.
Serra de Santana
Minha Serra de Santana Minha serra! minha serra!
meu pedacinho de ch‹o o destino me faz guerra
l‡ ficou minha choupana e a sodade me devora.
e o meu pŽ de frambo‹o 
ficou tambŽm no terr•ro
meu galo madrugad•ro 
Patativa do AssarŽ. Em: FEITOSA, Tadeu (Org.).
que canta inriba da hora Digo e não peço segredo. S‹o Paulo: Escrituras, 2001. p. 28.
 a ) Na sua opini‹o, a Serra de Santana Ž um lugar para o autor do texto? Por qu•? 
Resposta pessoal. Em caso afirmativo, o aluno poder‡ justificar com trechos que demonstrem bastante rela•‹o de afetividade do autor com o lugar, como:
ÒMinha Serra de SantanaÓ, Òmeu pedacinho de ch‹oÓ, ÒMinha serra! minha serra!Ó, Òe a sodade me devoraÓ.
 b ) Que elementos da cultura aparecem no poema?
Resposta pessoal, mas a choupana foi constru’da (Ž cultural e n‹o natural) e outros elementos (a cria•‹o de galinhas, sua lavoura, etc.) s‹o culturais.
 c ) Fa•a um pequeno poema falando de um lugar especial para voc•.
Estimule a atividade, que trabalha a interdisciplinaridade com a L’ngua Portuguesa (produ•‹o de um poema).
 
 
 
 
Vista de Serra de 
Santana em AssarŽ (CE). 
Foto de 2015.
Paisagem, lugar e territ—rio36
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Orienta•ão3
 Cap’tulo
Neste capítulo você conhecerá o significado de orientação na superfície terrestre. 
Verá que as direções cardeais, colaterais e subcolaterais podem ser representadas pela 
rosa dos ventos. Verá também que as referências de norte, sul, leste e oeste estão 
presentes em boa parte dos espaços construídos pelas sociedades humanas. 
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Amanhecer no Parque Nacional da Serra da Canastra 
em São Roque de Minas (MG). Foto de 2013.
Para começar, observe a imagem acima e resolva as atividades.
 1. A foto mostra uma paisagem urbana ou rural?
 2. Você sabia que a direção onde o Sol surge no horizonte indica um ponto cardeal? Explique.
 3. Quando se sabe que ponto cardeal é esse, fica fácil encontrar os demais pontos. Você concorda com essa afirmação? 
Por quê?
 4. Outra forma de se orientar é fazer uso de uma bússola. Ela se parece com um relógio, mas, no lugar dos dois pon-
teiros, há apenas um, chamado de agulha. E, em vez dos números que representam as horas ou minutos, há algumas 
letras. Você pode explicar o que elas significam?
A foto mostra uma paisagem rural.
Espera-se que o aluno recorde que o Sol aparece a leste.
Resposta pessoal, mas sem dúvida a afirmação é verdadeira.
As letras representam os pontos cardeais e colaterais (às vezes, dependendo da bússola, também os subcolaterais): N, S, SE, NO, NNO, etc.
37
 Objetivos:
• Concluir que a noção de 
orientação Ž essencial para a 
compreensão dos 
fen™menos geogr‡ficos na 
superf’cie terrestre.
• Identificar as direç›es 
cardeais, colaterais e 
subcolaterais.
• Reconhecer que as 
diferenças de norte, sul, leste 
e oeste estão presentes em 
boa parte dos espaços 
constru’dos pelas 
sociedades humanas.
Paisagem, lugar e territ—rio
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1 Como se orientar no espaço
Para nos orientar quando precisamos chegar a algum lugar cujo caminho não co-
nhecemos, podemos pedir informações, como: “Por favor, como faço para chegar a este 
endereço?”.
Desde os primórdios da humanidade, a orientação no espaço é fundamental para 
o desenvolvimento das sociedades e para a sobrevivência delas. Conhecer o espa•o 
onde se vive e saber que caminho tomar para chegar a um determinado lugar, como 
o caminho para voltar da escola para casa, constitui um aspecto de importância vital 
para os seres humanos. Outro aspecto muito importante para as sociedades humanas 
é medir a passagem do tempo, e, para isso, foram determinados os anos, os meses, as 
semanas, os dias, as horas, e assim por diante. Da mesma forma, foi criada uma série 
de noções de orientação e de localização em relação ao espaço.
Nossos antepassados mais remotos usavam elementos naturais do local onde 
viviam, como montanhas, rios, entre outros, como pontos de refer•ncia. Também o Sol 
e as estrelas são usados como referência há milhares de anos.
Um dos primeiros passos para uma orientação correta no espaço geográfico é 
dar nome aos lugares e às direções que serão utilizados como referência.
Polos e hemisférios
A Terra, embora não seja uma esfera perfeita, tem a forma arredondada e ligeira-
mente achatada nos polos. Um deles é chamado de norte e o outro, de sul. 
Na parte mais larga do planeta, cuja distância é igual entre esses dois polos geográ-
ficos, os estudiosos traçaram um círculo imaginário envolvendo-o. Esse círculo imaginário 
é chamado de linha do equador e divide o planeta em dois hemisfŽrios, ou seja, em duas 
partes iguais. A palavra hemisfério significa "metade de uma esfera". O hemisfério norte é 
aquele no qual está situado o polo norte, em relação ao equador. O hemisfério sul, ao con-
trário, é aquele que vai do equador até o polo sul. Observe o mapa abaixo.
Mapa-mœndi: hemisfŽrios e polos
Adaptado de: IBGE. Atlas geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro, 2012. p. 23.
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Polo sul
Polo norte
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Mapa de ponta-cabeça?
Nos mapas, costuma-se representar o norte acima do sul. Ou seja, o norte quase 
sempre aparece na parte superior do mapa, mas trata-se de uma convenção. 
Essa forma convencional de representação tem uma explicação: como foram os 
europeus que confeccionaram os primeiros mapas do mundo com todos os continen-
tes, e a Europa se situa no hemisfério norte, ela foi representada “acima” da África, ou 
seja, na parte superior do mapa. Contudo, caso tivessem sido os africanos, os sul-
-americanos ou os australianos os primeiros a elaborar os planisférios, é bastante 
provável que o hemisfério sul constasse na parte superior do mapa.
Planisfério: representação da superfície 
terrestre completa em um plano. É o 
mesmo que mapa-múndi. 
0 5,000 10,0002,500 Kilometers
0 2,500 5,000 7,500 10,0001,250 Miles
AMƒRICA
DO NORTE
AMƒRICA
CENTRAL
AMƒRICA
DO SUL
BRASIL
çFRICA
ANTçRTIDA
EUROPA
çSIA
OCEANIA
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO
Círculo Polar Ártico
Círculo Polar Antártico
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Trópico de Câncer
Trópico de CapricórnioOCEANO
PACÍFICO
OCEANO
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0 2870 5740 km
Círculo Polar Antártico
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Mapa-mœndi
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Adaptado de: IBGE. Atlas geogr‡fico escolar. 
6. ed. Rio de Janeiro, 2012. p. 23.
O mapa anterior parece estranho, não é mesmo? Mas está correto. Os mapas que 
representam o hemisfério norte acima do hemisfério sul são mais comuns, ou seja, são 
os que estamos mais acostumados a ver. No entanto o mapa que representa o sul acima 
do norte não está incorreto. Apesar de essa ser uma forma menos corriqueira de repre-
sentar o mundo, no Universo não há em cima nem embaixo! 
É preciso, portanto, analisar um mapa como se estivéssemos em um avião, vendo 
a superfície terrestre lá embaixo. Assim como o avião pode mudar de rota, invertendo o 
seu sentido de voo, nós também podemos inverter o mapa para vê-lo de outros ângulos.
Paisagem da Antártida, continente onde 
se localiza o polo sul. Foto de 2010.
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Assim, a ideia de que o norte deve sempre estar na parte superior do mapa n‹o 
tem nenhum fundamento, uma vez que a Terra Ž praticamente redonda e se encontra 
em constante movimento. Logo, nenhum dos dois hemisfŽrios est‡ situado acima ou 
abaixo do outro; eles encontram-se apenas em metades opostas do planeta.
Considerando duas pessoas em lados 
opostos do planeta, as express›es para cima 
e para baixo indicar‹o, para cada uma delas, 
dire•›es diferentes.
A escala e a cor dos elementos 
representados s‹o fict’cias.
 Texto e ação 
 1. O que Ž hemisfŽrio? 
A palavra hemisfŽrio significa Òmetade de uma esferaÓ. No caso da Terra, significa cada uma das duas metades em que se divide o planeta imaginariamente.
 2. Que nome recebe o c’rculo imagin‡rio que divide a Terra em dois hemisfŽrios, o norte e o sul?
O c’rculo imagin‡rio que divide a Terra em dois hemisfŽrio se chama linha do equador.
 Para construir:
 Texto e a•‹o (p. 40 a 42)
para baixo
para cima
para cima
para baixo
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 3. Por que dizemos que Ž uma convenção representar o polo norte na parte de cima e o polo sul na parte de baixo no mapa? 
Nos mapas, costuma-se representar o norte ÒacimaÓ do sul, isto Ž, na parte superior do mapa, mas trata-se apenas de uma tradição. Essa forma 
convencional de representação tem uma explicação: como foram os europeus que confeccionaram os primeiros mapas mais completos do mundo, o 
continente onde eles viviam Ñ a Europa Ñ foi representado ÒacimaÓ da çfrica, ou seja, na parte superior do desenho.
 4. O que teria acontecido se os planisfŽrios tivessem sido desenhados primeiramente pelos povos do hemisfŽrio sul, como os 
africanos, sul-americanos ou australianos?
Caso tivessem sido os povos do hemisfŽrio sul os primeiros a elaborar os planisfŽrios, Ž bastante prov‡vel que o hemisfŽrio sul constasse na parte 
superior do mapa.
 5. Leia a tirinha abaixo e resolva as atividades.
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2 Dire•›es cardeais
Voc• j‡ viu que a Terra tem dois polos geogr‡ficos, o norte e o sul. Os polos 
serviram de refer•ncia para se estabelecer as dire•›es norte e sul. Ou seja, quando 
estamos pr—ximos ˆ linha do equador, rumando em dire•ão ao polo norte, estamos 
indo para o norte; do contr‡rio, quando apontamos para o polo sul, estamos indican-
do o sul. 
Com base no nosso corpo e nas no•›es de norte e de sul, podem ser estabele-
cidas as demais dire•›es.
Se ficarmos de frente para a dire•ão norte, atr‡s de n—s estar‡ o sul. Ë nossa di-
reita, estar‡ o leste (este, oriente ou nascente), dire•ão onde o Sol ÒnasceÓ todas as 
manhãs. Ë nossa esquerda, estar‡ o oeste (ou poente ou ocidente), onde o Sol desa-
parece nos fins de tarde.
Assim, as direções cardeais são:
¥ norte (N); ¥ sul (S); ¥ leste (L); ¥ oeste (O).
AlŽm dessas, h‡ as intermedi‡rias, chamadas direções colaterais:
¥ nordeste (NE), entre o norte e o leste;
¥ noroeste (NO), entre o norte e o oeste;
¥ sudeste (SE), entre o sul e o leste; 
¥ sudoeste (SO), entre o sul e o oeste.
H‡, ainda, outras dire•›es de orienta•ão entre as oito j‡ estabelecidas, as direções 
subcolaterais: 
¥ norte-nordeste (NNE);
¥ norte-noroeste (NNO);
¥ sul-sudeste (SSE);
¥ sul-sudoeste (SSO);
¥ leste-sudeste (LSE);
¥ leste-nordeste (LNE);
¥ oeste-sudoeste (OSO);
¥ oeste-noroeste (ONO).
 a ) O que a Mafalda pode ver no globo terrestre? Voc• concorda com as ideias da personagem?
 b ) Por que a Mafalda acha que est‡ de cabe•a para baixo?
 
a) e b) A tirinha da Mafalda trabalha a questão da orienta•ão nos mapas. O hemisfŽrio norte Ž aquele no qual est‡ situado o polo norte, em rela•ão ˆ linha 
do equador. O hemisfŽrio sul, ao contr‡rio, Ž aquele no qual est‡ situado o polo sul, em rela•ão ˆ linha do equador.
Reforce a ideia de que nenhum dos dois hemisfŽrios (norte e sul) est‡ situado acima ou abaixo do outro; o que acontece de fato Ž que eles se encontram 
em metades opostas do planeta.
Leve um globo terrestre para a sala de aula, mostre-o ˆ classe e permita o seu manuseio.
Conte aos alunos que Quino Ž um cartunista argentino, nascido em 1932. Tornou-se famoso com a personagem Mafalda, uma menina que sonha com um 
mundo melhor.
 Para aprimorar:
 Conex›es (p. 50)
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Para conseguir encontrar a dire•‹o norte Ž preciso utilizar uma bœssola, instrumento que voc• conhecer‡ mais adiante. Por isso, Ž bastante comum encontrar os 
pontos cardeais com base no nascer do Sol. A figura mostra uma crian•a apontando o bra•o direito na dire•‹o em que o Sol surge pela manh‹, ou seja, 
aproximadamente o ponto leste. Assim, os demais pontos podem ser encontrados rapidamente: na dire•‹o do bra•o esquerdo est‡ o oeste, ˆ frente est‡ o norte e 
atr‡s est‡ o sul. 
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Rosa dos ventos
Conhe•a agora a rosa dos ventos. A figura ao 
lado representa todas as dire•›es de orienta•‹o:
• as cardeais; 
• as colaterais;
• as subcolaterais.
Norte
Leste
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Oeste-noroeste
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A origem da palavra orientação
As palavras orienta•‹o e orientar derivam de oriente, ou 
seja, leste. Se observar a figura da p‡gina anterior, voc• poder‡ 
adivinhar por que isso ocorre. As primeiras formas de orienta•‹o 
espacial da humanidade tiveram como refer•ncia o ponto em 
que o Sol surge pela manh‹. Com base nele foram nomeados os 
demais pontos cardeais. 
A palavra oriente, por sua vez, tem origem na palavra latina 
oriens, que significa ÔnascenteÕ, o lado em que o Sol ÒnasceÓ. A 
defini•‹o de orienta•‹o Ž: 
Entre outras coisas, o ato ou efeito de orientar(-se), de 
direcionar(-se) para o Oriente; orienta•‹o e determina•‹o dos 
pontos cardeais a partir do lugar ocupado por um indiv’duo.
Mas, com o passar do tempo, os termos orienta•‹o e orien-
tar come•aram a ser usados em outras situa•›es, como em 
orienta•‹o temporal, em orienta•‹o educacional, em orienta•‹o 
profissional,

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