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LESÕES PRÉ-NEOPLÁSICAS DE PELE

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Natália Giacomin Lima – medicina UFES 101 
 
1 
 
DOENÇAS PRÉ-NEOPLÁSICAS E NEOPLÁSICAS DA PELE – PARTE I 
AULA 30/03/2021 – Prof. Lúcia 
Não é uma lesão neoplásica! Contudo nos fornece a informação de que o indivíduo que apresenta essas 
lesões tem maior tendência a desenvolver lesões pré-cancerosas e CA de pele! Trata-se de uma 
alteração focal da cor da pele em decorrência da exposição à radiação solar crônica principalmente na 
infância e adolescência (até os 20 anos). O acumulo da radiação UV e o depósito nas células basais da 
epiderme (nos queratinócitos, melanócitos) leva a alterações nessas células 
 
o Normalmente aparece em > 50 anos → lentigo senil não é o melhor termo → preferir utilizar os 
termos MELANOSE SOLAR ou MELANOSE ACTÍNICA 
 
o FATORES PREDISPONENTES: 
• Exposição crônica à radiação UV 
• Fototipos I e II de Fitzpatrick (indivíduos de pele, cabelos e olhos claros) 
➢ Fototipo I – queima com facilidade e nunca bronzeia 
➢ Fototipo II – queima com facilidade ou bronzeia-se muito pouco) 
 
o CLÍNICA: 
• Máculas (<10mm) ou Manchas (lesões sem alteração de relevo) que variam de cor 
castanho claro castanho escuro 
• Localizadas nas áreas mais expostas ao sol (principalmente em face, dorso das mãos, braços, 
região anterior do tórax) 
• Podem medir de mm-1,5 cm 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o HISTOLOGIA: 
• Hiperplasia dos melanócitos (localizados na camada basal) e produção de maior quantidade de 
melanina (pigmento que dar cor a pele). Os melanossomas (estruturas que guardam a melanina) 
ficam mais volumosos/ concentrados 
• Não há outras alterações histológicas 
• Não evolui para melanoma! Ou outro CA! (contudo, essa lesão indica fotodano crônico da 
pele) 
 
o TRATAMENTO: 
• Proteção solar (filtro solar de alta proteção, chapéus, bonés, roupas protetoras) 
➢ A exposição ao sol leva a aceleração de todo esse processo já mencionado e ao escurecimento 
das lesões (melanoses) tornando-as mais visíveis 
 
• O tratamento é estético (não é uma lesão pré-neoplásica), sendo a principal medida a ser 
orientada a proteção solar. Também podem ser utilizados: 
 
➢ Ácido retinoico (Tretinoína) – descamação da pele (ação queratolítica) 
 
➢ Hidroquinona – ação clareadora – uso tópico 
 
➢ Crioterapia (com nitrogênio líquido) – melanócitos muito sensíveis a baixas temperaturas 
 
Natália Giacomin Lima – medicina UFES 101 
 
2 
 
➢ Laser de luz pulsada 
o Lesão pré-maligna (mutações das células da camada de Malpighi ou células espinhosas) 
• Risco de evolução para carcinoma espinocelular invasivo (CEC) 
 
o Curso crônico – evolução arrastada 
 
o FATORES PREDISPONENTES DA CERATOSE ACTÍNICA: 
• Exposição crônica a radiação solar (RUV) → Danos cumulativos aos ceratinócitos (principalmente 
UVB) 
• Indivíduos de pele clara: fototipos I e II Fitzpatrick 
 
o CLÍNICA DA CERATOSE ACTÍNICA: 
• Idade > 50 anos normalmente 
→ Podem ocorrer em indivíduos mais jovens – a depender dos fatores ambientes a que estão 
expostos e os inerentes ao próprio individuo – ex: 
 
• Pápulas (lesão superficial, elevada e sólida) esbranquiçadas/ amareladas, espessas, 
ceratóticas, eritemato-descamativas rugosas – normalmente sobrepõe lentigos solares e são 
lesões aderentes (a descamação pode ocorrer por trauma e leva a dor) 
• De mm até 1 cm de diâmetro 
 
• Lesões dão a pele aspecto áspero ao toque (“lixa”) ou podem descamar e formar crostas 
mais endurecidas 
 
• Localização: áreas foto expostas – face (nariz, bochechas, têmporas, lábio inferior) couro 
cabeludo (indivíduo calvo), dorso das mãos, antebraços, orelhas (homens) 
 
 
 
 
Figura 10-26 Ceratoses actínicas, fotografia ampliada. Escamas firmemente 
aderentes, acinzentadas e de aparência "suja" na fronte deste homem de 80 
anos. A abrasão dessas hiperceratoses é dolorosa e provoca erosões. Pode-se 
observar um pequeno carcinoma basocelular na borda do couro cabeludo. 
 
 
 
 
Figura 10-27 Ceratoses actínicas, fotografias ampliadas. 
(A) Hiperceratose firmemente aderente, áspera, amarelo-
acastanhada e bem-demarcada, com base avermelhada. 
(B) Essa lesão é ainda mais elevada e tem aparência de 
"pingo de lama", semelhante a uma ceratose seborreica. 
Todavia, não é gordurosa nem macia, porém, de 
consistência dura, áspera e dolorosa quando curetada. 
 
 
 
o HISTOLOGIA DA CERATOSE ACTÍNICA: 
• Epiderme com áreas mais espessas e outras mais delgadas 
 
• Áreas de atrofia da epiderme ao lado de áreas de acantose (aumento da espessura da epiderme), 
hiperpigmentação (aumento dos melanócitos) e ceratinócitos atípicos = células atípicas da 
camada espinhosa ou de Malpighi (alteração núcleo/citoplasma; perda da polaridade; núcleos 
hipercromáticos e pleomórficos), pleomorfismo brando/ moderado da camada basal 
 
Natália Giacomin Lima – medicina UFES 101 
 
3 
 
#IMPORTANTE:. 5 A 20% DAS LESÕES EVOLUEM PARA CEC: LESÕES CERATÓTICAS DIGNAS 
DE NOTA (REMETEM CEC): pápulas de base infiltrada e espessada, há a formação de um halo 
eritematoso ao redor da pápula 
 
o PROFILAXIA: Evitar a exposição à radiação solar UVA/UVB 
 
o TRATAMENTO DA CERATOSE ACTÍNICA: TODA CERATOSE ACTÍNICA DEVE SER TRATADA! 
• POUCAS LESÕES: 
➢ Eletrocoagulação (bisturi elétrico) 
➢ LASER: utilizado em lesões em áreas pequenas ou restritas – pode ocorrer perda de pigmentação 
definitiva 
➢ CRIOCIRURGIA: nitrogênio líquido (crioterapia) – pode deixar cicatrizes 
 
• MÚLTIPLAS LESÕES: 
➢ EFURIX CREME – 5% (5- fluoracila/ fluorouracil) → atua nas células que estão se 
multiplicando fazendo com que estas entrem em apoptose 
 Modo de uso: Aplicar fina camada todas as noites por 20 noites seguidas, alternando as 
regiões de aplicação (pode levar a irritação exacerbada incomodando o paciente) 
 
➢ IMIQUIMOD (creme) 
 Imonumodulador (estimula a resposta imune celular na síntese de INTERFERON, agente 
que atua na destruição das células pré-neoplasicas e de CA superficiais. 
 Modo de uso: utilizar à noite – 3x semana durante 6 semanas ou 2x semana durante 16 
semanadas (Fitzpatrick dermatologia) 
 
➢ INGENOL-MEBUTATO (gel) 
 Recentemente liberado para uso no Brasil 
 Efeito citotóxico sobre as células neoplásicas 
 
➢ DICLOFENACO COM ÁCIDO HIALURÔNICO (gel) 
 Opção terapêutica – não disponível no Brasil 
 Alternativa para pessoas hipersensíveis aos tratamentos mais destrutivos 
 
#OBS: Corno cutâneo – hiperqueratose acentuada da camada córnea, caracterizada por 
projeção cônica que remete a um pequeno chifre. Pode esconder em sua base uma 
ceratose actinica (lesão pré-maligna) ou mesmo um CEC (carcinoma 
espinocelular). Por isso deve-se sempre fazer a exérese do corno e encaminhar o 
material para análise histopatológica 
LEUCO = branca / PLASIA = placa 
 O aparecimento destas lesões está diretamente relacionado à agressão crônica da mucosa ou semi-mucosa 
(principalmente de lábio, língua, bochechas, ...) 
 
o CARACTERIZAÇÃO DA LESÃO: Placa localizada 
caracteristicamente espessada, endurecida, esbranquiçada, 
elevada, não descamativa (aderente) 
• É uma lesão pré-maligna – Pode evoluir com CEC (carcinoma 
espinocelular) 
 
• Conduta ideal: realização de biópsia e histopatológico (evolução 
frequente para CEC) e exérese total da lesão → Na biópsia: 
células espinhosas atípicas 
 
o FATORES PREDISPONENTES: irritantes crônicos da mucosa 
• Tabagismo – aquecimento/ substancias tóxicas 
• Bebidas alcoólicas - 
• Dentes cariados 
Natália Giacomin Lima – medicina UFES 101 
 
4 
 
• Próteses dentarias mal colocadas – machucando gengiva e bochechas 
“ ”
o OS NEVOS (PINTAS) PODEM SER: 
 
a) CONGÊNITOS: presentes desde o nascimento 
➢ Pequenos: até 1,5 cm de diâmetro 
➢ Grandes: de 1,5 a < 20 cm 
➢ Gigante: acima de 20 cm 
 
b) ADQUIRIDOS (MAIS COMUM) 
➢ Podem aparecer a partir do 1º ano de idade ate 35-40 anos (esses nevos já se localizavam 
na posição de origem, mas acabam sendo expostos por conta da exposiçãoa radiação UV 
(principalmente UVA) 
➢ São comumente designados como sinais 
➢ Consistem em máculas, pápulas adquiridas circunscritas <1cm 
 
c) DISPLÁSICOS 
➢ Normalmente surgem a partir da adolescência ou podem ter relação com mutações 
familiares 
➢ OBS:. Avalia-se a tendência de evolução ou não para malignidade (MELANOMA) 
 
Melanócitos (da camada basal da epiderme, cérebro, região do fundo do olho) Se originam da crista 
neural embrionária. No caso da pele os melanócitos 
produzem a melanina e precisam leva-la aos 
queratinócitos (prolongamentos levam a melanina para 
dentro dos queratinócitos – a melanina envolve o material 
genético dessas células funcionando como proteção contra a 
agressão solar). 
Pode ocorrer um defeito na migração embrionária dos 
melanócitos, fazendo com que estes não cheguem a camada 
basal e se agrupem formando ninhos que ficam na região 
entre epiderme e derme (nevos melanociticos 
JUNCIONAIS), ou nessa junção e também na derme 
(nevos melanocitico COMPOSTOS) ou somente na 
derme (nevos melanociticos INTRADÉRMICOS) 
Como os melanócitos não conseguiram chegar a camada basal da epiderme. Não levam mais seus 
prolongamentos para os queratinócitos. Dessa forma os prolongamentos dos melanócitos se 
tornam curtos e estes passam a se agrupar formando ninhos (bem delimitados normalmente – os 
NEVOS). 
 
 
• Tendência a malignidade 
• Indivíduos de pele branca 
→ Não há registros em indivíduos de pele parda ou negra 
→ Muito raros em população japonesa 
 
• Incidência: SF=SM 
• São assintomáticos 
• Lesão de características intermediárias entre NEVO MELANOCÍTICO COMUM (máculo papuloso) e 
MELANOMA SUPERFICIAL 
 
• Surgem a partir da adolescência - 30-50% dos pacientes com melanomas cutâneos 
primários não familiares esporádicos (a partir de nevos comuns compostos) 
 
Natália Giacomin Lima – medicina UFES 101 
 
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• Podem ser de origem familiar (parentes com nevos displásicos múltiplos e melanomas – 
anteriormente conhecido como MMMAF ou síndrome do sinal B-K) – Herança autossômica 
dominante (AD) 
→ Em quase todo paciente com melanoma cutâneo 
familiar 
 
• Aspecto de “ovo frito” ou “em alvo”– pápula central, 
bordas mal definidas, múltiplas cores 
 
• Análise da lesão ao dermatoscópio – deve ser feita na 
busca ativa de características no ND que possam chamar 
atenção para um possível melanoma subjacente 
 
CARACTERÍSTICAS DO NEVO DISPLÁSICO: 
A/B/C/D/E DO MELANOMA 
 
Assimetria 
Bordas irregulares 
Cores variadas (mais de uma cor) 
Diâmetro > 6mm 
Evolução (alterações clinicas? Sangramento, prurido,...) 
 
#OBS: nevos displásicos possuem maior risco de 
evolução para CA de pele tipo melanoma (cerca de 
10%) 
 
 
• Junção epiderme-derme 
• Ninho de células mais achatadas – dando aspecto de lesão 
plana/pouco elevada 
• Cor mais escura (lesão superficial) 
 
 
Figura 9-2 (A-D) Nevo nevomelanocíticos (NNMs) juncionais. As 
lesões são totalmente planas (A, B) ou exibem elevação mínima, 
como em (C) e (D). São simétricas, com bordas regulares e, 
dependendo do tipo cutâneo do indivíduo,apresentam tonalidades 
diferentes, de marrom a preto (D). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NNMs ao longo dessa via evolutiva pode ser caracterizado da seguinte maneira: 
o NNM juncional é plano e escuro; 
o NNM composto é elevado e escuro; 
o NNM dérmico é elevado e claro. 
Os nevos juncionais (localizados na junção epiderme e derme) estão localizados mais na superfície 
da pele e por isso são mais visíveis (mais escuros – maior capacidade de produzir melanina ). Ao 
passo que os nevos que se localizam nas camadas mais profundas da pele, nevo composto (junção 
e derme) são de aspecto mais papuloso e coloração mais clara. 
O nevo melanocitico intradérmico é mais papuloso e de coloração bem mais clara – OBS: a 
sabedoria popular acredita que estes são os nevos mais perigosos (do ponto de vista de evolução 
para lesão maligna). Contudo, é o oposto. Tais nevos estão localizados em camadas mais profundas 
da pele e, portanto, estão menos expostos a radiação UV (o risco de malignização dessa lesão é 
muito pequeno) 
 
Natália Giacomin Lima – medicina UFES 101 
 
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• São neoplasias benignas 
 
• Presentes ao nascimento (congênitos) 
#OBS: NNMC tardios – visíveis apenas dias após o nascimento, desenvolvendo-se como lesão 
relativamente grande no decorrer de um período de algumas semanas 
 
• Ocorre em 1% dos RN brancos 
• A maior parte das lesões tem menos do que 3cm de diâmetro 
• Incidência: SM = SF 
 
• De acordo com o tamanho são classificados em: 
a) PEQUENOS: até 1,5 cm de diâmetro (risco de desenvolver melanoma maligno ao longo da 
vida é de 1 a 5% - a excisão profilática deve ser feita, podendo-se esperar a criança ficar um 
pouco maior, contudo caso apresente características displásicas a remoção deve ser feita 
imediatamente) 
 
b) GRANDES: de 1,5 a < 20 cm – risco de desenvolver melanoma é de pelo menos 6,3% 
 
c) GIGANTE (1: 500.000): acima de 20 cm – maior risco de desenvolver melanoma (incerto 2-
31%) 
 
 
 
 
 
 
• PATOGÊNESE DOS NNMC: ocorrem em consequência de um defeito no desenvolvimento dos 
MELANOBLASTOS derivados da crista neural. Esse defeito surge depois de 10 semanas de vida 
intra-uterina, porém antes do 6º mês de gestação 
 
• NNMC CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS: possuem gama ampla de manifestações clinicas, mas 
algumas características são típicas: 
→ Deformam a superfície da pele até certo ponto 
→ Formam uma placa (de cor marrom-escura ou preto) com ou sem pelos terminais 
grossos (hipertricose) Cor: marrom-clara; marrom-escura ou preta 
→ Lesão é nitidamente demarcada ou funde-se com a pele circundante 
→ Contornos irregulares ou regulares 
→ As lesões grandes podem ser “vermiformes” ou macias e, raramente, são firmes (tipo 
desmoplásico) 
→ A superfície da pele pode ser lisa ou de textura (mamilada, rugosa, cerebriforme, bulbosa, 
tuberosa, ou lobulada) – alterações de superfície são mais observadas em lesões que se 
estendem profundamente na derme reticular 
 
• DISTRIBUIÇÃO DAS LESÕES: 
→ Lesão isolada e distinta em qualquer local do corpo 
→ <5% dos casos de NNMC são múltiplos (mais comum em associação a nevos grandes) 
 
→ NNMC gigante (muito raro) – normalmente ocorrem numerosos nevos melanocíticos 
congênitos pequenos (ex: tronco e membros) distante do local do NNMC gigante 
#OBS: Sinais de transformação maligna: mudanças no aspecto lesional - crescimento, alteração do 
pigmento, modificação da borda, eritema, sangramento, ulceração, lesão satélite, prurido 
 
 Todos os nevos melanocíticos congênitos, independentemente de seu tamanho podem 
ser precursores do melanoma maligno!! Por isso deve ser feita a excisão cirúrgica de 
TODAS essas lesões 
#OBS: Nevo melanocítico em pé – professora mostrou um nevo melanocitico em planta do pé na 
região de hálux. Os dedos dos pés são regiões de traumas frequentes o que pode estar relacionado ao 
aumento do risco de malignização (deve ser sempre retirado como forma de prevenção). A mesma 
coisa deve ser feita com nevos em genitália! 
 
Natália Giacomin Lima – medicina UFES 101 
 
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NNMC gigante. (A) Lesão acomete a maior parte da pele, com 
substituição completa da pele normal do dorso e múltiplos NNMCs 
menores nas nádegas e coxas. Hipertricose na parte inferior. O 
desenvolvimento de melanoma em um NNMCs gigante é difícil de 
diagnosticar precocemente na presença de tecido extremamente 
anormal. 
 
(B) NNMC gigante Anos depois. Houve espessamento do NNMC, 
que se tornou rugoso e mais piloso na região sacral. A lesão tem, 
agora, coloração mais clara, isto é, mais marrom e os NNMCs 
menores nas nádegas aumentaram tanto em número quanto em 
tamanho. 
 
(Dermatologia FitzPatrick 7ª ed) 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: NEVOS MELANOCÍTICOS GIGANTES são bastante raros (<1:20.000 RN). Contudo, apesar 
de raro é uma lesãode extrema importância pois pode estar associada a complicações 
importantes tais como: 
➢ Risco de transformação maligna (MELANOMA) 2-31% 
➢ Impacto psicossocial do paciente e da família mediante a aparência das lesões 
➢ Acometimento do SNC (melanose neurocutânea) – síndrome rara caracterizada pela presença 
de proliferações melanociticas benignas ou malignas no SNC. Essas células podem ser encontradas 
nas meninges ou na medula espinal 
 
➢ Outras condições patológicas relacionadas ao NMCG: 
 Lipomatose difusa 
 Hipertrofia craniana 
 Atrofia de membros/ assimetrias esqueléticas 
 Hiper/hipoplasia de tecidos moles 
 Anomalias no trato urinário 
 Malformações vasculares e capilares 
 Manchas café-com leite (neurofibromatose tipo I) 
 Manchas mongólicas ectópicas 
 Dermatite atópica 
 Pólipos fibroepiteliais 
 
 Acometimento do SNC: 
→ tumores neuroectodérmicos de gravidade variável (rabdomiossarcoma, schwannoma, lipoma, 
neurofibroma). 
→ Disrafismo medular – principalmente em NMCG localizados em região lombossacral 
→ Malformação de Arnold-Chiari tipo I: herniação do cerebelo através do forame magno 
→ malformação de Dandy-Walker: Alargamento do IV vent; aplasia ou hipoplasia do vérmix 
cerebelar e aumento do volume da fossa posterior com ou sem hidrocefalia 
 
 
Criança com lesões satélites em plantas dos pés e mucosa oral 
associadas a NMCG (DOI: http://dx.doi.org/10.1590/abd1806-4841.20132233) 
 
 
Criança com nevo melanocitico 
congênito gigante em face 
Natália Giacomin Lima – medicina UFES 101 
 
8 
 
• TRATAMENTO DOS NEVOS MELANOCÍTICOS CONGÊNITOS 
➢ Excisão cirúrgica profilática do NNMC: Trata-se do único método aceitável. 
 
#OBS: Antes de qualquer conduta é patente a realização da biópsia e RNM. Primeiramente afim 
de descartar melanose neurocutanea (acometimento do SNC) que, se presente, pode diminuir 
a própria necessidade de remover o volume das lesões cutâneas, pois o componente neural 
ainda permaneceria inacessível. E em segundo lugar para descartar a chance real de disrafismo 
medular 
 
→ NNMC pequeno e grande: excisão com enxerto cutâneo de espessura total, se necessário; 
retalhos de transferência, expansores de tecido para as grandes lesões. 
 
→ NNMC gigante: o risco de desenvolvimento de melanoma é significativo, mesmo nos primeiros 
três a cinco anos de idade, razão pela qual o NNMC gigante deve ser removido o mais cedo 
possível. OBS: É necessário considerar os aspectos individuais (dimensões, localização, grau 
de perda funcional ou gravidade da mutilação). 
 
 
 
O risco de desenvolver ao longo da vida, um melanoma em um NNMC 
grande foi de pelo menos 6,3%. Em 50% dos pacientes que desenvolvem 
melanoma em NNMCs grandes, o diagnostico é estabelecido entre os 3-5 
anos de idade. o melanoma que surge a partir do NNMCs grande tem 
prognóstico ruim visto que é detectado tardiamente 
 
 
 
Figura 12-6 Melanoma: origem a partir de um nevo NMC pequeno. 
Placa preta na coxa de uma mulher de 36 anos presente desde o 
nascimento. Recentemente, apareceu um nódulo excêntrico 
ligeiramente menos pigmentado nessa lesão. Trata-se de um melanoma. 
SINAIS DE TRANSFORMAÇÃO MALIGNA DE UMA 
LESÃO DE PELE PRÉ-NEOPLÁSICA: 
 Crescimento da lesão 
 Alterações no pigmento 
 Modificações das bordas 
 Eritema 
 Sangramento 
 Ulcerações 
 Lesões satélites 
 Prurido

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