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Vias de Comunicação Relatório Final

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Instituto Superior de Transportes e Comunicações 
 
 
Licenciatura em Engenharia Civil e de Transportes 
 
 
Vias de Comunicação I 
 
Relatório I 
Visita de Estudo ao Trecho da Estrada Namaacha - Goba 
 
Ano: 3º 
Semestre: 1º 
Turma : C31 
Discentes: 
 Faiza Adamgy 
 Vânia Mangueze 
 
Docentes: 
 Prof. Doutor Fernando Leite 
 Eng. Belzemia Matsimbe 
 
Maputo, Abril de 2018 
Índice 
 
Índice............................................................................................................................................... 1 
1.Introdução .................................................................................................................................... 1 
1.1.Objectivos da Visita .............................................................................................................. 1 
2.Desenvolvimento ...................................................................................................................... 2 
2.1. 1ª Paragem ............................................................................................................................ 2 
2.2. 2ª Paragem ............................................................................................................................ 3 
2.3. 3ª Paragem ............................................................................................................................ 5 
2.4. 4ª Paragem ............................................................................................................................ 5 
2.5. 5ª Paragem ............................................................................................................................ 6 
2.6. 6ª Paragem ............................................................................................................................ 7 
2.7. 7ª Paragem ............................................................................................................................ 8 
2.8. 8ª Paragem ............................................................................................................................ 9 
2.9. 9ª Paragem .......................................................................................................................... 10 
3. Conclusão .............................................................................................................................. 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
1.Introdução 
 
No dia 06 de Abril de 2018, foi realizada uma visita de estudo ao longo da estrada que liga o 
Distrito de Namaacha ao Distrito de Goba, pelos estudantes do terceiro ano da Licenciatura em 
Engenharia Civil do Instituto Superior de Transportes e Comunicações (ISUTC), no âmbito da 
disciplina de Vias de Comunicação I, leccionada pelos docentes Prof. Doutor Fernando Leite e 
Engenheira Belzémia Matsimbe, com a finalidade de aprimorar os conhecimentos sobre as 
características geométricas da estrada, já vistos em aula, com uma perspectiva prática dos 
mesmos. 
1.1.Objectivos da Visita 
A visita teve como objectivo a análise presencial de aspectos referentes às características 
geométricas das estradas e drenagem ao longo do percurso entre os distritos de Namaacha e 
Goba. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
2.Desenvolvimento 
 
A partida dos dois autocarros que transportavam cerca de 45 estudantes das turmas C31 e C32 
deu-se pelas 10 horas e meia, acompanhadas pelos respectivos docentes da cadeira, um em cada 
autocarro. Efectuaram-se 9 paragens ao longo do percurso. As paragens eram dirigidas pelo 
Docente Fernado Leite que ia explicando as características geométricas da estrada e drenagem, e 
outros aspectos relevantes constatados. 
2.1. 1ª Paragem 
A primeira paragem deu-se na estrada de Namaacha, onde analisou-se um trecho de estrada 
construído em uma zona baixa sobre aterro. Este aspecto deve-se ao facto de tratar-se de uma 
zona com risco de alagamento. Nestes casos é necessário que se tenha a estrada em aterro ao 
longo da largura do vale, pela possibilidade da água, no tempo de cheias, subir de nível e alargar 
a estrada. 
Abordou-se a relevância do uso dos aquedutos que são dispositivos de drenagem que servem 
para passar a água de um lado da estrada para o outro. Ao longo do aterro geralmente deve-se 
colocar aquedutos. Por exemplo, o aterro de Chicumbane na Ponte do Rio Limpopo junto à 
entrada da cidade de Xai-Xai, que tem uma série de pontes para favorecer o escoamento de água, 
pois alaga muitas vezes quando o caudal do rio aumenta. 
Em terreno plano e em zonas baixas, deve-se projectar a estrada sempre em aterro, não se 
preocupando com o equilíbrio de aterro e escavação. Por causa dos cortes que a água poderia 
criar devido a inundação, a altura do aterro deverá ser definida por um especialista na área de 
hidrologia, em questões ligadas a cheias. 
Naquele trecho de estrada verificou-se a ausência de uma protecção na berma da estrada, cuja 
valeta deveria ser betumada ou de pedra argamassada e suficientemente abaulada para permitir 
uma boa circulação a saída ou entrada dos carros de uma via de acesso à estrada principal sem ter 
que danificar a mesma (estrada). 
É necessário a existência de valetas em estradas em escavação para retirar a àgua da estrada. A 
água contida nas valetas é depois escoada a partir de um dispositivo de drenagem com uma 
pequena inclinação, denominado sanja. A sanja é um dispositivo de drenagem que conduz a 
água que se escoa nas valetas para fora da estrada, esta poderá ser colocada numa distância 
horizontal de 30 a 30 m, em estradas ao nível do terreno natural. 
Em estradas planas, ao nível do terreno natural, a agua estagnada diminui a sua capacidade de 
resistência, CBR, por isso a necessidade de valetas nestes casos. A solução seria colocar a 
estrada em aterro. 
3 
 
 
Fig. 1:Berma da estrada danificada Fig.2: Estrada construída em aterro 
2.2. 2ª Paragem 
A segunda paragem foi para observar um trecho de estrada com aquedutos e valetas. Aquela 
zona estava sempre errudida, as soluções seriam colocar um aqueduto ou uma valeta mais 
alargada, revestida ao longo da qual a agua poderia correr. Optou-se por um aqueduto, que por 
sinal não fora bem concebido, isto é, está completamente assoriado. 
Esclareceu-se o conceito de manilha que é cada elemento, peça tubular, montada uma a seguir 
da outra constituindo a secção tubular do aqueduto e podem ser circulares, quadradas, pré 
fabricadas, em betão. Aqueduto é um dispositivo de drenagem de secção tubular que se apoia 
numa base em betão ou solo bem compactado, que serve para passar agua normalmente de um 
lado para o outro de uma via. Naquele trecho tem-se um aqueduto paralelo à estrada. Na maior 
parte das vezes pode-se ter aquedutos perpendiculares a estrada. 
Constatou-se que a valeta era revestida pois a estrada era muito inclinada e caso contrário 
haveria erosão causada pelo escoamento da água. 
Quanto às características geométricas da estrada em planta e em perfil, verificou-se que as curvas 
circulares em planta estavam todas num trainél ou coincidentes com a curva vertical. 
4 
 
 
Fig. 3: Valeta Revestida Fig. 4: Alinhamento recto muito extenso 
 
Fig. 5: Aqueduto completamente assoreado 
 
 
 
5 
 
 
 
2.3. 3ª Paragem 
Neste trecho da estrada, há concordância pequena no desenvolvimento da curva, deve-se 
respeitar os 120 m de desenvolvimento da curva circular. Aparenta a existência de um bico na 
concordância dos trainéis. 
 
Fig. 6:”Bico” na união dos traineis 
2.4. 4ª Paragem 
A quarta paragem deu-se num trecho de estrada em escavação, cujas curvas circulares 
aparentavam estar num mesmo trainél, uma curva circular, um alinhameento recto e outra curva 
circular. 
Em planta tem-se duas curvas circulares que estão dentro de um mesmotrainel, por isso não se 
tem problemas de visibilidade, são curvas fáceis de um condutor percorrer. 
Ressaltou-se a necessidade de colocação de valetas e em algures sanja, e aconselhou-se evitar o 
traçado de trainéis muito longos em escavação. 
O aspecto negativo sobre a valeta do lado contrário é que é muito comprida favorecendo o 
acúmulo de água que vai ganhando velocidade ao descer por gravidade, danificando as valetas, 
daí a relevância da colocação da sanja para retirar a àgua para fora da valeta. 
6 
 
 
Fig. 7: Curva circular dentro de um trainél Fig. 8: Valeta revestida 
 
Fig. 9: Trainél em escavação 
 
2.5. 5ª Paragem 
 
A quinta paragem deu-se numa estrada em aterro onde o grupo de estudantes ia fazendo o 
cálculo de inclinações longitudinais e transversais com o auxílio de um instrumento denominado 
nível. 
A medição consistia em pousar o nível na direcção transversal e longitudinal e leitura da 
diferença de altura entre os pontos. Com esses dados substituia-se na fórmula: 
 
 
 
 (1) 
O comprimento do nível era de 90cm. 
7 
 
Naquele trecho, o terreno não está muito inclinado, a estrada corre em aterro até a ponte. Se a 
estrada estivesse ao nível do terreno natural poderiam haver problemas de infiltração da agua na 
estrada. 
A estrada tem um alinhamento recto muito extenso, com variação de inclinação a 
contrabalançada provocando assim monotonia no condutor durante o dia, e encandeamento 
durante a noite, aumentando o risco de acidentes. 
Aproveitou-se o facto de estar perante uma curva para falar que a sobreelevação em curvas é 
maior que a inclinação transversal. 
 
Fig.10: Trecho da estrada com pequena inclinação Fig. 11: Estrada em aterro 
 
2.6. 6ª Paragem 
 
Nesta paragem observou-se que a estrada apresentava um desgaste do bordo de pavimento. O 
lancil, que é o limite do passeio na ligação à estrada deve ser aplicado de modo que saia ou que 
fique ao nível da estrada (aplicado à face) para que os carros não danifiquem o bordo do 
pavimento. Aquele trecho constitui um local de paragem de veículos carregados. Nesses casos 
em que os veículos saem da estrada principal para uma paragem , há problemas do bordo do 
pavimento. Portanto, deveria existir um lancil, pré – moldado, em betão, que é o limite do 
passeio na ligação à estrada. 
O lancil deve ser aplicado de tal modo que fique ao nível da estrada caso haja necessidade de 
passagem de carros por ele. Como é o caso do trecho da estrada onde há uma necessidade de 
8 
 
adequá-lo ao nível da estrada para evitar que o bordo da estrada seja danificado à saída e entrada 
de carros. 
Poderemos ter um lancil aplicado, de tal modo que ele saia, ou aplicar o lancil de modo que ele 
fique ao nível da estrada, quando queremos que o carro passe por cima o lancil devera ser 
aplicado de tal modo que fique ao nível da estrada. Neste caso precisamos de um lancil a face , 
ao nível da estrada , para que os carros ao saírem e ao entrarem não danifiquem o bordo do 
pavimento. O bordo do pavimento é frágil, se se tiver um bordo à face em betão, esse betão pré 
fabricado e de alta qualidade irá resistir aos danos. 
Observou-se também que a estrada não respeitava à distância de visibilidade em curva para uma 
velocidade proposta para uma de 100 km/h. 
 
Fig. 12: Bordo do pavimento danificado Fig. 13: Não há distância de visibilidade em curva 
 
 
2.7. 7ª Paragem 
Nesta paragem constatou-se que embora a estrada em perfil fosse constituída por dois trainéis de 
grande inclinação e uma curva de concordância convexa, em planta tem se um alinhamento recto 
muito extenso, não haveriam problemas de encadeamento devido à grande inclinação. 
No caso da estrada visitada, a curva começava pouco depois da parte mais alta do trainél, 
impossibilitando a sua visibilidade. Havia presença de um sinal vertical indicando uma curva à 
direita, mas coberto pela vegetação, dificultando a sua visibilidade, portanto, esse problema 
poderia ser evitado se a curva estivesse um pouco antes ou um pouco depois, estando num só 
trainél. 
 
9 
 
 
 Fig. 14: Curva circular adiante nao visivel 
 
2.8. 8ª Paragem 
 
Fez-se uma paragem na ponte sobre o Rio Umbeluzi, que é uma ponte pré fabricada através de 
junção de placas, que passa sobre linhas de água num terreno acidentado. 
Foi notável que a ponte é de difícil acesso, pondo em causa a segurança óptica dos condutores, 
devido à proximidade da ponte à curva. A curva devia estar mais afastada, curva de 
concordância do trainél caía dentro da ponte. 
Havia ausência de guarda de segurança na ponte. A ponte é mais estreita em relação à estrada, e 
está a uma altura bastante elevada. Aspectos estes que tiram alguma segurança e conforto ao 
projecto. 
A ponte apresentava furos de drenagem para escoar àgua. 
10 
 
 
Fig.15: Curva de concordância do trainél junto a ponte Fig.16: Sinalização horizontal bem destacada 
 
2.9. 9ª Paragem 
Por último, fez-se a paragem na estrada que liga a estrada de Namaacha e Goba. Embora a 
designação da estrada seja única, isto é, velocidade base de 100 km/h, a estrada é constituída por 
trechos de velocidades diferentes indicadas pela sinalização vertical (80 km/h à entrada da ponte 
e depois passamos a ter 50 km/h). O trafego é o mesmo mas as características geométricas da 
estrada são diferentes e por isso a velocidade é diferente. Neste caso, a velocidade base do trecho 
muda não por causa do tráfego mas sim pelas características topográficas do terreno que obrigam 
a mudança das características geométricas da curva. 
Neste trecho de estrada constatou-se: a presença de uma via adicional em rampa, para o tráfego 
de veículo pesado; curvas em planta no mesmo trainél; preocupação com sinalização horizontal 
da estrada por ser perigosa (reflectores, olhos de gato), sendo bastante importante. A estrada 
apresenta uma inclinação enormíssima para esquerda e para a direita, curvas em planta muito 
próximas umas das outras. 
Este trajecto foi escolhido com o uso de fotografias áreas, onde procurou-se um caminho que 
levasse à Goba com trainéis que os carros consiguissem vencer num terreno mais acidentado ou 
menos. 
11 
 
 
Fig.17: Sinalização Horizontal Fig. 18: Pedra argamassada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
3. Conclusão 
 
A visita de estudos à estrada que liga Maputo-Cidade ao Distrito de Goba permitiu presenciar 
aspectos relevantes para o traçado da estrada tanto em planta assim como em perfil que serão 
usados no projecto da cadeira de Vias de Comunicação I. Aspectos estes ligados às 
características geométricas da estrada tanto em planta como em perfil, ligados à drenagem, 
permitindo concluir que: é indespensável o traçado da estrada em aterro em zonas planas e 
baixas, para evitar problemas de drenagem; tratando-se de zonas baixas, não se deve preocupar 
tanto em equilibrar o volume de escavação e aterro, optando-se por maior volume de aterro; 
deve-se procurar obter maior concordância entre as curvas circulares e verticais; em terreno 
montanhoso e ondulado é comum haver pontes à entrada e saída; um trainél não está limitado por 
um desenvolvimento, e nele podem existir enúmeras curvas; a estrada não precisa manter as 
mesmas condições geométricas ao longo do seu desenvolvimento; a velocidade concebida para 
uma estrada com designação única pode apresentar variações em determinados trechos caso as 
características do terreno exijam, e para tal deve-se ressaltar a presença de sinalização tanto 
vertical, assim como horizontal despertando à atenção ao condutor, entre outros aspectos que 
conciliaram o aprendizado recebido durante as aulas.

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