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A Expressão GRANDE RIO A expressão GRANDE RIO tem sua origem na divisão regional adotada pelo IBGE e denominava, nas décadas de 1970 (após a fusão dos Estados da Guanabara e Rio de Janeiro) e 1980, a Mesorregião Homogênea que abrangia a porção do território fluminense correspondente à metrópole do Rio de Janeiro e seus municípios periféricos. Compreendia duas Microrregiões, conforme se pode observar no quadro a seguir: Mesorregião do Grande Rio de Janeiro (décadas de 1970 e 1980) Microrregiões Municípios Fluminense do Grande Rio Duque de Caxias Itaboraí (Incluindo Tanguá) Itaguaí (incluindo Seropédica) Magé (incluindo Guapimirim) Mangaratiba Maricá Nilópolis Niterói Nova Iguaçu (incluindo Queimados, Japeri, Belford Roxo e Mesquita) Paracambi São Gonçalo São João de Meriti do Rio de Janeiro Rio de Janeiro Da observação do quadro acima, deduz-se que o GRANDE RIO compreendia quase toda a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, já que ficava faltando apenas o então Município de Petrópolis (que continha São José do Vale do Rio Preto e que fazia parte desta Região). Hoje, além de a Mesorregião não mais se denominar Grande Rio, teve seu espaço geográfico ampliado, passando a se denominar Mesorregião Metropolitana do Rio de Janeiro – não tendo nenhuma relação com o Grande Rio da divisão inicial -, podendo-se observar a sua composição no quadro abaixo: Mesorregião Metropolitana do Rio de Janeiro – 2010 Microrregiões Municípios do Rio de Janeiro Belford Roxo Duque de Caxias Guapimirim Itaboraí Japeri Magé Maricá Mesquita Nilópolis Niterói Nova Iguaçu Queimados Rio de Janeiro São Gonçalo São João de Meriti Tanguá de Itaguaí Itaguaí Mangaratiba Seropédica de Vassouras Engenheiro Paulo de Frontin Mendes Miguel Pereira Paracambi Paty do Alferes Vassouras de Macacu-Caceribu Cachoeiras de Macacu Rio Bonito Serrana Petrópolis São José do Vale do Rio Preto Teresópolis A Expressão BAIXADA FLUMINENSE Sob o ponto de vista geográfico, a expressão Baixada Fluminense, muito comum no Estado do Rio de Janeiro, corresponde a todas as superfícies planas e de baixas altitudes que se estendem desde a linha de costa até as falésias dos Tabuleiros (no Norte Fluminense) e até as encostas das Colinas e Maciços Costeiros (que antecedem, na direção do interior, as escarpas da Serra do Mar), além de acompanharem os vales fluviais que penetram muitos quilômetros para o interior. São planícies – ou baixadas – que recebem inúmeras denominações locais: Baixada dos Goytacazes ou Campista, Baixada dos Rios Macaé e São João, Baixada da Guanabara e Baixada de Sepetiba. Essa expressão é utilizada sob os enfoques político-institucional - para o planejamento e as ações de governo - e histórico-cultural, que se baseia na formação social da área. No primeiro caso, por exemplo, o Governo do Estado, em 2005, segundo a SEDEBREM - Secretaria de Estado de Desenvolvimento da Baixada e Região Metropolitana -, considerava como da Baixada Fluminense os seguintes municípios: Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaguaí, Japeri, Magé, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, São João de Meriti e Seropédica. No segundo caso – o enfoque mais comum –, a composição é menos numerosa, tendo sido adotada oficialmente até o início da década de 1990, conforme se pode constatar no Programa de Ação Integrada da Baixada Fluminense – PAI, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Regional – SEDUR, de maio de 1990. Esta composição prende-se à história da conquista, ocupação e evolução social e econômica de parte da Baixada da Guanabara, isto é, da periferia da cidade do Rio de Janeiro, constituída pelos atuais Municípios de Belford Roxo, Duque de Caxias, Japeri, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados e São João de Meriti. Na realidade, até poucos anos atrás (antes das recentes emancipações), eram os Municípios de Duque de Caxias, Nilópolis, Nova Iguaçu e São João de Meriti, para onde se dirigiram grandes massas de população pobre provenientes do núcleo metropolitano ou de fluxos migratórios de fora da região metropolitana, principalmente do antigo Estado do Rio de Janeiro. Nestes Municípios, houve um crescimento demográfico acelerado a partir, principalmente, da década de 1950. No entanto, este crescimento se deu sem as necessárias condições de saúde, educação, saneamento, moradia e infraestrutura urbana Além disto, a população permaneceu dependente do mercado de trabalho concentrado na cidade do Rio de Janeiro, gerando um movimento pendular diário entre a metrópole e sua periferia. Por isto, esses municípios são denominados “municípios dormitórios”.
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