Buscar

TCC letras

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Faculdade Campos Elisios 
Gisele da Silva Gonçalves Rodrigues 
Graduação em letras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma abordagem para o ensino da Língua Inglesa no Ensino 
Fundamental II: Sociointeracionismo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Itaquaquecetuba - SP 
2020 
 
 
 
11 
 
 
Gisele da Silva Gonçalves Rodrigues 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma abordagem para o ensino da Língua Inglesa no Ensino Fundamental II: 
O Sociointeracionismo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Setembro/ 2020 
Atividade para conclusão do curso 
de graduação em letras pela 
Faculdade Campos Elisios 
Agradecimentos 
 
 
Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida e me capacitou para 
concluir esse trabalho. 
Agradeço ao meu marido e filhos pela compreensao do tempo que dediquei 
a realizacao desse trabalho. 
Aos meus colegas que me ajudaram e que me incentivaram em todo o 
tempo. 
Dedicatória 
 
 
Dedico esse trabalho aos meus queridos avós: in memoria Pedro, Anésio e Helena, 
terezinha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo 
 
Este trabalho de pesquisa aborda o ensino de Língua Inglesa no ensino 
Fundamental II das escolas públicas por meio do Sociointeracionismo, além de 
trabalhar o lúdico em sala de aula como um dos métodos de ensino e apoio 
pedagógico. 
De acordo com Vygotsky, a interação entre os indivíduos traz consigo uma 
gama de possibilidades para o aprendizado, evolução e desenvolvimento cognitivo, 
e diante dessas possibilidades estudaremos como podemos instinguir o interesse 
efetivo em nossos alunos por meio dessa interação, tornar o estudo da Língua 
Inglesa interessante e atrativo, e demonstrar sua importância nos dias atuais, 
criando um elo entre a língua e o aprendiz. 
Demonstrar parte significativa da evolução dessa língua e sua importância 
para o mundo contemporâneo. Ademais, verificaremos durante a leitura dessa 
pesquisa, o quão negligenciado fora o ensino de tal, e quais métodos poderão ser 
utilizados para que a tragamos de volta a visão de necessária e primordial a 
aprendizagem. 
 
Palavras-chave: Língua Inglesa, Sociointeracionismo, lúdico, aprendizagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Abstract 
 
This research work addresses the teaching of English in elementary 
education II in public schools through Sociointeractionism, in addition to working in 
the classroom as one of the teaching methods and pedagogical support. 
According to Vygotsky, the interaction between individuals brings with it a 
range of possibilities for learning, evolution and cognitive development, and in view of 
these possibilities we will study how we can instill effective interest in our students 
through this interaction, make the study of the English Language interesting and 
attractive, and demonstrate its importance today, creating a link between the 
language and the learner. 
Demonstrate a significant part of the evolution of this language and its 
importance for the contemporary world. In addition, we will verify during the reading 
of this research, how neglected the teaching of such, and what methods can be used 
to bring it back to the vision of necessary and primordial learning. 
 
Keyword: English language, Sociointeractionism, playful, learning 
 
Sumário 
 
 
Introdução ............................................................................................................ 10 
Capítulo I ............................................................................................................. 12 
1.1 A origem da Língua Inglesa ......................................................................... 12 
1.2 Qual a importância do Inglês no mundo? .................................................. 14 
1.3 Qual a importância do ensino de Inglês no Brasil? ............................... 14 
1.4 A função social do Inglês no Brasil .................................................... 18 
 
Capítulo II............................................................................................................ 21 
2.1 O que é ensinar? ............................................................................................ 21 
2.2 A importância do Inglês no ensino ............................................................ 25 
Capítulo III .......................................................................................................... 28 
3.1 O que é o Sociointeracionismo? .................................................................... 28 
3.2 O sociointeracionismo discursivo no ensino de Língua Inglesa ............... 29 
Considerações Finais ........................................................................................... 35 
Referências .......................................................................................................... 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
Introdução 
 
 
 Aprender outra língua significa aprender conhecimento e seu uso. Podemos 
encontrar novas técnicas e métodos diferentes para se ensinar uma língua 
estrangeira, nesse caso em específico nosso objeto de estudo é a Língua Inglesa 
(doravante citada apenas como LI), fazendo com que esse aprendizado flua de uma 
maneira mais fácil e eficaz, tentando resolver as dificuldades encontradas pelos 
professores a fim de contribuir para melhores aulas de Inglês, visando tornar mais 
prazeroso o trabalho do professor e estimular as habilidades que desabrocharão 
naturalmente com as formas diferentes de aprendizado do aluno. 
 A comunicação em nosso meio é muito importante, quando começamos a nos 
desenvolver aprendemos nossa língua materna, mas o tempo passa e com a 
evolução a qual somos submetidos temos sempre que buscar uma melhora para 
podermos crescer em nosso meio e evoluir como pessoa, e nos dias de hoje parte 
dessa evolução é o aprendizado de outra língua. 
Através da Psicologia e da Didática, percebemos que há a possibilidade de 
ensinar de um modo mais fácil e divertido a LI, e com isso chamando a atenção dos 
alunos fazendo com que eles tenham mais interesse. 
E trabalhando nos pensamentos de alguns autores e dos Parâmetros 
Curriculares Nacionais de Língua Estrangeira, mostrarei que dentro da sala de aula 
não precisamos ficar voltados apenas para a teoria: conjugação de verbos ou 
traduções de textos. Mas podemos nos utilizar de atividades lúdicas, abordagens 
menos tradicionalista para que a aula fique mais interessante, e o aprendizado mais 
atrativo e com isso fazer com que os alunos venham a interagir durante as aulas. 
O benefício social é que os alunos ao fazerem as atividades dinâmicas em 
sala de aula terão mais facilidade em aprender, e mais motivação para participarem 
das aulas de LI. 
Para tanto, estudaremos no primeiro capítulo a origem da LI, quais suas 
referências e raízes, a fim de compreendermos melhor sua história. Abordaremos 
também sua importância no Brasil e no mundo, além de sua função social no Brasil. 
No capítulo subsequente serão estudadas questões base para qualquer 
licenciatura, ou seja, estudaremos sobre o que é o ensinar, qual sua função social e 
 
 
 
11 
como vem se desenvolvendo através dos anos. E nesse mesmo foco, veremos 
também a importância da LI no ensino. 
Para o capítulo final separamos um dos pontos chave dessa pesquisa, o 
significado do que é o Sociointeracionismo e o Sociointeracionismo discursivo no 
ensino da LI. 
Em todos os capítulos dessa pesquisa utilizaremos referências das mais 
diversas em função de torná-la embasada e de uma compreensão mais ampla. 
Serão citados autores estudiosos do tema, além dos PCN’ s para o Ensino 
Fundamental II e Língua Estrangeira, tudo para que aprendamos a apreciar o ensino 
da LI diante de atividades lúdicas e do sociointeracionismo.12 
Capítulo I 
 
1.1 A origem da Língua Inglesa 
 
Para estudarmos esse tema, será necessário que passemos a conhecer as 
origens da LI e suas raízes. Portanto, durante essa pesquisa utilizaremos a ótica de 
diferentes autores, como por exemplo, Santos (1980), que diz o seguinte: 
 
Por volta do ano 476 d.C., Roma acabava de sofrer 
uma queda da qual jamais se reabilitaria. Como 
senhora férrea do mundo, tentara em vão unificar toda 
a Europa, após dominá-la por cerca de cinco séculos. 
Mas os hérulos, vândalos, ostrogodos, suevos, 
burgúndios, anglos e saxões – todos os bárbaros – 
acabaram por dividir o poderoso império romano. 
 
Quem vê a expansão da língua inglesa ao redor do mundo, sobretudo nos 
últimos 50 anos, pode não acreditar que a língua mais usada em transações 
comerciais hoje era falada por apenas algumas tribos germânicas no século 5 d.C. 
 Conhecer um pouco da origem das línguas significa entrar em contato com a 
história da humanidade, com as disputas políticas que marcam essa história e que 
revelam a alternância de poder entre tribos, povos e nações. 
 Essa alternância de poder pode ter resultado em imposições da língua de 
um povo a outros povos ou, ainda, em influências de uma cultura sobre outra por um 
determinado período. A língua que usamos hoje para nos comunicar é fruto desse 
movimento, desse contato entre os homens e de como se deram as relações sociais 
ao longo da história. 
Embora a LI seja conhecida ou denominada como anglo-saxônica, é válido 
dizer que suas raízes nos revelam alguns outros nomes, tais como: teutônica e 
anglo-germânica. Sua semelhança com o alemão rendeu-lhe o último termo. O 
grupo teutônico reúne em si sete dos grandes grupos indo-europeus, são eles: o 
Alemão, o Holandês, o Escandinavo e o Inglês, os seis outros grupos restantes são 
o Céltico, o Românico, o Eslavo, o Báltico, o Grego e o Armênio. 
Alguns estudos sobre a correlação entre essas famílias de grupos e 
subgrupos de línguas mais aprofundados nos revelam relações surpreendentes 
entre línguas modernas e antigas ou mesmo “ mortas” , como o Sânscrito, o Hitita e 
 
 
 
13 
o Hebreu, por exemplo. Para uma melhor visualização dessas relações, Santos 
(1980) elaborou a seguinte tabela: 
 
Sânscrito Alemão Inglês Holandês Português 
Pitar Vater Father Vader Pai 
Matar Mutter Mother Moeder Mãe 
Pvostri Schwester Sister Schwester Irmã 
Vidhava Witwe Window Wedue Viúva [???] 
 
 No mesmo conjunto de parentesco entre algumas línguas - embora o Latim 
pertença ao grupo das línguas românicas – vê-se a similaridade das palavras 
relacionadas com o latim Pater, Mater, Soror e Vidua. E dentro de um grupo 
teutônico mais íntimo, como no Alemão/Inglês, teríamos as seguintes semelhanças: 
 
 
 
Inglês Alemão Português 
God Got Deus 
Good Gutten Bom 
Rich Reich Rico 
Night Nicht Noite 
Word Wort Palavra 
Wise Weise Sábio 
Ladder Leiter Escada 
 
 
 A correspondência acima justifica o porque chamamos o ingles de uma 
língua anglo-germânica. No século V da era cristã foi quando as tribos germânicas 
dos anglos, saxões e frisões invadiram a Grã-Bretanha, dominaram os celtas e 
impuseram seu idioma. “ Mas na realidade, a herança híbrida indo-européia do 
inglês é muito grande.” 
 
 
 
 
 
14 
 
1.2 Qual a importância do Inglês no mundo? 
 
 Em meados do século XIX, quando a Inglaterra construiu um dos maiores 
impérios já vistos em todo o mundo, foi que o inglês iniciou sua disseminação 
mundial, devidos suas colônias, o Império Inglês tornou oficial o uso da LI em 
diversos países, e um deles foi o EUA, que durante a Segunda Guerra Mundial 
tornou-se o maior poderio bélico mundial, e posteriormente um dos países, se não o 
maior, mais poderosos do mundo, e com todo esse poder econômico o inglês 
tornou-se oficialmente a língua dos negócios, consequentemente, a língua mundial. 
 Todos os dias nós convivemos com uma série de palavras em inglês, daí 
percebemos a importância e a influência que exerce sobre a nossa cultura. Note 
quantas palavras em inglês que usamos em nosso cotidiano: facebook, instagran, 
twitter, Jeans, shopping center, pet shop, lan house, pit stop, pen drive, notebook, 
laptop, selfie, palmtop, internet, web site, windows, word, download, big, delivery, 
baby, look, fast food, fashion, e-mail, messenger, outdoor, hot dog, milkshake, light, 
hamburger, drink, happy hour, diet, light, fitness, crazy, show, rock, design. 
 Portanto, o domínio do inglês é atualmente uma das maiores armas para o 
ingresso efetivo e de sucesso no mercado de trabalho, além de ter se tornado a 
língua dos negócios, o inglês também é hoje uma língua universal, falada de norte a 
sul em todo o mundo, mesmo nos países mais tradicionais como a China, o inglês é 
uma língua de uso importante e ensinado nas escolas 
como disciplina fundamental. 
 O inglês não é a língua com mais falantes nativos do mundo, mas está em 
terceiro lugar logo depois do espanhol no entanto, a língua inglesa ocupa o primeiro 
lugar em termos de importância internacional, já que é a mais difundida globalmente 
e acima de tudo é muito útil para diferentes contextos. 
 
1.3 A importância do ensino de Inglês no Brasil 
 
 
 O Brasil vem crescendo economicamente a cada dia e com isso surgem 
inovações em todos os campos profissionais, e com interesse da sociedade e do 
 
 
 
15 
governo por uma educação mais qualificada, muitas vezes, faz-se necessário 
conhecer um outro idioma, além do Português. 
 Considerando a importância econômica do Brasil como país em 
desenvolvimento e uma grande procura por profissionais que tenham bom 
desempenho no idioma Inglês, na década de 1990 houve diversas iniciativas 
curriculares instituídas em nosso país, no ano de 1998 foram elaborados Os 
Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Estrangeira ( PCN-LE) definido pelo 
Ministério da Educação (MEC) para tentar suprir a necessidade de uma melhor 
educação no Brasil, como uma resposta aos anseios do governo e da sociedade de 
uma melhoria na forma de ensinar, e capacitar professores, educadores, e a todos 
aqueles envolvidos na área de educação promovendo uma revisão ampla em todo o 
processo de ensino-aprendizagem, buscando a satisfação de quem ensina e de 
quem aprende. 
Sendo que somente os cursos particulares de línguas ensinavam com mais 
competência à aqueles que buscavam um melhor aprendizado. Mas com a 
elaboração dos PCN-LE para o estudo de línguas estrangeiras modernas nas 
escolas o governo federal tenta satisfazer, o desejo da sociedade em dar uma 
educação melhor aos seus filhos, pois o crescimento do país e a súbita globalização 
do mundo e da consequente necessidade do conhecimento de inglês, para fixar-se 
socialmente e, principalmente, para ingressar em um mercado de trabalho cada vez 
mais competitivo, onde somente em cursos livres de línguas ensinavam de modo 
mais competente. 
 
A sociedade brasileira reconhece um valor educacional 
formativo na experiência de aprender outras línguas na 
escola. Reconhece esse bem cultural ao garantir de 
alguma forma a presença da disciplina Língua 
Estrangeira no currículo e mesmo quando duvida da 
eficácia do ensino escolar e leva seus filhos e a si 
mesma para aprender línguas em escolas e institutos 
particulares de idiomas. O poder dos governantes e 
administradores, por outro lado, tem expressado mal 
nos meandros de suas decisões e atos, o valor de uma 
bem sucedida vivência educacional em outras línguas. 
(Almeida Filho, 2000,7). 
 
 Infelizmente as familias não conseguem encontrar a qualidade de ensino de 
uma língua estrangeira nas escolas publicas, como em um curso particular que 
 
 
 
16 
parecem ter mais motivação e de acordo com uma entrevista a revista Nova Escola 
Antonieta Celani (2009) nos afirma: 
 
[...] que há uma deficiencia na formação de 
professores em faculdades sem qualidade que se 
proliferampelo país e a escassez de programas de 
Educação continuada bem organizados, são apenas 
dois dos desafios enfrentados no ensino de Língua 
Estrangeira. A outra questão, torna o cenário ainda 
mais desafiador: a ausência de uma política clara em 
nível nacional, o que leva a disciplina a uma posição 
secundária dentro do currículo. 
 
 
 A procura por bons cursos do idioma originalmente britânico tem sido 
crescente por parte das famílias brasileiras. Suas crianças têm sido matriculadas 
 cada vez mais precocemente, pois, além da tentativa de motivá-las ao estudo 
sistemático e prazeroso do Inglês, visando o sucesso profissional, têm plena 
consciência de que quanto mais cedo uma pessoa é apresentada a um novo idioma, 
mais facilmente poderá utilizá-la como um nativo. Desta forma poderá ter excelente 
desempenho onde quer que seja avaliada. Por que o ensino-aprendizagem de 
línguas estrangeiras nunca foi tratado com muito respeito em nosso país, pelo 
menos no papel. 
Mas os PCN-LE, auxiliado pela nova LDB, procura mostrar a importância que 
o ensino de línguas estrangeiras modernas havia deixado para trás: 
No âmbito da LDB, as Línguas Estrangeiras 
Modernas recuperam, de alguma forma, a 
importância que durante muito tempo lhes foi 
negada. Consideradas, muitas vezes e de maneira 
injustificada, como disciplina pouco relevante, elas 
adquirem, agora, a configuração de disciplina tão 
importante como qualquer outra do currículo, do 
ponto de vista da formação do indivíduo. 
[...] Assim, integradas à área de Linguagens, 
Códigos e suas Tecnologias, as Línguas 
Estrangeiras assumem a condição de serem parte 
indissolúvel do conjunto de conhecimentos 
essenciais que permitem ao estudante aproximar-se 
de várias culturas e, conseqüentemente, propiciam 
sua integração num mundo globalizado.( PCN 
1999, 49) 
 
 
 
17 
Muitos buscam também a possibilidade ainda mais efetiva de estudar o inglês 
fora do país, algo que combina o prazer de conhecer um lugar novo com um meio 
mais fácil ou mais natural de se aprender a língua, e que também torna o currículo 
mais valioso quando analisado por um empregador, e o Governo Federal 
percebendo as necessidades, propõe um ensino de Língua Estrangeira mais voltado 
à comunicação e contextualização de conteúdos, reconhecendo que as aulas até 
então ministradas nas escolas, tanto públicas quanto particulares, não capacitavam 
os alunos a falar, ler e escrever em novos idiomas, e tinham um caráter muito mais 
repetitivo do que comunicativo e percebeu que havia uma grande dificuldade em 
encontrar profissionais qualificados. Mas trata com otimismo a função que as 
Línguas Estrangeiras Modernas (LEM) assumem dentro da área de Linguagens, 
Códigos e suas Tecnologias presente no documento oficial. E reconhece, de 
maneira simples, o problema das línguas estrangeiras modernas terem ficado, 
durante muito tempo, em segundo plano. 
Ao figurarem inseridas numa grande área – 
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias – , as 
Línguas Estrangeiras Modernas assumem a sua 
função intrínseca que, durante muito tempo, esteve 
camuflada: a de serem veículos fundamentais na 
comunicação entre os homens. Pelo seu caráter de 
sistema simbólico, como qualquer linguagem, elas 
funcionam como meios para se ter acesso ao 
conhecimento e, portanto, às diferentes formas de 
pensar, de criar, de sentir, de agir e de conceber a 
realidade, o que propicia ao indivíduo uma formação 
mais abrangente e, ao mesmo tempo, mais sólida. 
(PCN 1999,52). 
 
 A partir deste ano, o Brasil começa a implementar, no ensino fundamental, a 
Base Nacional Comum Curricular, um documento que define o mínimo que todos os 
estudantes no país têm direito de aprender, e o inglês está previsto nesse 
documento. 
 Aulas de inglês não são novidade nem em escolas públicas, nem em 
particulares, uma vez que a maioria oferece o idioma, mas um estudo do British 
Council mostra que apenas 10,3% dos jovens, de 18 a 24 anos, dizem saber inglês. 
O percentual é menor se consideradas as pessoas mais velhas, com mais de 16 
anos, chega a 5,1%. 
 
 
 
18 
 Portanto, o estudo de Língua Estrangeira vem se tornando cada vez mais 
reconhecida pelo Ministério da Educação e pela sociedade, e não mais 
negligenciado como apenas uma disciplina sem importância ou propósito. 
 
 
 
1.4 A função social do Inglês no Brasil 
 
A função da escola não é somente ensinar mas sim formar cidadãos que 
tenham noção de seus direitos e deveres. E cabe a ela garantir a aprendizagem de 
conhecimentos, habilidades e valores necessários à socialização do indivíduo e 
estas aprendizagens devem contribuir - se como instrumentos para que o aluno 
compreenda melhor a realidade que o cerca, ajudando-o em sua participação em 
relações sociais cada vez mais amplas, preparando-o para a inserção no mundo do 
trabalho e na vida pública. 
Observa-se que o ensino do inglês constitui um fator importante para que 
qualquer pessoa inserida no meio social possa ter acesso ao mundo tecnológico e 
cultural. Portanto, tratar do tema sobre o processo de ensino e aprendizagem da 
língua inglesa em escolas públicas remete em primeiro instante no pensar sobre o 
que tem sido feito estrategicamente para que os alunos dessas instituições de 
ensino se interessem por outro idioma. 
 O ponto chave é que as pessoas possam ampliar a comunicação em um 
tempo de globalização e interação social constante e imediata. 
 Nesse sentido, o processo de ensino do inglês passa a ser visto como meio 
de aumentar as perspectivas culturais e profissionais de um cidadão. É por meio 
desse fato que as teorias se concentram em proporcionar aos alunos uma 
competência comunicativa que lhes permita desenvolver-se no ambiente: social, 
cultural e laboral. Tudo isso implica em noções e funções lingüísticas, no uso 
apropriado das expressões, nas diversas situações comunicativas e de 
interlocutores, ou seja, a teoria atual de ensino e aprendizagem do inglês parece 
caminhar para um enfoque comunicativo. 
Segundo os PCN (1998, p. 15): 
A aprendizagem de uma Língua Estrangeira é uma possibilidade de aumentar 
a autopercepção do aluno como ser humano e como cidadão. Por esse motivo ela 
 
 
 
19 
deve centrar-se no engajamento discursivo do aprendiz, ou seja, em sua capacidade 
de se engajar e engajar outros no discurso de modo e poder agir no mundo social. 
Portanto a escola deve propiciar o domínio dos conteúdos culturais básicos, 
da leitura e da escrita, das ciências, das artes e das letras. Sem estas 
aprendizagens, dificilmente ele poderá exercer seus direitos de cidadania, ou seja, a 
escola tem o compromisso social de ir além da simples transmissão do 
conhecimento sistematizado, dando ao aluno a capacidade de buscar informações 
segundo as exigências de seu campo profissional ou necessidades de 
desenvolvimento individual e social. 
 Percebe-se a importância do ensino da língua estrangeira ao analisar os 
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN): 
 
[...] ao ensinar uma língua estrangeira, é essencial uma compreensão teórica do que 
é a linguagem, tanto do ponto de vista dos conhecimentos necessários para usá-la 
quanto em relação ao uso que fazem desses conhecimentos para construir 
significados no mundo social. (1998, p.27). 
A maioria das contratações das empresas para uma vaga de emprego são 
feitas após uma série de avaliações, incluindo-se o domínio da língua, não só falada 
como escrita. Os melhores cargos são para os mais bem preparados, e preparo, 
entre muitas outras coisas, significa o inglês fluente. 
Para interagir e socializar-se no mundo moderno e competitivo os PCN-LE 
nos revela seu anseio: 
A aprendizagem da Língua Estrangeira Moderna 
qualifica a compreensão das possibilidades de visão 
de mundo e de diferentes culturas, além de permitir o 
acesso à informação e à comunicação internacional, 
necessáriaspara o desenvolvimento pleno do aluno na 
sociedade atual. (PCN 2002, 131-132) 
 
 
No entanto para isso acontecer, considera-se que não é uma tarefa fácil, 
responder à questão de quando trabalhar as relações interpessoais num contexto 
didático-pedagógico nos afirma Antunes (PCN 2003, 14): 
 
 
As relações que envolvem alunos e professores, 
professores e professores, professores e pais e ainda 
muitos outros "atores" do universo escolar são 
marcadas pelo imprevisível e, como assim são, nem 
sempre é possível antecipar o uso de uma ação ou 
 
 
 
20 
estratégia que atue como sensibilizadora das relações 
interpessoais. 
 
 
 O professor tem que motivar seus alunos e com a motivação pode mostrar a 
eles que atividades em grupos também ajudam no aprendizado, tendo que 
considerar a timidez, a relação entre colegas e o próprio professor, disponibilidade e 
vontade em ajudar os colegas, a afetividade, fatores sócio-culturais, idade do 
aprendiz, ambiente pedagógico, etc. 
Aconselha-se à busca por interação social entre os alunos, buscando metas 
que só irão beneficiar o aprendizado, como nos afirma abaixo com um trecho do 
documento que explicita o sentido de aprendizagem na área de Língua Estrangeira 
no ensino fundamental (PCN 1998, 54): 
 
 
Assim, é fundamental que desde o início o professor 
desenvolva, com os alunos, um trabalho que lhes 
possibilite confiar na própria capacidade de aprender, 
em torno de temas de interesse e interagir de forma 
cooperativa com os colegas. As atividades em grupo 
podem contribuir significativamente no 
desenvolvimento desse trabalho, à medida que, com a 
mediação do professor, os alunos apreenderão a 
compreender e respeitar atitudes, opiniões, 
conhecimentos e ritmos diferenciados de 
aprendizagem. 
 
 
O professor não deve centralizar-se somente em sua matéria, e sim juntar 
variados temas que englobem problemas sociais e o que está ligado a sociedade 
pra que os alunos possam refletir. Villani (2008,4) nos relata: 
 
 
Quando utilizamos o ensino da língua estrangeira para 
fazer uma “ ponte” , ser um elo entre as várias 
disciplinas curriculares à disposição dos alunos, damos 
nossa parcela de contribuição para que o indivíduo 
seja desenvolvido integralmente. No tocante a esse 
desenvolvimento e à formação integral dos alunos nas 
aulas de língua estrangeira, os aspectos ligados à 
transversalização dos temas integrantes das aulas e, 
consequentemente, aos conteúdos, são um fator 
preponderante na opção da trajetória educacional que 
temos a nossa disposição. 
 
PCN (1998,59) nos reforça: 
 
 
 
 
21 
Em última análise, o processo é caracterizado pela 
interação entre os significados ou conhecimento de 
mundo do parceiro mais competente (em sala de aula, 
o professor ou um colega) e os do aluno. Muitas 
dificuldades na aprendizagem são geradas, 
exatamente, por essas diferenças, que vão determinar 
expectativas e condições de relevância diferentes 
sobre o que se fala. 
 
Esses trechos nos mostram que como em todas as outras disciplinas, a LI 
também deve ser visualizada pelos diversos vértices, trabalhando não só 
disciplinamente, mas também com a interdisciplinaridade, deixando que 
transversalmente caminhe entre as demais disciplinas escolares, assim é possível 
alcançarmos uma significação maior ao ensino, e não simplesmente deixar que os 
alunos caiam no discurso do aprender por aprender. 
 
Capítulo II 
 
2.1 O que é ensinar? 
 
para Skinner (1972) ensino é entendido como atividade que 
deve preparar o aluno para o futuro, possibilitando o desenvolvimento 
de habilidades e a aquisição de conhecimentos sobre o mundo e 
sobre si mesmo, necessários à sua sobrevivência como membro da 
espécie, como indivíduo e como participante de uma cultura. 
 
Professores e escola estão com problemas em fazer o ambiente escolar um 
lugar atraente para os alunos, eles estão tendo que lidar com a pobreza, fome, 
violência, drogas que são problemas atuais. “ A tarefa do educador torna-se mais 
difícil quando perante aos jovens, porque estes aprendem muito mais pelos 
exemplos que o professor possa dar do que pelo que possa oferecer seu mais rico 
currículo. Ensinar é pois modelar caracteres. Em poucos casos seria educar.” 
“ Educar” , segundo Ellen G. White, “ significa muito mais do que o simples 
prosseguimento de um certo curso de estudos. Visa o ser Todo... É o 
desenvolvimento harmônico das faculdades físicas, mentais e espirituais.” Ou seja 
alguns alunos buscam no professor o que não encontram em casa. 
Podemos mudar a trajetória no ensino público em busca de melhoria no processo 
de ensino de língua nas salas dos cursos regulares da educação básica. Segundo 
 
 
 
22 
Paulo Freire, “ educar é provocar mudanças ou criar condições para que elas 
aconteçam” e é aí que a pesquisa, dentro de princípios metodologicamente aceitos 
adquirem significado com isso, é possível dizer que na prática da língua inglesa, 
muitas vezes, se faz necessário que o professor deixe sua “mesa” para ir ao 
encontro de seus alunos, onde o “saber” implica em aprender a compartir 
representações e estímulos. Mostrar que em uma sala de aula não há a 
necessidade de ficar apenas na parte teórica, a possibilidade de utilizarmos varias 
estratégias lúdicas para estimular o processo de aprendizagem da Língua Inglesa, 
pois os jogos ajudam a criar um entusiasmo sobre o conteúdo a ser trabalhado a fim 
de considerar os interesses e as motivações dos alunos em expressar – se, agir e 
interagir nessas atividades realizadas em sala de aula, podendo proporcionar aos 
alunos um ambiente prazeroso e motivador, para o sucesso da aprendizagem. 
Desta forma, estar preparado para acompanhar as inovações tecnológicas e 
suas consequências pedagógicas constitui-se uma importante característica na 
atuação do professor. 
 A internet, por exemplo, tem alcançado um número cada vez maior de 
usuários, e a rapidez do seu desenvolvimento chega a impressionar educadores em 
geral. No que diz respeito ao ambiente pedagógico, a rapidez com que as 
tecnologias se instalam e se fazem presentes na vida profissional e no meio escolar 
pode ser preocupante se os professores não se atualizarem. 
 “A crescente utilização da internet está levando a uma chamada para os 
multiletramentos ou letramentos digitais.” (Brydon, 2011). “ Para que os professores 
se ajustem às modificações que se fazem presentes, dedicar-se e investir numa 
formação continuada que abarque essas mudanças é um passo importante para 
iniciar um trabalho mais conectado com todas as inovações que se apresentam. Há 
ainda muito a ser feito para que o professor do século XXI desenvolva habilidades 
que o ajudem a tornar a tecnologia uma aliada à sua prática docente, como por 
exemplo, levantar reflexões a respeito da utilização das novas tecnologias, para que 
sua utilização não seja apenas mecânica ou modismo. O professor ao fazer estas 
reflexões, prepara-se para fazer escolhas fundamentadas e torna-se um agente 
muito importante para a utilização de recursos tecnológicos disponíveis às práticas 
pedagógicas. 
 
 
 
23 
Temos que aplicar a matéria de forma prática para que os alunos tenham 
mais facilidade ao aprender, e estimular seus poderes e habilidade 
localizando as dificuldades, e exercitando-as e estimulando sua capacidade para 
soltar suas imaginações, e com isso eles poderão sentir prazer através de práticas 
corporais como jogos e atividades dinâmicas fazendo que desabrochem 
naturalmente em uma variedade de maneiras, explorando a si próprio e o ambiente 
em que se encontram. 
Segundo Vygotsky os nossos pensamentos são fruto da motivação, ao 
sentirmos necessidades específicas, desejos, interesses ou emoções, somos 
motivados a produzir pensamentos. Trazendo isto para a aquisição de uma língua 
estrangeira logo chegamos à conclusão de que é necessária uma motivação 
intrínseca paraque o sujeito sinta maior afinidade e interesse pela mesma. 
 A linguagem é construtora do pensamento, porém nem toda forma de 
aprendizado é sinônimo de desenvolvimento, antes, o pensamento o é. O 
aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põe 
em movimento vários processos de desenvolvimento que, de outra forma, seriam 
impossíveis de acontecer ( Vygotsky, 1991 p. 101). 
 Segundo Maluf (2007) é necessária vivenciar uma prática corporal. Isto 
facilitará, e muito, a interação com os alunos. Não descarto a importância de 
orientações e de fixar diretrizes pedagógicas para a introdução do brincar livremente 
por si só já traz efeitos positivos para o desenvolvimento das crianças. 
 É importante as atividades lúdicas no ensino escolar, pois ela proporciona 
uma maior interação entre os alunos e o aprendizado, fazendo com que os 
conteúdos fiquem mais fáceis para os alunos, deixando – os mais interessados em 
assistir as aulas. E o cabe aos professores inserir também atividades lúdicas no 
processo de ensino – aprendizagem para que o ensino da Língua Inglesa fique mais 
fácil e divertido. 
Segundo TEIXEIRA (1995, p. 23), As atividades lúdicas correspondem a um 
impulso natural da criança, e neste sentido, satisfazem uma necessidade interior, 
pois o ser humano apresenta uma tendência lúdica, que o caracterizam: o prazer e o 
esforço espontâneo. Ele é considerado prazeroso, devido a sua capacidade de 
absorver o indivíduo de forma intensa e total, criando um clima de entusiasmo. É 
este aspecto de envolvimento emocional que o torna uma atividade com forte teor 
 
 
 
24 
motivacional, capaz de gerar um estado de vibração e euforia. Em virtude desta 
atmosfera de prazer dentro da qual se desenrola, a ludicidade é portadora de um 
interesse intrínseco, canalizando as energias no sentido de um esforço total para 
consecução de seu objetivo. Portanto, as atividades lúdicas são excitantes, mas 
também requerem um esforço voluntário e elas mobilizam esquemas mentais. 
Sendo uma atividade física e mental, que aciona e ativa as funções psico-
neurológicas e as operações mentais, estimulando o pensamento integrando várias 
dimensões da personalidade: afetiva, motora e cognitiva. Como atividade física e 
mental que mobiliza as funções e operações, e aciona as esferas motora e 
cognitivas, e à medida que gera envolvimento emocional, apela para a esfera 
afetiva. Assim sendo, vê-se que a atividade lúdica se assemelha à atividade 
artística, como um elemento integrador dos vários aspectos da personalidade. O ser 
que brinca e joga é, também, o ser que age, sente, pensa, aprende e se desenvolve. 
 Desse modo, o professor deve utilizar-se da variedade em todas as áreas de 
ensino, pois os alunos não conseguem concentrar-se numa atividade por mais do 
que uma limitada parcela de tempo. Assim, cabe ao professor variar suas 
metodologias e fazer a aula dinâmica, para que os eles prestem atenção, se 
entusiasmem com a aula e, conseqüentemente, aprendam o conteúdo. Sendo 
assim, a aplicação das atividades lúdicas é fundamental para o entretenimento da 
turma, a qual se sentirá mais motivada em poder brincar ao mesmo tempo em que 
aprende. 
 Para VYGOTSKY (1994, p. 103), "a aprendizagem e o desenvolvimento 
estão estritamente relacionados, sendo que as crianças se inter-relacionam com o 
meio social, internalizando o conhecimento advindo de um processo de construção". 
"Os jogos produzem uma excitação mental agradável e exercem uma influência 
altamente fortificante" (HUIZINGA apud ANTUNES, 1998, p. 46). 
Observa-se, pois, que alguns dos grandes educadores do passado já reconheciam a 
importância das atividades lúdicas no processo de ensino-aprendizagem. Brincando 
e jogando, a criança aplica seus esquemas mentais à realidade que a cerca, 
aprendendo-a e assimilando-a. Brincando e jogando, a criança reproduz as suas 
vivências, transformando o real de acordo com seus desejos e interesses. Por isso, 
pode-se afirmar que, por meio das atividades lúdicas, a criança expressa, assimila e 
constrói a sua realidade. Assim, é possível aprender qualquer disciplina através da 
 
 
 
25 
atividades lúdicas, a qual pode auxiliar no ensino de línguas, ou até mesmo de 
outras matérias. 
 
 
 
 
 
2.2 A importância do Inglês no ensino 
 
“ À medida em que o inglês se torna o principal meio 
de comunicação entre as nações, é crucial garantirmos 
que seja ensinado com precisão e eficientemente.” 
(David Crystal) 
 
 
 
 
 Segundo os PCN-LE (1998,39) 
 
[...] no que se refere à situação de dominação do inglês 
como segunda língua e mesmo como segunda língua 
Estrangeira. A posição do inglês nos campos dos 
negócios, da cultura popular e das relações 
acadêmicas internacionais coloca-o como a língua do 
poder econômico e dos interesses de classes, 
constituindo-se em possível ameaça para outras 
línguas e em guardião de posições de prestígio na 
sociedade. 
 
 
Celani (2009) nos diz que em tempos atrás o foco estava em ensinos de 
línguas em si e que a preocupação era o que e como ensinar. E que hoje a outras 
perguntas : para que crianças e jovens precisam do ingles?Por que ele é necessário 
no currículo? 
Primeiro teve o ensino baseado em gramática e tradução. Logo após o 
método audiolingual, embasado na repetição oral e com orientação behaviorista. 
Depois, apareceram iniciativas soltas: método funcional ( conteúdo pautado por 
eventos como “ no aeroporto” , “ na loja” etc.). Todos, no fundo, se tratavam de 
 
 
 
26 
audiolinguais disfarçados, já que a condução em sala de aula também se dava pela 
repetição. Muito depois, surgio a abordagem comunicativa, por meio da qual não se 
pode usar a primeira língua, só estrangeira. Que foi a grande revolução do fim do 
século 19. ( Celani 2009) 
O ensino da língua inglesa propicia ao aluno a oportunidade de engajamento 
e interação no mundo social, e o faz entrar em contato com outras civilizações e 
culturas, por isso incentivar o estudante é muito importante. Assim como afirma 
Celani ( 2009). 
É preciso valorizar o segundo idioma, entender qual a 
importância de aprendê-lo para a Educação do 
indivíduo – o que permite a ele entender o outro a as 
diferenças e estar inserido no contexto mundial atual. E 
também, é claro, dando formação inicial e continuada 
para os professores. Eles apenas repetem o que 
aprendem. 
 Aprender línguas significa aprender conhecimento e seu uso, isso nos afirma 
PCN-LE (1998, 27): 
[...] na aprendizagem de línguas o que se tem a 
aprender é também, imediatamente, o uso do 
conhecimeto, ou seja, o que se aprende e seu uso 
devem vir juntos no processo de ensinar e aprender 
línguas. Assim, caracterizar o objetivo de ensino 
significa caracterizar os conhecimentos e os usos que 
as pessoas fazem deles ao agirem na sociedade. 
Portanto, ao ensinar uma língua estrangeira, é 
essencial uma compreensão teórica do que é a 
linguagem, tanto do ponto de vista dos conhecimentos 
necessários para usá-la quanto em relação ao uso 
que fazem desses conhecimentos para construir 
significados no mundo social. 
Temos que levar ao aluno que usos em Língua Estrangeira deve ser levado a 
mente dele mesmo que ele não tenha consciência de determinado assunto como 
usuário em sua língua materna. De acordo com as afirmações nos PCN-LE ( 
1998,34): 
[...] Língua Estrangeira pode ajudar na educação 
linguística do aluno como um todo, aumentando sua 
consciência do fenômeno linguístico, e no 
aprimoramento de seu nível de letramento. 
[...]considerar ainda que a consciência crítica de como 
as pessoas usam estes tipos de conhecimento traz 
para o aluno a percepção da linguagem como 
fenômeno social, o que é caracterizado aqui como a 
natureza sociointeracional da linguagem. Quando 
 
 
 
27 
alguém usa a linguagem, o faz de algum lugar 
localizado na história, na cultura, e na instituição, 
definido nas mútiplas marcasde sua identidade social 
e à luz de seus projetos políticos, valores e crenças. 
Desenvolvendo habilidade de entender Língua Estrangeira no processo de 
educação ela atribui no desenvolvimento da aprendizagem como um todo,indo além 
de um conjunto de habilidades linguísticas. Levando uma nova percepção no ensino, 
aumentando a compreensão de como a linguagem funciona até mesmo em sua 
língua materna e desenvolve culturas estrangeiras tanto quanto a cultura materna. 
Os PCN-LE ( 1998,37) nos afirma mais: 
A aprendizagem de Língua Estrangeira no ensino 
fundamental não é só um exercício intelectual em 
aprendizagem de formas e estruturas linguísticas em 
um código diferente; é, sim, uma experiência de vida, 
pois amplia as possibilidades de se agir 
discursivamente no mundo. O papel educacional da 
língua Estrangeira é importante, desse modo, para o 
desenvolvimento integral do indivíduo, devendo seu 
ensino proporcionar ao aluno essa nova experiência de 
vida. Experiência que deveria significar uma abertura 
para o mundo, tanto o mundo próximo fora de si 
mesmo, quanto o mundo distante, em outras culturas. 
Assim, contribui-se para a construção, e para o cultivo 
pelo aluno, de uma competência não só no uso de 
línguas estrangeiras, mas também na compreensão de 
outras culturas. 
Ou seja o ensino de Língua Estrangeira é essencial na contrução da 
cidadania. 
A língua Estrangeira no ensino fundamental tem um 
valioso papel construtivo como parte integrante da 
educação formal. Envolve um complexo processo de 
reflexão sobre a realidade social, política e econômica, 
com valor intrínseco importante no processo de 
capacitação que leva à libertação. Em outras palavras, 
Língua Estrangeira no ensino fundamental é parte da 
construção da cidadania. 
Os PCN – LE nos apresenta um ensinamento mais amplo para a 
aprendizagem da Língua estrangeira, dando assistência aos professores e 
permitindo que eles se sintam mais estimulados em uma sala de aula, para poder 
transformar os alunos em cidadãos. 
 
 
 
 
28 
Capítulo III 
 
3.1 O que é o Sociointeracionismo? 
 
 O Sociointeracionismo é uma teoria baseada nos pensamentos e estudos de 
Vygotsky e seus colaboradores, que diz o seguinte: o desenvolvimento sócio-
cognitivo do ser humano dá-se por sua interação com o outro e com o meio, ou seja, 
diferente de Piaget, Vygotsky defende que não é apenas no desenvolvimento do 
organismo que baseia-se o desenvolvimento, mas também por meio da interação 
social. 
 A metodologia interacionista defende que fatores orgânicos e ambientais 
exercem influência no processo de desenvolvimento dos seres humanos, inclusive 
em sua formação educacional. Em outras palavras, o conhecimento é resultado da 
combinação entre fatores objetivos e subjetivos que fazem parte do cotidiano de 
cada estudante. 
 A interação entre organismo e meio defendida por essa teoria da 
aprendizagem, no entanto, não se dá de maneira passiva: a aquisição do 
conhecimento é um processo construído pelo próprio ser humano durante toda a sua 
vida, o que o faz ser o personagem principal no processo ensino-aprendizagem. 
 Ainda que não descorde de Piaget quanto sua descrição a respeito da 
evolução do desenvolvimento, Lev Vygotsky acredita que o próprio processo de 
aprendizagem colabora para o desenvolvimento das faculdades mentais do 
indivíduo aprendiz, que por meio da comunicação aprende. Isso nos leva a ZDP 
(Zona de Desenvolvimento Proximal), que é basicamente a distância entre o que o 
indivíduo aprende e seu potencial de aprendizado, ou seja, é nessa área que 
defende-se a intervenção do professor, na ZDP, enquanto avalia-se o 
desenvolvimento do aluno, intervindo de maneira a auxilia-lo nesse processo de 
aprendizagem, lapidando seu conhecimento a partir do que ele já sabe até 
alcançarem juntos, ou ao menos tentarem alcançar, o pico de sua capacidade 
levando a uma interação aluno x professor e professor x aluno, para a evolução de 
ambos. 
 
 
 
29 
 No entanto, isso não é observado apenas na relação entre professor e aluno, 
mas também na relação entre um aluno e outro, e entre os alunos e o meio, como 
em atividades culturais, vivência social e etc. 
 
3.2 O sociointeracionismo discursivo no ensino de Língua Inglesa 
 
Sociointeracionismo discursivo é como uma ferramenta significativamente 
eficaz para formar alunos críticos e bons usuários da Língua alvo. 
Desde do inicio da vida de um ser humano o sociointeracionalismo se 
encontra presente em sua vida. Se inicia quando se está aprendendo sua língua 
materna, com a interação de seus pais que o ensina a falar e socializar-se com 
outras pessoas. Isso é afirmado pelos PCN-LE (1998, 28) 
 
O processo sociointeracional de construir 
conhecimento lingüístico e aprender a usá-lo já foi 
percorrido pelo aluno no desafio de aprender sua 
língua materna. Ao chegar à quinta série, a criança já é 
um falante competente de sua língua para os usos que 
se apresentam nas comunidades discursivas imediatas 
das quais participa em sua socialização em casa ou 
nas brincadeiras com os amigos fora de casa, e em 
outras comunidades discursivas. Essas outras 
comunidades podem exigir a aprendizagem de uma 
variedade da língua materna ou de padrões 
interacionais diferentes dos que teve acesso em casa 
(por exemplo, modos de interagir com outra pessoa em 
sala de aula). 
 
 
 
 De acordo com os PCN-LE (1998, 57), “ o que subjaz é a visão da 
compreensão de que a aprendizagem é de natureza sociointeracional, pois aprender 
é uma forma de estar no mundo social com alguém, em um contexto histórico,cultura 
e institucional.” A aprendizagem na escola é reconhecida como um fenômeno 
sociointeracional onde o aluno interagi com o professor com outras pessoas em 
sala de aula. Desse ponto de vista “ a aprendizagem de uma língua estrangeira 
deve garantir ao aluno seu engajamento discursivo, ou seja, a capacidade de se 
envolver e envolver outros no discurso” . PCN ( 1998,19) 
Com origem nos PCN – Le, em sala de aula o aluno aprende usos da 
linguagem coisas que não aprendeu em casa como leitura, produção de um texto 
escrito, tornando sua natureza sociointeracional. Começando a construir 
 
 
 
30 
conhecimento de natureza metalingüística nas aulas de sua língua materna 
possibilitando-o pensar, falar, ler e escrever sobre sua própria língua já sabendo 
muito sobre linguagem. E com a aprendizagem de uma língua estrangeira 
centralizado na interação em sala de aula como elemento propulsor de 
aprendizagem o aluno aumentará o conhecimento sobre linguagem que construiu 
sobre sua língua materna, comparando-a com a língua estrangeira em vários níveis, 
fazendo com que o aluno se envolva nos processos de construir significados nessa 
língua, formando um ser discursivo no uso de uma língua estrangeira. (1998, 28-29) 
 Como nos aponta os PCN-LE (1998, 41): 
 
A Língua Estrangeira no ensino fundamental tem um 
valioso papel construtivo como parte integrante da 
educação formal. Envolve um complexo processo de 
reflexão sobre a realidade social, política e econômica, 
com valor intrínseco importante no processo de 
capacitação que leva à libertação, Em outras palavras, 
Língua Estrangeira no ensino fundamental é parte da 
construção da cidadania. 
 
 Pode-se entender a interação e aprendizagem é a relação entre professores e 
alunos entre si, que andam de lado a lado com propostas de atividades 
interacionais, atribuindo em uma forma de co-participação social, na construção de 
conhecimento compartilhado, onde a linguagem é mediadora entre os participantes 
de uma prática social, ou seja, processos realizados entre professore e alunos. E é 
por meio da linguagem que os pares tentam resolver tarefas para a construção de 
conhecimento que é construído pela colaboração e não pela transmissão, que 
caracteriza a instrução tradicional. A aprendizagem de LE através de propostas de 
atividadesinteracionais auxiliam na construção do significado e, conseqüentemente, 
no uso da língua alvo. 
 Ellis (1996, 602) diz que os arranjos espaciais em sala de aula, igualmente, 
afetam a possibilidade de co-participação social ou não, isto é, trabalhos realizados 
em pequenos grupos possibilitam maiores possibilidades de negociação de 
significado do que a disposição de alunos sentados ordenadamente. Acrescenta, 
ainda, que a qualidade da interação também parece ser realçada se a compreensão 
dos aprendizes em trabalhos de grupos é heterogênea, considerando sexo e nível 
de proficiência. Logo que se um aluno com pouco conhecimento lingüístico ou 
principiantes seriam beneficiados nessa condição de trabalho em grupo que 
 
 
 
31 
propiciam troca de informações. Com isso o conhecimento sobre a língua e o uso 
dela estariam alinhados, favorecendo a aprendizagem dos alunos. 
Na teoria sociointeracional o processo de ensinar e de aprender a língua 
estrangeira têm sido baseado em concepção de abordagem comunicativa de 
aprendizagem que enfatiza a necessidades de os alunos terem interações 
conversacionais com professores e outros estudantes, através da negociação de 
significado, e para que haja engajamento no discurso, são utilizados três tipos de 
conhecimento, de acordo com os PCN-LE ( 1998): 
O conhecimento sistêmico que envolve os níveis da organização lingüística 
que as pessoas têm, como: léxico-semântico, morfológicos, sintáticos e fonético-
fonológicos. E esse conhecimento possibilita que as pessoas, ao ao produzirem 
enunciados apoiando-se no nível sistêmico da língua. 
Como exemplo, as seguintes escolhas oferecidas pela língua portuguesa: a 
escolha dos morfemas “ o” e “ s” , que indicam o gênero masculino e plural, a 
escolha do item lexical “ mulher” para se referir a um ser do gênero feminino; a 
escolha de uma organização sintática na voz ativa para indicar quem praticou a 
ação; a escolha de uma representação fonológica de um morfema, por exemplo /a/, 
para indicar um morfema de gênero feminino. Outras línguas oferecem outras 
escolhas decorrentes de seus sistemas lingüísticos. 
Dá-se pouca ênfase a esse conhecimento, já que o alvo é em compreensão 
geral e no envolvimento na negociação do significado. Aprender a se engajar no 
discurso por meio de língua estrangeira, desconhecendo certos itens nesse nível, é 
parte que o aluno terá de aprender a fazer. Ou seja, terá de operar na língua estrangeira com 
um certo nível de imprecisão em relação ao significado, o que não é, aliás, muito diferente do que faz 
como usuário de sua língua 
materna em muitas situações de uso. 
 Segue abaixo alguns conteúdos relativos ao conhecimento sistêmico: 
 
▪ Atribuição de significado a diferentes aspectos morfológicos, sintáticos e 
fonológicos; 
▪ Identificação de conectores que indicam uma relação semântica; 
▪ Identificação do grau de formalidade na escrita e na fala; 
 
 
 
32 
▪ Reconhecimento de diferentes tipos de texto a partir de indicadores de 
organização textual; 
▪ Compreensão e produção de textos orais com marcas entonacionais e 
pronúncia que permitam a compreensão do que está sendo dito. 
 
 O conhecimento de mundo se refere ao conhecimento convencional que as 
pessoas têm sobre as coisas do mundo, ou seja, coisas que compõe seu dia a dia. 
Esse tipo de conhecimento tem um papel importante no processo de aprendizagem 
de um aluno de Língua Estrangeira, pois a ausência de conhecimento de mundo 
pode apresentar grande dificuldade no engajamento discursivo, principalmente se 
não dominar o conhecimento sistêmico na interação oral ou escrita na qual tiver 
envolvido. Porque a dificuldade para entender a fala de alguém sobre o assunto que 
desconheça pode ser maior, mas se aluno tiver conhecimento sobre o assunto sua 
dificuldade será diminuída. E não é comum vincular-se a práticas interacionais orais 
e escritas que não sejam significativas e motivadoras para o engajamento discursivo. 
 Seguem possíveis aspectos de conhecimento de mundo sobre os quais se pode apoiar a 
aprendizagem de Língua Estrangeira: 
 
▪ Utilização como recurso necessário e primordial para usar a língua 
estrangeira tanto na modalidade escrita quanto na oral; 
▪ Utilização para reflexão sobre outras culturas, hábitos e costumes. 
 
 Os conteúdos referentes ao conhecimento de mundo podem estar 
relacionados: 
 
▪ À vida das crianças na escola, aos problemas de locomoção até a escola, à 
vida em família, às atividades de lazer com os amigos, aos problemas da 
cidade, do estado e do país em que vivem; 
▪ À determinação da divisão do trabalho em casa, com base nas identidades 
sociais de meninos e meninas, à convivência entre meninos e meninas, ao 
respeito às diferenças entre as pessoas (do ponto de vista étnico ou de tipo 
físico, por exemplo), a problemas ecológicos na cidade em que vivem, aos 
direitos e responsabilidades do aprendiz e do cidadão; 
 
 
 
33 
▪ À convivência entre meninos e meninas na cultura da língua estrangeira; à 
vida na escola em outro país; aos direitos conseguidos pelas mulheres em 
outros países; à organização das minorias (étnicas e não-étnicas) em outras 
partes do mundo; à visão da cultura da língua estrangeira como múltipla; 
▪ À organização e à ética política em outros países; às campanhas de 
esclarecimento sobre a Aids em outras partes do mundo; à questão da opção 
sexual em outros países etc. 
 
 Seguindo essas instruções acima, pouco a pouco, o aluno se aproxima das 
realidades dos países da língua estrangeira que está sendo aprendida. 
 O conhecimento da organização textual engloba as rotinas do usuário de 
uma língua interacionais que as pessoas usam para organizar a informação em 
textos orais e escritos. Por exemplo, para dar uma aula expositiva é necessário o 
conhecimento de como organizar a informação na interação, que é de natureza 
diferente da organização da informação em uma conversa. Em uma aula expositiva, 
há toda uma preocupação em organizar a fala para a introdução ao assunto, para 
seu desenvolvimento e sua conclusão, para facilitar a compreensão do aluno. Já em 
uma conversa informal, essa preocupação não está presente. 
 
 O aluno utilizará o conhecimento de tipos de texto, conforme abaixo: 
 
▪ Na leitura, na escrita e na produção e compreensão da fala; 
▪ No reconhecimento e na compreensão da organização textual; 
▪ No reconhecimento da função social do texto; 
▪ Na participação de interações de natureza diversas (diálogos,apresentações 
orais etc.). 
 
 A determinação dos conteúdos referentes a tipos de texto (orais e escritos) se 
pauta por tipos com os quais os alunos nessa faixa etária estão mais familiarizados 
como usuários de sua língua materna: 
 
 
 
 
34 
▪ Pequenas histórias, quadrinhas, histórias em quadrinhos, instruções de jogos, 
anedotas, trava-línguas, anúncios, pequenos diálogos, rótulos de 
embalagens, cartazes, canções, pequenas notícias; 
▪ Entrevistas, programação de TV, textos publicitários, cartas, reportagens, 
classificados, poemas, editoriais de jornal, artigos jornalísticos, textos de 
enciclopédias, verbetes de dicionários, receitas, estatutos, declarações de 
direitos. 
 
 De acordo com os PCN-LE ( 1998) esses conhecimentos devem ser usados 
juntos na construção social do significado na língua estrangeira, para atingirem suas 
propostas comunicativas. Facilitando para seus alunos engajamento discursivo. 
 No processo de construir conhecimento o aluno se baseia no conhecimento 
que já tem mesmo na aprendizagem da língua estrangeira, pois ele se baseia nos 
textos orais e escritos de sua língua materna. Conforme nos aponta os PCN: 
 
No que se refer aos conhecimentos que o aluno tem de 
adquirir em relação o à língua estrangeira, ele irá se 
apoiar nos conhecimentos correspondentes que tem e 
nos usos que faz deles como usuário de sua língua 
materna em textos orais e escritos. Essaestratégia de 
correlacionar os conhecimentos novos da língua 
estrangeira e os conhecimentos que já possui de sua 
língua materna é uma parte importante do processo de 
ensinar e aprender a Língua Estrangeira. Tanto que 
uma das estratégias típicas usadas por aprendizes é 
exatamente a transferência do que sabe como usuário 
de sua língua materna para a língua estrangeira. 
 
 No aspecto sociointeracional da aprendizagem deve-se levar em conta a 
forma de se estar no mundo como alguém situado em uma instituição, na cultura e 
na história. ( Villani, 2006, 158). 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
Considerações Finais 
 
 Vygotsky, com sua teoria sociointeracionista nos ensina que há mais do 
que necessidades físicas que nos impedem de nos desenvolvermos cognitivamente, 
essa evolução dá-se também por meio da comunicação, o que é exatamente o foco 
desse trabalho, ou seja, o inglês nos ultimos tempos passou a ser uma ferramenta 
indispensável à comunicação, tanto verbal quanto escrita e digital, por todos os 
lados e em todos os meios é ele quem rege as ordens, portanto, continuar 
negligenciando seu estudo é como permitir que nossos alunos permaneçam em uma 
espécie de analfabetismo funcional, como se conseguissem ler, mas não 
compreendessem o que lêem. 
 Consideramos, pois, que para um melhor desenvolvimento durante às aulas, 
os alunos (aprendizes) devem ter um contato de interação entre si e com o 
professor, no entanto, existem diversos fatores a serem estudados além da simples 
interação. É necessário criar um elo que vá além do professor x aluno, é preciso 
chegar a comunidade como um todo. 
 Há a necessidade de empenho e criatividade durante às aulas, uma 
necessidade crescente de professores que se importem com o desenvolvimento de 
seus aprendizes e ainda mais, com seu próprio desenvolvimento, aperfeiçoando-se 
e trazendo para si e para as próximas gerações métodos transformadores, e estudos 
profundos sobre maneiras mais eficazes de ensino aprendizagem. 
 Deixo meu trabalho como algo a acrescentar na maneira de olhar o 
ensino aprendizagem e metodos usados da lingua inglesa no Brasil. 
 
 
 
 
 
36 
Referências 
 
 
 
1. ALMEIDA FILHO, José Carlos P. Dimensões Comunicativas no Ensino de 
Línguas. 2ed. Campinas: Pontes, 2000 
2. ANTUNES, Celso. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. Rio 
de Janeiro: Vozes, 1998. 
3. ANTUNES, Celso. Relações Interpessoais e Auto-estima. Petrópolis, Editora 
Vozes, 2003. 
4. BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e 
Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais, códigos e suas tecnologias. 
Língua estrangeira moderna. Brasília: MEC, 1999 
5. BRASIL. Ministério da Educação e Secretaria de Educação Fundamental. 
Parâmetros Curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino 
fundamental: Secretaria de Educação, Brasília, MEC/SEF, 1998 
6. BRASIL. Ministério da Educação e Secretaria de Educação. Parâmetros 
Curriculares Nacionais – PCN Ensino Médio. Brasília: MEC; SEMTEC, 2002. 
7. BRYDON, D. Local Needs, Global Contexts: Learning New Literacies. In: 
Maciel, R.F. e Araujo, V. de A. Formação de Professores de Línguas: 
Ampliando Perspectivas. Jundiaí, Paco Editorial 2011, p. 93-109. 
8. CELANI, M. A. A. 2009. Não há uma receita no ensino de língua estrangeira. 
In Revista Nova Escola. Maio. Editora Abril 
9. ELLIS, R. The study of second language acquisition. 4. Ed. Oxford University 
Press, 1996 
10. http://www.webartigos.com/articles/3657/1/A-Importancia-Do-Ensino-Da-
Lingua-Inglesa-No-Ensino-Fundamental/pagina1.html#ixzz15rrqarVi 
(20/11/2010) 
11. Lara, William. Relações do Ensinar ( Textos reunidos) Ed. Paulus, 2004 
12. LEARNING: THE TREASURE WITHIN ( 1998) 
13. Maluf, Ângela C. M. Brincar Prazer e Aprendizado. Petrópolis, RJ: Vozes,2007 
14. Santos, Sebastião. Manual Prático para O Ensino de Inglês, Ed. Tecnoprint 
S.A. 1980 
15. SKINNER, B. F. Tecnologia do ensino. São Paulo: EPU, 1972. 
16. TEIXEIRA, Carlos E. J. A ludicidade na escola. São Paulo: Loyola, 1995. 
 
 
 
37 
17. VILLANI, F. L. 2006. A Formação do professor de Línguas: Interação entre o 
Saber e o Fazer, Ed. Andross, São Paulo. 
18. VILLANI. F.L. 2008. Revista Multiplas Leituras. Ed. 2. 2008. Universidade 
Metodista. São Paulo. 
19. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 
1994.

Continue navegando