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Prop. Cirúrgica – Sistema Genito Urinário Maria Clara Tosatto – T4a Síndromes urológicas o Síndrome álgica: Renoureteral, dor testicular o Síndrome infecciosa: renal (pielonefrite), cistite (inflamação da bexiga), uretrite o Sistema reprodutor masculino: prostatite, epididimite, torção testicular, orquite o Síndrome hemorrágica: hematúria (total, terminal, inicial) Sintomas urinários o Disúria: emissão de urina com diferentes graus de desconforto (inflamações) o Polaciúria: aumento da frequência das micções o Poliúria: aumento do volume urinário (superior a 200ml/dia) o Oligúria: diminuição da diurese o Anúria: ausência total de urina o Urgência miccional: desejo forte, súbito e irrefreável de urinar o Esforço: condição em que se usam recursos auxiliares para urinar o Retenção urinária: incapacidade de eliminar a urina acumulada na bexiga o Incontinência: perda involuntária de urina o Pneumatúria: emissão de gases pelo trato urinário (causado por infecções do trato alto ou fistulas) o Noctúria: micção noturna o Nictúria: predomina o volume urinário à noite o Enurese: micção involuntária (durante o sono) em crianças com mais de 3 anos Disúria o Micção acompanhada de dor o Ao final da micção, chama-se estrangnúria; geralmente por problema vesical o No inico da micção sugere problemas uretrais Esforço urinário o Pode ser inflamatório, neurogênico, infeccioso, o mais comum é obstrutivo o Alteração do jato (relacionado ao obstrutivo) o Jato de início fraco o Inicia forte e fica fraco logo Retenção urinária o Infância: ureterocele em meninas, válvula de uretra posterior em meninos o Adulto: problemas prostáticos (homens) e uretrais o Medicamentos: descongestionantes nasais, antigripais, dilatadores de pupila Alterações das características da urina o Turbidez o Coloração: translúcida, amarela, vermelha (hematúria), coca cola (colúria; pode representar problema muscular, como a miólise em atletas), esverdeada (por medicamentos), laranja (remédio Piridium), azul (medicamentos, como azul de metileno) o Espuma o Uretrorragia: perda de sangue através do meato uretral externo; fora da micção Hematúria o em homens com menos de 20 anos: anomaia congênit, glomeronefrite, infecção urinária o Homens de 20 a 40 anos: infecção urinária, litíase renal, tumor de bexiga (mais frequente acima dos 40) o Homens de 40 a 60 anos: tumor de bexiga, litíase renal, infecção urinaria o Mulheres de 40 a 60 anos: infecção urinária, litíase renal, tumor de bexiga o Homem acima de 60: doença de próstata, tumor de bexiga ou infecção urinária o Mulheres acima de 60 anos: tumor de bexiga ou infecção urinária o Momento inicial: origem uretro-cérvico- prostática o Momento final: origem vesical o Momento total: origem renal ou ureteral o Associada à dor: inflamação ou obstrução do trato urinário (associada à pedras) o Hematúria com coágulos: sangramento maior há necessidade de realizar cistoscopia Febre o Pielonefrite, epididimite e prostatite o Ausente em cistites o Intensa, de inicio súbito, acompanhada de calafrios e de tremores o Presente em tumores renais o Na infância, geralmente reflete acometimento do trato urinário Dor o Causas: inflamação, obstrução e infiltração (mais raro e comum em tumores) o Contínua (inflamação) ou intermitente (cólicas por obstrução) o Localização: se é alta ou baixa, lombar, flando, fossa ilíaca, suorapúbica/hipogastro/baixo ventre o Irradiação: se vai para lombar-fossa ilíaca, escrotal, membro inferior o Intensidade o Fatores desencadeantes Dor renal o Localiza-see no ângulo costovertebral ipsilateral – lateral ao musculo sacroespinal abaixo da 12 costela o Irradiação: trajeto do ureter, à região umbilical e até aos genitais (testículoas e grandes lábios) o Não cruza a linha média, salvo doença bilateral o Não irradia para glúteos e coxa, normalmente o Continua (inflamação) e cólica (obstrutção) Dor prostática o Habitualmente decorre de inflamação, de edema e de distensão de sua cápsula, localizando-se normalmente no períneo, embora possa ser referida na área sacral, inguinal ou genital o Frequentemente, associa-se a sintomas miccionais, predominantemente de armazenamento, podendo provocar retenção urinária o Pode doer ao urinar e evacuar o Pode haver hemoesperma o Pode causar retenção Dor testicular o Na puberdade, dor testicular costuma ter aparecimento súbito, acompanhada ou não de aumento no volume do escroto o Causas: processos infeccioso (como orquiepididimite, fliculo piloso infectado, gangrena de Fournier), torção do funículo espermático, dor escrotal crônica (como hérnia inguinal, hidrocele, varicocele) o Impõe-se diagnóstico diferencial, com frequência difícil: na dúvida, é menos grave operar uma orquiepididimite do que não intervir numa torção Dor peniana o Flacidez: secundário a inflamação da bexiga e uretra, com reflexo para meato uretral externo o Ereção: doença de peyronie (fibrose no corpo do pênis, e quando está túrgido ele é esmagado pela fibrose), priapismo (ereção involuntária dolorosa) o Parafimose Sintomas obstrutivos o Diminuição da força do jato o Hesitação miccional: demora para o início da micção o Intermitência: ato involuntário de interromper e reiniciar o Gotejamento terminal: perda após o final da micção – resíduo na uretra bulbar ou prostática o Retenção urinária Incontinência o Perda involuntária de urina o Continua: fistula ou ureter ectópico o No esforço: tossir, espirrar, exercícios físicos – aumento da pressão abdominal o Em repouso: espasmo vesical, instabilidade do detrusor o Diferente de urgência miccional: quando ao extremo, pode levar à incontinência o Incontinência urinária por transbordamento: secundária à retenção urinária crônica e avançada, grande volume residual da bexiga, bexiga sempre distendida Uretrorréia o Corrimento uretral: uretrite; caracterizado por gota matinal purulenta (uretrite gonocócica) o Sangramento: carcinoma de uretra, por trauma (uretrorragia) Antecedentes pessoais o Diabetes mellitus: disfunção autonômica, alterações urinárias e de função sexual o Tuberculose: função renal, obstrução uretral e UTIs o Hipertensão arterial: disfunção sexual e uso de medicamentos o Doenças neurológicas o Anemia falciforme: necrose papilar e priapismo o Tabagismo: risco de câncer urotelial de bexiga, doenças vasculares periféricas e disfunção erétil o Alcoolismo: neuropatia periférica e autonômica, disfunção hepática, redução de testosterona, atrofia testicular e perda de libido o Doenças genéticas: renal policística o Esclerose tuberosa, doença de von hippel- lindau, acidose tubular renal e cistinúria o História familiar: urolitíase o Câncer de próstata: 8 a 10% com história familiar Exame físico o Inspeção: posição antálgica, abaulamento em hipogastro/baixo ventre, testículo horizontalizado, bolsa escrotal aumentada, hematoma escrotal o Ausculta o Percurssão o Palpação: manobra de Israel (decúbito lateral), método de Goelet (polo renal inferior direito) Bexiga o Normalmente não palpável o Somente se estiver distendida e ultrapassar a sínfise púbica (mais de 200ml) Bolsa escrotal o Testículo tem que ser firme o Teste da transluscência o Torção de testículo: manobra de Prehn (piora da dor com elevação do testículo afetado), sinal de Angel (posição horizontalizada do testículo contralateral) o Diagnósticos diferenciais: orquite, epididimite, a dor piora progressivamente Genitália masculina o Maioria dos tumores desenvolve-se na glande e no prepúcio em pacientes não circuncidados o Inspecionar toda a pele: lesão neoplásica/ DSTs o Examinar aglande: retrair o prepúcio. Observar fimose o Expressão uretral: gonorreia (corrimento abundante com disúria), outras: fluido claro e sem disúria o Palpação: doença de peyronie (espessamento fibroso que contrai e deforma o pênis) o Mal formações: hipospádia/ epispádia (canal da uretra alongado e exposto) e fimose Toque retal o EDR = exame digital retal o Sempre no final do exame físico o Inspeção: descartar hemorroidas e fissuras anais o Luva de procedimento o Lubrificante o Palma da outra mão sobre o abdome do paciente o Todo homem com mais de 40 anos ( com histórico de adenocarcinoma de próstata) ou acima de 45 anos o Introduzir dedo-tônus do esfíncter anal o Introduzir o dedo mais profundo possível e avaliar a ampola retal o Próstata: 3 a 4cm do ânus, semelhante à uma castanha, triangular com vértice dirigido para baixo e base superior o Consistência elástica EDR/ Toque prostatite o Febre o Dor perineal, disúria, dor pra evacuar o Próstata dolorosa o Amolecida o Áreas de flutuação (abscesso) Toque – hiperplasia prostática benigna o Consistência elástica e firme o Indolor o Tamanho aumentado – pouco, moderado, severo o Nodulações o Desaparecimento do sulco mediano Toque – carcinoma de próstata o Consistência endurecida, lenhosa, nódulos, áreas ou todo o órgão o Superfície irregular o Tamanho normal ou aumentada o Exame bi manual da bexiga Exame físico – pelve feminina Posição ginecológica Genitália externa e introdutório vaginal: atrofia, ulcerações, prolapso de mucosa Manobra de valsava: cistocele Exame de urina Quatro tipo de coletas diferentes: VB1 (os primeiros 5 a 10 ml inicialmente urinados) – representa a flora uretral, VB2, VB3, VB4 Densidade – varia de 1001 a 1035, reflete a hidratação do paciente, condições que baixam a densidade (uso de diuréticos, diabetes e ingesta hidríca), condições quenauamentam a densidade (febre, vômitos, desidratação, sudorese) Ph: Normal de 5,5 a 6,5 Glicose e corpos cetônicos: rastreamento de diabetes mellitus
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