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ANTIINFLAMATÓRIOS (AINES E AIES) Maria Clara Tosatto t4a (Osasco) Principais grupos Fármacos que inibem a enzima COX: anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs)o o Os glicocorticoides (AIEs – aintiinflamatórios estoroidais) o Fármacos antirreumáticos: antireeumáticos modificadores da doença (ARMDs), incluindo alguns imunossupresseroes o Outros fármacos que não pertencem a esses grupos, incluindo fármacos usados para controlar a gota o Na inflamação ocorre vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular e ação de citocinas nos nociceptores o Prostaglandinas: mastócitos e leucócitos – vasodilatação, dor e febre o Leucotrienos: mastócitos e leucócitos – aumento da permeabilidade vascular, quimiotaxia, adesão e ativação de leucócitos Eicosanoides o São derivados lipídicos que tem papel na sinalização para regulação da homeostase e da inflamação; são eles os leucotrienos, prostaglandinas e tromboxanos o A partir de fosfolipídios de membrana ocorrerá uma clivagem através da fosfolipase PLA2 e a partir dessa clivagem e degradação se originará o ácido araquidônico (tem função de atividade de segundo mensageiro) e sofre ação da lipoxigenase originando os leucotrienos ou das COXs tendo a produção de prostaglandinas e tromboxanos. Essas substâncias são parácrinas (atuam nas células vizinhas) solúveis em lipídeos Visão geral do mecanismo dos AINEs e AIEs o Quando ácido aracdônico é clicado ele se transforma em ciclo-oxigenase e 5- Lipoxigenase o A ciclo-oxigenase sofrerá ação das prostaglandinas, se tornando protaciclina PGI2 (causa vasodilatação, inibe a agregação de plaquetas) e de tromboxano (causa vasoconstrição, promove a agragação plaquetária) o Já as prostaglandinas PGD2 e PGE2 levam a vasodilatação e permeabilidade vascular aumentada o Os corticoides inibirão fosfolipases PLA-2 o Enquanto inibidores COX-1 e COX-2, aspirina, indometacina inibirão a ciclo- oxigenase o Estimulo fisiológico ativa COX-1 que ativará tromboxanos, prostaglandinas I2 e E2 o Estímulo inflamatório ativa COX-2 que ativará prostaglandinas e outros mediadores inflamatórios, expressão constitutiva nos rins, PGI2 e SNC Funções fisiológicas dos prostanoides o Prostaglandina E2 e I2 têm função de citoproteção gástrica, através do aumento de muco estomacal e diminuição da secreção de HCl e diminui o fluxo sanguíneo o Prostaglandina F-2alfa tem papel na contração uterina o Efeito renal: autorregulação do fluxo sanguíneo renal; pois a prostaglandina E2 mantém a vasodilatação compensatória na arteríola aferente em resposta à norepinefrina ou angiotensina 2 Coagulações o Tromboxanos (plaquetas): indutor da coagulação, pró-coagulante o Prostaglandina I2 (endotélio vascular): inibidor da coagulação, anti-coagulante Considerações gerais o Fármacos que apresentam propriedades analgésicas, antipiréticas e anti- inflamatórias usado no tratamento dos sintomas da inflamação (febre) o Indicações: alívio de febre, dor e edema nas artropatias crônicas e inflamações agudas, dores pós-operatórias, odontológicas e menstruais; alívio de cefaleias e enxaqueca o Diferem: potência da inibição das COXs, farmacocinética e tolerabilidade o São geralmente inibidores COMPETITIVOS reversíveis rápidos de COX-1 o A inibição de COX-2 é mais dependente do tempo e costuma ser IRREVERSÍVEL o Inibidores seletivos da COX-2: grupos laterais volumosos o Outros efeitos: removem espécies reativas de oxigênio (ROS) produzidos por neutrófilos e macrófagos Efeito antipirético o Diminuição da PGE2 no hipotálamo o Retorno ao ponto de ajuste hipotalâmico para controle da temperatura o A IL-1 inibe a síntese de PGE2 no hipotálamo o Efeito antipirético: anti-inflamatório atuar sobre a temperatura Classificação o Quanto as ações ou às classes químicas o Classe química: salicilatos, ácidos acéticos, ácidos propiônicos, oxicans, fenamatos, inibodores da COX-2 o Atípicos: AAS, paracetamol, dipirona. O que predomina nessa classe são os efeitos anti-piréticos e analgésicos o Típicos: não seletivos (coxibes) e não seletivos. Tem um bom efeito anti- inflamatório, antipirético e analgésico Usos clínicos o Analgesia (cefaleia, dismenorreia, lombalgia) o Uso por curto prazo: ibuprofeno, diclofenaco o Dor crônica: fármacos mais potentes e com duração de ação mais prolongada (naproxeno, piroxicam), geralmente combinados com um opióide fraco (tramadol e codeína) o Para reduzir a necessidade de opióides o Alívio sintomático em desordens musculoesqueléticas e distúrbios de partes moles o Antitrombótico: aspirina, para pacientes com alto risco de trombose arterial (ex: após infarto do miocárdio) o Outros AINEs, que causam inibição menos profunda da síntese de tromboxano plaquetário do que aspirina, aumentando o risco de trombose e devem ser evitados em indivíduos de alto risco Efeitos adversos o Idosos e uso por tempo prolongado aumenta a probabilidade dos efeitos adversoso o Efeitos no TGI, rins, fígado, baço, sangue e medula óssea o Formação de úlceras no caso de uso contínuos Efeitos no TGI o Incidência: 15 a 46% dos usuários o Desconforto gástrico, constipação, náuseas e vômitos e, em alguns casos, hemorragia e ulcerações gástricas o Pode ocorrer também lesão do intestino delgado o Risco maior nos infectados por H. pylori, consumo excessivo de álcool ou presença de outros fatores de risco para a lesão da mucosa gástrica Efeitos renais o O risco de insuficiência renal aguda é maior em recém-nascidos e idosos, assim como em pacientes com doenças cardíacas, hepáticas ou renais ou com redução do volume de sangue circulante o Aumento da retenção de sódio e água = efeito hipertensivo o Interação com anti-hipertensivos e diuréticos o Efeito da prostaglandina E2 sobre as arteríolas para vasodilatação, porém os AINEs inibem a síntese de prostaglandinas, deixando com que ocorra vasoconstrição livremente Efeitos cardiovasculares o Com a exceção da aspirina em caixa dose, os efeitos cardiovasculares adversos são comuns a todos os AINEs, especialmente no seguimento de uso prolongado (meses-anos), ou em pacientes com risco cardiovascular pré-existente o Naproxeno parece promover cardioproteção em alguns indivíduos o Inibidores seletivos da COX-2 aumentam o risco de trombose, AVC e infarto do miocárdio, pois inibem PGI2, mas não inibem tromboxanos (remédios: Celecoxibe, Etoricoxibe e Parecoxibe) Outros efeitos o Distúrbios hepáticos, depressão da medula óssea (relativamente incomuns) o Broncoespasmo, observado em asmáticos sensíveis à aspirina o Hipersensibilida: asma, urticária, angioedema o Superdosagem com paracetamol: insuficiência hepática o Prolongamento do sangramento: aspirina é a mais problemática o Rashes cutâneos – vão desde reações eritematosas leves, urticária e fotossensibilidade até doenças mais graves, como a sídrome de Stevens-Johnson (um rash bolhoso que se estende para o intestino) o Nefropatia associada a analgésicos Ácido acetil salicílico o É um dos mais consumidos em todo o mundo o Inibe COX-1 plaquetária de forma irreversível, ou seja, possui um efeito mais duradouro o Cerca de 25% eliminada de forma inalterada (alcalinização da urina acelera a eliminação) o Pacientes que fazem uso de AAS em baixas doses (3º a 100mg) o Efeito antiinflematório em altas doses (1g, 4 a 6 horas) o AAS age em lipoxinas diminuindo a inflamação o Usos clínicos: cefalei, atipirético de efeito rápido, lombalgia, dor artrítica de pequena intensidade o Pessoas que sofreram eventos trombóticos: IAM, AVC, TEP o Pacientes com alto risco de trombose: com fibrilação atrial, ataque isquêmico transitório o Uso crônico de AAS: quando precisa de cirurgia, suspender o uso 10 dias antes do procedimento mais ou menos o Contra indicado em caso de suspeitade dengue, devido a chances de hemorragia e poder anti agregação plaquetária o Com grandes doses: tonturas, surdez e tinido (salicilismo) o Com doses tóxicas: pode ocorrer acidose respiratória e metabólica, particularmente em crianças o A aspirina está vinculada a uma encefalite pós viral rara, porém grave (sóndrome de Reye) em crianças e jovens Paracetamol o Não compartilha efeitos gástricos ou plaquetários adversos dos outros AINEs o Administrado por via oral e metabolizado no fígado. Dose máxima: 4g/dia o Doses tóxicas causam lesão hepática potencialmente fatal por saturação das enzimas de conjugação o Administração precoce de agentes que aumentam a glutationa (acetilcistepina intravenosa ou metionina oral) podem impedir a lesão heptática Dipirona o Chance (remota) de causar: agranulocitose (redução de neutrófilos, basófilos, eosinófilos), aplasia medular (deficiência medular) o Semelhante ao paracetamol, sem risco elevado de lesão hepática grave AINES típicos o Ibuprofeno é seguro para crianças, mas tem preferência a dipirona, paracetamol o Diclofenaco tem tempo de meia vida de 1,1 horas, ibuprofeno tem 2h e piroxicam (feldene) 57h Coxibes o Celocoxibe, etoricoxibe, parecoxibe o Inibidores seletivos da COX-2 o Úlceras pré-existentes x risco cardiovascular o Indicações: osteoartrite, artrite reumatoide, lombalgia, dor pós-operatória, dismenorreias o Não utilizar em pacientes com insuficiência cardíaca grave, cardiopatias isquêmicas, propensão a trombos
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