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TRABALHO ADMINISTRAÇAO DA EBD IBBA

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INSTITUTO BATISTA BÍBLICO DO AMAZONAS
IBBA
 Curso de Capacitação para Professores e LÍderes da ebd
	
 MANAUS
 2021
2
INSTITUTO BATISTA BÍBLICO DO AMAZONAS
IBBA
ROSICLEA MOTA DE SOUSA 
 ADMINISTRAÇÃO DA ESCOLA BIBLICA DOMINICAL
Trabalho apresentado à disciplina, Administração da Escola Dominical do Instituto Batista Bíblico do Amazonas, Professor Roberval Silva, no Curso de Capacitação para professores e líderes da EBD para obtenção de nota.
 MANAUS
2021
INTRODUÇÃO
Este trabalho abordará os seguintes temas:
O Superintendente da Escola Bíblica Dominical, suas qualificações espirituais, suas obrigações. O que ele deverá fazer para o bom andamento da EBD, em relação aos professores, alunos e igreja.
O Professor da Escola Bíblica Dominical. Suas qualificações espirituais, suas obrigações em relação aos seus alunos, em relação a sua vida pessoal e a igreja.
A Música na Escola Bíblica Dominical.
A música como forma de adoração no Antigo e no Novo Testamento.
A música como forma de ensinamento bíblico.
A importância da música congregacional.
1. O SUPERINTENDENTE DA ESCOLA DOMINICAL
DEFININDO O TERMO “SUPERINTENDENTE”
A palavra superintendente é originária do latim, e significa aquele que superintende. Ou seja: aquele que dirige na qualidade de chefe, que inspeciona e supervisiona. Como sinônimos de superintendente, podemos listar também estes substantivos: administrador, dirigente, inspetor e intendente, ele gerencia, preside, supervisiona, inspeciona, fiscaliza, lidera, gerencia etc. 
Superintender é exercer a função básica de manter a EBD funcionando perfeita e harmoniosamente para que esta venha alcançar todos os seus objetivos, dando suporte aos professores e alunos, visando à organização, observando as metodologias de trabalho de cada professor e suas habilidades, observando quais as necessidades de melhorias em sua capacitação, fazendo investimentos em cursos de aprimoramento para professores, investindo ainda em material pedagógico que são de grande importância para o desenvolvimento das aulas, planejando e definindo objetivos. Dessa forma contemplaremos os frutos que aparecerão a cada aula, e a cada tema ministrado com amor e responsabilidade.
Ser superintendente de uma Escola Bíblica Dominical (EBD) é uma grande responsabilidade para a pessoa que se dispõe ao trabalho, pois não se trata somente de um mero dirigente da EBD, mas, sim, um gestor de um dos departamentos mais importantes da igreja.
Para estar à frente deste departamento é necessária uma busca constante pela excelência no trabalho e isso vale tanto para os veteranos quanto para os que estão iniciando na função. A cada ciclo que se inicia os desafios também se renovam, bem como professores, alunos, etc.
1.1 QUALIFICAÇÕES ESPIRITUAIS DO SUPERINTENDENTE DA EBD
1.1.1 AUTÊNTICA CONVERSÃO A CRISTO 
Seria desnecessário reprisar aqui ser a conversão imprescindível para o superintendente de Escola Dominical. Infelizmente, não são poucos os que se dizem operários do Senhor, mas ainda não tiveram uma real experiência com a sua obra redentora. Requer-se, pois, tenha o superintendente de Escola Dominical uma autêntica experiência de salvação. Afinal, terá ele de dirigir uma agência, cujo principal objetivo é justamente propagar a Cristo como o Salvador do mundo. Por isso, tem de ser ele plenamente convertido. A conversão, portanto, é a mudança que Deus opera na vida do que aceita a Cristo como o seu Salvador pessoal, modificando-lhe inteiramente a maneira de ser, pensar e agir. É o lado objetivo e externo do novo nascimento. Por intermédio dela, o pecador arrependido mostra ao mundo a obra que Cristo operou em seu interior: a regeneração. (2 Co 5:17)
1.1.2 BOM TESTEMUNHO 
A principal evidência da conversão é a qualidade da vida espiritual, moral e social que o pecador passa a ter logo após haver recebido a Cristo como Salvador. Quem já aceitou a Cristo, deve andar como Cristo andou (1 Jo 2.6). A isto chamamos bom testemunho. É a forma como o novo crente porta-se diante do mundo, da Igreja e do próprio Deus. Biblicamente, o bom testemunho é sinônimo de novidade de vida. Eis o que escreveu o apóstolo: "Fomos, pois, sepultados com ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida" (Rm 6.4).
 1.1.3 AMOR À PALAVRA DE DEUS
Amar a Palavra de Deus! Deve esta ser uma das principais características do superintendente da Escola Dominical. Porque estará ele a dirigir um educandário que tem como livro de texto justamente a Bíblia Sagrada. Se não amar o Livro dos livros, como induzirá os professores e alunos a andarem de conformidade com os preceitos dos profetas e dos apóstolos de Nosso Senhor? Amar a Palavra de Deus requer nos mantenhamos em permanente contato com ela. Leiamo-la todos os dias; estudemo-la sistemática e devocionalmente. Ensinemo-la a tempo e a fora de tempo. De quem a ensina, demanda-se uma singular intimidade com os seus preceitos e doutrinas. Cantava o salmista Davi: "Oh! quanto amo a tua lei; é a minha meditação todo o dia" (SI 119-97).
1.1.4 VIDA DEVOCIONAL 
Além da leitura bíblica diária, devocional e sistemática, haverá o superintendente da Escola Dominical de manter uma vida de oração e exercícios espirituais regulares. Terá ele de ser um homem em tudo piedoso e santo. O que é a vida devocional? Entendemos por vida devocional aquela aproximação diária e constante do crente com Deus, que o leva a tornar-se parecido com o seu Senhor. Vida devocional é o exercício da piedade: "Exercita-te a ti mesmo na piedade" (1 Tm 4.7). A vida devocional envolve a oração, a disciplina mental e um comportamento pessoal, familiar e social irrepreensível. Oração. Só obteremos êxito em nossa carreira espiritual se encararmos a oração com seriedade.
1.1.5 DEDICAÇÃO AO ESTUDO 
Além do amor que deve ter o superintendente pela Palavra de Deus, haverá ele de demonstrar muita dedicação ao estudo. No entanto, volto a frisar: o seu interesse supremo tem de estar centrado nas Sagradas Escrituras. Se não as ler cotidianamente, se não as estudar de maneira regular e sistemática, não poderá jamais assumir semelhante cargo; a Escola Dominical outra coisa não é senão uma escola que se dedica ao estudo da Palavra de Deus.
1.2 OBRIGAÇÕES DO SUPERINTENDENTE
1.2.1 PONTUALIDADE 
A pontualidade um dos mais requisitados deveres do superintendente da Escola Dominical. Cultive este hábito; dele tirará grandes proveitos. Chegue na igreja pelo menos 30 minutos antes de iniciar a escola dominical.
A pontualidade é uma virtude que deve ser valorizada e observada pelo cristão. · A Bíblia nos apresenta a pontualidade dos apóstolos Pedro e João: “Pedro e João subiam ao templo à hora da oração, a nona” - Atos 3:1. A nona hora do dia judaico corresponde às quinze horas do nosso horário.
1.2.3 CONHECER A REALIDADE DA ESCOLA DOMINICAL 
Você conhece a realidade de sua Escola Dominical? Infelizmente, há superintendentes que, embora no cargo há cinco ou seis anos, ainda não sabem sequer os nomes de suas classes. Isso revela, entre outras coisas, desinteresse, apatia. Tem-se a impressão de que o superintendente só se interessa pela Escola Dominical aos domingos. Na segunda-feira, esquece-a por completo.
1.2.4 ZELAR PELO BOM ANDAMENTO DOS TRABALHOS 
Não acho que o superintendente seja um pastor, mas que possui ele um rebanho, não o podemos negar. Mas que jamais venha a prevalecer-se disso. Quando inquirido, não se furte a prestar contas à direção da igreja. Sendo humilde no cargo, jamais será humilhado na função. O superintendente também não é um bispo, mas supervisiona. Não é um evangelista; ai dele, contudo, se não pregar o Evangelho. Não é um presbítero; vêem-no todos, entretanto, como alguém grave, responsável. Não é um diácono; todavia, se não servir eficazmente, como haverá deser contado entre os servos de Deus?
No zelo não sejais remissos. (Rm 12:11).
1.2.5 PROVIDENCIAR OS RECURSOS PARA O BOM ANDAMENTO DOS TRABALHOS.
 Também é sua missão providenciar todos os recursos de que necessita a Escola Dominical. Se esta vier a funcionar deficitariamente, como logrará seus objetivos? Por isso, faça as necessárias provisões. Converse com o seu pastor; pergunte-lhe como serão arrecadados os recursos para prover a Escola Dominical. Em virtude de sua própria natureza, a Escola Dominical exige grandes investimentos: material didático, mobiliário, reciclagem de professores etc. Não espere que os materiais acabem; providencie-os antes.
 1.2.6 DESENVOLVER A ESPIRITUALIDADE DOS ALUNOS E PROFESSORES 
Se o objetivo da Escola Dominical é evangelizar enquanto ensina, conclui-se: sua finalidade é promover o bem-estar espiritual de quantos a frequentam, sejam estes professores ou alunos. Logo, é dever do superintendente envidar todos os esforços, a fim de que professores e alunos cresçam espiritualmente.
Eis algumas sugestões, posto que simples, bastante práticas e úteis:
 1. Comece todas as reuniões com oração
2. Visite os alunos faltosos.
3. Leve seus alunos a ler a Bíblia.
4. Saiba como escolher os professores.
Não se esqueça: o objetivo da Escola Dominical não é preparar intelectuais nem teólogos. Seu objetivo primeiro é equipar os santos; é uma oficina de homens, mulheres, jovens e crianças piedosos. Por isso, promova sempre a espiritualidade de seus alunos e professores. Doutra forma, para que serviria a Escola Dominical?
5. Faça reuniões periódicas com os professores
Reunir com sua equipe é muito importante, não para chamar a atenção ou apontar falhas cometidas por alguém, mas para ser uma troca de ideias. Esteja atento para ouvir o que os outros tem a dizer, promova um espaço democrático em suas reuniões. O superintendente da EBD deve incentivar, inclusive, grupo de estudo dos professores, para que haja debate, troca de conhecimento e ajuda mútua, sempre com o objetivo de glorificar a Deus e também a busca pelo crescimento da Escola Dominical.
6. Conheça os seus visitantes
É muito importante que você saiba exatamente quem são as pessoas que estão visitando a Escola Dominical em sua igreja. Encoraje os membros a convidarem seus amigos e familiares e quando eles estiverem no convívio de sua congregação, faça-os se sentir em casa. Todas as classes têm suas listas de chamadas e nelas são identificadas as pessoas que estão visitando a EBD. Quando estiver fazendo o relatório da Escola Dominical, separe o contato dos visitantes e envie uma mensagem, um e-mail ou faça uma ligação. Pequenas atitudes como esta faz com que o visitante tenha vontade de retornar mais vezes em sua igreja.
7. Saiba lidar com os membros que estão faltando
Acontece em muitos casos das pessoas, por algum motivo, começarem a faltar aos estudos da EBD e isso se torna uma rotina e em muitos destes casos, a igreja não se dá conta, principalmente nas congregações com um grande número de membros e a ausência constante daquele irmão acaba caindo no esquecimento. Não deixe isso acontecer em sua igreja. Analise com calma os relatórios de cada classe e veja se tem algum irmão com um grande número de faltas. Caso encontre alguém nesta posição, entre em contato, marque uma visita, busque entender o que está acontecendo, comunique à liderança da igreja e veja a melhor de forma de assistir ao irmão para que ele seja amparado e também sinta o desejo e alegria para retornar à igreja e aos estudos da Escola Dominical.
8. Ouça o que os alunos e professores tenham a dizer
Uma das principais virtudes dos gestores da EBD, ou seja, os superintendentes, é saber ouvir. Para buscar uma mudança significava e o crescimento da Escola Dominical, é preciso antes de tudo aparecer a ouvir as pessoas. Ainda que discorde da opinião, busque não levar nada para o lado pessoal. Quando há um esvaziamento nas classes, muitas vezes é porque você não parou para escutar o que os alunos ou professores estão sinalizando ou tentando falar. Ouvir o que o outro tem a dizer, é um ato de humildade.
“No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor;”
(Romanos 12:11).
2. O PROFESSOR DA EBD
EBD – ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
A Escola Bíblica é a maior agência de ensino da Igreja. Nenhuma outra reunião tem um programa de estudo sistemático da Bíblia com a mesma abrangência e profundidade. Ajustada a cada faixa etária, desde o maternal até jovens e adultos, possibilita um estudo completo das Escrituras em linguagem acessível a cada segmento, criando raízes profundas na vida de cada um.
“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” (2 TM 2.15)
2.1. QUALIFICAÇÕES ESPIRITUAIS DO PROFESSOR
Vejamos, a seguir, os requisitos exigidos daquele que se propõe a ensinar: 
1. Salvo e seguro. Jo 5:24
2. Membro da igreja At 2:41
3. Crente separado do mundo Rm 2:21
4. Leal e fiel a Cristo – Cl 1:18 e ao Pastor Hb 13:7
5. Faz visitas Tg 1:27
6. Ganha almas Pv 11:30
7. Tem um chamado ou Vocação. É o ato de chamar. É o pendor, a disposição e a pendência para alguma coisa. “Eu, que estou preso por causa do Senhor, exorto-vos a viver de maneira digna da vocação à qual fostes chamados. (Ef 4, 1)”.
8. Amor ao ensino. Não basta ser vocacionado ao ensino; é necessário que se tenha pelo ensino um sacrificado amor. “Fala com sabedoria e ensina com amor”. Pv 31:26
9. Dedicação ao ensino. E a Palavra de Deus nos diz que ao que ensina, esmere-se no fazê-lo (Rm 12:7) e viva o que ensina. I Tm 4:12.
Os chineses têm um ditado que realça a qualidade do professor: "Cem livros não valem um bom professor. “
Jesus saiu outra vez para beira-mar. Uma grande multidão aproximou-se, e ele começou a ensiná-los . Marcos 2:13.
2.2 OS PRINCIPAIS DEVERES DO PROFESSOR
 Além dos requisitos que se demanda de cada professor de Escola Dominical, deve este conscientizar-se de seus principais deveres. Como em toda a escola, cabe ao superintendente levar o corpo docente a cumprir fielmente as suas obrigações. Doutra forma, o grande projeto, que é a Escola Dominical, jamais alcançará seus objetivos.
2.2.1 Preparo da lição. Cada professor deve gastar pelo menos uma hora por dia no preparo de sua lição. Aqueles que só lêem a lição no domingo, minutos antes de ir à Escola Dominical, estão fadados ao fracasso.
 2.2.2 Pontualidade. O professor deverá chegar à Escola Dominical com, pelo menos, trinta minutos de antecedência. Ele poderá, assim, verificar se a sua sala está devidamente preparada. Além disso, disporá de alguns minutos para orar a fim de que Deus o abençoe na ministração da sua aula.
2.2.3 Visitar os alunos. O professor não deve permitir que os faltosos fiquem sem a devida assistência espiritual. Visitando-os em suas lutas e provações, os mestres muito nos ajudarão a viver um grande avivamento espiritual.
2.2.4 Orar pela classe. Os professores devem interceder por suas respectivas classes e pela Escola Dominical como um todo. Sem oração, não pode haver progresso. Aí está a chave da vitória.
2.2.5. Freqüentar a reunião dos professores. Professores devem freqüentar regularmente a reunião promovida pelo superintendente da EBD. É a oportunidade de que você dispõe para neles incutir o espírito de corpo (unidade espiritual) de que deve haver em cada Escola Dominical. Além disso, precisarão observar as orientações didáticas e pedagógicas concernentes às lições a serem ministradas.
2.3. O PAPEL DO PROFESSOR NA ESCOLA DOMINICAL 
 Sendo a Didática a arte e a técnica de transmitir o ensino ou os conhecimentos, o professor tem papel fundamental, no sentido de "estimular, dirigir e auxiliar a aprendizagem. O Professor cristão deve ser um instrumento nas mãos do Espírito Santo, para transmitir a Palavra de Deus. Jesus disse: "Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo" (Mt 19.28).
O professor cristão deve ser amigo, procurando relacionar-se bem com osalunos; deve ser intérprete, traduzindo para os alunos aquilo que lhes é ensinado; planejador, procurando adaptar as lições, os currículos às necessidades dos alunos; aprendiz, estando disposto a colocar-se no lugar dos que querem sempre aprender mais para ensinar melhor.
Além disso, o professor cristão deve ser um EXEMPLO para seus alunos. "Assim falai, assim procedei..." (Tg 2.12). Na escola secular, o professor pode ser um mero transmissor de conhecimentos. Na Igreja, é diferente. O professor tem que ser didático e exemplar.
 2.4 ATITUDES DO PROFESSOR DA EBD
O professor, na igreja, precisa ser "...APTO PARA ENSINAR" (2 Tm 2.24), precisa ser uma pessoa DEDICADA AO ENSINO (Rm 12.7) e, como OBREIRO, precisa apresentar-se "...a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da verdade" (2 Tm 2.15).
Orientador das mentes e vidas dos alunos. Entusiasmado, sincero, humano e otimista;
Ao final de cada aula, sempre fazer a avaliação (perguntas, testes, etc..) Atualizado, não só em termos do que ensina, mas de outras áreas; Não fugir do assunto da lição, contando "testemunhos" e estórias para passar o tempo;
Enriquecer a lição com fatos novos;
Não ler simplesmente a lição diante da classe; seguir o roteiro, comentando e dando oportunidade aos alunos para se expressarem;
Não confiar no improviso; deve ler e PREPARAR a lição com antecedência, conferindo com a Bíblia.
Pontual e assíduo, para não decepcionar os alunos;
  2. 5. COMO O PROFESSOR DEVE VER O ALUNO
 Nas igrejas, é comum o ensino tradicional em que o ALUNO NÃO É O CENTRO do ensino. É por isso que muitos alunos iniciam o ano na Escola Dominical, mas, 3 meses depois, não vão mais à EBD.
É importante que o professor entenda que é um instrumento de Deus a serviço da formação espiritual dos alunos. Estes devem ser o alvo do ensino, e não o professor.
 
2.6. O EXEMPLO DE JESUS COMO PROFESSOR
O Mestre Divino deixou-nos os seguintes exemplos (Manual da EBD, p 165-6):
1) Conhecia a matéria que ensinava (Lc 24.27);
2) Conhecia seus alunos (Mt 13; Lc 15.8-10; Jo 21);
3) Reconhecia o que havia de bom em seus alunos (Jo 1.47);
4) Ensinava verdades bíblicas de modo simples e claro (Lc 5.17-26; Jo 14.6);
5) Variava o método de ensino conforme a ocasião e o tipo de ouvintes, como se pode ver a seguir:
 
Lições práticas (Jo 4.1-42) - falou da água para atrair a mulher samaritana;
Pontos de contato (Jo 1.35-51): o relacionamento entre André, João, Pedro, Filipe e Natanael;
Solução de problemas (Mt 22.15-21). Pediu uma moeda e questionou os deveres para com Deus e as autoridades.
Técnica de perguntas. Jesus fez mais de cem perguntas para levar as pessoas a entender sua mensagem.
Parábolas. O Mestre utilizou grandemente o recurso das parábolas para evidenciar as verdades eternas.
Oportunidades (Mt 26.17-30; Jo 13.1-20). Ele aproveitou a ocasião da Páscoa, e lavou os pés dos discípulos para ensinar sobre sua morte e sobre a humildade do servo.
Trabalho em grupo (Mt 5 a 7; Jo 14 a 17). Tanto pregava a grandes grupos (as multidões) como a pequenos grupos (os discípulos); na casa de Lázaro, Marta e Maria, etc.
  
Ele levava o discípulo a aprender a resolver problemas. Na multiplicação dos pães, Ele disse: "Dai-lhes vós de comer..." (Lc 9.13a). Ele não trabalhava só. Valorizava o GRUPO. Formou um grupo de 12 discípulos para fazer o trabalho com Ele. Incentivava os discípulos a praticar o aprendizado. Enviou 12, de dois em dois; depois, enviou 70, de dois em dois.
 
2.7 OS OBJETIVOS DO ENSINO NA IGREJA
 
Os objetivos do ensino bíblico são:
1) O aluno e suas relações com Deus (Is 64.8);
2) O aluno e suas relações com o Salvador Jesus (Jo 14.6);
3) O aluno e suas relações com o Espírito Santo (Ef 5.18);
4) O aluno e suas relações com a Bíblia (Sl 119.105);
5) O aluno e suas relações com a Igreja (At 2.44; Ef 4.16);
6) O aluno e suas relações consigo mesmo (Fp 1.21; 3.13,14);
 7) O aluno e suas relações com os demais alunos e com as demais pessoas (Mc 12.31).
  
 2.8 O Trabalho do Professor da Escola Dominical.
 
Se você atendeu ao chamado de ensinar em uma classe de Escola Dominical, na verdade você aceitou um grande trabalho, porque este chamado traz consigo o privilégio e a responsabilidade de cooperar com Deus na formação do caráter cristão, e no compartilhamento do conhecimento espiritual. De modo real essa pessoa foi chamada ao ministério. Reconhecendo a importância e a dignidade de seu chamamento, você deve propor-se, com a ajuda de Deus, a conseguir maior e melhor rendimento possível em seu trabalho, fazendo dele uma verdadeira vocação.
Em primeiro lugar, você deve procurar o que não se adquire por mero estudo: os dons espirituais especialmente apropriados ao professor (1 Coríntios 12:7-10, 28). A partir daí, lembrando-se de que Deus sempre opera em colaboração com nossa inteligência, você, como professor, começa seu próprio treinamento, fazendo a si mesmo as seguintes perguntas:
a) Por que ensino? Qual é meu propósito e que objetivo quero alcançar?
Você, professor, precisa ter percepção clara e bem definida do propósito de seu ensino. Só assim poderá ter êxito em seu trabalho. Se não houver um propósito firme e uma preparação prévia, se tudo for deixado ao acaso, assim também serão os resultados de seu ensino. Depois de considerar bem o assunto, o verdadeiro professor espiritual chega à conclusão de que seu trabalho principal e o fim primordial de seu esforço, serão a aplicação das verdades bíblicas para guiar seus alunos a um conhecimento experimental de Cristo; que cada lição seja um instrumento para o crescimento do caráter cristão. Em resumo, seu objetivo principal tem largo âmbito moral e espiritual.
b) A quem ensinarei? Que tipo de alunos receberá meu ensino?
Seu talento e suas condições pessoais, como professor, revelarão se lhe convém mais ensinar aos adultos, aos jovens, aos adolescentes, aos intermediários, aos primários ou às criancinhas.
c) Que ensinarei? Que conhecimento do assunto possuo?
O objetivo principal de seu ensino será, é claro, a Bíblia; por isso deve fazer o máximo que puder para dominar as histórias, as doutrinas, a geografia e os costumes mencionados na Bíblia. "Tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo?" (Romanos 2:21).
O professor não pode compartilhar o que não sabe, não pode explicar o que não compreende, nem pode falar com autoridade se não tiver um conhecimento completo da matéria que ensinará. Se você tem intenção de entregar-se à dura tarefa de ensinar, estude "sem cessar", leia diligentemente acerca de tudo o que a Bíblia ensina em diversos níveis, e faça um estudo sistemático da Palavra de Deus. Certamente este programa significa trabalho duro, mas não se alcança um ensino eficaz e eficiente sem esforço. O verdadeiro professor tem que alcançar os frutos de seu ensino com o suor de seu rosto. No entanto, todo esforço árduo é rico em recompensas.
d) Como ensinarei?
Responder a esta pergunta é de grande importância. Não importa quanto conhecimento o professor possua, falhará se não possuir também a arte de ensinar, isto é, se não souber transmitir esses conhecimentos a seus alunos. 
Será que alguém pode, na verdade, aprender a ensinar? Podemos imaginar você, leitor, dizendo: "Eu pensei que ensinar fosse um dom que algumas pessoas têm por natureza!" É verdade que certos indivíduos possuem capacidade especial para ensinar, mas é também acertado dizer-se que esta arte pode ser adquirida.
Algumas pessoas parecem "gênios"; mas na maioria dos casos, o gênio é o resultado de dois por cento de inspiração e noventa e oito por cento de transpiração, como disse Thomas Edison. 
O ensino é uma arte que pode ser adquirida porque é governada por leis definidas. Estude e domine estas leis, aplique-as com paciência, e você descobrirá que está ensinando bem. O bom êxito depende de "saber como fazê-lo".
  
3. A MÚSICA NA EBD
3.1 A MÚSICACOMO FORMA DE ADORAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO
Antes de mais nada, a música no Antigo Testamento é um tema recorrente, assim comoem toda a Escritura Sagrada. Dessa forma, a primeira menção encontra-se em Gênesis 4.21, onde Jubal é denominado como o “pai de todos que tocam harpa e flauta”. Essa referência musical remonta a uma era antes da formação da nação de Israel, expressa um sentindo funcionalmente neutro, pois, não está associado à religião nem à adoração. 
Ainda mais, existem citações bíblicas a respeito da música nos diversos aspectos da vida do antigo povo hebreu, como no trabalho, banquetes, festas, incursões militares, na corte e nos haréns. Porém, destaca-se a música cúltica, pois tanto no Antigo como no Novo Testamentos há porções relevantes que abordam este tema. 
3.1.1 Louvor no Deserto
Durante o período de peregrinação no deserto os israelitas louvavam a Deus. Enquanto atravessam o Mar Vermelho o povo cantava a vitória sobre os egípcios. Durante a jornada no deserto, Moisés levou o povo a cantar as misericórdias de Deus. O cântico de vitória de Moisés pode ser encontrado no livro de Êxodo 15: 1-18, este foi o primeiro cântico encontrado na Bíblia, além deste o Salmo 90 também é de autoria de Moisés. O segundo cântico do qual se tem relato é o entoado por Miriã durante a peregrinação. Moisés havia sido instruído nas ciências e música pelos sacerdotes egípcios. A música desempenhava no Egito papel importante, não apenas na vida diária do povo, e em festivais de estilo secular, mas também no serviço religioso. Ao compor o cântico de vitória, Moisés usou seu talento musical de forma esplendida. Alguns autores acreditam que neste cântico está a primeira menção na Bíblia ao canto responsivo, quando um solo responde a um grupo coral. O solo de Moisés era respondido primeiramente por homens e depois por um grupo de mulheres sob a direção de Miriã. O canto responsivo também é conhecido como canto antifônico e pode ter sido usado durante o período de peregrinação no deserto.
3.1.2 Louvor no Templo
Pode-se dizer que o mais grandioso programa de música sacra planejado foi o preparado para a inauguração do Templo. A execução deste programa agradou tanto a Deus que ele encheu o Templo com sua Glória. É possível perceber a importância da música na adoração a Deus na época de Salomão pelo grande número de cantoras profissionais que serviam no Templo, havia quatro mil cantores. Mesmo o número de cantores que serviam no Templo ser grande, a congregação também participava da música. Em muitas ocasiões o coro de levitas cantava e a congregação respondia, era como um canto responsivo. Outro rei que deu ênfase a música no templo foi o rei Ezequias, ele começou a reinar em Judá depois de Acaz, um rei idólatra. Ezequias reabriu o templo e chamou novamente os levitas para cuidarem da música. Depois da queda de Jerusalém, de volta do cativeiro, foi construído um novo templo sob a liderança de Esdras, este também restabeleceu o usa da música na adoração ao Senhor. Salomão, Ezequias e Esdras foram três servos de Deus que deram apoio à música nas cerimônias de adoração a Deus no templo. Na época do primeiro templo, havia grupos de músicos executantes de instrumentos e não cantores. Na época do segundo templo os instrumentos eram geralmente, carregados e tocados pelos próprios cantores, como um acompanhamento para as vozes. As músicas normalmente eram cantadas enquanto a oferta era queimada, depois o rei e a congregação curvavam-se em adoração.
3.2 Louvor nos Salmos
O termo Salmo, no grego psalmus, significa (tocar ou tanger), no latim o termo tem significado de poemas líricos. O livro dos Salmos pode ser considerado o hinário do povo hebreu. Os Salmos eram e são a fonte da hinologia cristã, a inspiração e o modelo para todo o canto evangelístico. Os salmos representavam em sua totalidade cada época e cada movimento nacional e religioso do povo judeu. Os escritores dos Salmos estão lembravam constantemente que se deve tocar música ao Senhor, louvá-lo com vozes, instrumentos musicais e participar do louvor. Do início ao fim da Bíblia é possível encontrar numerosas recomendações diretas para se cantar e tocar música instrumental para a glória de Deus. Muitos Salmos nasceram no culto e para o culto. Outros tiveram sua origem em experiências pessoais e posteriormente encontraram seu lugar na liturgia. Os Salmos foram canto e oração, neles o povo de Israel cantou para o seu Deus e manifestou a sua fé. O livro de salmos não é somente oracional ou cancioneiro, mas também poético. Todos os salmos estão escritos do começo ao fim, em verso. Os manuscritos, muitas Bíblias hebraicas e algumas traduções apresentam o texto sem assinalar graficamente a pausa dos versos. Nos salmos o gênero dominante é o lírico. Levando-se em conta o enfoque literário, observa-se uma grande variedade de formas, como por exemplo: súplica, ação de graças, canto de louvor, salmos didáticos. Os próprios criadores dos salmos já indicavam desde o início o objetivo pretendido. Apenas um pequeno grupo de salmos se distancia do gênero lírico e se aproxima do épico ou do didático. Os salmos eram cantados durante os sacrifícios da manhã e da tarde em cada dia da semana. A música instrumental era, sobretudo, incidental e como um acompanhamento para as vozes, embora houvessem interlúdios instrumentais considerados como sendo ilustrativos do texto do Salmo. É interessante observar que para cada dia da semana era cantado um salmo, no primeiro dia era o salmo 24, comemorando a criação, no segundo dia o salmo 48, no terceiro o salmo 82, no quarto o salmo 94, no quinto o 81, no sexto o 93 e no sétimo o 92.
 
 3.3 A MÚSICA NO NOVO TESTAMENTO
3.3.1 A música nos Evangelhos
Tanto quanto se sabe, nenhum dos quatro escritores dos Evangelhos foi especialmente dado à música, embora muitas indicações se insinuem em suas narrativas para mostrar o sentimento do Mestre em relação à música e à alegria que reinava em sua alma, independente das circunstâncias. O nascimento de Jesus foi ocasião para a música mais grandiosa que o mundo já ouviu. No evangelho de Lucas estão registrados os vários cânticos que podem ser chamados os primeiros cânticos de Natal, pois são baseados no nascimento de Jesus. A música foi usada na entrada triunfal, não somente pelos discípulos e o povo que o seguia pelas ruas com palmas, mas também pelas crianças no templo. Mais tarde, durante a semana da paixão, depois da última ceia, Jesus cantou um hino com os seus discípulos antes de ir para o jardim do Getsêmane. No evangelho de Lucas são encontrados três cânticos, o cântico de Maria que é um louvor a Deus pelo redentor que iria nascer, o cântico de Zacarias que é um louvor a Deus pelo cumprimento de sua promessa, e o cântico dos anjos que foi entoado por ocasião do nascimento de Jesus. As referências a música no ministério de Jesus não são numerosas. Porém, isto não quer dizer que ele considerava a música algo sem importância. Analisando as coisas que Jesus publicamente aprovou e abertamente sustentou, é possível encontrar uma indicação definida do seu ponto de vista. Em todos os seus ensinos, Jesus nunca desaprovou qualquer coisa referente à música do culto no Templo.
3.3.2 A MÚSICA NO LIVRO DE ATOS
Muitos acreditam que no livro de Atos a um único hino registrado (At 4:24-30). Apesar de esta ideia parecer muito improvável, não se pode negar que o trecho em Atos parece uma manifestação coral de louvor. Este hino oração vem do Salmo dois, e foi cantado por um pequeno grupo de cristãos depois que Pedro e João saíram da prisão. No livro de Atos é possível encontrar coisas referentes à música no capítulo dezesseis que relata a prisão de Paulo e Silas. Esta é a passagem do Novo Testamento que mostra o poder da mensagem de um hino. Não é possível saber que cânticos foram entoados, mas, quaisquer que tenham sido, contribuíram para o início de um avivamento. Qualquer que fosse o hino cantado por eles,  o principio básico de Paulo para a música cristã, a qual ele afirmou que deveria consistir de salmos, hinos e cânticos espirituais, é ainda hoje o ideal da igreja cristã.
3.4. A MÚSICA COMO FORMA DE ENSINAMENTO BÍBLICO
A músicatem o poder de inspirar pensamentos e emoções, motivar ações e atitudes. Para alguns, música é uma arte que inclui as teorias filosóficas e belas; Para outros, são sons vocais ou instrumentos com ritmo, harmonia e melodia. A música faz parte do dia a dia de todos, dando cor ao silêncio. É uma das formas de expressar feitos e alegrias da alma. Isso é arte! A música proporciona diversos tipos de estímulos dentre eles sensorial, emocional, intelectual e motor. Além do mais, pode ser usada como disciplina paramédica, musicoterapia, contribuindo no avanço da recuperação física e mental do indivíduo. Uma das finalidades da música é que ela facilita o entendimento das mensagens nela contidas. É por esta razão que ela vem sendo largamente usada em propagandas, jingles, hinos cívicos, escolas etc. É muito mais fácil memorizar uma mensagem quando ela vem acompanhada de melodia e ritmo. 
3.5 O ENSINO BÍBLICO APLICADO ATRAVÉS DA MÚSICA 
A igreja é definida como sendo uma comunidade de louvor e adoração a Deus, conforme 1 Pedro 2.5: “...templo espiritual onde vocês servirão como sacerdotes dedicados a Deus. E isso para que, por meio de Jesus Cristo, ofereçam sacrifícios que Deus aceite”. Sendo assim, a igreja de Cristo existe com a finalidade de ser uma comunidade adoradora.
Klauss Douglass diz que “a música cristã aqui na terra sempre precisa estar intimamente ligada à Palavra, se não quisermos que uma religiosidade sentimentalista, mal definida e vaga tome o lugar da fé bíblica”. No período da Reforma ocorre grande crescimento no que se refere ao ensino bíblico através de hinos. Segundo David Karnopp, “os hinos de Lutero surgiram das suas experiências de lutas e vitórias de fé, mas especialmente de seu conhecimento bíblico”.
Sendo assim, tudo o que é cantado na igreja tem um profundo significado diante do Reino de Deus. Quando se canta algo que não condiz com a Bíblia, de maneira herege, a Igreja é conduzida para um momento de cânticos com músicas falsas e vazias. Há uma necessidade de um ensino teológico que tenha abrangência também na área música e não apenas nas mensagens. A linha central do ensino bíblico está bem clara, pois, segundo Richards, Yaweh incentivaria Israel e o ajudaria na busca pela maturidade. Wiersbe complementa dizendo que “é preciso haver maturidade da parte do povo de Deus a fim de ser capaz de entoar ‘canções de louvor durante a noite’ (Jo 35.10; Sl 42.8) . Essa maturidade se dá a partir do momento em que a igreja compreende e entende aquilo que é cantado de forma simples e direta. Existem letras que não deixam dúvida no que tange à inspiração divina. Entretanto, a dificuldade maior se dá quando o ouvinte, além de não compreender o que está cantando, fica na dúvida sobre a veracidade da letra em relação à Palavra de Deus. A igreja precisa ser crítica em relação a tudo o que ela, ouve não apenas fora da igreja, mas dentro da igreja também. Deve saber separar o joio do trigo. Atilano Muradas define alguns critérios importantes em relação à letra das músicas: “Devem edificar; devem ensinar teologia corretamente; devem ter vocabulário, melodia e ritmo de acordo com o público-alvo; devem respeitar as normas da língua em que foi composta; devem respeitar as posições doutrinárias pregadas pela congregação em que está sendo cantada”. Uma vez que esses critérios passam a ser observados, muito conceitos mudam. A própria visão do que é a música na igreja e a maneira como ela deve ser conduzida passa a ser de sublime importância. 
O desejo de Moisés, antes de morrer, era de ensinar um cântico ao povo que fosse como um refúgio em meio a tempestades. Ele assim o fez, compôs um hino em Deuteronômio 32 para ensinar ao povo as doutrinas bíblicas. Uma vez que o povo guarde essas doutrinas em forma de melodia, certamente, a aplicação de todo o ensino bíblico se tornará natural, visto que a música é uma forma simples de e eficiente para guardar informações. A exemplo daquilo que ocorre com muitos, há quem se lembre mais facilmente daquilo que fora cantada no domingo do que o sermão pregado. Se a música e o sermão estão em harmonia, é certo que ao cantar a música, algumas pessoas se lembrarão do que fora falado. O texto de Colossenses 3.16 é um ótimo exemplo disso: “A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração”. Ao passo que a música pode ser vista como uma forma de ensino, a falta de senso crítico em relação ao conteúdo dessas música pode ser um grande empecilho na hora de ensinar a palavra de Deus, visto que a letra pode confundir, banalizar, desorientar e equivocar o ensino. O conteúdo da letra deve ser avaliado e analisado não apenas pelos músico, mas também pelos pastores da igreja. O alvo da canção deve ser conduzir a igreja em espírito e em verdade, em entendimento e na palavra tendo como objetivo a glória de Deus.
Sabe-se que compor músicas exige um senso de criatividade muito grande do compositor, além de habilidade e sensibilidade na criação da letra e música. O reflexo de uma música que possui inspiração bíblica tem relação diretamente proporcional entre o compositor e seu relacionamento com Deus. O resultado de uma relação inversamente proporcional são as composições que exprimem interpretações humanas ao invés de interpretações bíblicas. Em 2 Timóteo 3.16-17 lê-se: “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra”; em complemento, 2 Pedro 1.21: “porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”.74 Não obstante, João 14.26 Jesus diz: “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito”. De acordo com a educadora Sherron George, a escrita bíblica deve ser preservada com responsabilidade: “Deus se serviu de pessoas para escrever e preservar as páginas sagradas, e ainda se serve de pessoas para as ler, interpretar e ensinar. O mesmo espírito que inspirou escritores bíblicos é a verdadeira fonte de iluminação para seus leitores, levando, assim, o ser humano a entender a revelação e os mistério de Deus. Nós lemos, estudamos, examinamos, pregamos e ensinamos a Bíblia, mas o Iluminador é o Espirito Santo”. Se Deus usou pessoas para revelar as Escrituras que hoje são a base para a educação cristã na igreja, esse mesmo Deus pode usar compositores evangélicos, inspirando-os e guiando-os na composição de canções tendo como objetivo o ensino vivo e consistente, guiado pelo Espírito Santo, refletindo a luz da palavra. O próprio rei Davi já dava esta orientação, conforme Salmos 119.54: “Os teus estatutos têm sido os meus cânticos no lugar das minhas peregrinações”
3.6 A importância da música congregacional
Em Colossenses 3:16 lê-se:
A Palavra de Cristo habite em vós, ricamente, em toda a sabedoria; ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, com gratidão, louvando a Deus em vossos corações.
O objetivo aqui não está na adoração, mas sim no ensino e admoestação. Porém nesta passagem, Paulo relata um principio que todos os ministros de louvor deveriam exercer. Quando usada corretamente, a música é um e excelente instrumento de educação. Ela deve ser usada no ensino e na admoestação de uns aos outros, pois seu uso não se limita a fazer os ouvintes se sentirem bem e prepará-los para a pregação. Paulo reconheceu o valor do cântico no ensino da verdade. Pela repetição o povo memorizava, e o que ele decorava aprendia. Paulo não via a música apenas como um meio de louvor e adoração, pois acreditava no poder dela como veículo de instrução.
Uma visão do canto congregacional
O cântico congregacional alimenta um relacionamento com Deus e não somente uma experiência com Ele.
O cânticocongregacional expressa emoção sem focalizar no estímulo emocional.
Em resposta ao maior mandamento do Senhor, de amar o Senhor teu Deus de todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento (Mat. 22:37) o cântico congregacional promove a adoração não somente nos cultos públicos, mas em cada aspecto da vida diária. Os hinos produzem fé, vida santificada e serviço cristão.
O canto congregacional também dá importância ao segundo grande mandamento de Cristo: Ama o teu próximo como a ti mesmo (Mat. 22:39)
Para cumprir o seu propósito, o canto congregacional flui do culto dominical para as nossas vidas diárias. Ele enriquece nossa prática devocional diária e nutre a oração. Os cânticos vão onde a oração vai.
Musicalmente, os cânticos congregacionais são fáceis o suficiente para o povo de Deus cantá-los juntos, e sem dificuldade. Eles são simples e profundos o suficiente para atravessar as barreiras do tempo e do estilo necessárias para servir o Corpo de Cristo.
Devemos investir os nossos maiores esforços para que cada cântico do culto
Seja bíblico, tenha conteúdo, nos induza a pensar, seja fácil para cantar.
A importância do louvor a Deus no culto consiste essencialmente em três coisas fundamentais:
1º) QUEM LOUVA
2º) COMO LOUVA
3º) A QUEM LOUVA
Podemos afirmar com toda a convicção que o louvor requer das pessoas condições que as diferenciam das demais, pois conforme está escrito em 2º Cr 5.l2, “Todos os levitas que eram cantores, Asafe, Hemã, Jedutum, e seus filhos, vestidos de linho puro...” ou seja; se caracterizam através de sua santificação, uma vez que o linho puro significa o símbolo de veste perfeita, santidade e coração puro conforme Ap 19.8 que diz “O linho puro são os atos de justiça dos santos”.
Tiago nos escreve na sua carta dizendo: “Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante Louvores” (Tg 5.13).
Existem hinos de adoração, ensino, inspiração, desafio, súplica e tantos outros; mas para cada finalidade deve ser usado o cântico adequado. Por isso a música pode e deve ser planejada, cabendo ao dirigente do culto a organização dos louvores.
1. Prelúdio. A entrada das pessoas no local do culto tem muita importância no processo da adoração. Os músicos devem usar (executar), músicas repousantes, tranquilas, como prelúdio, a fim de que todas as pessoas se tornem uma unidade espiritual, livre de preocupações, pressa ou excitações, preparadas para adorar ao Senhor. A música para o prelúdio deve ser calma, introspectiva e confortadora.
2. Canto congregacional. As pessoas que vêm cultuar a Deus devem cantar. O cântico faz parte da integração pessoal e a participação de todos é essencial. O ouvir a mensagem é uma parte definida do culto. Um hino é uma oportunidade para a congregação declarar sua experiência e se regozijar coletivamente na doutrina cristã.
Em algumas igrejas hoje existem muitas apresentações e pouco louvor congregacional. A igreja quase não participa da adoração, mas mera assistente dos apresentadores.
Por ocasião da reforma, Lutero restabeleceu o uso do canto congregacional, por compreender a importância da música no culto divino, com a participação dos fiéis nos louvores ao Senhor.
3. Interlúdio. Os hinos devem ser cuidadosamente selecionados, como a própria mensagem o é. O dirigente do culto deve ter em mente todas as sequências do culto, para que junto com o ministro do louvor, ambos sejam conscientes de seus deveres, consultando-se mutuamente.
4. Ofertório. O ofertório tem lugar antes da pregação, enquanto a congregação louva os ofertantes contribuem para manutenção da obra de Deus. O louvor serve para recolher a oferta e servir de preparatório para a pregação central do culto.
5. Apelo. A música tem seu valor também no apelo. O hino de apelo é tão parte do culto como é o próprio sermão. Cabe ao ministro de louvor executar um hino de acordo com a mensagem.
Raramente convém mudar os hinos durante o apelo. É bom começar com um hino e manter vívido o seu chamado e sua mensagem.
O louvor deve ser usada no momento certo, de maneira certa e de conformidade com a mensagem explanada.
6. Poslúdio. É uma música de encerramento executada geralmente pela orquestra ou grupo de louvor.
As pessoas raramente ouvem o poslúdio. Isso não significa que ele seja desnecessário; ele tem seu efeito próprio.
O poslúdio propicia aos membros da igreja a cumprimentar os demais membros, possibilitando, em fim um momento salutar de confraternização.
CONCLUSÃO
Este trabalho foi de suma importância para que entendesse o quanto é relevante saber o papel do Superintendente e do Professor de EBD, minha visão era muito pequena e rasa sobre o assunto, e por meio das aulas e desta pesquisa pude adquirir maior entendimento da responsabilidade e profundidade de ser um desses servos de Deus, que ensina a palavra e administra esse departamento. Não é possível fazer a obra do Senhor sem ter o conhecimento necessário do nosso Senhor e Salvador. Através deste trabalho é possível concluir também que a música na Bíblia era utilizada para expressar emoções, festejar e cultuar a Deus. Relatos a respeito da música estão mais presentes no Antigo Testamento, mas isto não quer dizer que Deus deixou de apreciar à música no novo testamento. Por ela o ensino é transferido e guardado no coração. “Falando entre vós com salmo e hinos e cânticos espirituais com gratidão em vossos corações.” Ef 5:19
Deus inspirou homens que pudessem dirigir o povo a uma verdadeira adoração. Há poucas informações sobre a música no Novo testamento, também se devem a da perseguição a Igreja Primitiva, mas se sabe que por meio dela eles podiam derramar seus c orações perante Deus e adorá-lo por sua grandeza e majestade. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
1.ANDRADE, Claudionor Corrêa, e-book Biblioteca Cristã
www.bibliotecacrista.com.br
Como administrar a Escola Dominical – www.controlook.com
Ensinando com Êxito na Escola Dominical - Myer Pearlman - Ed,Vida
2. A MUSICA NOS TEMPOS BIBLICOS https://profes.com.br/camila.assumpcao/blog/a-musica-nos-tempos-biblicos
3. BARBOSA, Ana Maia ,O ensino teológico através da música na igreja.
4. Uma visão do canto congregacional – soemus.org.br

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