Prévia do material em texto
– BRENDA RODRIGUES [2° SEMESTRE] • Unidades que compõem as proteínas, compostas por ácidos carboxílicos com um grupo amino • Mais de 500 aminoácidos são encontrados na natureza, principalmente alfa-aminoácidos, mas somente 20 compõem as proteínas das espécies, sendo eles os aminoácidos primários-padrão, codificados por códons • São sólidos, solúveis em solventes polares [ex: água, etanol] devido as cargas conferidas por grupamentos funcionais dissociáveis, e insolúveis em solventes apolares [ex: benzeno, éter] • São incolores – não absorvem luz visível o A tirosina, fenilalanina e triptofano absorvem luz ultravioleta ▪ O triptofano absorve luz UV c/ elevado comprimento de onda [250-290nm], sendo o principal responsável pela habilidade da maioria das proteínas de absorver luz na região de 280nm o Aminoácidos pós-traducionais: aminoácidos. adicionais que surgem por modificações de um aminoácido já presente em um peptídeo; ex: no colágeno, há conversão de peptidil-prolina e peptidil-lisina em 4-hidroxiprolina e 5-hidroxlisina; a carboxilação de resíduos glutamil de proteínas da cascata de coagulação de resíduos de gama-carboxiglutamil forma um grupo de íon cálcio (essencial na coagulação) ▪ Modificações pós-traducionais podem gerar novos grupos R, conferindo novas propriedades ▪ Em laboratório, é possível introduzir em proteínas, por meio de expressão genica recombinante com propriedades novas e/ou aumentadas, aminoácidos não naturais diferentes • Fórmula molecular geral: RCH(NH2) COOH o Função amino localizada no carbono C2 (carbono-alfa), conferindo característica básica o O resíduo aminoterminal, o qual inicia a sequência de aminoácidos, determina a direção em que os peptídeos são sintetizados in vivo o O grupo carboxílico confere característica acida o Radical (grupo r) sendo uma alquila ou arila – parte que define as propriedades de cada aminoácido de acordo com suas características estruturais, tamanho, carga elétrica e solubilidade Prolina: grupo IMINO – anel rígido confere uma estrutura menos flexível A cadeia lateral e seu N-alfa-aminico formam uma estrutura rígida em anel, c/ 5 átomos, o que difere dos demais – apresenta um grupo amino secundário [iminoácido] Metionina: grupo tio éter apolar • Triptofano: anel indólico • É relativamente apolar, como a tirosina, mas são mais polares que a fenilalanina • Serina e treonina possuem grupo hidroxil, e a cisteína sulfridil, ambas conferem polaridade – formam pontes de hidrogênio • Asparagina e Glutamina possuem grupamentos amida • A histidina possui cadeia lateral c/ pKa ~ pH7, podendo ser doadora ou aceptora de [H]+ • Contendo o grupo ionizável amino [NH3] + (lisina e histidina) e/ou carboxil [COO-], as cadeias laterais são ionizáveis o Pode conter grupos hidroxila, amino, tiol, etc. • São anfóteros – reagem c/ ácidos e bases, podendo doar ou receber prótons (H)+, formando sais orgânicos • São organolépticas, a maioria de sabor adocicado • Apresentam atividade óptica por possuírem carbono assimétrico na forma levogira e solubilidade variável em água, provocando um desvio de luz polarizado • Estrutura primária: sequência de aminoácidos constituída pelo n e pela ordem dos resíduos de – BRENDA RODRIGUES [2° SEMESTRE] aminoác. em um polipeptídio, formadas por ligações peptídicas de caráter de dupla ligação parcial – aparato de síntese proteica [ocorre usando apenas L- aminoácidos], que ocorre nos ribossomos, formando até 21 proteínas [21° aminoácido: selenocisteína- natural] primárias, ligados entre si por ligações amida o Aminoác. presentes em peptídeos são chamados de resíduos aminoacil e são designados pela substituição dos sufixos -ato ou -ina por aminoác. livres por -il, sendo assim, os peptídeos são denominados como derivados do carboxiterminal o A terminação ina no carboxiterminal indica que seu grupo alfa-carboxílico não está envolvido em uma ligação peptídica o Por ser dupla ligação parcial, não há liberdade de rotação em torno da ligação que une o carbono da carbonila e o nitrogênio o Há perda liquida de uma carga positiva e uma negativa em consequência da ligação peptídica formada, possuindo carga no pH fisiológico devido a seus grupamentos carboxil e aminoterminais e, quando presente, grupamentos R ácidos ou básicos o Para desenhar uma estrutura peptídica: 1. Acrescente os átomos da cadeia principal na ordem nitrogênio-alfa → carbono- alfa → carbono da carbonila 2. Acrescente um átomo de H a cada carbono- alfa e a cada nitrogênio do peptídeo 3. Acrescente um átomo de O ao carbono da carbonila 4. Acrescente os grupamentos R apropriados [sombreados] a cada átomo de carbono-alfa Ligações carbono- nitrogênio • Se formam pela reação entre o grupo carboxila [COO-] de um aminoácido, e o grupo amino [NH3+] do aminoácido seguinte, resultando em uma amida • Altamente apolar • Ligação dissulfeto Tipos de aminoácidos Essenciais Não são sintetizados pelo organismo Isoleucina (Iso) Leucina (Leu) Valina (Val) Fenilalanina (Fen) Metionina (Met) Treonina (Tre) Triptofano (Tri) Lisina (Lis) Histidina (His) Não- essenciais Sintetizados pelo organismo a partir de outros precursores Alanina (Ala) Ácido aspártico (Asp) Asparagina (Asn) Ácido glutâmico (Glu) Serina (Ser) Semi- essenciais [ou precursores ] Sintetizados a partir de outros precursores Arginina (Arg) [glutamina/glutamato] Cisteína (Cis) [aspartato] Glutamina (Gln) [ácido glutâmico, amônia] Glicina (Gly) [serina, colina] Prolina (Pro) [glutamato] Tirosina (Tyr) [fenilalanina] Especiais Fazem parte de alguns tipos de proteína, formados a partir de modificações de alguns dos 20 aminoácidos padrão 4-Hidroxiprolina 5-Hidroxilisina Encontradas nas proteínas fibrosas do tecido conjuntivo (colágeno) Centro Quiral • É um átomo de carbono, sempre saturado [ligado por ligações simples], que se liga à outras 4 moléculas, sendo um grupo amina, um grupo carboxílico, um hidrogênio e um radical característico de cada aminoácido, conduzindo uma simetria o Não ocorre na glicina – seu carbono-alfa apresenta 2 átomos H, tornando-se inativa • Enantiômeros: molécula que é a imagem especular de outra molécula, ou seja, diferente em seus centros quirais – cada centro assimétrico de uma molécula pode apresentar duas configurações possíveis Projeção de Fischer • Arranjo tetraédrico dos orbitais de ligação ao redor do carbono alfa dos aminoácidos, o qual não admite um plano de simetria o Os 4 grupos substituintes podem ocupar 2 posições espaciais distintas, que são imagens especulares, não superponíveis – BRENDA RODRIGUES [2° SEMESTRE] D-aminoácidos • Alinhados ao radical (cadeia carboxílica) e o carboxilato (COO-; formado pela dissociação do grupo carboxila em pH fisiológico) nas linhas verticais da projeção, são aminoácidos com o grupo amino (NH3+) à direita – encontrados apenas em antibióticos, como bacitracina, gramicidina A, e bleomicina • Possuem funções metabólicas não só em bactérias, como também em humanos Aminoácidos naturais D-serina Encontrados livres no tecido cerebral D-aspartato D-alanina Encontrados nas paredes celulares de bactérias gram- positivas D-glutamato D- metionina D-leucina Incorporados pelo Vibrio cholerae em sua camada peptideoglicana Secretado por Bacillus subtilis D-tirosina Provoca a desmontagem do biofilme D-triptofano L-aminoácidos • Aminoácidos c/ grupo amino (NH3) à esquerda – nas moléculas proteicas são sempre L-estereoisômeros o Fornece as unidadesmonoméricas, donde são sintetizadas as longas cadeias polipeptídicas das proteínas, além de participar de funções como a transmissão nervosa [ex: glutamato], biossíntese de porfirinas, purinas, pirimidinas e ureia o Os seres humanos não sintetizam 10 dos L- aminoácidos presentes em proteínas em quantidades adequadas para suprir o crescimento infantil ou manter um adulto saudável, devendo conter na dieta quantidades adequadas desses aminoácidos o São enantiômeros (classe de estereoisômeros) Aminoácidos não proteicos Aminoácido Função Ornitina Intermediário da síntese da ureia Citrulina Intermediário da síntese da ureia Homocisteína Intermediário da biossíntese da cisteína Homosserina Produto da biossíntese da cisteína Glutamato-gama-semialdeído Catabólitos da serina Aminoácidos potencialmente tóxicos Homoarginina Clivado pela arginase, formando L-lisina e ureia, relacionado com o neurolatirismo [caracterizada por paralisia espástica, progressiva e irreversível] humano Ácido-beta-N- Oxalildiaminopropiônico (beta- ODAP) Neurotoxina relacionada com o neurolatirismo humano beta-N- Glutamilaminopropionitrila [BAPN, deriva da beta-aminopropionitrila da glutamina] Presente em sementes da ervilha doce [leguminosa da espécie Lathyrus] Osteolatirogênio Ácido 2,4-diaminobutírico Inibe a ornitina transcarbamoilase, hepática, resultando em toxicidade por amônia beta-m,etilaminoalanina Presente em sementes de cicadáceas Possível fator de risco para doenças neurodegenerativas, incluindo o complexo parkinsonismo- esclerose lateral amiotrófica [presente em morcegos que consomem as sementes] Selenocisteína • É o ‘’21° aminoácido’’ proteico e um L-aminoácido, inserido em uma cadeia polipeptídica em crescimento durante a tradução, especificada por um 𝑅𝑁𝐴𝑡𝑠𝑒𝑐 ao utilizar o códon UGA especifico para selenocisteína pela presença de uma estrutura em alça a qual insere-se na região não traduzida do RNAm, encontrado em todas as proteínas de todos os domínios, substituindo o enxofre em cisteína • O ser humano contém aprox. 2 dúzias de selenoproteínas, incluindo peroxidases, redutases, selenoproteína P (circula no plasma) e as iodotironina – BRENDA RODRIGUES [2° SEMESTRE] deiodinases (convertem o pró-hormônio tiroxina [T4] em tireóideo 3,315-triiodotironina [T3] Zwitterions • Íon dipolar formado pela protonação do grupo amino pelo ácido carboxílico, ou seja, contém um n° igual de grupos negativos e positivamente carregados, não possuindo carga líquida • Aminoácidos em solução em pH neutro • Em solução aquosa, aminoácidos ionizados apresentam características acidas ou básicas, devido a presença do ácido carboxílico (-COOH) e da base amino (NH2) • } Equilíbrio protônico dinâmico entre -COOH e -NH3+; ambos são ácidos fracos, mas o R-COOH é mais forte o Em pH 7,4, os grupamentos carboxila existem quase totalmente como R-COO- [seria totalmente caso fosse um pH suficientemente alto para que predomine um grupamento amino s/carga], e grupamentos amino predominantemente como R- NH3+ • Forma predominante de aminoácidos presentes no sangue e na maioria dos tecidos • Não existe em solução aquosa, pois, em qualquer pH suficientemente baixo para protonar o grupamento carboxila; não é carregada, e é frequentemente usada em reações que não envolvem Constante de dissociação (pK) • Corresponde ao pH em que há 50% de dissociação do ácido ou da base Constante de dissociação ácida (pKa) • Capacidade de uma substância ceder um próton • Estado de ionização dos grupos carboxila e amino dos aminoácidos • Força de um ácido → constante de equilíbrio [estabilidade relativa do ácido e da base conjugada] ácido-base em água • Varia/ c o pH – quanto mais fraco o ácido, maior o valor do pKa, e menor a capacidade do composto em ceder prótons – ionização em proporção limitada o Ácido fraco: pK1 = 2,0 o Em pH = 2; [COOH] = [COO-] o [H]+ em pH < 2 = predomínio da forma COOH o [H]+ em pH > 2 = predomínio da forma COO- • Variações do grupo carboxila: protonado (um próton [H]+ liga-se a um átomo, molécula ou íon, tendo como produto um ácido conjugado do reagente inicial) e desprotonado (um próton [H]+ é ‘’removido’’ (quebra da ligação) de uma molécula ou de um íon, tendo como produto uma base conjugada, o O ácido de Bronsted-Lowry é uma substancia que pode protonar outra o A carga da molécula/íon é mudada assim como o caráter hidrófobo/hidrofílico o Íons/moléculas polibásicas: passam por mais de uma protonação/desprotonação o Quando o próton não é ácido, requer o uso de bases mais fortes, como os hidróxidos, devido ao poder de formar hidrogênio na forma de gás quando o próton de outras moléculas é removido – essa reação deve ser realizada sob atmosfera inerte, devido à água ser fonte de prótons presente no ar circundante da reação, podendo reagir c/ o hidreto, incendiando o aparato. o Em moléculas com múltiplos prótons dissociáveis, o pKa de cada grupamento ácido é designado substituindo o ‘’a’’ por um n° o O ambiente de um grupo dissociável afeta o pKa; quanto mais apolar é o ambiente [menor capacidade da água de estabilizar espécies carregadas], maior o valor de pKa de um grupo carboxila [torna-se um ác. mais fraco] e menor o de um grupo amino [torna-se um ác. mais forte] ▪ A estabilidade pode ser alcançada na presença adjacente de um grupo de carga oposta, e na presença de um similarmente carregado pode desestabilizar uma carga em desenvolvimento o Valores de pKa dos grupos R de aminoácidos livres em solução aquosa fornecem apenas um valor aproximado de seus valores de pKa presentes em proteínas o O pKa da cadeia lateral depende da sua localização na proteína • 𝐻𝐴 + 𝐻2𝑂 ↔ 𝐻3𝑂 + + 𝐴− • 𝐻𝐴 ↔ 𝐴− + 𝐻+ • 𝐾𝑎 = [𝐻3𝑂]×[𝐴 −} {𝐻𝐴] • 𝑝𝐾𝑎 = −𝑙𝑜𝑔𝐾𝑎 – BRENDA RODRIGUES [2° SEMESTRE] Constante de dissociação básica (pKb) • Capacidade da substancia poder aceitar um próton • Quanto mais fraca a base, maior o valor do pKb, e menor a capacidade do composto em receber prótons o Em pH = 9, [NH2] = [NH3]+ o [H]+ em pH < 9 = predomínio da forma NH3+ o [H]+ em pH > 9 = predomínio da forma NH2 Ponto isoelétrico • Valor de pH onde o aminoácido apresenta carga elétrica líquida igual a zero, havendo equilíbrio entre cargas negativas e positivas dos grupamentos iônicos; é o pH ‘’a meio caminho’’ entre os valores de pKa para as ionizações em ambos os lados das espécies isoelétricas • pH onde se encontra o zwitterion o pH > pKa = H+ presente – substância protonada o pH < pKa = H+ ausente – substância desprotonada • 𝑃𝐼 = 𝑝𝐾𝑎+𝑝𝐾𝑏 2 • Aminoácidos com radicais ionizáveis → Encontrar molécula em estado neutro e fazer a média aritmética dos pKs adjacentes o Em laboratório, o conhecimento do pI orienta a seleção de condições para as separações eletroforéticas Equilíbrio protônico do ácido aspártico Aminoácidos e a vida • Vida (definição funcional): matéria que se manifesta pelo crescimento, metabolismo, reprodução e evolução • Servem como enzimas, proteínas de transporte de armazenamento, fotorreceptores, coordenação de movimentos, suporte mecânico à pele e aos ossos, controle de crescimento e diferenciação, e anticorpos • Podem ser produzidos industrialmente através da hidrólise proteica [utilização de fontes de proteínas de outros produtos na forma de subproduto, por síntese química, por métodos biotecnológicos (biossíntese, catálise enzimática, semi-fermentação e fermentação) • Proteína + água c/ ação de catalisadores = alfa- aminoácidos]; A cada dia os rins filtram +/-50g de aminoácidoslivres do sangue arterial renal, que são quase totalmente reabsorvidos no túbulo proximal, conservando-os para a síntese de proteínas e outras funções vitais Análise do conteúdo de aminoácidos em materiais biológicos • Aminoácidos das proteínas é inferido a partir da sequência de DNA do gene que a codifica, ou diretamente analisada por espectrometria de massa • Pode ser detectado quantidades anormais de aminoácidos na urina • Aminoácidos livres liberados pela clivagem de ligações peptídicas em ácido clorídrico aquecido podem ser separados e identificados por cromatografia liquida de alta eficiência [HPLC] ou por cromatografia em camada delgada [CCD] composta por uma mistura de componentes polares e apolares o Aminoácidos apolares movem-se mais ao passo que aminoác. polares movem-se menos Curva de titulação • Consiste na remoção gradual de prótons através da adição de uma base, e a curva de titulação corresponde ao gráfico dos valores de pH da solução em função do volume de base adicionado, revelando os pKs dos grupos ionizáveis do AA 1. Dissociação do grupo carboxila (– COOH): Em aminoácidos que contém um grupo alfa-carboxila e um alfa-amino em pH baixo (ácido), ambos se encontram protonados; à medida que o pH é aumentado, o grupo – COOH pode dissociar-se, doando 1 próton ao meio, resultando na formação do carboxilato (– COOH-) 2. Dissociação do grupo amino (– NH3): É um ácido mais fraco que o – COOH (K1), consequentemente apresenta constante de dissociação menor (K2); há liberação de um próton pelo grupo amino protonado, resultando em uma forma – BRENDA RODRIGUES [2° SEMESTRE] desprotonada • O pKa para o grupo mais acídico (-COOH) é o pK1, enquanto o pKa para o grupo acídico seguinte (- NH3+) é o pK2 • Pares tampões: –COOH/–COO- serve como tampão na região de pH ao redor do pK1 a –NH3+/–NH2 tampona na região ao redor do pK2 Equação de Henderson-Hasselbalch • É a relação quantitativa entre o pH da solução e a concentração de um ácido fraco (HA) e sua base conjugada – sal (A- ; forma ionizada de um ácido fraco) • Equação de Henderson-Hasselbalch: • Prevê a capacidade tamponante – o tamponamento ocorre com um valor diferente de 1 unidade de pH a partir do pKa o O tampão é produzido pela mistura de um ácido fraco (HÁ) com sua base conjugada (A-) • Quando um ácido (ex: HCl) é adicionado em uma solução, pode ser neutralizado pelo A-, que é convertido em HÁ • Se uma base for adicionada, pode ser neutralizada pelo HA, sendo convertida em A- • A máxima capacidade tamponante ocorre quando o pH = pKa, quando [HA] = [A-], mas um par conjugado ácido/base ainda pode servir como tampão efetivo quando o pH da solução estiver até +/- 1 unidade de pH afastado do pKa • Em pH < pKa, a forma ácida protonada [CH3-COOH] é a predominante • Em pH > pKa, a forma básica não protonada [CH3- COOH-] é a predominante Patologias associadas • Latirismo: doença irreversível em que os indivíduos perdem o controle de seus membros após a ingestão de certos aminoácidos presentes em sementes de leguminosas do gênero Lathyrus Hidrofilia e Hidrofobia Hidrofílicos Hidrofóbicos Arginina Asparagina Ácido aspártico Cisteína Ácido glutâmico Glutamina Glicina Histidina Lisina Serina Treonina Alanina Isoleucina Leucina Metionina Fenilalanina Prolina Triptofano Tirosina Valina Classificação de acordo com as propriedades de suas cadeias laterais Aminoácidos com cadeias laterais apolares Alanina Glicina Isoleucina Leucina Metionina Fenilalanina Prolina Triptofano Valina Incapacidade de receber e/ou doar prótons Nas proteínas encontradas em soluções aquosas – ambiente polar, as cadeias laterais apolares agrupam-se no interior da proteína [efeito hidrofóbico], preenchendo-a à medida qu ela se dobra, ajudando a estabelecer sua forma tridimensional Nas proteínas encontradas em ambiente hidrofóbico, os grupos R apolares encontram-se na superfície proteica, interagindo c/ o ambiente lipídico Incapacidade de participar em ligações iônicas ou de H Cadeias laterais ‘’oleosas’’ – propriedade que promove interações hidrofóbicas Aminoácidos com cadeias polares desprovidas de carga elétrica Carga líquida = 0 em pH neutro Ligação dissulfeto: a cadeia lateral da cisteína contém um grupo sulfidrila (-SH), Nas proteínas, os grupos –SH de 2 cisteínas podem oxidar-se e formar um As cadeias laterais da cisteína e da tirosina podem perder um próton em pH alcalino – BRENDA RODRIGUES [2° SEMESTRE] Asparagina Cisteína Glutamina Serina Treonina Tirosina A serina, treonina e tirosina contém um grupo OH polar que participa em ligações de hidrogênio componente do sítio ativo das enzimas dímero (cistina), que contém a ligação cruzada ponte dissulfeto (-S-S-) Cada cadeia lateral da asparagina e glutamina contém um grupo carbonila e um amida que também participa em ligações H Aminoácidos com cadeias laterais ácidas Ácido aspártico Ácido glutâmico O ácido aspártico e ácido glutâmico são doadores de prótons São denominados aspartato e glutamato, respectivamente Em pH fisiológico, as cadeias laterais estão ionizadas – grupo carboxilato carregado negativamente [COO-), dissociam-se em pH fisiológico Aminoácidos com cadeias laterais básicas Arginina Histidina Lisina A lisina, histidina e a arginina são aceptoras de prótons Em pH fisiológico, as cadeias laterais da lisina e da arginina estão ionizadas (protonada), geralmente com carga positiva em pH fisiológico A histidina é fracamente básica, e o aminoácido livre não apresenta carga em pH fisiológico Quando incorporada em uma proteína, sua cadeia lateral pode apresentar carga positiva ou neutra a depender do ambiente iônico fornecido pelas cadeias polipeptídicas Tabela com os valores de pKa dos grupos funcionais Aminoácido Grupo pK1 [alfa- COOH] Grupo Pk2 [alfa- NH3+] Grupo pK3 PI Glicina É o menor dos aminoácidos alfa- carbóxilo 2,34 alfa-amino 9,60 - - 5,97 Alanina alfa- carbóxilo 2,35 alfa-amino 9,69 - - 6,02 Valina alfa- carbóxilo 2,32 alfa-amino 9,62 - - 5,97 Leucina alfa- carbóxilo 2,36 alfa-amino 9,60 - - 5,98 Isoleucina alfa- carbóxilo 2,36 alfa-amino 9,68 - - 6,02 Serina Seu grupamento álcool primário pode atuar alfa- carbóxilo 2,21 alfa-amino 9,15 - - 5,68 – BRENDA RODRIGUES [2° SEMESTRE] durante a catálise enzimática por ser nucleófilo O grupo -OH serve como ponto de acoplamento covalente de grupos fosforil que regula a função proteica Treonina alfa- carbóxilo 2,63 alfa-amino 10,43 - - 6,53 Fenilalanina alfa- carbóxilo 1,83 alfa-amino 9,13 - - 5,48 Triptofano alfa- carbóxilo 2,38 alfa-amino 9,39 - - 5,88 Metionina alfa- carbóxilo 2,28 alfa-amino 9,21 - - 5,75 Prolina alfa- carbóxilo 1,99 alfa-amino 10,60 - - 6,29 Asparagina alfa- carbóxilo 2,02 alfa-amino 8,88 - - 5,45 Glutamina alfa- carbóxilo 2,17 alfa-amino 9,13 - - 5,65 Tirosina O grupo -OH serve como ponto de acoplamento covalente de grupos fosforil que regula a função proteica alfa- carbóxilo 2,20 alfa-amino 9,11 Fenólico 10,07 5,65 O grupo -OH serve como ponto de acoplamento covalente de grupos fosforil que regula a função proteica Lisina alfa- carbóxilo 2,18 alfa-amino 8,95 Amino 10,53 9,74 Histidina alfa- carbóxilo 1,82 Imizadol Permite que atue em pH neutro como catalisador básico ou ácido s/ necessidade de interação induzida 6 alfa- amino 9,17 7,58 – BRENDA RODRIGUES [2° SEMESTRE] pelo ambiente Arginina alfa-carbóxilo 2,17 alfa-amino 9,04 Guanidino 12,48 10,76 Ác. aspártico alfa- carbóxilo 2,09 Beta- carbóxilo 3,86 alfa- amino 9,67 2,97 Ác. Glutâmico alfa- carbóxilo 2,19 Gama- carbóxilo 4,25 alfa- amino 9,67 3,22 Cisteína Seu grupamento – SH pode atuar durante a catálise enzimática por ser nucleófilo alfa- carbóxilo 1,71 Sulfidrila 8,33 alfa- amino 10,78 5,02 Determinação das propriedades dos aminoácidos pelos grupos alfa-R Os aminoácidos são classificados em básicos, ácidos, aromáticos, alifáticos ou contendo enxofre c/ base na composição e nas propriedades de seus grupos R Ácido carboxílico Inclui formação de ésteres, amidas e anidridos ácidos Grupamento amino Inclui acilação, amidação e esterificação Grupamentos -OH e -SH Inclui oxidação e esterificação Grupamentos R hidrofóbicos de alanina, valina, leucina e isoleucina, e R aromáticos de fenilalanina, tirosina e triptofano Situam-se no interior de proteínas citosólicas Grupamentos R carregados de aminoácidos básicos e ácidos Estabilizam conformações proteicas através de interações iônicas ou de pontes salinas, que também funcionam nos sistemas de ‘’retransmissão de carga’’ durante a catálise enzimática e no transporte de elétrons na respiração mitocondrial