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AMINOÁCIDos, PEPTÍDEOS E PROTEÍNAS PROF. DR. SAMUEL B. NERILO Com comentários especiais de Isabela Ramos Mariano (kkk) INTRODUÇÃO Proteínas são polímeros de aminoácidos, com cada resíduo de aminoácido unido ao seu vizinho por um tipo específico de ligação covalente. 1) Estrutura comum dos aminoácidos primários Grupo amino Grupo carboxílico Grupo radical Um hidrogênio a Todo aminoácido encontrado em proteínas possui: um grupo amino, um grupo carboxílico, um hidrogênio e um grupo radical ligados ao carbono alfa (a). Por isso, são chamados de a-aminoácidos O CARBONO É CHAMADO QUIRAL, POIS ESTÁ LIGADO A QUATRO ELEMENTOS DIFERENTES Eles diferem uns dos outros por meio de suas cadeias laterais ou grupos R. Ex. Lisina AMINOÁCIDOS COMPARTILHAM CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS COMUNS GRUPO AMINO GRUPO CARBOXIL CARBONO α CADEIA LATERAL *Exceção: Prolina e Glicina Estereoisômeros diferem apenas no arranjo de seus átomos no espaço. Os estereoisômeros podem ser classificados em: a) Enantiômeros são estereoisômeros cujas moléculas são imagens especulares uma da outra, não sobreponíveis. Estereoisomeria de aminoácidos Enantiômeros ocorrem apenas com compostos cujas moléculas são quirais. Do grego: cheir = mão. Quiral = não sobreponível. Enantiômeros Toda molécula que possui carbono assimétrico é uma molécula quiral e possui estereoisômeros ou enantiômeros, que são imagens especulares não sobreponíveis. Molécula quiral: mesmo sofrendo rotação, esta molécula não pode ser superposta na imagem especular da molécula original Molécula aquiral: após rotação adequada, esta molécula pode ser superposta à imagem especular da imagem original Imagem especular da molécula original Imagem especular da molécula original Molécula original Molécula original Estereoisômeros – Enantiômeros de aminoácidos CARBONO QUIRAL Estereoisômeros Enantiomeros Ópticamente ativos Proteínas: L-estereoisômeros Centro quiral A B C D A B C D CLASSIFICAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS Classificação dos aminoácidos primários segundo o seu grupo R • Os aminoácidos podem ser classificados tendo como base as propriedades dos seus grupos R, em particular a sua polaridade, ou tendência para interagir com a água em pH biológico. • Há cinco (5) classes principais de aminoácidos. • Os grupos R são hidrocarbonetos volumosos e realizam interações hidrofóbicas. • Glicina - é o aminoácido de estrutura mais simples. • Prolina - o grupo R faz um anel com o grupo amino, formando um grupo imino. Portanto, na verdade, a prolina é um iminoácido. 1) Aminoácidos com grupo R apolar e alifático Não-polar = Apolar (hidrofóbico) Alifático = não contém anel aromático. Prolina Glicina Alanina Valina Leucina Metionina Isoleucina • A tirosina e o triptofano são significativamente mais polares do que a fenilalanina devido ao grupo hidroxila da tirosina e o nitrogênio do anel indol do triptofano. Fenilalanina Tirosina Triptofano 2) Aminoácidos RELATIVAMENTE apolares com grupo R aromático Não polares e realizam interações hidrofóbicas. Asparagina Glutamina Serina Treonina Cisteína • Possuem grupos funcionais que formam pontes de hidrogênio com a água: • Serina e Treonina: grupo hidroxila (-OH). • Cisteína: grupo sulfidrílico (-SH). • Asparagina e Glutamina: grupo amida (-CONH2). 3) Aminoácidos com grupo R polar, mas não carregado Polar => hidrofílico. Não carregado => não tem carga elétrica 4) Aminoácidos polares com grupo R carregado positivamente (BÁSICOS) São polares e hidrofílicos. Histidina Arginina Lisina H + O grupo R pode perder prótons. Grupo R com carga Líquida positiva em pH 7,0. Aspartato Glutamato Grupo R com carga líquida negativa em pH 7,0. 5) Aminoácidos com grupo R carregado negativamente (ÁCIDOS) São polares e hidrofílicos. O grupo R pode perder prótons. O aspartato e o glutamato, são originários da asparagina e glutamina, respectivamente. Aminoácidos não-primários - São encontrados em proteínas. - Não há código genético para eles. - São formados por modificações de algum aminoácido primário, depois da síntese da cadeia polipeptídica. 4-hidroxiprolina 5-hidroxilisina 6-N-metillisina Exemplos: • 4-hidroxiprolina e 5-hidroxilisina, derivados da prolina e lisina, respectivamente. Encontradas no colágeno. • N-metillisina, derivada da lisina, é encontrada na miosina. g-carboxiglutamato, derivado do glutamato. É encontrado na proteína protrombina, uma proteína importante na coagulação do sangue. g-carboxiglutamato Desmosina Selenocisteína Desmosina Um derivado de quatro resíduos de lisina. É encontrada na proteína elastina. Selenocisteína Contém selênio em vez do enxofre da cisteína. Derivada da serina. É constituinte de apenas poucas proteínas conhecidas. Aminoácidos não-protéicos A ornitina e a citrulina participam da via metabólica que sintetiza uréia. Ornitina Citrulina São aminoácidos que ocorrem de forma livre nas células. Nunca aparecem em proteínas. Aminoácidos essenciais e não-essenciais Aminoácidos essenciais não são sintetizados pelo homem e devem ser adquiridos da nutrição. Aminoácidos não-essenciais são sintetizados pelo homem. Aminoácidos essenciais Valina Leucina Triptofano Fenilalanina Tirosina Histidina Metionina Treonina Lisina Isoleucina Aminoácidos não-essenciais Glutamato Aspartato Glutamina Asparagina Glicina Serina Prolina Arginina*(essencial em crianças) Cisteína Alanina Leite, ovos e outros produtos de origem Animal. Feijão e produtos de cereais como o milho. Feijão (rico em lisina) Grãos (ricos em metionina) - Alimentos em que os aminoácidos essenciais são principalmente Encontrados: proteínas de produtos de origem animal e grãos de cereais, principalmente feijão e milho. Proteínas com grande valor nutricional são aquelas em que os aminoácidos essenciais são encontrados. OS GRUPOS R NESTA CLASSE SÃO APOLARES E HIDROFÓBICOS Alanina, Valina, Leucina e Isoleucina tendem a se aglomerar entre si nas proteínas, estabilizando a estrutura proteica através de interações hidrofóbicas. GRUPOS R AROMÁTICOS SÃO RELATIVAMENTE APOLARES (HIDROFÓBICOS) Todos podem participar de interações hidrofóbicas. GRUPOS R POLARES, NÃO CARREGADOS São mais solúveis em água por formarem ligações de hidrogênio. GRUPOS R CARREGADOS POSITIVAMENTE (BÁSICOS) Os grupos R mais hidrofílicos são aqueles carregados tanto positivamente quanto negativamente. GRUPOS R CARREGADOS NEGATIVAMENTE (ÁCIDOS) Os grupos R mais hidrofílicos são aqueles carregados tanto positivamente quanto negativamente. AMINOÁCIDOS PODEM ATUAR COMO ÁCIDOS E BASES Quando um aminoácido sem um grupo R ionizável é dissolvido em água com Ph neutro, ele permanece na solução como um íon bipolar ou zwitteríon, que pode agir como ácido ou base. Substâncias com essa característica são chamados de anfólitos. AMINOÁCIDOS PODEM ATUAR COMO ÁCIDOS E BASES ALANINA SUBSTÂNCIA ANFOTÉRICA OU ANFÓLITO Um simples aminoácido monoamino monocarboxílico, como a alanina, é um ácido diprótico quando completamente protonado; ele tem dois grupos, o grupo –COOH e o grupo –NH3+ que pode produzir dois prótons: Propriedades ácido-básicas dos aminoácidos Aminoácidos com um único grupo amino e um único grupo carboxila em solução aquosa ocorrem como um íon dipolar ou “zwitterion”. “Zwitterion” Aminoácidos na forma “zwitterion” são uma substância anfótera (atuam como ácido ou como base) Zwitterion como ácido Zwitterion como base Forma não iônica Forma zwitteriônica 27 • Titulação é a remoção gradual de prótons. Uma solução de um aminoácido em pH ácido é colocada em um frasco. Uma solução de uma base, de concentração conhecida, é adicionada lentamente à solução do aminoácido. O pH da solução de aminoácido é verificado por meio do medidor de pH. Um gráfico de pH por base adicionada é plotado.Curva de titulação de aminoácidos Aminoácido Eletrodo Base pHmetro 28 Glicina OH- (equivalentes) pK2 = 9,60 pK1 = 2,34 pI = 5,97 Ex. Curva de titulação da glicina Cálculo do ponto isoelétrico (pHI ou pI) -1 Maior quantidade de Receptores de prótons (base) Remoção do próton do NH3 Carga elétrica = -0,5 Glicina começa a perder Seus prótons 0 +1 Um ácido diprótico. +H3N-CH2-COOH Carga elétrica = +1 H2N-CH2-COO– Carga elétrica = -1 +H3N-CH2-COO– Carga elétrica = 0 Concentrações iguais de doadores e receptores prótons (ácido e base) 29 CURVA DE TITULAÇÃO DA GLICINA 1+ 0 1- Dois patamares de tamponamento. Em pH extremamente baixo = forma totalmente protonada. Em pH 2.34 = carboxila semititulada e quantidades equimolares das espécies negativa e neutra. Em pH 5,97 = carboxila totalmente titulada, a espécie zwitteriônica é a predominante. Em pH 9,60 = remoção de próton do -NH3 Em pH 12 = titulação completa pI = ½ (pKa1 + pKa2) = ½ (2,34 + 9,60) = 5,97 • A curva de titulação dos aminoácidos que são ácidos dipróticos tem dois estágios distintos, correspondentes à remoção dos dois prótons do aminoácido. • Cada um dos estágios lembra, na forma, a curva de titulação de um ácido monoprótico, como o ácido acético. Os valores de pKa do grupo carboxílico (pK1) e do grupo amino (pK2) destes aminoácidos (dipróticos) são muito similares. O pHI ou pI (pH isoelétrico ou ponto isoelétrico) destes aminoácidos, ou seja, o pH em que eles têm carga elétrica igual a zero, ou seja, o pH em que não possuem carga elétrica efetiva, é calculado pela média aritmética simples do pK1 e pK2. Informações obtidas da curva de titulação dos aminoácidos 1) O pKa dos grupos ionizáveis: pK1 para o grupo carboxílico, pK2 para o grupo amino e pKR para o grupo radical (se houver). 2) O ponto isoelétrico do aminoácido. 3) A carga elétrica efetiva do aminoácido nos diferentes pHs 4) As regiões tamponantes. 32 PROPRIEDADES ÁCIDO-BÁSICAS DOS AMINOÁCIDOS Aminoácidos com um único grupamento α-amino, α-carboxil e grupo R não ionizável possuem curva de titulação semelhantes à da glicina. pKa do grupo –COOH = 1,8 a 2,4 pKa do grupo –NH3 = 8,8 a 11,0 Aminoácidos com grupo R ionizável possuem curvas mais complexas com três possíveis estágios de ionização; possuem portanto, três valores de pKa. PEPTÍDEOS São moléculas formadas pela ligação de dois ou mais aminoácidos. Podem ser: Dipeptídeo – formado por dois aminoácidos Tripeptídeo – formado por três aminoácidos Tetrapeptídeo – formado por quatro aminoácidos Pentapeptídeo – formado por cinco aminoácidos Hexapeptídeo – formado por seis aminoácidos Heptapeptídeo – formado por sete aminoácidos Octapeptídeo – formado por oito aminoácidos Nonapeptídeo – formado por nove aminoácidos Oligopeptídios Dipeptídio Tripeptídio Penta- peptídio Aminoácido 34 Ligação peptídica É a ligação que une os aminoácidos para formar peptídeos e proteínas. Ocorre entre o grupo carboxila de um aminoácido com um grupo amino de outro aminoácido, com perda de uma molécula de água. 35 TRÊS aminoácidos podem ser unidos por DUAS ligações peptídicas para formar um tripeptídeo; QUATRO aminoácidos podem ser unidos por TRÊS ligações peptídicas para formar um tetrapeptídeo... E assim sucessivamente... SEMPRE TERÁ UM AMINOÁCIDO A MAIS QUE LIGAÇÃO PEPTÍDICA. Extremidade amino terminal Extremidade carboxi terminal Resíduos de aminoácido Nomenclatura: Os peptídeos são nomeados começando pelo resíduo amino terminal, na extremidade esquerda do peptídeo. Não possuem mais os grupos amino e carboxila livres. O pentapeptídeo serilgliciltirosilalanilleucina (Ser-Gly-Tyr-Ala-Leu ou SGYAL) 37 c) Comportamento de ionização dos peptídeos O comportamento ácido-base de um peptídeo (e de proteínas) pode ser predito a partir dos seus grupos a-amino e a-carboxílico livres e da natureza de seus inúmeros grupos R ionizáveis. 38 Exemplos de peptídeos Bradicinina (nonapeptídeo) Inibe a inflamação dos tecidos. Arg-Pro-Pro-Gly-Phe-Ser-Pro-Phe-Arg Ocitocina (nonapeptídeo) Secretada pela hipófise posterior, estimula as contrações uterinas. Cys-Tyr-Ile-Gln-Asn-Cys-Pro-Leu-Gly-NH2 S-S Fator liberador da tirotropina (TRH) Formado no hipotálamo. Estimula a liberação do hormônio tirotropina a partir da glândula hipofisária anterior. Peptídeos biológicos 39 ≠ ENTRE PEPTÍDEOS E PROTEÍNAS: APENAS O NÚMERO DE RESÍDUOS DE AMINOÁCIDOS. PEPTÍDEOS TÊM MENOS AMINOÁCIDOS, ENQUANTO QUE PROTEÍNAS SÃO COMPOSTAS POR VÁRIAS CADEIAS POLIPEPTÍDICAS ASSOCIADAS DE MODO NÃO COVALENTE. PROTEÍNAS Muitas proteínas são formadas apenas por resíduos de aminoácidos; Entretanto, algumas contém componentes químicos associados além dos aminoácidos; elas são chamadas de proteínas conjugadas. A parte não aminoácido de uma proteína é chamado de grupo prostético. Podem ser divididas em glicoproteínas, lipoproteínas e metaloproteínas. DADOS MOLECULARES DE ALGUMAS PROTEÍNAS Algumas proteínas possuem uma única cadeia polipeptídica, enquanto outras formas multissubunidades, pois possuem dois ou mais peptídeos ligados não covalentemente. As proteínas oligoméricas são formadas por mais de uma cadeia polipeptídica não integradas por ligação covalente, como por exemplo, a hemoglobina. A ligação covalente é aquela onde há compartilhamento de um ou mais pares de elétrons. PROTEÍNAS MULTISSUBUNIDADE Oligomérica Protômeros Proteínas com mais de uma subunidade são denominadas OLIGÔMEROS, e as suas subunidades idênticas são denominadas de PROTÔMEROS. PROTEÍNAS CONJUGADAS : aquelas que não são formadas apenas por resíduos de aminoácidos CLASSE GRUPO PROSTÉTICO EXEMPLO Lipoproteínas Lipídeos Β1-Lipoproteína sanguínea Glicoproteínas Carboidratos Imunoglobulina G Fosfoproteínas Grupos fosfato Caseína do leite Hemeproteínas Heme (porfirina férrica) Hemoglobina Flavoproteínas Nucleotídeos de flavina Succinato-desidrogenase Metaloproteínas Ferro Zinco Cálcio Molibdênio Cobre Ferritina Álcool-desidrogenase Calmodulina Dinitrogenase Plastocianina FUNÇÃO E ESTRUTURA PROTEICA As proteínas que possuem funções diferentes sempre possuem sequências de aminoácidos diferentes! Várias doenças genéticas derivam da alteração de uma proteína. A sequência de aminoácidos é totalmente fixa ou invariável pra uma determinada proteína? NÃO!! Existem proteínas polimórficas, que possuem várias sequências de aminoácidos na população humana. NÍVEIS ESTRUTURAIS EM PROTEÍNAS Estrutura primária: sequência de aminoácidos unidos por ligações peptídicas. Estrutura secundária: arranjos estáveis que formam padrões repetitivos (α-hélice e folhas β). Estrutura terciária: arranjo tridimensional da cadeia polipeptídica. Estrutura quaternária:. Arranjo de 2 ou mais cadeias polipeptídicas. O arranjo espacial dos átomos de uma proteína ou qualquer parte da proteína é chamado de conformação; As conformações que existem em determinadas condições são aquelas termodinamicamente mais estáveis. Proteínas dobradas em qualquer uma de suas conformações originais são chamadas de proteínas nativas. A CONFORMAÇÃO DE UMA PROTEÍNA É ESTABILIZADA POR INTERAÇÕES FRACAS O termo estabilidade pode ser definido como a tendência em manter a conformação nativa ->FUNCIONAL. As lnterações químicas que estabilizam a conformação nativa incluem ligações dissulfeto (covalentes), ligações de hidrogênio e interações hidrofóbicas e iônicas -> TODAS SÃO LIGAÇÕES FRACAS. Para todas as proteínas, as interações fracas são importantes para o enovelamento das cadeias polipeptídicas em suas estruturas secundárias e terciárias, que são mais estáveis. A conformação mais estável é aquela com energia livre mais baixa, ou seja, com o número máximo de interações fracas- > ESTRUTURA QUATERNÁRIA. Estrutura secundária: alfa-hélice e folha-beta O termo estrutura secundária se reflete a qualquer segmento de uma cadeia polipeptídica e descreve o arranjo espacial de sues átomos na cadeiaprincipal, sem considerar a posição de suas cadeias laterais ou sua relação com outros segmentos. HÉLICE α (estrutura helicoidal) Arranjo mais simples que a cadeia polipeptídica pode assumir, dada a rigidez de suas ligações peptídicas. O esqueleto polipeptídico é firmemente enrolado em torno de um eixo imaginário e os grupos R dos resíduos de aminoácidos se projetam para fora do esqueleto helicoidal. Cada volta da hélice é mantida por voltas adjacentes por 3 ou 4 ligações de hidrogênio CONFORMAÇÃO Antiparalela Paralela As ligações de hidrogênio são formadas entre segmentos adjacentes da cadeia polipeptíca, dentro da folha. As alfa-hélice e conformações beta são as principais estruturas secundárias que se repetem em um grande número de proteínas! ESTRUTURA TERCIÁRIA O arranjo tridimensional total de todos os átomos de uma proteína é chamado de estrutura terciária. Enquanto o termo “estrutura secundária” se refere ao arranjo espacial dos resíduos de aminoácidos que são adjacentes em um segmento polipeptídico, a estrutura terciária inclui aspectos de alcance mais longo da sequência de aminoácidos. Isso quer dizer que aminoácidos que estão bem distantes na sequência polipeptídica e em diferentes tipos de estruturas secundárias podem interagir na estrutura terciária. Algumas proteínas contém duas ou mais cadeias polipeptídicas distintas, ou subunidades, que podem ser idênticas ou diferentes. O arranjo dessas proteicas em complexos tridimensionais constitui a estrutura quaternária. ESTRUTURAS TERCIÁRIA E QUATERNÁRIA Curvaturas: formadas por aminoácidos específicos->Pro, Thr, Ser e Gly Posições terciárias: interações fracas e algumas vezes covalentes. PROTEÍNAS TERCIÁRIAS E QUATERNÁRIAS PODEM SER FIBROSAS E GLOBULARES Proteínas fibrosas: cadeias polipeptídicas arranjadas em longos filamentos ou folhas. Proteínas globulares: cadeias polipeptídicas dobradas em uma forma esférica ou globular. ENZIMAS E PROTEÍNAS REGULADORAS Suporte Forma Proteção PROTEÍNAS FIBROSAS Força e/ou flexibilidade; Unidade estrutural = elemento simples de estrutura secundária; Insolúveis em água (resíduos de aminoácidos hidrofóbicos); α-queratina, colágeno e fibroína da seda. α-QUERATINA Duas cadeias em espiral enrolada Protofilamento Protofibrila Sentido anti- horário Hélice α de queratina Sentido horário Ala, Val, Leu, Ile, Met e Phe 4 = 32 α queratina = 1 filamento intermediário α-QUERATINA ESTRUTURA PROTEICA GLOBULAR Conformação totalmente estendida Hélice totalmente estendida Forma globular nativa enovelada O dobramento garante a diversidade estrutural necessária às proteínas para realizar um grande leque de funções biológicas. Proteínas incluem enzimas, transportadoras, globulares proteínas proteínas reguladoras, proteínas motoras, imunoglobulinas, etc. MIOGLOBINA Grupo heme Aminoácidos hidrofóbicos Hélices α Núcleo hidrofóbico denso DIVERSIDADE DE ESTRUTURAS TERCIÁRIAS Diversas formas de dobramento; Hélice e Folha ligadas; Empilhamento e arranjo dos segmentos; Diferentes padrões de dobramento. Centro - hidrofóbico Ligações de H Interações iônicas Lateral - hidrofílica Troponina DOMÍNIOS ESTRUTURAIS Domínio A Domínio B dobradiça Parte da cadeia polipeptídica que é independentemente estável ou pode se movimentar como uma entidade isolada em relação ao resto da proteína. Capsídeos virais Simetria helicoidal proteína RNA Vírus do mosaico do tabaco Simetria icosaédrica Poliovírus proteína Desnaturação de proteínas: perda da função Temperatura pH Solventes orgânicos Solutos (uréia) Detergentes Ligações de H Repulsão eletrostática Interações hidrofóbicas Desnaturação: perda de estrutura tridimensional suficiente para causar a perda de função. 2 2 p 1 p pI K K + = 97 , 5 2 6 , 9 34 , 2 pI = + =
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