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Vírus Herpes Simples (HSV-2) - Trabalho

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Vírus Herpes 
Simples (HSV-2)
Disciplina: Citologia Clínica.
Docente: Valéria Morgiana Gualberto Duarte 
Moreira Lima.
Discentes: Alessandra de Souza Silva, Ana Karla 
Casimiro de Aragão e Erisson Leite Lemos.
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O que é?
A flora vaginal é composta por 
mais de 200 tipos de bactérias.
Composta principalmente pelas 
bactérias do tipo lactobacillus.
A herpes simples é uma infecção causada por vírus 
muito comum e bastante contagiosa, geralmente é 
percebida por ferimentos na região genital. Sendo assim 
considerada uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível).
! Pode apresentar-se de forma assintomática e atingir bebês.
Estresse, infecções, uso de 
antibióticos, corticóides, etc.
Causa diminuição considerável 
de lactobacillus na região.
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Em sua estrutura é possível observar a presença de 
envelopes de proteínas, envelope (membrana) 
lipídica, DNA e nucleocapsídeo envolvendo o 
material genético do vírus.
Como ocorre a transmissão?
A principal forma de contágio do HSV-2 é através da relação sexual e 
contato direto com os ferimentos causado pelo vírus.
Pode ocorrer transmissão da herpes por:
Contato direto pelo beijo, compartilhamento de objetos de uso comum, 
transmissão vertical e perinatal.
Tipos de infecção
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Não primáriaPrimária Recorrente
Ocorre após primeiro 
contato com vírus, 
podendo manifestar-se 
através de febre, dor de 
cabeça, mialgia e etc.
Quando acometido no 
colo do útero, é comum 
apresentar corrimento.
Entre os homens, pode 
causar corrimento 
uretral.
90% e 60% dos 
pacientes desenvolvem 
novos episódios nos 
primeiros 12 meses, 
por reativação viral.
Apresenta menos 
sintomas gerais que a 
primária.
Quantidade de lesões e 
quadro clínico são mais 
brandos que as 
primeiras. 
O tempo de quadro 
também costuma ser 
menor: 2 a 5 dias, 
mesmo sem 
tratamento específico.
Inicialmente pode haver coceira e 
ardência no local onde surgirão as lesões.
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Como se manifesta?
A seguir, formam-se pequenas bolhas 
agrupadas sobre a área avermelhada.
As bolhas rompem-se liberando líquido 
rico em vírus e formando uma ferida.
A ferida começa a secar formando uma 
crosta que dará início à cicatrização.
!
Duração da doença é de 
cerca de 5 a 10 dias.
Contágio.
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Diagnóstico clínico/Laboratorial 
O material é coletado com um swab a 
partir de raspado de vesículas 
dérmicas e semeado em meio de 
cultura. As alterações são 
visualizáveis com 24 a 48 horas de 
incubação, através de microscopia 
de fase.
Cultura viral Sorologia
Técnica especialmente indicada 
quando houver queixas de 
desconforto genital ou labial 
recorrente, porém sem presença 
de lesões. Informa principalmente 
acerca de exposição anterior.
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Diagnóstico clínico/Laboratorial 
Técnica molecular baseada no 
conhecimento prévio de uma sequência 
de DNA; 
Usa-se um oligonucleotídeo artificial 
complementar a esta sequência, 
denominado primer (iniciador). 
No termociclador, misturam-se o DNA da amostra, 
um excesso molar de primers medindo de 188 a 
330 bp, nucleotídeos dNTP (deoxyNucleotide 
TriPhosphate), e uma enzima chamada Taq 
(Thermus aquaticus)-polimerase. A elevação da 
temperatura causa desnaturação do DNA da 
amostra e o pareamento dos primers às suas 
extremidades.
O primer deverá se parear com o 
segmento correspondente de uma das 
hastes do DNA estudado, se o mesmo 
efetivamente existir na amostra, 
possibilita detecção.
PCR
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Diagnóstico clínico/Laboratorial 
Técnica citológica que consiste no raspado da base da lesão vesiculosa da pele e 
coloração pela HE, para pesquisa de células gigantes multinucleadas com 
corpos de inclusão (vírions). 
Trata-se de um método com baixa especificidade, pois não distingue o HSV de 
outras espécies de herpesvírus. Reservado para casos atípicos e em pacientes 
imunocomprometidos.
Método de Tzanck
Células da infecção pelo herpesvírus 
humano, são multinucleadas, com 
núcleos amoldados, de cromatina 
perinuclear regularmente espessada.
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Diagnóstico Diferencial 
Deve ser feito comparando outras patologias que cursam com úlceras genitais tais como: 
sífilis, cancro mole, linfogranuloma, donovanose e ainda piodermite e quadros agudos de 7 
vulvovaginites, para diferenciar a Herpes Simples destas outras infecções.
 A gengivoestomatite herpética deve ser 
diferenciada da candidose, aftose, síndrome 
de Stevens-Johnson, herpangina e 
infecções bacterianas.
As ulcerações genitais devem ser 
diferenciadas das que ocorrem na sífilis, 
cancróide, linfogranuloma venéreo, 
candidíase e ulcerações traumáticas
 A encefalite herpética, principalmente no 
portador de aids, deve ser diferenciada de 
meningite bacteriana, meningoencefalite 
criptocócica, meningoencefalite tuberculosa e 
neurotoxoplasmose.
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Exames Complementares 
Existem alguns exames laboratoriais complementares que podem auxiliar a detectar o vírus 
da Herpes Simples, além do diagnóstico tradicional com os exames de sorologia e PCR. 
Exemplos destes exames e suas respectivas funções:
Método de Imunofluorescência direta (IFD): permite a detecção de antígenos em amostras ou 
confirmação da presença do HSV em cultura.
Método Imunoenzimático: técnica semelhante ao IFD, porém com a vantagem de ser de fácil 
execução, não necessitar de microscópio de fluorescência e manter a cor por tempo 
indeterminado.
Sondas de ácido nucléico (SAN): usa segmento de RNA e DNA para detecção do vírus, sendo 
atualmente utilizado para detecção de sequência de HSV-1 e HSV-2.
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Tratamento 
O objetivo do tratamento consiste em atender 4 pontos principais:
 Melhorar a ansiedade do paciente.
 Aliviar os sintomas.
 Reduzir a duração dos sintomas.
 Reduzir a transmissão viral.
 Condutas que devem ser evitadas durante o tratamento:
 Drenagem das vesículas;
 Uso tópico de Corticóides; 
 Inativação com corantes vitais (vermelho neutro, azul de metileno e 
proflavina);
 Abstenção de relação sexual na presença de pródromos.
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Tratamento 
Via oral: apresentam como principal objetivo o bloqueio da 
replicação viral. Hoje contamos com três principais drogas 
(análogos nucleosídeos): 
Aciclovir - é a mais antiga das drogas. É absorvida pelas células infectadas preservando as 
células sadias. Tem sido seguro no tratamento da infecção primária e seus efeitos colaterais 
são mínimos, pois somente 20% da dose oral é absorvida. Sua biodisponibilidade é de 10 a 
20%, exigindo doses mais frequentes
Valaciclovir - éster L-valina do aciclovir que age como pro droga e é convertido para aciclovir, 
após absorção no intestino e no fígado. Sua principal vantagem é sua alta concentração no 
plasma em relação ao aciclovir (3 a 5 vezes mais). Sua biodisponibilidade é de 
aproximadamente 55%. 
Fanciclovir - requer atividade da timidina-cinase codificada pelo vírus para transformar a 
droga no seu composto ativo: penciclovir. Apresenta uma meia-vida celular maior que o 
aciclovir (10 a 20 horas) e tem uma biodisponibilidade de 77% permitindo como o valaciclovir 
doses menos frequentes. 
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Tratamento 
Via tópica: As medicações tópicas não têm apresentado respostas 
satisfatórias. As mais utilizadas são:
Viroptc: preparação oftálmica tópica. 
Penciclovir: primeira droga tópica apresentando resultados efetivos
Cidofovir: atualmente uma promessa para o tratamento tópico de infecções 
herpéticas genitais recorrentes .
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Esquema Terapêutico: 
Primo-infecção:
Infecção recorrente:
Terapia Sugestiva: (mais de 6 episódios em 1 ano):
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Questionamentos
1. Sabemos que o Vírus Herpes Simples (HSV-2) é de fácil contágio e que pode 
trazer diversas complicações à saúde do paciente. A partir disso, e tendo 
conhecimento do assunto abordado e de como o vírus se manifesta, cite os 
estágios de desenvolvimento da doença e dê ênfase a etapa que possui 
maior risco de infecção.
2. A paciente está com lesões no órgão genital, relata que começou com coceira e 
ardência, surgindo bolhas na região, além de está se espalhando algumas 
formou-se feridas,o médico suspeita de HVS-2, após a análise. Porém, é 
necessário o diagnóstico laboratorial. Na sua opinião, qual o método que seria 
viável para confirmar a suspeita da doença e como procederia para realizá-lo?
3. Tendo em visto o conhecimento sobre o assunto da Herpes Simples abordado, 
quais seria os medicamentos mais utilizados no tratamento desta infecção caso 
uma paciente chegasse no seu consultório farmacêutico com este diagnóstico ? 
Ao final, no que se baseia a diferença de tratamento de uma primo-infecção e 
uma infecção recorrente ?
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. [s.l.] , [s.d.]. Disponível em: 
<https://www.febrasgo.org.br/images/arquivos/manuais/Manual_de_Patologia_do_Trato_Genital_Inferi
or/Manual-PTGI-Cap-08-Herpes-genital.pdf>.
 
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Geller, M. el al. Herpes Simplex: Clinical Update, Epidemiology and Therapeutics. DST - J bras Doenças 
Sex Transm; v. 24, n. 4, p. 260-266, 2012.
Herpes simples. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/2079-herpes-simples>. 
Acesso em: 23 de maio. 2021.
Referências:
TEXTOS, S.; DE SAÚDE, B. DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS GUIA DE BOLSO 6a edição revista. 
[s.l.] , 2006. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_bolso_6ed.pdf>.
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Obrigado!!

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