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Suporte Básico de Vida e OVACE

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Suporte Básico de Vida no Adulto 
 
 
Conceitos 
 Parada cardiorrespiratória: situação súbita e inesperada, 
tendo como características, a interrupção dos batimentos 
cardíacos de forma eficaz, apneia, inconsciência, a não 
resposta a estímulos e pulso impalpável, sendo assim, o 
coração não exercera sua função como bomba, resultando 
em alterações em sua atividade mecânica e elétrica, 
diminuindo o debito cardíaco; 
 SBV: é a primeira abordagem da vítima e abrange o 
reconhecimento da PCR, o acionamento do suporte 
avançado móvel, a desobstrução das vias aéreas, a 
ventilação, circulação artificial e desfibrilação elétrica; 
 Objetivos: 
->Promover artificialmente a circulação de sangue 
oxigenado pelo organismo; 
->restabelecer ritmo cardíaco compatível com a 
vida; 
->evitar os danos causados pela isquemia 
prolongada; 
->estender o tempo de vida até a chegada de 
socorro avançado; 
 RCP: ações precoces – drogas 
 Naloxone 
 Questões éticas do SBV: 
 Consentimento implícito 
 Negligência (Art. 135 do código penal) – deixar de 
prestar socorro à vítima de acidentes ou pessoas em 
perigo eminente é crime: 
->omitir socorro quando é a sua função 
->prestar socorro fora do protocolo 
->agravar ou provocar lesões. 
 DEA: sistema de análise de ritmo, possui voz de comando 
para choque (fala depende do ritmo) e quando acionado 
dispara uma carga elétrica; 
 Não pode ser usado em ambientes molhados ou 
com risco de explosão; 
Epidemiologia da Parada 
Cardiorrespiratória 
 Permanece como uma das emergências cardiovasculares 
de grande prevalência e com morbidade e mortalidade 
elevadas; 
 O principal ritmo de PCR em ambiente extra-hospitalar é a 
Fibrilação Ventricular (FV) e a Taquicardia Ventricular (TV), 
chegando a quase 80% dos eventos, com bom índice de 
sucesso na reversão, se prontamente tratados; 
 Quando a desfibrilação é realizada precocemente, em até 
3 a 5 minutos do início da PCR, a taxa de sobrevida é em 
torno de 50% a 70%; 
 Em contrapartida, em ambiente intra-hospitalar, o ritmo de 
PCR mais frequente é Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP) 
ou assistolia, com pior prognóstico e baixas taxas de 
sobrevida, inferiores a 17%; 
 Sobrevida de 98% com desfibrilação em 30 segundos; 
 Sobrevida é diminuída em 10% para cada minuto de atraso 
na desfibrilação; 
 Sobrevida de PCR extra-hospitalar – 6,4%; 
 Sobrevida de PCR extra-hospitalar em assistolia – 1%; 
 Sobrevida de PCR extra-hospitalar em fibrilação – 16% 
 Sobrevida de PCR em fibrilação se o uso do DEA < 3min – 
74% 
 
Procedimento 
1. Segurança no local: Certifique que o local é seguro para 
você e para a vítima; peça para se afastarem caso 
preciso; Se for seguro prossiga o atendimento; 
*se apoie no chão com os dois joelhos 
2. Avalie a responsividade da vítima: observe se a vítima 
lhe responde, chamando-a e tocando-a pelos ombros 
no mínimo 3 vezes, até fazendo estímulo vigoroso. Se 
a vítima responder, se apresente e converse com ela 
perguntando se precisa de ajuda. Se a vítima não 
responder, chame ajuda imediatamente; 
 
3. Chame ajuda: em ambiente extra-hospitalar, ligue para 
o número local de emergência e, se um DEA estiver 
disponível no local, vá busca-lo. Caso esteja 
acompanhado, peça a pessoa para ligar para o SAMU 
192 e ir pegar o DEA (se houver mais de uma pessoa, 
aponte para uma fazer), enquanto isso você continua a 
atender a vítima; 
4. Cheque respiração e pulso: Cheque o pulso carotídeo 
(evitar passar a mão para o lado que possa comprimir 
a garganta – causando obstrução da passagem de ar) e 
a respiração (inclinação da cabeça do paciente e o 
queixo para abrir as vias aéreas) simultaneamente, 
observando se há elevação do tórax da vítima e se há 
pulso, em não mais que 10 segundos. Se a vítima não 
respirar, ou apresentar gasping e o pulso estiver 
ausente, inicie RCP; 
 Se a vítima não apresentar respiração e pulso, o 
profissional deve sinalizar que é uma PCR e acionar 
o Código Azul (se a instituição possuir um Time de 
Resposta Rápida − TRR) ou solicitar a presença de 
profissionais necessários para o atendimento; 
 Caso a vítima tenha respiração e pulso, fique ao 
seu lado e aguarde para ver sua evolução e a 
chegada de outros profissionais; 
 Se a vítima não estiver respirando ou apresentar 
somente gasping e pulso, aplique uma ventilação a 
cada 5 a 6 segundos, mantendo frequência de 10 a 
12 ventilações por minuto. Cheque o pulso a cada 
2 minutos. Se não detectar pulso na vítima ou 
estiver em dúvida, inicie os ciclos de compressões 
e ventilações; 
 
5. Inicie Ciclos de 30 Compressões e Duas Ventilações: 
ciclos de 30 compressões e duas ventilações (cada uma 
de apenas 1 segundo), considerando que existe um 
dispositivo de barreira (por exemplo, máscara de bolso 
para aplicar as ventilações). Se o profissional não 
possuir máscara de bolso ou não se sentir preparado 
para aplicar as ventilações, ele pode realizar as 
compressões contínuas de 100 a 120 por minuto; 
 Compressões torácicas efetivas são essenciais para 
promover o fluxo de sangue, devendo ser 
realizadas em todos pacientes em parada cardíaca; 
 Se houver mais de um socorrista, alterne as 
funções de compressão e ventilação a cada 2 
minutos, a fim de manter a qualidade da RCP; 
 
Compressões torácicas 
 Os aspectos principais a serem observados nas 
compressões são frequência, profundidade, retorno do 
tórax a cada compressão e interrupção mínima. 
 Para a oxigenação adequada dos tecidos, é essencial 
minimizar as interrupções das compressões torácicas e 
maximizar a quantidade de tempo em que as 
compressões torácicas geram fluxo de sangue. A 
Fração das Compressões Torácicas (FCT) é a proporção 
de tempo em que as compressões são realizadas 
durante uma PCR; 
 Para maximizar a perfusão, recomenda-se que as 
pausas das compressões torácicas sejam minimizadas, 
a fim de que a FCT seja de, pelo menos, 60% e, 
idealmente, de 80%; 
 
 MODO ADEQUADO: 
1. Posicione-se ao lado da vítima e mantenha seus 
joelhos com certa distância um do outro, para que 
tenha melhor estabilidade. 
2. Afaste ou corte a roupa da vítima (se uma tesoura 
estiver disponível), para deixar o tórax desnudo. 
3. Coloque a região hipotenar de uma mão sobre a 
metade inferior do esterno da vítima e a outra mão 
sobre a primeira, entrelaçando-a. 
4. Estenda os braços e os mantenha cerca de 90º 
acima da vítima; 
5. Comprima na frequência de 100 a 120 
compressões/ minuto. 
6. Comprima com profundidade de, no mínimo, 5 cm 
(evitando compressões com profundidade maior 
que 6 cm). 
7. Permita o retorno completo do tórax após cada 
compressão, evitando apoiar-se no tórax da vítima. 
8. Minimize interrupções das compressões, pause no 
máximo 10 segundos para realização de duas 
ventilações. Considere obter uma fração de 
compressão torácica maior possível, tendo como 
objetivo um mínimo de 60%. 
9. Reveze com outro socorrista a cada 2 minutos, 
para evitar o cansaço e compressões de má 
qualidade. 
 As manobras de RCP devem ser ininterruptas, exceto 
quando: a vítima se movimentar; durante a fase de 
análise do ritmo cardíaco pelo desfibrilador; durante o 
posicionamento de via aérea avançada; e quando 
ocorrer exaustão do socorrista. 
Ventilação 
 As ventilações são aplicadas após 30 compressões 
torácicas durante a RCP, seguindo a sequência C-A-B. A 
prioridade para as compressões torácicas deve-se ao 
fato da necessidade em gerar fluxo de sangue e 
também evitar os atrasos práticos inerentes às 
tentativas de ventilações adequadas. 
 Além disso, se a vítima possui uma via aérea patente, 
ocorre a chamada ventilação passiva durante as 
compressões torácicas; 
 Devem ser realizadas em uma proporção de 30 
compressões para duas ventilações, com duração de 
apenas 1 segundo cada, fornecendo quantidade de ar 
suficiente para promover a elevação do tórax. A hiperventilação é contraindicada, pois pode 
aumentar a pressão intratorácica, diminuindo a pré-
carga e o Débito Cardíaco (DC), e comprometendo a 
sobrevida. 
 Há ainda o risco de hiperinsuflação gástrica, podendo 
desencadear vômitos, bronco aspiração e limitação da 
mobilidade do diafragma. 
 Evidências de contaminação com a realização de 
ventilação boca a boca são mínimas, mas é indicado 
que o socorrista utilize mecanismos de barreira − por 
exemplo, máscara de bolso (pocket mask) ou Bolsa 
Válvula-Máscara (BVM). 
Desfibrilação 
 A Desfibrilação pode ser realizada com um 
equipamento manual ou o DEA. Este último pode ser 
utilizado por qualquer pessoa, assim que possível; 
 
 Desfibrilação precoce é o tratamento para vítimas em 
FV e TV sem pulso (TVSP) de curta duração, que 
apresentaram colapso súbito em ambiente extra-
hospitalar, sendo este o principal ritmo de PCR nesses 
locais; 
 Interromper a RCP para o uso do DEA; 
 Descarga deve ser seguida do RCP; 
 Desfibrilador bifásico – trucada – 150 J a 200 J; 
 // // retilínea – 120 J; 
 PROCEDIMENTO: 
1. Exposição da região para a colocação dos eletrodos 
(roupas); 
2. Tricotomia (se necessário); 
3. Limpar a pele (retirar possível areia, lama e secar a 
pele); 
4. Ligue o DEA, apertando o botão on-off (alguns 
dispositivos ligam automaticamente ao abrir a 
tampa). Isso ativa os alertas verbais que orientam 
todas as etapas subsequentes; 
5. Posicionar os eletrodos; 
6. Conectar o cabo; 
7. Quando o DEA indicar “analisando o ritmo 
cardíaco, não toque no paciente”, deve-se afastar 
todos para o DEA analisar o ritmo elétrico do 
coração; 
8. Se o choque for indicado, o DEA emitirá a frase: 
“choque recomendado, afaste-se do paciente”. O 
socorrista que estiver manuseando o DEA deve 
solicitar para que todos se afastem; 
9. Pressionar o botão indicado pelo aparelho para 
aplicar o choque, o qual produz uma contração 
repentina dos músculos do paciente; 
10. A RCP deve ser iniciada pelas compressões 
torácicas, imediatamente após o choque. A cada 2 
minutos, o DEA analisa o ritmo novamente e pode 
indicar novo choque, se necessário. Se não indicar 
choque, deve-se reiniciar a RCP imediatamente, 
caso a vítima não retome a consciência; 
11. Mesmo se a vítima retomar a consciência, o 
aparelho não deve ser desligado e as pás não 
devem ser removidas ou desconectadas até que o 
serviço médico de emergência assuma o caso; 
12. Se não houver suspeita de trauma, e a vítima já 
apresentar respiração normal e pulso, o socorrista 
pode lateralizar a vítima, porém deve permanecer 
no local até que o serviço médico de emergência 
chegue; 
 
Posição lateral de recuperação 
Causas comuns 
 Fibrilação ventricular 
 
 Taquicardia ventricular 
 
Fisiologia no SBV 
 As compressões fazem com que os ventrículos ejetem 
sangue, principalmente tem-se uma preocupação com 
o VE, pois esse ejeta o sangue para aorta, que realiza o 
seguinte trajeto até o cérebro: 
 
 Então as compressões previnem a hipóxia, que pode 
decorrer pela falta bombeamento do sangue 
oxigenado;
Suporte Básico de Vida Pediátrico 
Conceitos 
 O atendimento pediátrico inclui algumas 
particularidades, dependendo da faixa etária 
(classificação diferente da usada na pediatria clínica): 
 Lactentes: menores de 1 ano, excluindo os 
recém-nascidos (RN); 
 Crianças: maiores de 1 ano e antes de apresentar 
sinais de puberdade (aparecimento do broto 
mamário em meninas e em meninos, pela 
presença de pelos em região axilar). 
 Adolescentes: apresentam sinais de puberdade. 
Neste grupo, aplicam-se as recomendações dos 
adultos; 
 C-A-B: sequência de RCP para pediatria e adultos, é 
recomendada pelo início precoce das compressões 
torácicas, a uniformização da RCP em adultos e 
crianças, e um atraso mínimo no início das 
ventilações; 
 A abordagem A-B-C considera a etiologia da asfixia da 
maioria das PCR em pediatria, valorizando o início 
precoce das ventilações, mas hoje a adotada é a C-A-
B; 
Causas 
 A PCR em pediatria ocorre em consequência da 
deterioração da função respiratória ou choque, 
ocasionando hipoxemia e acidose progressiva, 
culminando na PCR secundária; 
 A PCR primária de causa cardíaca, como nos adultos 
(FV e TV), constitui causa menos frequente, entre 5 a 
15% das PCR pediátricas pré-hospitalares; 
 O SBV é a base do SAV em pediatria; 
Procedimento 
1. Checar segurança: pedir que todos deem espaço, 
caso for um local com muitas pessoas e se não for um 
local seguro pode-se optar por remover a vítima e 
iniciar o atendimento; 
2. Checar responsividade: Em lactentes, bater na região 
plantar de um dos pés do bebê por três vezes. Em 
crianças, chamar e tocar nos ombros por três vezes; 
Em caso de resposta, avalie e chame ajuda, se 
necessário. 
3. Chamar ajuda: Se a vítima não responde e se encontra 
fora do ambiente hospitalar ative o serviço de 
emergência, caso tenham outras pessoas, aponte 
para uma e peça – ligar para o SAMU 192 ou corpo de 
bombeiros 193, e conseguir um DEA; 
4. Checar pulso e respiração simultaneamente: em 5 a 
10 segundos; braquial em lactentes e carotídeo em 
crianças; 
 OBS: em crianças e lactentes fazer compressões 
com pulso menor ou igual a 60/min; 
 Respiração normal com pulso: ativar o SME (caso 
ainda não tenha feito); retornar a vítima e 
monitorar até o SME chegar 
 Sem respiração e com pulso: realize respirações 
de resgate de 3 a 5 segundos (12 a 20 respirações 
por minuto). Para as ventilações, realizar a 
abertura das vias aéreas, utilizando a técnica da 
inclinação da cabeça para trás e elevação do 
mento. 
->Se a frequência do pulso for menor que 60 bpm 
e não aumentar rapidamente após o início das 
ventilações de resgate, observe se há sinais de 
má perfusão. 
->Na presença de hipoperfusão, a bradicardia 
apresenta repercussão hemodinâmica e está 
indicado o início precoce das compressões 
torácicas intercaladas com ventilação. 
->Reavaliar em 2 minutos; se o pulso estiver 
ausente ou houver dúvida da presença de pulso 
após 10 segundos, reiniciar compressões 
torácicas. 
SOBRE AS COMPRESSÕES E VENTILAÇÕES: 
 Para compressões torácicas e ventilações, a 
frequência deve ser de 100 a 120 compressões por 
minuto; 
 30 compressões e duas ventilações com um 
socorrista, ou 15 compressões e duas ventilações 
com dois socorristas; 
 Sobre o local e a técnica de compressão: em 
lactentes, traçar uma linha imaginária entre os 
mamilos e colocar dois dedos logo abaixo da linha 
intermamilar, com dois socorristas, envolver o tórax e 
sustentar as costas com os dedos de ambas as mãos, 
utilizando os polegares lado a lado, para realizar as 
compressões torácicas no terço inferior do esterno, e 
o outro fica na região da ventilação; 
 Em crianças, usar uma (a outra se posiciona na 
fronte, para segurar a cabeça) ou duas mãos, no 
terço inferior do esterno, evitando-se o apêndice 
xifoide 
 A profundidade de compressão é de um terço do 
diâmetro anteroposterior ou aproximadamente 4 
cm em lactentes e 5 cm em crianças. (6 é o máximo, 
com riscos); 
 Reavaliar a cada 2 minutos o pulso central e rodiziar, 
quando houver mais de um ressuscitador, a função 
de compressão do tórax, para minimizar a fadiga; 
 
 Não respira (ou somente com gasping) e sem 
pulso: 
o Se o colapse foi súbito presenciado: ativar o 
SME, caso não o tenha feito, buscar um DEA 
e seguir os passos de RCP; 
o Se o colapso não foi presenciado: realizar 2 
minutos de RCP e depois, se sozinho acionar 
o SME e buscar o DEA e voltar a RCP;
Ovace - Obstrução das Vias Aéreas por Corpos Estranhos 
Características 
 Devemos suspeitar de Obstrução de Vias Aéreas por 
Corpo Estranho (OVACE) quando houver 
aparecimento abrupto de estridor, tosse, cansaço e 
broncoespasmo na ausência de febre ou sintomas 
prodrômicos. Em geral,os episódios de engasgo 
ocorrem durante a alimentação ou recreação; 
 Sinal universal da asfixia: mãos pegando na garganta 
com a boca aberta; (imagem abaixo) 
 Perguntar se a pessoa está engasgada ou com 
dificuldade de respirar, se precisa de ajuda; 
 Informar que vai ajudar 
 Precisa-se avaliar a severidade: 
 Obstrução leve: Paciente capaz de responder se 
está engasgado. Consegue tossir, falar e 
respirar. 
 Obstrução grave: Paciente consciente e que não 
consegue falar. Pode não respirar ou apresentar 
respiração ruidosa, tosse silenciosa e/ou 
inconsciência 
 MANOBRA DE HEIMLICH: 
 
 Posicionar-se por trás do paciente, com seus 
braços à altura da crista ilíaca; (no caso de 
criança o socorrista pode ficar ajoelhado ou 
ergue-la) 
 Posicionar uma das mãos fechada, com a face do 
polegar encostada na parede abdominal, entre 
apêndice xifoide e a cicatriz umbilical; ou seja 
enlaçar os braços ao redor do abdômen, na 
região epigástrica; 
 Com a outra mão espalmada sobre a primeira, 
comprimir o abdome em movimentos rápidos, 
direcionados para dentro e pra cima (em j); e 
 Repetir a manobra até a desobstrução ou o 
paciente tornar-se não responsivo. 
 obs.: em pacientes obesas e gestantes no último 
trimestre, realize as compressões sobre o 
esterno (linha intermamilar) e não sobre o 
abdome. 
Adultos 
 Obstrução leve em paciente responsivo: 
 Não realizar manobras de desobstrução (não 
interferir); 
 Acalmar o paciente; 
 Incentivar tosse vigorosa; 
 Monitorar e suporte de O2, se necessário; 
 Obstrução grave em paciente responsivo - executar 
a manobra de Heimlich; 
 Obstrução grave em paciente irresponsivo: 
1. Posicionar o paciente em decúbito dorsal em 
uma superfície rígida; 
2. Diante de irresponsividade chamar o serviço de 
emergência e pedir um DEA; 
3. Na ausência de respiração com pulso, executar 
compressões torácicas com objetivo de 
remoção do corpo estranho; 
4. Abrir vias aéreas, visualizar a cavidade oral e 
remover o corpo estranho, se visível e alcançável 
(com dedos ou pinça); 
5. Se nada encontrado, realizar 1 insuflação e se o 
ar não passar ou o tórax não expandir, 
reposicionar a cabeça e insuflar novamente; 
6. Considerar o transporte imediato mantendo as 
manobras básicas de desobstrução 
Crianças 
 Obstrução leve em criança responsiva: mesmo 
procedimento do adulto; 
 Obstrução grave em criança responsiva - executar a 
manobra de Heimlich, pode-se apoiar a criança entre 
as pernas; 
 
 
 Obstrução grave em criança irresponsiva: 
1. Se a criança tornar-se irresponsiva, o 
profissional deve interromper a manobra de 
Heimlich e iniciar manobras de ressuscitação 
cardiopulmonar; 
2. Diante de irresponsividade chamar o serviço de 
emergência e pedir um DEA; 
3. Posicionar o paciente em decúbito dorsal em 
uma superfície rígida; 
4. Iniciar manobras aplicando inicialmente 30 
compressões torácicas com o objetivo de expelir 
o corpo estranho; 
5. Abrir vias aéreas e, antes de ventilar (ocluindo as 
narinas), inspecionar a cavidade oral e remover 
o corpo estranho, se visível e facilmente 
alcançável (com os dedos ou pinça); 
6. Caso nada seja encontrado, realizar uma 
insuflação com dispositivo bolsa-valva-máscara; 
se o ar não passar ou o tórax não expandir, 
reposicionar a cabeça e insuflar novamente; 
7. Se ainda assim o ar não passar ou o tórax não 
expandir, realizar 30 compressões torácicas (um 
profissional) ou 15 compressões (dois 
profissionais) e inspecionar cavidade oral; 
8. Na ausência de sucesso, repetir ciclos de 
compressões e ventilações; 
9. Considerar o transporte imediato, mantendo as 
manobras básicas de reanimação; 
10. Se o objeto for expelido e ocorrer a passagem do 
ar (tórax expandir), realizar a avaliação primária 
e oferecer oxigênio; 
11. Na ausência de responsividade e de movimentos 
respiratórios, palpar pulso; 
Bebês 
 Obstrução leve em bebê responsivo: mesmo 
procedimento dos anteriores nesse tópico; 
 Obstrução grave em bebê responsivo: Executar as 
manobras de desobstrução; 
 O profissional deve sentar-se para realizar a 
manobra; 
 Posicionar o bebê em decúbito ventral sobre o 
antebraço do profissional, que deve apoiar a 
região mentoniana do bebê com os dedos em 
fúrcula; 
 Apoiar o antebraço que suporta o bebê sobre 
sua coxa, mantendo a cabeça em nível 
discretamente inferior ao tórax 
 Aplicar ciclos repetidos de cinco golpes no dorso 
(entre as escápulas e com o calcanhar da mão), 
seguidos de cinco compressões torácicas logo 
abaixo da linha intermamilar, até que o objeto 
seja expelido ou o bebê torne-se irresponsivo 
 OBSTRUÇÃO GRAVE EM BEBÊ IRRESPONSIVO: 
1. Solicitar apoio do SAMU e o DEA; 
2. Assim que o bebê tornar-se irresponsivo, o 
profissional que realiza as manobras deve parar 
de aplicar golpes no dorso e, imediatamente, 
iniciar manobras de ressuscitação 
cardiopulmonar; 
3. Posicionar o paciente em decúbito dorsal em 
uma superfície rígida; 
4. Iniciar as manobras aplicando as compressões 
torácicas sobre o esterno, logo abaixo da linha 
intermamilar, para expelir o corpo estranho; 
5. A partir desse ponto todos os procedimentos são 
iguais as da criança; 
Comparação das manobras em criança, adultos e bebê
 
Referências: Protocolos de Suporte Básico de Vida – 
SAMU – 2015; AHA diretrizes de RCP e ACE – 2015; 
diretriz de RCP – 2019 SBC 
Autoria: Maria Seiane Farias Barros – 2º período de 
medicina - FAHESP-IESVAP

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