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Pele e Anexos

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FECHAMENTO 1 Pele e Anexos
1. Sobre a Pele
1.1- Conceituar Pele.
A pele recobre a superfície do corpo e apresenta-se constituída por uma porção epitelial de origem ectodérmica, a epiderme, e uma porção conjuntiva de origem mesodérmica, a derme. A pele corresponde basicamente a 15% do nosso peso corporal, além de ser o maior órgão do corpo humano.
1.2- Descrever a histologia dos tecidos que formam a pele (célula, componentes de ligação entre os tecidos, matriz...)
O tecido epitelial se origina dos três folhetos embrionários (mesoderme, endoderme) e principalmente do ectoderme a pele e os anexos (unhas, pelos e glândulas) que são derivados do processo de gastrulação. E ele tem células justapostas e tem pouca matriz extracelular justamente para manter a adesão no tecido.
E nisso temos os componentes de ligação os desmossomos (mácula de adesão) que fazem a ligação da membrana com outra próxima a ela, ou seja, função de força mecânica. E eles tem uma estrutura em forma de disco e para que ocorra a junção tem a ver a participação de proteínas transmembranas da família das caderinas(proteína de adesão) porque elas vão ter longas cadeias peptídicas que se projetam para o exterior da célula e vão se prender a outra extremidade das caderinas da célula adjacente.
 E com isso, temos também a união pela lâmina basal que une o tecido epitelial ao tecido conjuntivo e tudo isso por meio dos hemidesmossomos que são parecidos com os desmossomos mas com função diferente e são junções intercelulares que conectam e fixam a membrana plasmática das células epiteliais à lâmina basal por meio de filamentos de queratina. E neles não existem caderinas e sim proteínas integrinas.
Zônula de adesão: uma espécie de cinturão adesivo situado junto a borda livre das células epiteliais. A zona de oclusão mantém as células vizinhas tão encostadas que impede a passagem de moléculas entre elas. Assim, substâncias eventualmente presentes em uma cavidade revestida por tecido epitelial não podem penetrar no corpo, a não ser atravessando diretamente as células.
GAP junções ou comunicantes: são partículas cilíndricas que fazem com que as células entrem em contato umas com as outras, para que funcionem de modo coordenado e harmônico. Esses canais permitem o movimento de moléculas e íons, diretamente do citosol de uma célula para outra.
PELE CONSTITUÍDA DE DOIS SISTEMAS: sistema ceratinocítico (composto pelos queratinócitos na epiderme e anexos) e pelo sistema melânico ( 
formado pelos melanócitos, células de langerhans, Merkel e células dendríticas indeterminadas).
CÉLULAS (HISTOLOGIA)
1) Queratinócitos: (SISTEMA CERATiCÍTICO)
São as células mais numerosas da epiderme. São as que se tornam queratinizadas. O processo de queratinização possui etapas nas camadas da epiderme:  
Camada basal: queratinócitos possuem tonofilamentos (filamentos).
Camada espinhosa: continua a síntese de tonofilamentos, que se agrupam em feixes de tonofibrilas (estruturas proteicas). Início da síntese de querato-hialina; 
Camada granulosa: grande acúmulo de grânulos de querato-hialina; Verdadeiro processo de queratinização: ocorre ao período entre a saída de células da camada granulosa e entrada na camada córnea. Aos grânulos de querato-hilaina se combinam com as tonofibrilas, convertendo-as em queratina. Esse processo envolve a decomposição do núcleo e das organelas e o espessamento da membrana celular;
Camada lúcida: células sem organelas citoplasmáticas, citoplasma repleto de queratina;
Camada córnea: células queratinizadas, que sofrem descamação. 
2) Melanócitos (SISTEMA MELÂNICO)
Células derivadas da crista neural, são arredondadas a colunares e apresentam prolongamentos citoplasmáticos que envolvem cerca de 36 queratinócitos, por onde transferem a melanina recém-sintetizada. Situadas geralmente nas camadas basal e espinhosa da epiderme.
No seu interior ocorre a síntese de melanina, pigmento de cor marrom escura;  
O processo de síntese de melanina consiste em:  
A tirosina(aminoácido) é transformada em 3,4-diidroxi-fenilalanina (DOPA) pela enzima tirosinase; 
A DOPA, também sobre ação das tirosinas, produz DOPA-quinona, que, após uma série de transformações, resulta a melanina; 
A tirosinase é sintetizada à nível de REG e é acumulada em vesícula chamadas pré-melanossomas. Com o acúmulo de melanina, essas vesículas passam a se chamar melanossomas e, ao fim da síntese, recebe o nome de grão de melanina. A partir deste grão, o pigmento é injetado no interior das células epiteliais e se localizam em posição supranuclear, onde oferecem máxima proteção ao DNA contra a radiação ultravioleta. 
O escurecimento da pele por exposição à luz do sol ocorre inicialmente devido ao escurecimento da melanina pré-existente e à aceleração da transferência de melanina para os queratinócitos. 
OBS: O albinismo resulta da incapacidade hereditária dos melanócitos produzirem a melanina. Geralmente o albinismo é causado pela ausência de atividade da tirosinase ou incapacidade das células de transportarem tirosina para o seu interior. Pela falta de melanina, a pele não tem proteção contra a radiação solar, e os tumores de pele (carcinoma espinocelular e melanomas malignos) são mais frequentes do que nas pessoas normais. 
OBS: VITILIGO :A degeneração e o desaparecimento de melanócitos em certas áreas da pele causa uma despigmentação localizada da pele. Então, o vitiligo inibe os melanócitos.
3) Células de Langerhans (SISTEMA MELÂNICO)
São células derivadas de precursores da medula óssea vermelha e fazem parte do sistema fagocitário mononuclear, também chamadas de células dendríticas devido aos seus prolongamentos. Estão localizadas entre os queratinócitos, em toda a epiderme, porém, são mais frequentes na camada espinhosa. 
Fazem parte do sistema imunitário, podendo processar e acumular na sua superfície os antígenos cutâneos, apresentando-os aos linfócitos T. 
Participa do desencadeamento das reações de hipersensibilidade por contato cutâneo.  
Ao contrário dos melanócitos, que se multiplicam após exposição repetida à luz ultravioleta, as células de Langerhans diminuem de número após uma agressão deste tipo; esta característica é, possivelmente, um fator que contribui para a carcinogênese (formação do câncer).
4) Células de Merkel (SISTEMA MELÂNICO)
Célula epidérmica modificada, localizada na camada basal, e geralmente presentes na pele espessa. São especialmente abundantes na ponta dos dedos e na mucosa oral, e na base dos folículos pilosos.
Caracteriza-se pela presença de grânulos citoplasmáticos. A base desta célula está em contato com fibras nervosas amielínicas, e por isso, é tida como mecanorreceptor. 
1.3- Diferenciar suas camadas.
Epiderme:  A epiderme é constituída por um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. A característica da pele difere na maior parte da superfície do corpo. Há locais, como a palma da mão e a planta dos pés, onde a epiderme é muito mais espessa e a pele é denominada pele espessa. Em outros locais, a epiderme é mais fina, sendo denominada pele delgada. Na pele espessa, podem ser distintas cinco subcamadas na epiderme: 
1) Camada basal:  
Células prismáticas ou cubóides (queratinócitos), que repousam sobre a membrana basal, que separa a epiderme da derme. São responsáveis pela constante renovação do epitélio, com intensa atividade mitótica, por isto, esta camada também é conhecida como camada germinativa; 
2) Camada espinhosa: Composta de 10 camadas de queratinócitos que possuem projeções semelhante a espinhos, por isso ela ganha o nome de camada espinhosa. Ela possui também células poligonais, cubóides ou ligeiramente achatadas, com núcleo central e com expansões citoplasmáticas que contém tonofibrilas que são estruturas proteicas (eosinofilia). Essas expansões unem-se através de desmossomas, o que dá a célula um aspecto espinhoso; 
3) Camada granulosa:  Formada por 5 fileiras de queratinócitos que possuem grânulos de queratina daí o nome camada granulosa. Ela possui também células poligonais com núcleo central, nitidamente achatadas, quecontém numerosos grânulos de querato-hialina (basófilos). Além desses grânulos, estas células secretam ainda corpos lamelares, substância fosfolipídica associada a glicosaminoglicanas, que se espalha no espaço intercelular vedando esta camada de células, impedindo a passagem de compostos, principalmente de água (barreira impermeável). 
4) Camada lúcida (Regiões palmo-plantares):
Queratinócitos mortos, é uma delgada camada de células achatadas, eosinófilas, cujos núcleos e organelas foram digeridos por enzimas lisossômicas e desapareceram. Apresentam filamentos de queratina dispostos de modo compacto e orientados paralelamente à superfície da pele.
5) Camada córnea:  30 camadas de fileiras de queratinócitos totalmente planos e que já estão mortos. Ela possui células achatadas, mortas, sem núcleo e sem organelas. Membrana celular bem espessa e citoplasma cheio de queratina. São removidas no processo de descamação natural da pele.
Derme: É o tecido conjuntivo sobre o qual se apoia a epiderme. A derme tem sua superfície externa é irregular, observando saliências chamadas de papilas dérmicas. As papilas aumentam a área de contato derme-epiderme, trazendo maior resistência à pele. 
Descrevem-se na derme duas camadas, de limite poucos distintos, que são: a camada papilar que é a mais superficial e a camada reticular, mais profunda. 
A camada papilar é delgada, constituída por tecido conjuntivo frouxo. 
A camada reticular é mais espessa, constituída por tecido conjuntivo denso não modelado. Ambas contêm muitas fibras e elásticas, responsáveis, em parte, pela elasticidade da pele. Além dos vasos sanguíneos e linfáticos, e dos nervos, também são encontradas na derme as seguintes estruturas: pelos, glândulas sebáceas e sudoríparas. O tecido conjuntivo propriamente dito apresenta-se de muitas formas, as quais são caracterizadas pelos tipos de células que as compõe e pelas fibras. Tais células podem ser: fibroblastos, fibrócitos, macrófagos, linfócitos, plasmócitos, mastócitos e células adiposas. 
As principais células da derme são os fibroblastos, responsáveis pela produção de fibras colágenas e elásticas e da substância fundamental, são células fusiformes e estreladas com núcleo volumoso e citoplasma claro e tem grande ação enzimática.
Temos também as células mesenquimais primitivas tem uma origem dendrítica e dão origem as células das linhagens: histoíciticas, linfocíticas e granulocíticas.
Temos também os mastócitos que eles têm um núcleo mais arredondado e grânulos escuros no citoplasma sendo que os grânulos são de dois tipos: os secretórios e os lisossomais. Os secretórios contêm heparina, histamina e fatores quimiotáticos para neutrófilo e eosinófilo e os lisossomais contêm hidrolases ácidas para digerir o meio intracelular. E, também os mastócitos secretam fatores de crescimento, citocinas, leucotrienos e fator ativador de plaqueta.
A circulação da pele possui uma disposição tal que acomode as diversas necessidades funcionais, como: nutrição da pele e anexos, aumento ou redução do fluxo para facilitar ou dificultar a perda de calor pelo corpo. 
Estrutura da derme
A derme papilar é constituída de tecido conjuntivo frouxo. A derme reticular é constituída de tecido conjuntivo denso.
A derme é constituída das fibras colágenas e elásticas e da substância fundamental, sintetizada pelos fibroblastos.
OBS: JUNÇÃO DERMOEPIDÉRMICA OU ZONA DA MEMBRANA BASAL: A epiderme penetra na derme por meio dos cones interpapilares (cristas epidérmicas) e a derme projeta-se na epiderme pelas papilas dérmicas (composta de fibroblastos especializados que vão aumentar a área de contato da derme com a epiderme).
Hipoderme: 
Também chamado de tecido subcutâneo, é formado por tecido conjuntivo frouxo. É a camada responsável pelo deslizamento da pele sobre estruturas na qual se apoia. Dependendo do grau e nutrição do organismo, a hipoderme poderá ter uma camada variável de tecido adiposo que, quando desenvolvida, constitui o panículo adiposo. O panículo adiposo proporciona proteção contra o frio. 
A hipoderme é rica em células que armazenam gordura (adipócito) e tem como função principal a reserva energética, proteção contrachoque mecânico e isolante térmico. 
Corte histológico de pele. HE. Médio Aumento. (*) Adipócitos, caracterizarizando a hipoderme.
1.4- Descrever acerca da vascularização e inervação da pele.
Vascularização: A vascularização ocorre na derme, vão ter arteríolas, capilares arteriais e venosos e vênulas que estão distribuídos em duas redes horizontais ligados por vasos comunicantes e com isso vão ter vasos perfurantes dos músculos adjacentes que dão origem ao plexo inferior, no limite com a hipoderme, e a partir daí vão ter vasos que vão para os anexos e para o plexo superior, e esse plexo também chamado subpapilar que está entre a derme papilar e a reticular dando origem aos papilares das papilas dérmicas.
Inervação: a pele é ricamente inervada, tem muitas terminações nervosas livres que possibilitam a identificação de diferentes estímulos. A distribuição dos nervos segue a dos vasos sanguíneos. E com isso vamos ter nervos sensoriais que são mielínicos e os nervos autônomos simpáticos que são amielínicos e colinérgicos esses que inervam as glândulas sudoríparas e tem também a junção dos músculos colinérgicos e adrenérgicos que inervam o músculo eretor do pelo. E todas as sensações táteis, dolorosas ocorrem por terminações livres. E, com isso temos corpúsculos envolvidos nesse processo:
- Corpúsculo de Vater-Pacini: Nas regiões palmo plantares, específicos para vibração e pressão.
- Corpúsculo de Meissner: nas polpas dos dedos, específicos para o tato.
-Corpúsculos de Krause: nas áreas de transição da pele e mucosas, sensíveis ao frio.
- Corpúsculos de Ruffini: sensíveis ao calor. 
1.5- Identificar os anexos da pele e sua localização.
Pelos: 
Estão presentes praticamente em toda superfície do corpo, com exceção de algumas regiões bem delimitadas. 
Os pelos são estruturas delgadas queratinizadas que se desenvolvem a partir de uma invaginação da epiderme, o folículo piloso, que, no pelo de crescimento, apresenta-se com uma dilatação terminal, o bulbo piloso, em cujo centro observa-se uma papila dérmica. As células que recobrem esta papila formam a raiz do pelo, de onde emerge o eixo do pelo. No bulbo observam-se células-tronco- queratinócitos clonogênicos– responsáveis por originar a haste do pelo, novos queratinócitos da epiderme e as glândulas sebáceas, em respostas à sinais morfogenéticos.
Na fase de crescimento, as células da raiz multiplicam-se e diferenciam-se: 
As células centrais da raiz produzem células grandes, vacuolizadas e fracamente queratinizadas, que formam a medula do pelo; 
Ao redor da medula diferenciam-se células mais queratinizadas e dispostas compactamente, formando o córtex do pelo; 
Das células mais periféricas surge a cutícula do pelo que apresenta grupos de células fortemente queratinizadas, envolvendo o córtex como escamas; 
Por último, as células epiteliais mais periféricas originam duas bainhas envolvendo o eixo do pelo na sua porção inicial. A bainha externa continua-se com o epitélio da epiderme, enquanto a interna desaparece na altura da região onde desembocam as glândulas sebáceas no folículo. Há também a membrana vítrea que deve ser uma membrana basal muito desenvolvida, deve-se lembrar também do conjuntivo que envolve o folículo e apresenta-se mais espesso, recebendo o nome de bainha conjuntiva do folículo piloso. 
Há na derme feixes e músculo liso dispostos obliquamente, que se inserem de um lado na bainha conjuntiva do folículo e do outro na camada papilar da derme. A contração desses músculos promove o eriçamento do pelo, recendo o nome de músculo eretor do pelo. A pigmentação deve-se a presença de melanócitos, entre a papila e o epitélio da raiz do pelo. 
O folículo piloso
Fase de crescimento do pelo
Unhas: 
São placas córneas (queratina) que se dispõem na superfície dorsal das falanges terminais dos dedos e artelhos. A superfície da falangeque é recoberta pela unha, recebe o nome de leito ungueal. A porção proximal é chamada raiz da unha ou matriz. É na raiz da unha que se observa a sua formação, graças a um processo de proliferação de células epiteliais, que gradualmente se queratinizam, formando uma placa córnea. A camada córnea desse epitélio forma a cutícula da unha. A unha é constituída essencialmente por escamas córneas compactas, fortemente aderidas umas às outras. Elas crescem no sentido distal dos membros, deslizando sobre o leito ungueal, que tem estrutura típica de pele e não participa da formação da unha. 
Origem embriológica da unha:  
Assim como o pelo, a unha é formada por uma invaginação da epiderme para a derme. Desta forma, tem origem ectodérmica – uma origem “nobre”, pois o SNC também se origina de uma invaginação da ectoderme. 
Velocidade de crescimento:  
Em média, as unhas crescem por volta de 0,1mm ao dia, sendo o crescimento mais rápido no verão que no inverno, mais rápido nas unhas da mão do que no pé e mais rápido na mão dominante. As unhas individuais diferem ligeiramente nas velocidades de crescimento. Dessa forma, em circunstâncias normais, as unhas dos dedos das mãos levam cerca de 5 meses pra crescer inteiramente, enquanto as dos pés demoram de 12 a 18 meses.  
Estrutura da unha
Glândulas sebáceas: 
Situam-se na derme e seus ductos geralmente desembocam na porção terminal dos folículos pilosos. Nos grandes e pequenos lábios da vagina os ductos abrem-se direto na superfície da pele. Na palma da mão e na sola do pé não há glândulas sebáceas, pois não apresentam pêlos. 
São alveolares e geralmente vários alvéolos desembocam em um ducto curto. Esses alvéolos são formados por uma camada externa de células epiteliais achatadas. 
Secretam uma substância oleosa chamado sebo que recobre não só o pelo, mas também a superfície da pele, para a manutenção e sua textura. O sebo é produzido como uma secreção holócrina, onde o produto é liberado junto com os restos celulares. 
A atividade dessas glândulas é influenciada por hormônios sexuais. Na puberdade ocorre o aumento na produção das células sebáceas e sebo, e seu acúmulo origina a acne.  
 Glândulas sudoríparas: 
Merócrina:  
São aquelas cujo produto de secreção é secretado isoladamente, sem partes da célula. São glândulas do tipo simples, tubulosa, enovelada. Sua porção secretora localiza-se profundamente na derme ou superiormente na hipoderme. O ducto da glândula abre-se na superfície da pele e segue um curso em hélice ao atravessar a epiderme. Distribuem-se por toda superfície do corpo, exceto em alguns locais com lábios e genitália externa, e não estão associadas a folículos pilosos. 
Na porção glandular estão presentes 3 tipos de células: mioepiteliais, clara e escura. As células escuras são adjacentes ao lúmen e as claras ficam entre as células escuras e as mioepiteliais. O ápice das células escuras apresenta muitos grânulos de secreção contendo glicoproteínas, e o citoplasma rico em retículo endoplasmático rugoso. As células claras não contêm grânulos de secreção e são pobres em retículo endoplasmático rugoso, mas contêm muitas mitocôndrias. 
O ducto da glândula sudorípara é constituído por epitélio cúbico estratificado. Suas células são menores e aparecem mais escuras que as células da porção secretora. 
Essas glândulas produzem uma solução aquosa pobre em proteínas e rica em cloreto de sódio, uréia, ácido úrico e amônia em quantidade varáveis: o suor. Portanto, funcionam, em parte, como órgãos excretores. 
Também desempenham um importante papel na regulação da temperatura, pelo resfriamento resultante da evaporação do suor. 
Apócrina:  
São aquelas cujo produto de secreção é secretado juntamente com porções do citoplasma apical das células que as constituem. Encontram-se na axila, aréola e mamilo da glândula mamária, na região perineal, em associação com a genitália externa, glândula ceruminosa do canal auditiva e glândula de Moll das pálpebras. 
Desenvolvem-se a partir da mesma invaginação da epiderme que dá origem aos folículos pilosos acima da abertura das glândulas sebáceas. 
Produzem uma secreção que contém proteína e sua composição varia com a localização anatômica, sendo ligeiramente viscosa e sem cheiro, mas que adquire um odor desagradável e característico pela ação de bactérias. 
Essas glândulas respondem aos hormônios sexuais e desenvolvem-se na puberdade. As glândulas axilares da mulher sofrem alterações cíclicas que acompanham o ciclo menstrual. 
As glândulas sudoríparas são inervadas pela porção simpática do sistema nervoso autônomo (merócrinas respondem ao calor e pressão nervosa; apócrinas respondem a estímulos emocionais e sensoriais, mas não ao calor). 
1.6 -Identificar suas funções 
Ele é dividido em tecido epitelial de revestimento (internamente e externamente) , tem muita mitose e tem também o tecido epitelial glandular que produz secreções.
PROTEÇÃO: Resistência contra agentes mecânicos porque ela é moldável e elástica. Ela tem uma proteção no seu sentido físico, por meio do seu sistema melânico e com isso ela neutraliza as radiações ultravioleta e ela também tem a função de ser impermeável à água e eletrólitos mantendo o equilíbrio hidroeletrolítico.
PERCEPÇÃO: Serve como grande receptor para as sensações gerais (dor, pressão, tato, temperatura) o que conduz com seu mecanismo de defesa.
HEMORREGULAÇÃO E TERMORREGULAÇÃO: Como a pele tem plexos vasculares e corações periféricos que são chamados de gomos isso ajuda na circulação desse débito circulatório e com isso a termorregulação é mantida por um mecanismo comandado pelo centro termorregulador por meio das vias do sistema nervoso autônomo e isso leva a uma vasoconstrição ou um vaso dilatação. Salientando que esses vasos são sensíveis a norepinefrina e acetilcolina. Outro agente importante na termorregulação são as glândulas sudoríparas écrinas que sob muito estímulo colinérgico, aumentam a sudorese, causando perda de calor.
EXCREÇÃO: Participam na excreção de várias substâncias; As glândulas écrinas que secretam água, eletrólitos, bicarbonato, ureia....
METABOLIZAÇÃO: A pele sintetiza hormônios entre eles a testosterona e a di-hidrotestosterona que que estão envolvidas na alopecia androgenética (que é o que causa a calvície) na acne e no hirsutismo (excesso de pelos). E a pele atua na síntese de vitamina D pelo processo de fotoproteção porque a vitamina D tem sua síntese estimulada pela exposição cutânea à radiação ultravioleta B, o que a torna dependente de um fator externo.
Na pele, observam-se várias estruturas anexas, que são os pelos, unhas, glândulas sudoríparas e sebáceas. 
 2- Cicatrização
Tipos de cicatrização
Primeira intenção ou primária. Ocorre quando há união imediata das bordas da ferida, evoluçao asséptica e cicatriz linear. As condições requeridas são a coaptação das bordas e dos planos anatômicos. Evolui em 4 a 10 dias.
Segunda intenção ou secundária
As bordas da ferida não contatam entre si, por perda tecidual excessiva. O espaço é preenchido por tecido de granulação, cuja superfície posteriormente irá reepitalizar. Pode durar dias a meses.
Terceira intenção ou terciária
Processo que envolve limpeza, debridamento e formação de tecido de granulação saudável para posterior coaptação das bordas da lesão.
2.1- Descrever as fases do processo de cicatrização
-Fase Inflamatória: Ocorre imediatamente após a lesão e com isso são liberadas substâncias vasoconstritoras, como a tromboxana A2 e prostaglandinas e com isso as plaquetas começam a estimular a cascata de coagulação e essa cascata se inicia com os grânulos que são liberados das plaquetas e com isso vão ter fator de crescimento como o TGF-B, fator de crescimento dos fibroblastos tudo isso atraindo neutrófilos para aquela ferida (quimiotaxia) e com isso é formado um coágulo por agentes como colágeno, trombinas e assim a inflamação. E, assim, os neutrófilos se aderem a parede do endotélio por conta de receptores de membrana e com isso auxiliam na destruição bacteriana. E, com isso depois os macrófagosvão para aquele local e secretam citocinas e fatores de crescimento e contribuem para a formação de novos vasos.
- Fase Proliferativa: Que vai ter 4 subetapas: primeiro a epitelização com as células epiteliais migrando para aquela região e se a membrana basal estiver intacta as células epiteliais vão para a região superior e caso a membrana basal for lesada as células epiteliais se proliferam na tentativa de recuperar aquela barreira protetora. A segunda subetapa é a angiogênese que é estimulada pelo Fator de necrose tumoral (TNF-alfa) que as células epiteliais vão para lá e vai ter a formação de novos vasos. Depois vem a 3 subetapa que é a formação de tecido de granulação em que fibroblastos das regiões vizinhas vão para lá mas eles tem que sair do seu estado de quiescência (pouco ativo) para poder ajudar nessa fase e com isso vai ter ação do PDGF (proliferação de fibroblasto) e TGF-beta que estimula os fibroblastos a produzirem colágeno tipo 1 e assim se inicia a 4 subetapa que é deposição de colágeno.
- Fase de Maturação ou Remodelamento: Que nada mais é a deposição de colágeno de maneira organizada. Vai ser produzido um colágeno mais espesso e organizado ao longo das linhas de tensão e isso é muito importante para esse processo final de cicatrização e com isso tem ação de fibroblastos e leucócitos que secretam colagenase a qual faz lise na matriz antiga e a cicatrização tem sucesso quando há um equilíbrio entre a síntese da nova matriz e a lise da antiga.
2.11- Células envolvidas
Fibroblastos
Fibrócitos: Fibroblastos inativos com aspecto fusiforme com poucos prolongamentos citoplasmáticos com citoplasma acidófilo com pouca quantidade de retículo endoplasmático rugoso e com estímulos adequados como a cicatrização revertem-se para o estado de fibroblastos e miofibroblastos.
 Miofibroblastos: Reparação do tecido.
Plasmócitos: função na proteção imediata e prolongada contra antígenos. Eles sintetizam uma grande quantidade de anticorpos humorais, produzindo resposta imunológica específica. Eles estão pouco presentes no tecido conjuntivo normal, com exceção de locais sujeitos a penetração de bactérias e proteínas estranhas.
Neutrófilos: Núcleos formados de 2 a 5 lóbulos. Eles têm grânulos primários que são os lisossomos e grânulos específicos que não tem enzimas lisossômicas.
Linfócitos: Tem núcleo esférico e tempo de vida variável.
Macrófagos: células fagocitárias residentes no tecido conjuntivo, podendo ser fixos ou móveis.
Mástocitos: Reação imune, inflamação, reconstrução e reparação tecidual.
Células adiposas
2.1.2- Sinalizações e Mediadores químicos
EGF (fator de crescimento epidérmico) -atua nas células epidérmicas, endoteliais, fibroblastos -estimula a angiogênese, a proliferação celular e a síntese de colágeno.
PDGF (fator de crescimento das plaquetas) -atua sobre os macrófagos, células epiteliais e o músculo liso -quimiotaxia (atrai macrófagos para a área de inflamação) e proliferação dos fibroblastos. 
FGF (fator de crescimento dos fibroblastos) -é produzido principalmente pelos macrófagos -estimula a angiogênese, a proliferação celular e a síntese de colágeno.
VEGF (fator de crescimento endotelial vascular) -produzido pelas próprias células endoteliais -o mais importante estimulador da angiogênese.
TGF-α (fator de crescimento transformador α) TGF-β (fator de crescimento transformador β) produzido pelos macrófagos, endotélio e plaquetas inibe o crescimento das células epiteliais estimula a proliferação e quimiotaxia dos fibroblastos papel na fibrinogênese.
 Interleucinas: células inflamatórias induzem a proliferação e quimiotaxia de fibroblastos
2.2- Diferenciar cicatrização em lesões que precisam suturas ou não.
Lesão profunda: demora mais tento para cicatrizar. 
Lesão superficial : menos tempo para cicatrizar. Cicatriza rápido suturada.
2.3- Identificar fatores que auxiliam ou atrapalham a cicatrização (alimentos remosos, idade, vitamina C, diabetes...)
Fatores negativos e locais, como infecções, pressão tecidual elevada, isquemia, corpo estranho... 
Fatores sistêmicos como a diabetes: Os altos níveis de glicose no sangue fazem com que as artérias fiquem rígidas. Assim como os vasos sanguíneos mais estreitos por causa desses níveis altos, dificultando a circulação do sangue, principalmente nas extremidades do nosso corpo, como nossos pés. Vasos sanguíneos estreitos levam à uma diminuição do fluxo sanguíneo e consequentemente de oxigênio em uma ferida. Um nível elevado de glicose no sangue diminui a função de células vermelhas do sangue que transportam nutrientes para o tecido. Tudo isso diminui a eficiência dos glóbulos brancos que combatem as infecções. Sem nutrientes e oxigênio suficientes, uma ferida cicatriza lentamente. Uma das complicações do diabetes é a neuropatia, que é quando os nervos são afetados e assim, a pessoa perde a sensibilidade, ou seja, ela não consegue perceber quando uma bolha está se desenvolvendo e até mesmo quando se tem uma infecção. A perda da sensibilidade, deixa a pessoa vulnerável, pois ela pode não perceber a real gravidade de uma ferida e assim comprometer a cura.
Alimentos remoso: Tem muito estudo sobre isso ainda, porque esses alimentos ditos remosos são comuns aqui da região norte e nordeste e o que a ciência explica é que existem estudos mostrando que ratos que ingeriram dieta à base de camarão tiveram algum tipo de alteração na cicatrização de feridas nas primeiras semanas após uma cirurgia só que assim o que acontece é tem um elemento encontrado na casca desses crustáceos que é a quitosana que inclusive ela é até um remédio considerado para baixar colesterol alto e ajudar na cicatrização. Ou seja, o que acontece é que algumas pessoas podem ter processos alérgicos que pode levar ao prurido(coceira) e de certa forma aumentar o processo inflamatório no local da ferida interferindo na cicatrização.
Vitamina C e cicatrização: Tem um papel importante na produção de proteínas chave como o colágeno, norepinefrina e serotonina. O ácido ascórbico também estimula a resposta migratória de neutrófilos e monócitos.
Zinco: Reduz a inflamação e reduz o crescimento das bactérias e ele estimula a síntese de metaloproteinases (enzimas compostas por zinco): colagenase (degradação do colágeno) e a elastase (degradação da elastina). São produzidas tanto pelos fibroblastos quanto queratinócitos.
Idade e Cicatrização: Macrófagos na fase inflamatória com menos atuação e na reepitelização vai ter uma menor migração e proliferação de fibroblastos, consequentemente menos colágeno e elastina.
2.4- Por que algumas lesões deixam cicatrizes e outras não?
São vários os fatores a considerar: a localização da cicatriz, o tipo de trauma que produziu a ruptura da pele e a evolução do processo de cicatrização, que passará sempre pelas mesmas fases, qualquer que tenha sido a causa determinante da lesão. Pessoas negras têm tendência a cicatrizar pior. Entretanto não é só o tipo de pele que pesa. A idade, o tipo de trauma e a fase hormonal também influem. Por exemplo, a incidência de cicatrizes importantes é evidente na puberdade ou na gravidez. A queimadura numa mulher grávida produz cicatriz pior do que numa não grávida.
2.5- Diferenciar queloide de cicatrização hipertrófica.
Queloide e Cicatrizes hipertróficos: São distúrbios da cicatrização. Os queloides ultrapassam o limite da incisão e decorem de um crescimento em excesso do tecido de cicatrização no local de um ferimento já curado. Os queloides são constituídos por lesões salientes, avermelhadas, rosadas ou escuras e podem ocorrer em qualquer área de traumatismo na pele. Queloides parecem ter um forte componente genético envolvido entre os principais fatores de risco para seu surgimento. No processo de cicatrização, o colágeno se concentra ao redor da ferida para ajudar na vedação do local e promover uma cicatrização eficaz e rápida. No entanto, em alguns casos os fibroblastos produzem muito mais colágeno do que é necessário para uma cicatrização normal, fazendo com que esse tecido cicatricial cresça demais e gere o que conhecemoscomo queloide. Diferente de uma cicatriz normal, os queloides podem ser muito maiores do que a ferida original e se espalhar pelo corpo, e embora eles não sejam prejudiciais à saúde, a presença de queloides pode causar um desconforto estético especialmente quando surgem no rosto.
Cicatriz hipertrófica: Ficam no limite da incisão. Surge com cerca de 2 semanas. Ela, nos primeiros meses, pode até tornar-se grande, avermelhada e com alto-relevo, mas tende a ficar restrita à área da ferida. Outra grande diferença é o fato da cicatriz hipertrófica regredir com o tempo, ficando mais fina e com a cor semelhante à da pele. Na fase de regressão, que pode demorar de 1 a 2 anos, a cicatriz hipertrófica pode ficar até uma pouco mais profunda que a pele. 
3- Lesões Elementares
3.1- Caracterizar as lesões elementares por solução de continuidade.
Erosão: Superficial, acomete apenas a epiderme, acontece por mecanismo patológico não deixando cicatriz.
Escoriação: Ruptura da descontinuidade por mecanismo traumático (ex: corte com objetos, arranhão)
Exulceração: Até a derme papilar. Perda parcial da epiderme (somente) cuja resolução dá-se sem deixar cicatriz. Em geral, a erosão é secundária à ruptura de bolha intraepidérmica e existe exsudato na sua superfície. Pode representar uma lesão primária em algumas doenças
Ulceração: Pode chegar até o músculo e o osso. Cura deixando cicatriz.
Fissura: É uma solução de continuidade linear e estreita
THALIA SIQUEIRA
@thaliasiqueira_
MEDICINA
Fístula: Trajeto linear, em geral sinuoso, que muitas vezes vai além da hipoderme, por onde há eliminação de material necrótico ou outros elementos provenientes de foco mais profundo.

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